Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Ricardo Noblat domingo, 04 de junho de 2017

O TIRO QUE FALTA

O tiro que falta

Ricardo Noblat

Quantos tiros mais no pé o presidente Michel Temer haverá de se dar até que um deles o aleije em definitivo e o impeça de completar o mandato subtraído de Dilma Rousseff?

O mais recente dos tiros não tem uma semana. Às pressas, sem refletir sobre as consequências do seu gesto, Temer anunciou a terceira troca de ministro da Justiça em pouco mais de um ano.

Saiu Osmar Serraglio (PMDB-PR), que assumira o cargo há menos de quatro meses. Entrou Torquato Jardim que até então era o ministro da Transparência.

Temer imaginou que Serraglio aceitaria o lugar deixado vago por Jardim e que tudo ficaria em paz. Esqueceu-se de combinar com ele. Serraglio preferiu reassumir o mandato de deputado. POU! Deu-se o pior.

A volta de Serraglio à Câmara desalojou dali seu suplente, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, o homem filmado pela Polícia Federal correndo com uma mala de dinheiro em São Paulo.

A partir de amanhã, Rocha Loures estará em um novo endereço – a Penitenciária da Papuda, em Brasília. Uma vez que sem mandato perdera o direito a foro especialo, foi preso ontem. E na ocasião, chorou muito.

Boa parte do que Rocha Loures tem para contar, a Procuradoria Geral da República (PGR) já sabe. O próprio Rocha Loures contou em conversas  gravadas pela Polícia Federal que virão a público em breve.

Em uma delas, Rocha Loures confessa que o dinheiro da mala, R$ 500 mil reais, recém-saído dos cofres do Grupo JBS, era destinado a Temer. E que ele não passava de um mero portador.

A PGR quer mais detalhes a respeito. E novas revelações para fechar de vez o cerco a Temer. Não será o julgamento das contas da chapa Dilma-Temer pela Justiça Eleitoral que selará a sorte do presidente.

Será o que está por vir – a denúncia que o procurador Rodrigo Janot oferecerá contra Temer ao Supremo Tribunal Federal por crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

Temer sangra desde que recebeu em audiência clandestina no porão do Palácio do Jaburu o empresário Joesley Batista, apontado por ele mais tarde como um sujeito bisonho, fanfarrão e sem importância.

Por que um presidente da República receberia um sujeito desses depois de se certificar de que ele fora admitido ali com nome falso? Por que revelaria sua satisfação com o fato de Joesley ter dito que se chamava Rodrigo?

De Rocha Loures, Temer disse mais de uma vez que se trata de uma boa pessoa, decente, muito preparada e filho de uma família com grande prestígio no Paraná. Acredita que ele foi vítima de “uma armação”.

O que dirá se ele o delatar? Talvez repita Lula, que diz que preso da Lava Jato delata para poder se safar. Lula omite que não basta delatar, tem que provar.

 

Tiro no pé (Foto: Antonio Lucena)
Arte: Antonio Lucena

 


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