Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Cícero Tavares - Crônicas e Comentários quinta, 28 de outubro de 2021

PLÁSTICO. REFEXÕES...

 

 

PLÁSTICO. REFLEXÕES…

Cícero Tavares

Grande presença de resíduos plásticos nos ecossistemas marinhos é um problema sério que precisa de uma solução. Fonte: Google Imagens.

 

Ao longo da atual crise do novo coronavírus, o plástico tornou-se um problema ainda maior, visto que a quantidade de resíduos com plástico em sua composição gerados por residência aumentou em cerca de 10% desde março de 2020. No mundo, cerca de 465 milhões de toneladas de plástico foram fabricadas em 2019. E a produção continua aumentando. É irônico que um material que já foi símbolo de progresso tornou-se um pesadelo para os humanos e a natureza. Os consumidores e, principalmente, a indústria, têm um papel fundamental na mitigação e solução deste problema.

O plástico comum é oriundo das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo dos polímeros, que são moléculas grandes, com características especiais e variadas.A palavra plástico tem origem grega e significa aquilo que pode ser moldado. Além disso, uma de suas características marcante é a capacidade de manter a sua forma após a moldagem. Convivemos com tanto plástico ao nosso redor, que nem notamos mais a sua presença. O nylon epoliéster presentes em nossas roupas, em nossos carros, embalando diversos produtos e nas sacolas do supermercado. Está impregnado em nosso cotidiano, na nossa vida, e não é mais uma novidade.

O problema é que esse material está aqui hoje e ainda estará aqui amanhã. No próximo ano. E nos quatro séculos seguintes. O plástico que tanto usamos demora entre cerca de duzentos a quatrocentos anos para entrar em decomposição. Embora também cause grandes impactos em terra firme, é nos ecossistemas marinhos que se encontram os maiores problemas.

A poluição causada pelo plástico compromete a sobrevivência de mais de 800 espécies marinhas, 15 das quais já se encontram ameaçadas. A cada ano, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico acabam no oceano, o que equivale a um caminhão de lixo cheio desse produto jogado no mar a cada minuto. Estima-se que já contêm plástico entre 60 a 90% da areia que se acumula nas linhas costeiras, a superfície e o fundo do mar. Este plástico, quando exposto no ambiente marinho, sofre diversas ações do meio, como radiação solar, variação térmica, diferentes níveis de oxigênio, e presença de fatores abrasivos, como areia, que o fragmentam, dando-lhe a aparência de alimento para muitos animais, que ao ingeri-lo sofrem de obstrução nos órgãos internos, causando-lhes a morte e interferindo no ciclo reprodutivo de muitas espécies.

Os animais confundem os materiais plásticos com comida e acabam morrendo. Fonte: Google Imagens.

Como podemos mudar esta situação? Tudo se resume a mudanças nos nossos padrões de vida e consumo. Estas mudanças já estão começando no exterior, com acordos e novas leis. A União Europeia já votou uma proibição de plásticos de uso único. O Canadá implantou uma lei semelhante: proibiu o uso de canudos e talheres de plástico, e começou a responsabilizar os fabricantes de plástico pelos resíduos produzidos.Outros140paísesjá implementaram impostos ou proibições parciais sobre o uso e o consumo de plástico.

Aqui no Brasil a primeira cidade a banir completamente o canudo plástico foi o Rio de Janeiro. Outras cidades também adotaram essa medida, como Fortaleza, Salvador, Santos e todo o estado do Rio Grande do Norte. Em São Paulo, foi proibido o fornecimento de canudos plásticos nos estabelecimentos comerciais da cidade.

A responsabilidade sobre as toneladas de lixo jogadas todos os anos nos oceanos do mundo é compartilhada. Trata-se de um problema complexo que está impregnado em nosso cotidiano, em nosso modo de viver, em nossos hábitos, e cuja única solução vem de mudanças e ações de todos os setores da sociedade, desde as empresas e o poder público, até os indivíduos e a sociedade civil.

Para que as futuras gerações não precisem ver belíssimos animais mortos ou em sofrimento nas praias, mares e outros ecossistemas, vítimas de nossos erros e estupidez é preciso urgente que o homem de bonsenso faça alguma coisa agora para salvar o meio ambiente porque amanhã pode ser tarde demais.


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