Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Brickmann - Chumbo Gordo domingo, 11 de março de 2018

OS TRAPALHÕES E A TABAJARA

 

Apertem os cintos: os pilotos assumiram! A menos que as coisas sejam mais confusas do que parecem, o que é difícil, Kim Jong-un, o do cabelo esquisito da Coreia do Norte, vai-se reunir com Donald Trump, o do cabelo esquisito dos Estados Unidos. Os Estados Unidos e a Coreia do Norte estão formalmente em guerra, já que em 1953 houve apenas um armistício. E o mediador do encontro entre os dois países em guerra é Chung Eui-yong, o diretor do Gabinete de Segurança da Coreia do Sul – também em guerra com a Coreia do Norte. A reunião deve ser em maio, em local a definir.

É um avanço: há poucos dias, o norte-coreano e o norte-americano discutiam, de modo até indecente, o tamanho do botão nuclear de cada um. Mas, se considerarmos as declarações de Kim e de Trump, haverá certa confusão a respeito dos acordos e desavenças entre ambas as nações.

Talvez haja aí margem para que o Brasil, sucessivamente esnobado nas visitas de dirigentes de Primeiro Mundo à América Latina, volte a fulgurar nos anais diplomáticos internacionais. Num encontro entre Trump e Kim, está faltando uma personagem essencial: a ex-presidente Dilma Rousseff. Traduzir inglês para coreano, e vice-versa, já é difícil. Considerando-se os personagens a ser interpretados, já é tarefa para um superprofissional. Com Dilma, qualquer tradução seria impossível. Cada lado daria sua versão, pela qual se diria vitorioso. Sem divergências, teríamos paz para nosso tempo.

Lado a lado

Se os dirigentes dos dois países fossem menos espetaculosos, o encontro seria recebido com mais confiança. Para Coreia do Norte e EUA, a crise já rendeu o que podia e agora é prejudicial a ambos. A Coreia do Norte, país pobre e em crise alimentar permanente, não tem recursos para investir em foguetes que nada significam em termos econômicos; Trump, empenhado em brigar com o máximo possível de aliados, não tem tempo a perder com inimigos. É hora de mudar de assunto. Embora seja surpreendente, nada impede que lance funcione. A diplomacia do pingue-pongue funcionou: em 1971, os jogadores da seleção americana foram convidados para ir à China, abrindo caminho para negociações entre Washington e Pequim.

Tudo bem

A 12ª Vara Federal, Brasília, mandou soltar Joesley Batista, por excesso de tempo de prisão preventiva. Joesley confessou ter subornado algo como 1.800 políticos, entre eles, disse, ministros e o presidente da República. E mostrou como trair o presidente, preparando uma gravação. Joesley sai livre; só que sem passaporte. Marcelo Odebrecht, que montou em sua empresa um setor de propinas, e que o estendeu internacionalmente, cumpriu dois anos de pena e está, digamos, preso em sua mansão. Já Marcos Valério, que perto dos outros é nutella, cumpre 40 anos de prisão.

Delfim é o alvo

No mesmo dia, duas iniciativas contra o ex-ministro Delfim Netto: cedo, a Polícia Federal fez buscas em sua casa e garante ter rastreado pagamentos suspeitos de R$ 15 milhões, por empresas que participaram da construção da Hidrelétrica de Belo Monte; e, à tarde, o juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 4,4 milhões das contas de Delfim, de seu sobrinho Luís Appolonio Neto e de empresas de ambos. Os pagamentos a Delfim, diz a Procuradoria Geral da República, não se referem a qualquer serviço por ele prestado às empreiteiras, e teria sido acertado pelo então ministro Palocci. Os advogados de Delfim lembram que ele exerceu seu último cargo público em 2006 e dizem que não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer ocasião.

…e bonito por natureza

* Um grupo de seguidores do MST, armados com facões, invadiu a gráfica do jornal O Globo, no Rio. Que pretendiam os “trabalhadores sem terra” numa gráfica, em área urbana? Não se sabe. Mas o caro leitor já leu algum protesto de sindicatos de jornalistas contra o ataque a um jornal?

* Mikael Medeiros, 19 anos, é notícia de destaque em O Globo: no ano passado, ele brincava por estar em dependência na escola. Neste ano, é gestor financeiro do Ministério do Trabalho, responsável por autorizar pagamentos de meio bilhão de reais por ano. É o Brasil que dá certo.

* Informação oficial: neste ano, o Governo do Distrito Federal pagava a 648 servidores salário superior ao teto fixado pela Constituição, pouco mais de R$ 32 mil mensais, o pagamento de ministros do Supremo. Um deles recebe R$ 303 mil por mês; sete outros, menos abonados, ganham pouco mais de R$ 200 mil mensais. Diz o Governo que decisões judiciais dão aos funcionários o direito de receber bem mais que o teto constitucional.

* Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por participar do assassínio de seus pais a pauladas, saiu da prisão no dia 8, para passar a Páscoa com o marido. Suzane já tinha conseguido outro período de liberdade, para – pois é – comemorar o Dia dos Pais.


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