Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 28 de janeiro de 2023

MODA: A GRIFE DE BRASILIA QUE VEIO DA FLORESTA

 

ARQUIVO PESSOAL

A grife de Brasília que veio da floresta

Publicado em Coluna Capital S/A

Coluna Capital S/A, por Ana Dubeux (interina)

O combate ao preconceito contra indígenas e quilombolas por meio da arte é a bandeira da marca Tamã, especializada em produtos autênticos de povos originários. Nascida em 2018 por meio de parceria com povos indígenas, artistas e pessoas comprometidas com as causas socioambientais, a grife gera recursos para ações imediatas de várias etnias. À frente do empreendimento, o biólogo e indigenista brasiliense Cléber Oliveira, 41 anos, anuncia nova parceria com artistas Ianomâmi, que assinarão as peças da nova coleção de camisetas, a ser lançada nos próximos meses. O faturamento da loja em 2022 foi da ordem de R$ 350 mil e a meta é dobrar a cifra neste ano, consolidando a loja física a ser montada no Plano Piloto.

Com as bênçãos do cacique Raoni
Uma das primeiras ações da Tamã foi o lançamento de peças de um artista caiapó, em ação conjunta com Instituto Raoni. O evento contou com a presença do cacique Raoni, conhecido internacionalmente por sua luta pela preservação da Amazônia. A grife está finalizando o processo de novas produções também com artistas da etnia. Anuncia, ainda, investimento na retomada de lojas móveis pelo DF — os emblemáticos quiosques —, embora o carro-chefe das vendas continue sendo no modelo virtual. E está de olho nos mercados norte-americano e europeu, onde ações de defesa do meio ambiente, sobretudo da Amazônia, são verozmente apoiadas e consumidas.

Marca arregimenta poderosos aliados
A Tamã firmou parceria com a Embaixada do Canadá para a criação de uma sala pedagógica e uma biblioteca, que garantirão ações educativas para formação de professores, além de atendimento a crianças indígenas e não indígenas para fortalecer a prática da educação ambiental, como ferramenta da diversidade social do país. “Para combater o preconceito contra indígena e quilombolas, a sociedade precisa ser melhor informada”, ensina Oliveira, destacando que os móveis que comporão as instalações foram idealizados e desenhados por sua equipe.

Leia na minha camisa
A marca colaborativa comercializa trabalhos de seis associações e conta com a parceria de quatro artistas indígenas. A iniciativa busca a ampliação de comunidades quilombolas de todo o país no processo — a primeira parceria foi firmada com as mulheres Tocoiós, de Francisco Badaró (MG), quilombo certificado como remanescente pela Fundação Cultural Palmares. “Esses povos entram com seu patrimônio imaterial, que é o seu nome e sua arte gráfica, e criamos coleções conjuntamente”, explica Oliveira. Segundo ele, o lucro é dividido em partes iguais, quando não é totalmente destinado a uma causa.

Infância no cerrado inspirou paixão pela natureza
Filho de professora rural, Cléber Oliveira aprendeu desde pequeno, na Ponte Alta, no Gama, a interagir com a natureza e os animais do cerrado, assimilando, desde cedo, a importância da preservação e conservação do meio ambiente. Inclinado a cursar veterinária, acabou optando por biologia, “para não dar ainda mais despesa para a família”. Em 2006, ao concluir pós-graduação na área, foi convidado por uma equipe da Funai a incursionar nas aldeias Araweté e Parakana, em Altamira (PA), no auge do conflito da instalação da hidrelétrica de Belo Monte. Aceitou o convite, deixando para trás a família, os amigos e um bom emprego na Caixa Econômica, embarcando em uma aventura que iria alterar os rumos da sua vida.


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