Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Fernando Antônio Gonçalves - Sempre a Matutar segunda, 19 de novembro de 2018

NÚMEROS E LETRAS

 

 
NÚMEROS E LETRAS

1. Os resultados apurados nos testes de Matemática aplicados aos alunos das séries primeiras de ensino comprovam a posição incômoda, para não dizer profundamente humilhante, do conhecimento do cálculo matemático elementar na vida cotidiana de nosso país. Frequentemente, uma simples multiplicação de dois números simples causa um embaraço emocional significativo em quem está responsável pelo cálculo, não sendo raro o momento de se recorrer a uma maquininha peba para observar o resultado. Não é sem razão que as contas dos atuais restaurantes já explicitam a cota individual de cada participante.

Outro dia, li um livro muito bem elaborado pelo inglês Kjartan Poskitt, autor de diversos livros científicos para jovens, também responsável por famosos programas de ciência e matemática na televisão inglesa. O título, bastante sedutor, é Matemática para gente grande – um guia bem-humorado com atalhos, truques e dicas para aprender a lidar com os números de uma vez por todas, São Paulo, Benvirá, 2017, 186 p. Um livro gostosamente oferecido a Marilyn Malin, “que há vinte anos me ajuda a me manter organizado. Nunca usou uma calculadora e nunca está errada.”

Segundo Poskitt, a razão maior da feitura do livro foi a procura de um amigo seu, de cerca de 40 anos, inteligência acima da média, mas que não conseguia efetivar um curso de gestão por não ser aprovado em nenhum teste de conhecimento matemático. Segundo o amigo, “sei somar e subtrair números, mas, quando o negócio é multiplicar, entro em desespero, mesmo usando uma calculadora”.

Logo de início, Poskitt adverte que o seu novo livro não é didático, não havendo testes e provas, ninguém indo gritar no seu ouvido se cair no sono. E explica: “Este livro pretende ajudá-lo nos cálculos do dia a dia, naquelas situações em que você precisa descobrir a quantidade de tinta necessária para pintar um quarto, ou a duração de uma viagem, também servindo de guia para coisas mais complexas, como álgebra e percentagem.”

2. Sou assinante do jornal mensal Correio Espírita, de Niteroi, Rio de Janeiro, o primeiro jornal espírita a circular em todo o estado do Rio Janeiro. Em seu número de novembro 2018, ele noticia o centenário de desencarnação de Eurípedes Barsanulfo, ocorrido no dia 1° de novembro de 1918, em Sacramento, Minas Gerais, ele com apenas 38 anos e seis meses, vitimado pela gripe espanhola. Por feliz coincidência, recebi da amiga querida Yvaneide Pereira, trabalhadora incansável da Casa dos Humildes, onde sou soldado raso, o livro Eurípedes Barnasulfo, cem anos de saudades, Alzira Bessa França Amui (org), Sacramento, Minas Gerais, 2018, 192 p., Editora Esperança e Caridade & Colégio Allan Kardec. Artigos e mensagens escritos com as tintas da gratidão por amigos que sempre admiraram o querido professor Eurípedes, que sempre se pontuou como um verdadeiro homem de bem.
Segundo a reportagem do jornal acima citado, a vida de Barsanulfo foi pautada na disciplina e na determinação de sempre praticar o bem. Terceiro filho de um uma prole de quinze, a infância dele foi repleta de dificuldades múltiplas, onde aos seis anos já ajudava o pai num armazém de secos e molhados.

3. MAMATARIA SEM VERGONHA

A Suiça tem 4 estatais; a Austrália e o Japão têm 8; a Áustria tem 10, a Bélgica 12; os EEUU e o Reino Unido têm 16; a Dinamarca tem 21 e o Chile 25. E o Brasil? 418 !! Quantitativo que humilha e enxovalhava a dignidade nacional. Recomendamos uma leitura bem pensada de Caminhos da Esquerda – Elementos para uma reconstrução, Boris Fausto, São Paulo, Companhia das Letras, 2017, 209 p., onde o autor, doutor em filosofia pela Universisdade de Paris e professor emérito da Universidade de São Paulo, analisa as patologias da esquerda brasileira, causadoras de uma sucessão de derrotas dos seus projetos, com seus sectarismos, sem poupar as atuais manobras neoliberais e os sonhos ahistóricos de uma direita somente vitoriosa diante das patologias posicionais de demagogos, oportunistas, messiânicos e fraudadores do Erário Público, fomentadores de uma alienação radicalmente distanciada dos legítimos interesses republicanos.

4. O comportamento ridículo do ex-presidente Lula, hoje portando outro diploma presi, o de presidiário, em Curitiba, em depoimento prestado à juíza Gabriela Hardt, substituta do Dr. Sérgio Moro, pode ser considerado como uma tentativa circense de enxovalhar o Poder Judiciário. Não sabendo mais honrar as calças que veste, o presidiário deveria ter a hombridade de reconhecer suas patifarias financeiras de ínfima categoria moral. Muitos aplausos para o salutar puxão de orelha dado pela juíza no presidiário, quando o mesmo quis se meter a besta pro lado dela: “Se continuar nesse tom vamos ter problemas!”

5. Entre os adeptos da Doutrina Espírita, a mediunidade e a forma de vivenciá-la com seriedade, fidelidade e moralidade são assuntos que devem ser debatidos com muita densidade, evitando a emersão de ideias que não estão devidamente correlacionadas com a Doutrina. Ressalte-se a lição magistral sobre Mediunidade Mental explicitada na Revista Espírita de março de 1866, favorecendo o aperfeiçoamento dos contatos conscientes com os diferenciados benfeitores espirituais. Na Revista de maio de 1863, o próprio Allan Kardec ressaltava que “de 3.600 comunicações recebidas, não há 300 passíveis de publicação e apenas 100 são de mérito.” O próprio João Evangelista, o apóstolo mais amado de Jesus, já advertia na sua Primeira Epístola (João 4,1).

6. Que o conserto da inclinação da torre do relógio da Faculdade de Direito do Recife seja efetuado sem afobações nem licitações de araque, preservando a dignidade daquele monumento cultural de Pernambuco, a Casa de Tobias Barreto. E protegendo a sobrevivência comportamental acadêmica de professores, alunos e funcionários daquela respeitável instituição.


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