Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

José Domingos Brito - Memorial quarta, 28 de fevereiro de 2024

OS BRASILEIROS: Leopoldo Nachbin (CRÔNICA DO COLOUNISTA JOSÉ DOMINGOS BRITO)

 

OS BRASILEIROS: Leopoldo Nachbin

José Domingos Brito

 

Leopoldo Nachbin nasceu em 7/1/1922, em Recife, PE. Professor, matemático e um dos fundadores do IMPA-Instituto de Matemática Pura e Aplicada e do CBPF-Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Ficou conhecido pela formulação do “Teorema de Nachbin”, usado para estabelecer um

limite no crescimento de uma função analític

Filho de Léa Drechter Nachbin e Jacob Nachbin, uma família judaica, vinda da Europa em princípios do século XX. Ainda criança demonstrava interesse pela matemática e estudou num colégio onde foi amigo inseparável de Clarice Lispector. Mais tarde, quando já era escritora famosa, ela relembrou a antiga amizade numa crônica – As grandes punições – publicada no Jornal do Brasil em 1967 e dizia que ele era “um dos maiores matemáticos que hoje existem no mundo”.

No colégio foi aluno do prof. Luís Freire, conhecido estimulador de talentos, que o aconselhou a estudar no Rio de Janeiro, para onde se mudou aos 17 anos. A partir de 1940 e, simultaneamente com o curso de engenharia, frequentou como ouvinte o curso de matemática, pois não era permitido a matrícula em dois cursos ao mesmo tempo. Ainda aluno, tornou-se auxiliar de ensino no curso de cálculo infinitesimal, em 1941, e no mesmo ano publicou seu primeiro trabalho acadêmico, aos 19 anos, nos Anais da Academia Brasileira de Ciências. Em 1943 graduou-se em engenharia civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil.

Em 1947 foi contratado como professor da Faculdade Nacional de Filosofia e no ano seguinte prestou concurso de Livre Docência em Análise Matemática na mesma faculdade. Mais tarde tornou-se professor titular do CBPF-Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e UFRJ-Universidade federal do Rio de Janeiro. Em 1948 foi estudar nos EUA, na Universidade de Chicago e manteve contatos com renomados matemáticos, como André Weil, Jean Dieudonné, Marshall Harvey Stone e Laurent Schwartz.

Na década de 1950 foi empossado na Academia Brasileira de Ciências. Lindolpho de Carvalho Dias, um dos primeiros diretores o considerava “excelente matemático, extremamente competente”. Fundou, também, a ELAM-Escola Latino-Americana de Matemática, em 1967. Foi o primeiro matemático a receber o prêmio Moinho Santista, em 1962 e primeiro brasileiro a palestrar no Congresso Internacional de Matemáticos, na Suécia, naquele ano.

Publicou 10 livros, a maior parte no exterior e centenas de artigos em revistas especializadas. Foi editor da prestigiada série “Mathematical Studies”, publicada pela editora North Holand. Suas contribuições situam-se nas áreas de Análise Funcional, Análise Harmônica, Topologia, Álgebras Topológicas, Teoria da Aproximação e Holomorfia em Dimensão Infinita. Segundo ele mesmo, seu trabalho mais importante é o estudo dos espaços Hewit-Nachbin.

Foi professor visitante e conferencista em renomadas instituições: Institut des Hautes Études Scientifiques (IHES), as Universidades de Paris VI, Chicago, Oxford, professor titular da University of Rochester e da Escola Normal Superior de Pisa. Em 1970, recebeu uma medalha honorífica da Universidade de Liege e, em 1973, recebeu o título de professor Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco. Recebeu, em 1982, o Prêmio de Ciências Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e, nesse mesmo ano, por ocasião de seus 60 anos, foi homenageado com um simpósio internacional de matemática realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A UNICAMP-Universidade Estadual de Campinas concedeu-lhe o título de professor Honoris Causa em 17/8/1989. Faleceu ainda jovem aos 67 anos, em 3/4/1993, em plena atividade. Em agosto de 2014, a biblioteca do Instituto de Matemática da UFRJ passou a denominar-se “Biblioteca Professor Leopoldo Nachbin”.

 


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