Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Raimundo Floriano - Perfis e Crônicas sábado, 22 de julho de 2017

PEARL HARBOR - 70 ANOS

PEARL HARBOR - 70 ANOS

(Publicada a 05.12.2011)

Raimundo Floriano

 

Base americana de Pearl Harbor, no Havaí, antes e durante o ataque

 

                        Na quarta-feira próxima, 7 de dezembro, faz 70 anos que a base americana de Pearl Harbor, na Ilha de Oahu, no Havaí, foi traiçoeiramente atacada pela Marinha Imperial Japonesa, em investida aérea que danificou 11 navios e 188 aviões, produziu grande prejuízo material, causou a morte de 2.403 militares americanos e 68 civis e determinou a entrada dos Estados Unidos da América do Norte na Segunda Guerra Mundial.

 

                        Naquele dia, eu tinha 5 anos meio de idade.

 

                        Hoje, quando me perguntam o motivo pelo qual a Música Militar é uma de minhas predileções, eu encontro a explicação nos fatos históricos de âmbito mundial desde o dia em que vim ao mundo, fatos esses narrados pelas ondas radiofônicas e ouvidos todas as noites pela população de minha terra, nas varandas das residências que possuíam um aparelho de radio.

 

                        Todas essas transmissões eram precedidas, entremeadas e finalizadas pelos dobrados nacionais e estrangeiros, que davam o aspecto marcial às notícias bélicas que nos chegavam naquele longínquo sertão sul-maranhense.

 

                        No ano de 1936, quando nasci, toda a atenção mundial se concentrava na sangrenta Guerra Civil Espanhola, que durou até 1939, ano em que, a 1º de setembro, a Alemanha Nazista invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial, com a entrada, com o já foi dito, dos Estados Unidos, em 7 de dezembro de 1941, e do Brasil – tendo em vista o afundamento 14 navios da Marinha Mercante Brasileira por submarinos alemães –, em 31 de agosto de 1942, conflito que se estendeu até o dia 8 de maio de 1945, consagrado como o Dia da Vitória.

                       

                        O Brasil lutava do lado bem, o dos Aliados, sob o comando dos Estados Unidos. Cada vitória nossa era comemora naquele sertão com passeatas, sessões solenes e peças teatrais nas quais eram narrados os feitos de nossos soldados nos campos de batalha.

 

                        Hinos, canções, sambas patrióticos e marchinhas carnavalescas enalteciam os feitos de nossos pracinhas e forjavam na população um sentimento de brasilidade, de amor à Pária, de confiança, fé e esperança no futuro Brasileira Nação. Um dos símbolos a incrementarem esse sentimento foi a série filatélica lançada em 1943, relativa à FEB - Força Expedicionária Brasileira e ao 5º Exército Americano, no qual se engajara nossa tropa.

 

Série que iniciou minha coleção de selos

 

                        A cobra fumando era o símbolo dos pracinhas, significando que o pau cantava pro lago do inimigo toda a vez que os brasileiros os enfrentavam com suas metralhas, com seus fuzis. Verdadeiro pega pra capar!

 

                        Ouvindo, à noite, as notícias do front, e comentando, durante o dia todos os assuntos da conflagração, assombrado com o risco de Balsas ser envolvia em batalhas – até um meu primo, Pedro de Alcântara, combateu na Itália –, posso afirmar que já nasci ouvindo dobrados e canções patrióticas, que já nasci embrulhado com a Bandeira do Brasil.

 

                        Muito tempo depois, já vivendo em outras cidades, assisti a grandes e memoráveis filmes que nos mostraram na tela, com relativa precisão, as imagens que criáramos em nossa imaginação. Os mais importantes deles foi From Here to Enternity - A Um Passo da Eternidade, de 1953, com a visão americana de ataque a Pearl Harbor, e Tora!Tora! Tora!, de 1970, dirigido por americanos e japoneses, dando-nos a real dimensão do que foi aquele fatídico episódio.

 

                        Um dos dobrados que mais se ouviam naquele tempo era o National Emblem - Emblema Nacional, composto em 1906 por Edwin Eugene Bagley – Craftsbury, Vermont, 29.05.1867 - Keene, New Hampshire, 29.02.1922 –, que até hoje é dos mais executados no Brasil e no exterior e dos mais pedidos na Internet.

 

                        National Emblem - Emblema Nacional foi tocado, dentre muitos outros, nos filmes americanos The Dirty Dozen - Os Doze Condenados, de 1967, que, vez em quando, passa no Canal 91, assim como Tora! Tora! Tora!, e Moon Over Parador - Luar Sobre Parador, este com a brasileira Sônia Braga como protagonista.

 

                        E é ele que vocês agora ouvirão, com a Banda de Música da 10ª Região Militar.

   National Emblem - Emblema Nacional :

 

 


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