Mal foi eleita democraticamente como a mais nova presidenta da União Nacional dos Estudantes, a jovem Marianna Dias, PCdoB, passou a ser alvo de críticas reacionárias somente pelo fato de estar há oito anos cursando sua graduação em pedagogia.
A crítica, geralmente partindo de indivíduos sem consciência de classe, tampouco conhecendo a missão histórica dada ao proletariado estudantil, se ampara no fato de o referido curso ter oito períodos, o que possibilitaria terminá-lo em quatro anos.
Os ataques sofridos pela presidenta, no entanto, além de ser explícito machismo implícito, também evidencia que seus detratores desconhecem a teoria de Einstein, que comprovou que o tempo é relativo: nada a estranhar, uma vez que vários de seus críticos são seguidores do Olavo de Carvalho.
O que pouca gente sabe, no entanto, é que Marianna encaminhou esta semana um pedido ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, no qual pleiteia aposentadoria na condição de estudante profissional.
Segundo a legislação brasileira, todo aquele que permanecer cursando graduação pelo dobro do tempo previsto para concluir tem direito a aposentadoria especial.
Procurada por nossa reportagem, Marianna não quis se manifestar sobre o assunto.