Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 19 de novembro de 2023

NATUREZA: TEMPORADA FRUTÍFERA PELO DF GARANTE SABOR E NUTRIÇÃO AO ALCANCE DE TODOS

 

Temporada frutífera pelo DF garante sabor e nutrição ao alcance de todos

Árvores frutíferas transformam ruas e avenidas em pomares a céu aberto. São quase mil espécies nativas do Cerrado e algumas exóticas disponíveis para os brasilienses

 
 Comum no DF, a amora é uma excelente fonte de nutrição -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Comum no DF, a amora é uma excelente fonte de nutrição - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 
 
 
Laezia Bezerra 
postado em 19/11/2023 06:00

A temporada de frutas chegou a Brasília. É nesta época que a população aproveita e colhe uma grande variedade de espécies nativas do Cerrado e também algumas exóticas. De acordo com a Novacap, são cerca de 950 mil árvores frutíferas de 35 espécies diferentes plantadas em todas as regiões administrativas do Distrito Federal.

 
Das 35 espécies, 10 são nativas do Cerrado: araçá, baru, cagaiteira, cajazeira, ingá-colar, ingá-mirim, jatobá-da-mata, jatobá-do-cerrado e pequizeiro. Entre as mais comuns estão a mangueira, a jaqueira e a amoreira que compõem áreas verdes em locais residenciais, avenidas e parques públicos.

 

 10/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Pomar ao alcance de todos. Colheita de mangas feita pelos brasilienses no eixo monumental próximo ao Palácio do Buriti. Ana Clara e Lucas Kelvin
José Roberto Santana leva a família para colher frutas no Plano Piloto(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Sacolas cheias

O mais curioso quando se passa próximo das árvores frutíferas é que, perto ou debaixo de algumas delas, estão bambus ou varas cumpridos para pegar as frutas que estão nos galhos mais altos. "Parece que já é um costume: quem colheu por último deixa o gancho ali para a próxima pessoa que passar e quiser saborear uma manga, por exemplo", é o que explica a dona Rosania Sousa de 52 anos, moradora do Sol Nascente.

"São muitas frutas à nossa disposição, é muito bom poder desfrutar e degustar um pouco de tudo isso. Temos mangas, jacas, coisa boa para alimentar a todos. Eu só tenho a agradecer a natureza por essa oportunidade e também a quem cuida da preservação dessas árvores, que nos proporciona essa colheita maravilhosa", destacou Rosânia.

 

 10/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Pomar ao alcance de todos. Rua das Jaqueiras entre o Sudoeste e Cruzeiro.
10/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Pomar ao alcance de todos. Rua das Jaqueiras entre o Sudoeste e Cruzeiro.(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Tradição de família

Apesar de não serem típicas do Cerrado, as mangas são as campeãs no gosto popular. Encontradas em praticamente toda a região, de novembro até fevereiro estão no auge da produção, os pés estão cheios da fruta super doce e prontas para o consumo.

As mangueiras são a espécie mais plantada em Brasília, de acordo com a Novacap. Em seguida vem o ingá, a jaca, o jamelão, o jatobá, o jenipapo, o oiti, o pequi, a pitanga, o buriti e a amora. Atualmente, devido à grande quantidade de frutíferas já existentes, a companhia inclui apenas 10% delas entre as 100 mil árvores e arbustos que fazem parte do programa de arborização, que ocorre de outubro a março, quando as chuvas estão mais intensas e contínuas.

José Roberto Pereira Santana, 45 anos, morador da Estrutural, foi com a família colher e se deliciar com as mangas que ficam em frente ao Palácio do Buriti e diz que é uma tradição na família. "É tradição na minha casa, estamos aqui todo ano, nesta época. É um programão trazer minha família para fazermos juntos essa colheita. É uma delícia esse pomar a céu aberto para os moradores do DF, um verdadeiro momento de lazer e sabor nas nossas vidas".

Em outro ponto do Eixo Monumental, o casal Renata Guimarães, 33 e Gildean Rocha 27, foram com os filhos Ana Clara e Lucas Kelvin aproveitar a temporada das mangas. "Não tem como passar pelo local e não parar embaixo das mangueiras para pegar as mangas. É uma delícia desfrutar desse momento com as nossas crianças ao ar livre, aproveitando um alimento que a natureza nos oferece de graça e que é tão gostoso. Eu nem espero chegar em casa, chupamos as mangas aqui mesmo embaixo das árvores", afirma Renata, bastante entusiasmada com a colheita que conseguiu fazer juntamente com a família.

 

 10/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Pomar ao alcance de todos. Amoras
10/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Pomar ao alcance de todos. Amoras(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Ruas das frutas

Em Brasília, há ruas identificadas como frutíferas. É o caso da Avenida das Jaqueiras, entre Cruzeiro e Sudoeste, e a das Mangueiras, entre Cruzeiro Velho e Novo.

Dona Elza Maria, 66, moradora do Cruzeiro Novo, conta que não come a fruta, mas admira a beleza das árvores carregadas quando está na parada de ônibus em frente aos pés de jaca.

"Não gosto da fruta, não como, acho muito forte. Mas eu admiro essas árvores, acho uma beleza olhar esses pés carregados de jacas, um encanto da natureza assim ao ar livre, ao alcance de quem passa por perto. Aqui no Cruzeiro, podemos apreciar, além das jaqueiras, os pés de limão, de abacate e amoreiras que ficam lindas bem 'carregadinhas' com as amoras maduras".

Silvestres e nutritivas

De acordo com a nutricionista Fabiana Nalon, a fruta colhida na rua é uma das melhores opções para a alimentação, por ser natural, e estar livre de agrotóxicos e insumos. Assim como a jaca, o abacate e as amoras, mais comuns nas regiões do DF, têm grande fonte de nutrição, de acordo com a especialista. "São frutas excelentes, silvestres e nutritivas. É um luxo ter acesso a essas frutas no seu estado natural, bem na sua época sazonal, no auge da doçura. As pessoas deveriam praticar mais esse tipo de colheita. É totalmente saudável", explica.


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