Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

De Balsas Para o Mundo segunda, 10 de abril de 2017

MINHA COLEÇÃO E DISCOS E A INTERNET

MINHA COLEÇÃO DE DISCOS E A INTERNET

Raimundo Floriano

 

 Estante A: Bossa Nova a Música Latina

 

            Quando comecei a ganhar meu dinheirinho fixo, no início de 1958, cuidei logo de comprar uma radiola – mistura de rádio com vitrola – e adquirir os primeiros discos. Desde então, a mania não parou, só recrudesceu. Comecei com o bolachão – disco de cera de carnaúba, pesado e quebradiço –, passei pelo vinil e pela fita cassete, até chegar ao atual estágio do cedê.

 

            A vida de nômade, ora morando em alojamentos, ora em quartos de pensão, ora em locais provisórios, fez com que meu acervo se desfizesse e se renovasse por várias vezes. O que veio a cessar em 1975, quando me acomodei em residência definitiva.

 

            Nessa nova etapa, acumulei preciosidades, assim considerando todos os registros sonoros que satisfizessem ao meu exigentíssimo paladar musical.

 

            Cheguei a possuir 2.400 elepês e 800 fitas cassetes, todos numerados e registrados em mais de 10 mil fichas, o que me exigiu a aquisição de imenso móvel de aço com várias gavetas para o arquivamento.

           

            Com o advento do disco a laser, comecei a me reciclar. Em 2003, tomei a decisão de transformar todo o meu acervo de vinis e fitas em cedês, após o que me desfiz de tudo o que fora substituído. Doando, é claro, pois a ninguém interessava comprar essas velharias.

 

            A colocação dos cedês nas estantes obedeceu a método por mim elaborado e que tem funcionado muito bem até agora, possibilitando-me uma busca rápida e fácil, mesmo sem o auxílio do computador, onde tudo está registrado. E tudo cabendo num único disquete!

 

            Classifiquei todas as peças na ordem alfabética dos intérpretes, agrupados esses nos 33 gêneros a seguir:

 

            Bossa Nova, Brasil, Brega, Carnaval, Choro, Cordas, Country, Dobrado, Erudita, Festas, Forró, Fossa, Frevo, Futebol, Humor, Internacional, Jazz, Jovem Guarda, Latina, MPB, Nordeste, Orquestra, Rock, Sacra, Samba, Seresta, Sertão, Sopro, Teclado, Trilha Sonora, USA, Valsa e Velha Guarda.

 

            Encimando cada gênero, há um estojo vazio, com a lombada escura e letras brancas, designando-o. Os intérpretes vêm, então, em ordem alfabética. No final de cada gênero, para que a inclusão de uma ou mais peças não acarrete a mexida em toda a estante, vêm 10 ou 20 estojos vazios, conforme a frequência, com lombadas brancas e, em letras escuras, a inscrição VAGO.

 

            Assim organizado, fiquei em condições de localizar qualquer disco no tempo máximo de 30 segundos!

 

            As figuras das duas estantes aqui apresentadas dão uma ideia de como ficou tudo isso.

 

            E é todo o meu acervo, composto de mais de 60 mil títulos, nos formatos normal e MP3, só na MPB – cerca de 12 mil de Carnaval –, que coloco à disposição de quem se interesse em conhecê-lo e estudá-lo.

 

Estante B: Música Popular Brasileira a Velha Guarda

 

            A propósito, dizem por aí que já existem gestões, junto ao Governo do Distrito Federal, para que tão organizada coleção passe a constar no Catálogo Turístico de Brasília. Não acredito!

 

            Esse valioso patrimônio cultural perderia completamente o seu sentido, se eu não o compartilhasse com os pesquisadores que, diariamente, localizando-me pelo site de busca Google, se valem dos meus conhecimentos com os mais diversos objetivos no setor, os quais atendo com presteza e satisfação.

 

            Para tanto, é imprescindível o papel da Internet! Que maravilhosa ferramenta posta de mão beijada à nossa disposição!

 

            Na intenção de comunicar-me com internautas do mundo inteiro, criei, no site de relacionamento Orkut, a Comunidade Dobrados, Carnaval e Forró, justificando-a pelos motivos a seguir.

 

            O Dobrado é o tipo de música que desperta o civismo nos jovens e solidifica o patriotismo no povo em geral; o Carnaval é a maior manifestação espontânea do brasileiro, enquanto que o Forró representa a síntese da cultura musical nordestina.

 

            O intuito desta Comunidade, com acervo em cedês superior a 1.500 dobrados, 12.000 mil marchinhas e sambas carnavalescos, 1.400 frevos e, por ora, 2.000 forrós, é estabelecer o intercâmbio, com os estudiosos, tanto do arquivo sonoro, quanto da literatura pertinente.

 

            Sem falar no grande elenco de intérpretes da Velha Guarda e em todas as peças musicais componentes da discografia de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Algumas até fora de catálogo.

 

            Desse modo, a Comunidade tem funcionado, sempre respeitando os limites estabelecidos pelo Direito Autoral.

 

            Por isso, no que se refere aos registros sonoros, devo ater-me à divulgação apenas daqueles que são de domínio público ou que não estejam ferindo o interesse de alguém. É o caso dos 27 Hinos Estaduais, cuja garimpagem me exigiu mais de três anos de pesquisa e teimosia, colocados ali para quem os queira ouvir.

 

            No meu álbum de fotos do Orkut, sob o título Partituras Oficiais, encontram-se todas as desses Hinos Estaduais, juntamente com as dos Hinos Oficiais Brasileiros.

 

            A minha condição de colecionador de discos, trombonista e Mestre da Banda da Capital Federal me fez amealhar enorme quantidade de partituras de músicas carnavalescas, distribuídas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - ECAD, com o propósito de divulgar seus compositores.

 

            Esse material se mostra agora preciosíssimo, mormente com a nova feição que o Carnaval Brasileiro tomou, já não se tocando mais, nos salões e nas ruas, os sucessos do passado, que tanto animaram o período momesco.

 

            Caíram em desuso, mas não no esquecimento. As solicitações que constantemente recebo dessas partituras são o atestado de que, no Brasil e no exterior, nossa rica MPB tem, no baú das recordações de eméritos colecionadores, lugar de destaque.

 

            E um detalhe que causa espécie: a maioria dos pesquisadores é composta por gente muito jovem, ainda não beirando a faixa etária dos 30!

 

            E eu, com meu modesto trabalho, sinto-me feliz por contribuir um bocado para que isso assim aconteça!

 

Ícone da Comunidade Dobrados, Carnaval e Forró

 

(Extinto o Orkut, desconheçam o que sobre ele foi escrito)

 


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