Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Palavra do Editor domingo, 27 de novembro de 2016

MINHA COLEÇÃO DE DISCOS

MINHA COLEÇÃO DE DISCOS

Raimundo Floriano

 

Estante B

 

                        Quando comecei a ganhar meu dinheirinho fixo, no início de 1958, cuidei logo de comprar uma radiola – mistura de rádio com vitrola – e adquirir os primeiros discos. Desde então, a mania não parou, só recrudesceu. Comecei com o bolachão – disco de cera de carnaúba, quebradiço por demais –, passei pelo vinil e pela fita cassete, até chegar ao atual estágio do cedê.

 

                        A vida de nômade, ora morando em alojamentos, ora em quartos de pensão, ora em locais provisórios, fez com que meu acervo se desfizesse e se renovasse por várias vezes. O que veio a cessar em 1975, quando me estabeleci em residência definitiva.

 

                        Nessa nova etapa, acumulei preciosidades, assim considerando todos os registros sonoros que satisfizessem a meu exigentíssimo paladar.

 

                        Cheguei a possuir 2.400 elepês e 800 fitas cassetes, todos numerados e registrados em fichas, o que me exigiu a aquisição de imenso móvel de aço com várias gavetas para o arquivamento. Classifiquei todas as peças na ordem alfabética dos intérpretes, agrupados esses nos 33 gêneros a seguir:

 

01) BOSSA NOVA - 02) BRASIL - 03) BREGA - 04) CARNAVAL - 05) CHORO - 06) CORDAS - 07) COUNTRY - 08) DOBRADO - 09) ERUDITA - 10) FESTAS - 11) FORRÓ - 12) FOSSA - 13) FREVO - 14) FUTEBOL - 15) HUMOR - 16) INTERNACIONAL - 17) JAZZ - 18) JOVEM GUARDA - 19) LATINA - 20) MPB - 21) NORDESTE - 22) ORQUESTRA - 23) ROCK - 24) SACRA - 25) SAMBA - 26) SERESTA - 27) SERTÃO - 28) SOPRO - 29) TECLADO - 30) TRILHA SONORA - 31) USA - 32) VALSA - 33) VELHA GUARDA.

                        Assim organizado, fiquei em condições de localizar qualquer disco ou fita no tempo máximo de 30 segundos!

 

                        Com o advento do disco a laser, comecei a me reciclar. Em 2003, tomei a decisão de transformar todo o meu acervo de vinis e fitas em cedês, após o que me desfiz de tudo o que fora substituído. Doando, é claro, pois a ninguém interessava comprar essas velharias.

 

                        A colocação dos cedês nas estantes obedeceu a método por mim elaborado e que tem funcionado muito bem até agora, possibilitando-me uma busca rápida e fácil, mesmo sem o auxílio do computador, onde tudo está registrado. E tudo cabendo num disquete.

 

                        Assim, encimando cada gênero, há um estojo vazio, com a lombada escura e letras brancas, designando-o. Os intérpretes vêm, então, em ordem alfabética. No final de cada gênero, para que a inclusão de uma ou mais peças não acarrete a mexida em toda a estante, vêm 10 ou 20 estojos vazios, conforme a frequência, com lombadas brancas e, em letras escuras, a inscrição VAGO.

 

                        As figuras aqui apresentadas dão uma idéia de como ficou tudo isso. A Estante A, por estar embutida numa parede do estreito corredor do meu apartamento, quase não possibilitou uma foto frontal, caso não contasse com a perícia de meu amigo Jorge Rocha, o técnico que, aliás, já transformara meus vinis e cassetes em cedês. Embora apareça no final desta matéria, é, na realidade, a que inicia a coleção, com o gênero Bossa Nova.

 

                        E é todo o meu acervo, composto de mais de 60 mil títulos nos formatos normal e MP3, só na MPB, que coloco à disposição dos amigos que o queiram conhecer.

 

                        A propósito, já existem gestões, junto ao Governo do Distrito Federal, para que tão organizada coleção passe a constar no Catálogo Turístico de Brasília.

 

Estante A


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