Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Fernando Antônio Gonçalves - Sem Oxentes nem Mais ou Menos terça, 27 de setembro de 2022

MEDIOCRIZAÇÕES AUTOFÁGICAS (CRÔNICA DE FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

MEDIOCRIZAÇÕES AUTOFÁGICAS

Ferrnando Antônio Gonçalves

Alguns milagres saltam aos olhos, aqui resguardando-se a identidade dos santos, como manda um dos mandamentos da boa educação. Qualquer pessoa de senso de equilíbrio mínimo percebe, por exemplo, como estão desrespeitando os velhos logo no ano onde a CNBB também os reverencia na Campanha da Fraternidade. Ora é um debilóide que prefere um copo de cerveja, mesmo que deixando a avó no ostracismo, depois de uma caminhada de muitas dificuldades. Ora é uma moçoila de telenovela, metida a furico de satanás, que praticamente amaldiçoa os avós que sob um mesmo teto seu se protegem, vez por outra ainda roubados sem a menor cerimônia pela neta escroticida.

Como é ridícula a demagógica proposta de cotas para não-brancos nas universidades, diferentemente da sadia instituição de percentagem de ingresso nas universidades dos oriundos das escolas públicas! Razão plena tem a jornalista pernambucana Marilene Felinto, agora colabora de revista conceituada, quando declarou recentemente: “eu mesma teria arrastado para sempre um complexo de inferioridade atroz se tivesse entrado na USP, a melhor universidade pública da América do Sul, pelo critério de cor da minha pele de mulata”. A demagogia populista, além de não entender bulhufas de abolicionismo social, desastradamente amplia a discriminação contra os não-brancos, nossos irmãos, também filhos amados da Criação.

Considero um papelão molecal a capacidade de alguns de se desconstruir publicamente para melhor se locupletar das benesses do poder atual, jogando na rua da amargura seus passados, suas caminhadas, suas angústias e suas reflexões. Tudo atulhado num gavetão recheado de ontens não mais lembrados, em nome de um comportamento puxasaquístico, típico dos desavergonhados. Reconheço que a reforma mais necessária para a governabilidade brasileira é a reforma política, sem a qual resvalaremos para cenários pouco consistentes, abismais por derradeiro.

Outro dia meu nível de indignação ampliou-se quando vi uma propaganda de uma determinada marca de automóvel, onde duas crianças solicitavam aos pais uma paradinha fora da entrada da escola porque tinham um carro menos tampa-de-foguete, como se a esmagadora maioria das crianças brasileiras não ficassem rindo à toa pelo fato de os pais possuírem um carrinho, fosse ele de que marca fosse.

Receio que determinadas “explicitações comunicacionais” estejam favorecendo construções de cenários pouco democráticos, discriminatórios, como se uma tecnologia ultrasofisticada não tivesse como contraponto o fato humilhante para todos nós: apenas África do Sul e Malaui possuem um grau de desigualdade de renda maior do que o do Brasil.

Nos ainda umbrais de um novo século, num contexto impregnado de muito ceticismo, onde se diluem o mito do Estado todo poderoso e o mito do mercado como catapulta do progresso infindo, ampliam-se os anseios por uma ativa e altiva ação comunitária, nunca subordinada às tiranias plutocráticas. Tampouco putinocáusticos.

A hora brasileira é a da sociedade civil. Sem medo e sem ódio, como dizia Marcos Freire, um talento pernambucano que fez história num partido que, à época, não bajulava o poder, muito pelo contrário.

PS. Viva o Luiz Berto, integralmente recuperado, de volta ao comando do Jornal da Besta Fubana!!


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