24 DE NOVEMBRO: ANIVERSÁRIO DA PRIMA MARIA REGINA, CUJA IDADE ELA NÃO REVELA NEM A PAU, JUVENAL!
MARIA REGINA ALBUQUERQUE, CORAÇÃO IPIRANGUISTA
(Publicado no dia 23.11.2015)
Raimundo Floriano
Maria Regina, a Tita
Maria Regina Carvalho de Albuquerque Tokuda, minha querida prima, é Patrimônio Inalienável e Intangível da Família Albuquerque. Amanhã, 24 de novembro, comemoramos, festivamente, com toda pompa e circunstância, mais um Aniversário de seu nascimento.
Se você quiser ouvir um sonoro NÃO É DE SUA CONTA, pergunte-lhe o ano de seu natalício. Isso não revela, sob hipótese alguma, nem mediante tortura. Para dar uma ideia de sua longevidade, presumo que regula com Pedro Silva, meu irmão mais vivido, cujo perfil aqui foi publicado, no dia 24.3.14.
(Para continuar com esta matéria, devo esclarecer uma questão semântica. Ipiranguense é o habitante de Ipiranga, cidade piauiense deveras perspicaz eleitoralmente, haja vista que, no 2º Turno das Eleições de 2014, nossa presidenta ali recebeu 88,14% dos sufrágios; ipiranguista é o habitante do Bairro Paulistano do Ipiranga, nem tão evoluído politicamente, eis que, por lá, a atual governanta foi alvo de meros 31% dos votos de seu eleitorado.)
Prossigamos!
Filha de Joaquim Leal de Albuquerque e Alita Lygia Carvalho de Albuquerque, Maria Regina nasceu em Santo André (SP), mas, ainda pequena, se transferiu para a Capital, acompanhando a família, cujo chefe era militar. Desde cedo, após mudanças, fixou residência na Rua Labatut, no Bairro do Ipiranga, onde até hoje mora.
Moça prendada como soía serem as meninas bem orientadas de sua época, formou-se em Datilografia, Taquigrafia e Secretariado, requisito que a habilitaram a trabalhar como Secretária em grandes empresas, tendo se aposentado na Indústria de Papel Simão, localizada à Rua Manifesto, nº 931, onde hoje se encontra instalado o Supermercado Atacadão.
Como ipiranguista, acompanhou o espetacular desenvolvimento do Bairro, em todos os setores. Presenciou a chegada do Metrô, o surgimento de grandes empreendimentos imobiliários, com a cruel verticalização, a inauguração de escolas, faculdades, bares, restaurantes, entidades beneficentes, bem como o desenvolvimento do comércio local, com a chegada de famosos magazines, e a expansão dos maiores estabelecimentos de lá para outras regiões da cidade.
A 17.04.1982, Maria Regina se casou com o japonês Mário Tokuda, de saudosa memória, proprietário de uma confecção de roupas infantis, falecido no dia 02.09.2009.
Maria Regina e Mário Tokuda
O casal não teve filhos biológicos. Maria Regina, em feliz compensação, foi adotada como mãe por sua sobrinha Márcia Regina Albuquerque, pedagoga, casada com José de Sá Lopes, funcionário público, e por seus três filhos: Marcelle Regina, nutricionista, Michelle Regina, advogada – vejam a forte ligação afetiva nos nomes –, e Marcel José, também advogado. Todos a chamam, carinhosamente, de Tita. A seguir, um flagrante dela com os filhos adotivos:
Marcel, Márcia, Marcelle, Maria Regina e Michelle
Maria Regina é garota sapeca, espoletada, pimenta malagueta, rastilho de pólvora, pavio curto, banana de dinamite pedindo que lhe acendam estopim! Com resposta pronta para tudo, topa qualquer parada! Aniversário em Brasília? Ela vem! Casamento em Pirenópolis! Ela não perde! Romaria a Aparecida? Contem com ela! Festa do Peão em Barretos? Ela pega touro à unha! E sempre acompanhada pela trupe de adotivos!
E é com essa trupe que desfila na Escola de Samba Imperador do Ipiranga, Sociedade Cultural, orgulho do Bairro, que ajudou a fundar, em 27 de setembro de 1968, a qual vive numa gangorra, ora subindo, ora descendo. No ano de 2009, por exemplo, foi vice-campeã no Grupo de Acesso, com o enredo A Comunidade na Fé em São Jorge Guerreiro Contra os Dragões da Maldade, o que a credenciou a, no ano seguinte, 2010, desfilar no Grupo Especial. A seguir, parte da trupe, no Carnaval de 2010, com Márcia e Michelle, de leque, à direita:
No ano de 1974, quando se comemoraria o 420º Aniversário da Fundação da Cidade de São Paulo, a Divisão do Arquivo Histórico da Secretaria Municipal de Educação e Cultura promoveu o VII Concurso de Monografias Sobre a História dos Bairros Paulistanos. Maria Regina concorreu, e seu belo, completo e vencedor trabalho, abordando o Bairro do Ipiranga, foi publicado, em forma de Folhetim, no mesmo ano, por nove semanas consecutivas, no jornal Gazeta do Ipiranga.
Essa importantíssima peça literária não poderia cair no esquecimento. Por isso, em 2014, 40 anos depois, foi transformada em livro:
O lançamento aconteceu no dia 24 de novembro, data de seu aniversário:
Vejamos um flagrante do lançamento:
O livro ganhou fama, porém Maria Regina não deitou na cama! Virou globe-trotter, participando de noites de autógrafos, feiras e a acontecimentos congêneres.
No dia 18 de setembro passado, no evento Miss Mundo São Paulo Capital & Miss Ipiranga 2015/2016, realizado pela MAP Produções, Maria Regina recebeu homenagem especial das mãos de Madalena Almeida, Coordenadora do Concurso, configurada numa placa onde se lê esta inscrição: “Mulheres de Ouro do Ipiranga”.
Ainda há pouco, na IX Feira do Livro de São Paulo, Maria Regina foi uma das estrelas, como adiante se vê:
O Ipiranga, hoje considerado o Altar da Pátria, bairro de classe média e da classe média alta paulistana, com população superior a 460 mil habitantes, segundo levantamento global realizado pela Subprefeitura Ipiranguista, em 2010, era praticamente desconhecido até a Proclamação da Independência.
Servia, apenas, como refrigério para os viajores que faziam o percurso de Santos para São Paulo, ou vice-versa. Por uma casualidade, dessas que descem do além, “havia uma pequena chácara às margens do riacho, e a mais notável construção da época, que pertencia ao Coronel João de Castro Canto e Mello, pai da futura Marquesa de Santos. Chefe de família numerosa, para viver, fizera ele da chácara pouso de tropas”. Era o que, naquele tempo, no Velho Oeste Americano, se denominava livery stable, ou seja, garagem para carroças e pensão para cavalos, jumentos, burros e alimárias outras.
Leiam o livro! Vocês vão adorar e também se ilustrar!
Em homenagem o Bairro do Grito da Independência, aqui vai a marcha cívica Sesquicentenário, de Miguel Gustavo, na voz de Miltinho, sucesso absoluto no ano de 1972: