Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sábado, 27 de agosto de 2022

MEDO DE MÉDICO (CRÔNICA DA MADRE SUPERIORA VIOLANTE PIMENTEL, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

MEDO DE MÉDICO

Violante Pimentel

A fome é uma doença crônica, que somente a comida pode controlar.

É estranho o comportamento de pessoas, portadoras de doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes, que se recusam a procurar tratamento médico. Mesmo sendo doenças crônicas, para o resto da vida, essas doenças podem ser controladas. Para isso, o doente terá que se submeter a uma rotina diária de tomar a medicação prescrita pelo médico.

 

 

A doença crônica da fome, se não for tratada diariamente, pode levar o doente a óbito em um mês. E o remédio diário é um farto prato de comida, no mínimo, três vezes ao dia.

Esses pacientes que tem medo de médico devem ser adeptos da filosofia dos avestruzes. Dizem que quando um avestruz avista um leão, enfia a cabeça na areia para não vê-lo.

Acham que ignorando a doença, ela não existe. Ledo engano. O leão existe e está sempre à espreita.

Entretanto, para a doença da fome, o único remédio que existe é a comida, como o feijão com arroz e carne, leite, ovos etc. diariamente.

Há pessoas que brincam com a saúde e dizem ter medo de médicos. “Esquecem” de tomar os remédios por eles prescritos, e adotam a filosofia do avestruz. Acham que médico só faz descobrir doença. E usam o velho ditado popular: “o que os olhos não veem, o coração não sente.”

Acham que escondendo a doença, ela não existe.

Conheço pessoas que evitam ir a médicos, com medo de que eles descubram nelas alguma doença incurável. Fogem do tratamento precoce ou preventivo, como o diabo foge da cruz, e só procuram o médico, quando a doença já avançou.

Acontece que o leão é verdadeiro e vive à procura de caça. Por isso, não adianta o avestruz enfiar a cabeça na areia, para não ver o leão, pois terminará sendo devorado por ele.

Os avestruzes são injustiçados. Seus detratores declaram que aquelas aves são de uma estupidez sem paralelo. Dizem que elas, ao se defrontar com um leão, enterram suas cabeças na areia, como quem diz: “se não percebo o perigo, o perigo não existe para mim, desde que eu continue com a cabeça enfiada na areia.”

Não haveria problema nenhum, se o leão não existisse. Mas o leão existe, é caçador, e termina devorando o avestruz. Entretanto, é estranho que o avestruz, pelo instinto de conservação, não fuja do leão, ao invés de enfiar a cabeça na areia. Mas o que não se admite é que a pessoa humana evite ir ao médico, mesmo com sintomas de uma doença.

“É melhor prevenir, do que remediar”


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros