Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Paulo Azevedo - Crônicas, contos e outras delícias! quinta, 02 de agosto de 2018

LAÇADA NOS PISANTES – AI, QUE SAUDADE ME DÁ!

 

LAÇADA NOS PISANTES – AI, QUE SAUDADE ME DÁ!

Paulo Azevedo

 

 Joguei futebol de forma competitiva dos sete aos vinte e cinco anos. Foram dezoito anos amarrando tênis e chuteiras.

 

Hoje, com quase cinquenta anos e muitas, milhares de peladas depois, toda vez que vou amarrar a chuteirazinha para uma pelada despretensiosa ainda lembro do meu pai, o tipo de laço, o local do laço, "mais para lateral para não incomodar o dorso do pé durante o chute", era assim que me ensinava meu saudoso pai.

 

Fui crescendo, e meu pai não amarrou mais as minhas chuteiras, tive que aprender a dar laços, desfazer laços, tive que aprender a me virar nos laços e nó cegos da vida. Parece algo condicionado, mas toda vez que vou a uma pelada, calço o tênis e vou dar o laço, lembro dele, meu pai.

 

Acho que é o momento que mais me aproximo, era o momento que a gente compactuava os meus sonhos. Aprendi, depois que ele se foi, que laços existem para serem feitos, frouxos ou apertados, o importante é correr e fazer seus gols na vida, golaços ou golzinhos, só cuidado para não escorregar se os laços soltarem.

 

Acho que saudade é isso...


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