Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carnaval Brasileiro domingo, 16 de outubro de 2022

JOÃOSINHO TRINTA - UM DIGNO MARANHENSE
JOÃOSINHO TRINTA - UM DIGNO MARANHENSE

Raimundo Floriano

 

 

Joãosinho Trinta 

                        Morreu o carnavalesco, coreógrafo bailarino e artista plástico Joãosinho Trinta! Imensa tristeza para quem curte o Carnaval, a Grande Festa do Povo Brasileiro!

 

                        João Clemente Jorge Trinta nasceu em São Luís (MA), a 23.11. 1933, onde veio a falecer hoje, 17.12.2911, aos 78 anos de idade, em decorrência de insuficiência respiratória e renal.

 

                        De família pobre, viveu em São Luís até aos 18 anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Ainda em sua terra natal, pertencia a um grupo de amigos intelectuais que reunia Ferreira Gullar e outros.

                        Trabalhou como escriturário em São Luís até 1951, ano em que conseguiu na empresa uma transferência para o Rio de Janeiro, onde estudou balé na Academia de Eduardo Sena, e, em 1956 ingressou, através de concurso público, no Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com o qual participou de inúmeras montagens de óperas e balés.

 

                        Por essa época, conheceu os cenógrafos Arlindo Rodrigues e Fernando Pamplona, que, além de trabalharem nas cenografias do teatro, ainda decoravam os bailes e as ruas da cidade para o Carnaval. Dividiu apartamento no Catete com o poeta Ferreira Gullar e o cronista José Carlos de Oliveira. Anos mais tarde, no Teatro Municipal, montou diversas óperas, entre elas, AidaTosca e O Guarani.

 

                        Em 1963, Arlindo Rodrigues o convidou para auxiliá-lo na criação e nas alegorias para o desfile da Escola de Samba Acadêmico do Salgueiro que, naquele ano, apresentou o enredo Xica da Silva, com samba-enredo de Anescarzinho do Salgueiro e Noel Rosa de Oliveira, sagrando-se campeã.

 

                        Em 1974, fez o primeiro desfile como carnavalesco titular para a Acadêmico do Salgueiro, com o enredo Rei de França na Ilha da Assombração, com o qual a Escola foi Campeã do Grupo 1. Nos anos posteriores, passou pelas seguintes escolas, obtendo estas classificações:

 

                        1975 - Salgueiro - Campeã do Grupo 1;

                        1976 - Beija-Flor - Campeã do Grupo 1;

                        1977 - Beija-Flor - Campeã do Grupo 1;

                        1978 - Beija-Flor - Campeã do Grupo 1;

                        1979 - Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo 1-A;

                        1980 - Beija-Flor - Campeã do Grupo 1-A;

                        1981- Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo 1-A;

                        1982 - Beija-Flor - 6º Lugar do Grupo 1-A;

                        1983 - Beija-Flor - Campeã do Grupo 1-A;

                        1984 - Beija-Flor - 3º Lugar do Grupo 1-A;

                        1985 - Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo 1-A;

                        1986 - Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo 1-A;

                        1987 - Beija-Flor - 4º Lugar do Grupo 1-A;

                        1988 - Beija-Flor - 3º Lugar do Grupo 1-A;

                        1989 - Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo 1-A;

                        1989 - Unidos do Peruche (SP) - Vice-Campeã do Grupo Especial;

                        1989 - Rocinha (RJ) - Campeã do Grupo 1-D;

                        1990 - Beija-Flor - Vice-Campeã do Grupo Especial;

                        1990 - Unidos do Peruche (SP) - Vice-Campeã do Grupo Especial;

                        1990 - Rocinha (RJ) - Campeã do Grupo 1-C;

                        1991 - Beija-Flor- 4º Lugar do Grupo Especial;

                        1991 - Rocinha (RJ) - Campeã do Grupo 1-B;

                        1992 - Beija-Flor - 7º Lugar do Grupo Especial;

                        1994 - Viradouro - 3º Lugar do Grupo Especial;

            ‘           1995 - Viradouro - 8º Lugar Grupo Especial;

                        1996 - Viradouro - 3º Lugar do Grupo Especial;

                        1997 - Viradouro - Campeã do Grupo Especial;

                        1998 - Viradouro - 5º Lugar do Grupo Especial;

                        1999 - Viradouro - 3º Lugar do Grupo Especial;

                        2000 - Viradouro - 3º Lugar do Grupo Especial;

                        2001 - Grande Rio - 6º Lugar do Grupo Especial;

                        2002 - Grande Rio - 7º Lugar do Grupo Especial;

                        2003 - Grande Rio - 3º Lugar do Grupo Especial;

                        2004 - Grande Rio - 10º Lugar do Grupo Especial; e

                        2005 - Vila Isabel - 10º Lugar do Grupo Especial.

 

                        Um dos ícones do Carnaval Carioca, Joãosinho, com sua criatividade, sempre trouxe mudanças radicais. Uma delas foi a criação de grandes carros alegóricos. Na época, acusado de descaracterizar as raízes do Carnaval, declarou: "Eu não mexi nas raízes, apenas arrumei vasos mais bonitos para elas". Outra frase de sua autoria e causadora de grande impacto foi: "Quem gosta de miséria é intelectual", em resposta aos ricos carros alegóricos criados para a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis.

 

                        Em 1993, sofreu uma isquemia recuperando-se parcialmente no ano seguinte.

 

                        Tendo viajado por vários lugares do mundo levando grupos de show de Escolas de Samba, foi também palestrante em várias empresas e universidade sobre o universo do Carnaval.

 

                        Em 2003, foi o primeiro carnavalesco a aceitar o merchandising e o patrocínio de grandes empresas para uma Escola de Samba. Com o enredo O Nosso Brasil Que Vale, obteve o patrocínio da Vale do Rio Doce.

 

                        Entre as inúmeras vezes que em foi homenageado como enredo de Escola de Samba, destaca-se, em 2004, o da Acadêmicos da Rocinha, da qual foi o primeiro carnavalesco.

 

                        Em 11 de julho de 2006, após sofrer dois AVCs, foi internado no Rio de Janeiro e, vinte dias depois, transferido para o Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, de onde teve alta em 19 de outubro.

 

                        Ainda em 2006, transferiu-s definitivamente para o Distrito Federal onde foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília, e, em 2010, concorreu à Câmara Legislativa, não conseguindo eleger-se.

 

                        Para vocês, o primeiro enredo de sua carreira, com o qual foi campeão pelo Salgueiro em 1974, Rei de França na Ilha da Assombração, samba de Zé Di e Malandro, na voz do salgueirense Laíla.

 


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