Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 14 de outubro de 2023

OBESIDADE INFANTIL: UMA AMEAÇA EMERGNTE À SAÚDE DAS CRIANÇAS

 

Obesidade infantil: uma ameaça emergente à saúde das crianças

O sobrepeso se esconde em escolhas alimentares erradas, momentos de inatividade e tentações, como açúcares e telas. Mas não é só estética; é uma batalha pela saúde e felicidade das crianças

A obesidade infantil é um problema crescente que afeta a saúde e bem-estar das crianças -  (crédito: Reprodução/Freepik)
A obesidade infantil é um problema crescente que afeta a saúde e bem-estar das crianças - (crédito: Reprodução/Freepik)
 
 
Iza Carvalho* 
postado em 10/10/2023 13:44 / atualizado em 11/10/2023 09:37

A obesidade infantil é uma condição complexa, resultante da interação de diversos fatores. O ambiente em que as crianças crescem desempenha um papel crucial, com a disponibilidade de alimentos ultraprocessados, o sedentarismo induzido pela tecnologia e a falta de espaços seguros para atividades ao ar livre, contribuindo para o problema. Além disso, fatores genéticos, psicológicos e sociais influenciam a manifestação dessa condição.

 
De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de 2019, 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e 10 anos têm sobrepeso, 9,38% têm obesidade e 5,22% enfrentam obesidade grave. Esses índices não afetam apenas a saúde física, mas também têm implicações significativas na saúde mental e na qualidade de vida.

 

Causas

De acordo com a nutricionista infantil do Instituto de Desenvolvimento Infantil Dyandra Loureiro, a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, diversas causas podem estar envolvidas, desde fatores genéticos e comportamentais, como sedentarismo, questões emocionais, escolhas alimentares, contexto familiar e acadêmico.

Sinais de alerta

A nutricionista infantil destaca que, por questões culturais, muitas famílias acabam enxergando excesso de peso/gordura na infância como algo saudável. “Por isso, uma avaliação precisa poderá mostrar se realmente há algo que está caminhando fora dos parâmetros adequados.”

Além disso, a especialista cita fatores como:

- Episódios de compulsão alimentar (ingerir um grande volume de alimentos num curto espaço de tempo)

- Uso do alimento como recompensa ou “objeto” de troca.

Diagnóstico

Dyandra destaca que o primeiro passo no tratamento da obesidade infantil deve ser a orientação parental, já que simplesmente ajustar o cardápio não é eficaz se em casa a criança não segue uma rotina de refeições, come de forma distraída, não participa na montagem do próprio prato ou os pais usam doces como recompensa por tarefas.

“É importante respeitar a individualidade de cada criança e considerar a inclusão de outros profissionais, como nutricionistas, endocrinologistas pediátricos, psicólogos e educadores físicos, em uma abordagem multidisciplinar para um tratamento completo e eficaz.”

Tratamento

Dyandra Loureiro recomenda evitar tratamentos baseados na restrição de calorias e no aumento do gasto calórico, pois estão propensos ao insucesso. Também é importante ter cautela com abordagens que focam apenas na perda de peso e impõem restrições drásticas na quantidade e na variedade de alimentos, pois essas abordagens podem prejudicar a saúde da criança, especialmente durante seu período de desenvolvimento e crescimento.

“Estudos destacam a importância de analisar não apenas 'o que' e 'quanto' se come, mas também 'como' se come. A relação com alimentos e o momento das refeições desempenham um papel significativo e são mais influentes do que apenas a seleção de alimentos. Desde o início do tratamento, é crucial considerar a orientação dos pais e outros cuidadores envolvidos, promovendo uma divisão adequada de responsabilidades e incentivando práticas alimentares positivas e saudáveis.”

Como prevenir

De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), a prevenção da obesidade infantil requer mudanças nos ambientes, no estilo de vida e nos hábitos alimentares familiares. Isso inclui:

- Evitar açúcar e alimentos ultraprocessados nos primeiros dois anos de vida.

- Priorizar alimentos in natura e minimamente processados.

- Substituir bebidas adoçadas por água.

- Incentivar brincadeiras ao ar livre, como correr, pular corda e andar de bicicleta, em vez de usar celulares e videogames.

Palavra do especialista

A aprovação da semaglutida pela Anvisa é benéfica para a saúde?

Sim, porque alguns pacientes podem precisar de auxílio além das mudanças de estilo de vida, que são a base do tratamento da obesidade.

A semaglutida demonstrou eficácia no tratamento da obesidade tanto em adultos quanto em adolescentes a partir dos 12 anos. Além disso, ela oferece a conveniência de ser uma medicação injetável subcutânea administrada apenas uma vez por semana, o que favorece a aderência ao tratamento.

Quais são os principais efeitos colaterais da semaglutida e como deve ser feito o acompanhamento médico?

Os efeitos colaterais mais comuns da semaglutida estão relacionados ao trato gastrointestinal, como náuseas, vômitos, constipação intestinal e diarreia. É fundamental que os pacientes sejam avaliados por um especialista para uma indicação criteriosa e que o controle da resposta, tanto em eficácia quanto em efeitos colaterais, seja monitorado cuidadosamente. A semaglutida representa uma opção adicional para o tratamento da obesidade em uma faixa etária que possui poucas alternativas terapêuticas disponíveis.

Paulo Augusto Miranda é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)


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