Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Eliane Cantanhêde terça, 18 de julho de 2017

LULA E BOLSONARO

Lula e Bolsonaro

Não é para eleger Lula nem Bolsonaro que a Lava Jato refunda o Brasil

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

18 Julho 2017 | 03h00

Enquanto o prefeito João Doria estuda as falas e trejeitos de Emmanuel Macron e tenta mimetizar a eleição dele no Brasil, o deputado Jair Bolsonaro vai tentando, devagar e sempre, seguir a trilha de Donald Trump, que era tão absurdo, ninguém acreditava e chegou lá. Uma surpresa mundial. Ou melhor, um susto.

A imprensa americana – e, por conseguinte, a brasileira – não viu Trump, não acreditou em Trump, ridicularizou Trump e, no final, foi obrigada a engolir a vitória dele para a presidência da maior potência mundial. Agora, a opinião pública nacional não acredita, não vê e não leva Bolsonaro a sério. O risco é ser novamente surpreendida.

Homem de comunicação, Doria é um craque midiático e está todos os dias nas capas de sites e de jornais, nos programas mais populares de TV e em rádios de diferentes regiões. Bolsonaro é quase ausente da mídia nacional, mas faz sua divulgação no corpo a corpo em aeroportos, nas chegadas a cidades de todo o País e em reuniões fechadas. 

“Anfíbio” que passou parte da vida na caserna e está no seu sétimo mandato na Câmara, viaja muito, abre filas de curiosos ávidos por selfies com ele, agita voos de lá para cá e é recebido como candidatíssimo, não raro com a improvisação de palanques e megafones. As pessoas começam a se perguntar: “E o Bolsonaro, hein?” 

As respostas oscilam em três categorias: há os que o apoiam porque sentem ojeriza pela política e uma vaga nostalgia da ditadura militar; os que têm verdadeira ojeriza ao próprio Bolsonaro e ao que ele representa; e um grupo crescente que nem é tão a favor nem tão contra, mas manifesta curiosidade diante dele.

A eleição de Bolsonaro para a Presidência é altamente improvável, porque ele representa um nicho, não a maioria, e porque ele é pouco conhecido e campanhas são cruéis e reveladoras. São o momento de mostrar as fragilidades e até “os podres” dos candidatos. No mínimo, o que ele entende de economia, negociação política e administração pública?

Mas Bolsonaro está crescendo. Segundo o DataPoder360, que entrou no complexo mundo das pesquisas neste ano, ele já tem 21% e está em empate técnico com o líder Lula (23%), num cenário em que Doria e Marina Silva estão com 13% e 12%. Num outro cenário, com Geraldo Alckmin no lugar de Doria, Lula tem 26% e Bolsonaro, novamente, ostenta 21%. Alckmin fica em terceiro, com 10%, e Marina em quarto, com 6%.

A esta altura, as pesquisas não projetam resultados, apenas apontam tendências, e uma tendência clara é que Bolsonaro está no jogo, um jogo perigoso não só por causa dele. Há um consenso de que a eleição de 2018 será entre candidatos não enrolados na Lava Jato, caso do próprio Bolsonaro, Marina, Doria e Ciro Gomes, o lanterna, por enquanto, mas o líder das pesquisas é considerado também o líder da Lava Jato: o ex-presidente Lula.

Condenado pelo juiz Sérgio Moro, ele poderá se candidatar se o TRF-4 absolvê-lo ou simplesmente não julgá-lo antes do registro da chapa no TSE. Também poderá se o tribunal confirmar a sentença de Moro, mas a defesa entrar com recurso e um tribunal superior der liminar favorável. Os petistas se mobilizam para mudar as regras do jogo com a chamada “Emenda Lula”, que altera o prazo para a prisão de candidatos, de 15 dias para oito meses. Um escândalo.

São dois riscos: a vitória de Lula seria o fim e a desmoralização da Lava Jato, mas, sem ele na eleição, o primeiro nas pesquisas pode passar a ser Bolsonaro. Não é para eleger Lula nem os Bolsonaros da vida que o Brasil faz a faxina que faz. Quem será em 2018, ninguém sabe. Mas quem não deve ser, todos precisamos saber. É melhor prevenir do que remediar.

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