Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Leonardo Dantas - Esquina quinta, 08 de fevereiro de 2018

RICARDO, UM CONSTRUTOR DE FÁBRICAS

 

Considero-me unicamente um construtor de fábricas, um obcecado industrial, durante toda a minha vida. Ricardo Brennand

Em 28 de maio de 1949, por ocasião do seu casamento com Graça Maria Dourado Monteiro, tinha Ricardo Coimbra de Almeida Brennand completado 22 anos, quando foi convocado por seu pai, Antônio Luiz de Almeida Brennand, para trabalhar na administração da Usina Santo Inácio, no município do Cabo de Santo Agostinho.

Nessa usina, a Santo Inácio, em um tempo em que não existia o jeep (veículo de tração nas quatro rodas disseminado pelos norte-americanos ao longo da segunda Guerra Mundial), ele cuidava do campo nas suas constantes visitas aos canaviais utilizando-se do cavalo como meio de transporte.

 

 

Na época pertenciam à usina os engenhos Santo Inácio, Algodoais, Massangana, Tabatinga, Serraria e Jasmim; a produção do açúcar era acrescida com canas colhidas de fornecedores: Engenhos Boa Vista (Laura Sousa Leão), Pitimbu (Luiz Caetano Gomes Bom), Caramuru e Camaçari.

No ano de 1950, os irmãos Ricardo Lacerda Brennand e Antônio Luiz Brennand venderam a Usina Santo Inácio ao grupo Aníbal Cardoso dos Santos, Murilo Guimarães, Luiz Gonçalves de Barros, João de Barros e José Carneiro dos Santos, e com os recursos da venda passaram a pensar em novos rumos na área da indústria.

Surgira, assim, uma série de novos empreendimentos que vieram mudar o rumo das empresas, com a produção de azulejos, vidros, aço, pisos e cimento.

De logo pensou-se na ideia da criação de uma fábrica de azulejos, já que o mercado para esse produto era suprido, tão somente, por duas fábricas estabelecidas no Sul do pais: Klabin e Matarazzo.

Acertado o novo objetivo, coube ao jovem engenheiro a incumbência de uma missão nos Estados Unidos, visando à compra da maquinaria necessária para implantação da nova indústria.

Por seis meses Ricardo, recém-casado com Graça Maria Monteiro Brennand, acompanhado de sua irmã, Maria Thereza Brennand, percorre vários centros industriais americanos visando adquirir conhecimentos na produção industrial de azulejos e equipamentos necessários para a nova fábrica.

Verifica, porém, depois de muitas andanças, que a economia norte-americana se encontrava em uma notável pujança, obtida graças ao sucesso dos seus exércitos na vitória na segunda Guerra Mundial, o que elevava, em muito, qualquer negociação de compra de equipamentos industriais.

Optou, então, por renunciar, temporariamente, ao plano de aquisição da nova fábrica e preparou-se para a viagem de retorno ao Recife.

Uma fábrica da Alemanha

Já no Recife, a família Brennand resolve direcionar seu interesse para a Europa do pós-guerra, como campo ideal para as suas aspirações, cabendo ao casal Graça e Ricardo Brennand uma nova missão internacional.

A viagem acontece em 1952, iniciando-se pela Suíça, seguindo-se pela Itália e se estendendo à Dresden, que, juntamente com outros centros industriais da Alemanha, encontrava-se completamente destruída pelos bombardeios aéreos das tropas aliadas na segunda Guerra Mundial.

 

No seu périplo pela Alemanha do pós-guerra, Ricardo Brennand, usando do seu conhecimento da língua, adquirido na infância com a governanta de sua família, vai à procura dos equipamentos necessários para a montagem de uma moderna fábrica de azulejos.

Assim, com recursos da venda da Usina Santo Inácio (1950) e um empréstimo da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil, são criadas as bases da nova Indústria de Azulejos S.A. – IASA.

Conclui Ricardo, na sua visão antecipada do futuro, que, para a nova indústria, não bastavam tão somente máquinas e fornos da mais avançada tecnologia, mas também e principalmente, de um capital humano capaz de movimentar e garantir a produção de azulejos de superior qualidade, que viesse disputar o mercado brasileiro, na época abastecido pelas fábricas da Matarazzo e Klabin, bem como pela importação em cerca de 50% de outras fábricas do exterior.

Para a nova fábrica foram selecionadas por ele, durante a sua estada na Alemanha, seis famílias de técnicos, cujos chefes possuíam notório conhecimento no processo de produção de azulejos, que imediatamente se transferiram para Pernambuco com as suas famílias e aqui se estabeleceram nas terras de São João da Várzea.

Assim, uma colônia alemã vem surgir na Várzea do Capibaribe, a partir de 1954, com a entrada em funcionamento da Indústria de Azulejos – IASA.

A nova indústria tem sua planta projetada de forma pioneira pelo próprio Ricardo Brennand, então com 27 anos, e inicia sua produção instalada em moderníssimo prédio, ostentando uma chaminé de 83 m. de altura a dominar a paisagem da Várzea do Capibaribe, uma singularidade para aquela região.

No seu prédio de linhas avançadas, chamava a atenção um grande painel de azulejos, assinado pelo seu primo Francisco Brennand (da mesma idade de Ricardo), no qual aparecem representados o fundador do Grupo Brennand, Ricardo de Lacerda Brennand, o irmão deste, Antônio Luiz, bem como os primos Cornélio e Ricardo Brennand.

Durante 43 anos foi o azulejo a mola mestra do Grupo Brennand, conduzido pelos primos Ricardo Brennand e Cornélio de Brennand, chegando atingir a produção de 10 mil metros quadrados de azulejos/dia e 600 mil metros quadrados de pisos.

O mercado interno absorvia 75% da produção e o restante era exportado para a África do Sul, Austria, Canadá, Chile, Costa Rica, Estados Unidos, França e Reino Unido.

CIV – COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDROS

Do azulejos, Ricardo Brennand resolve ingressar na indústria produtora de embalagens de vidro, construíndo a CIV – Companhia Industrial de Vidros, cuja fábrica em São João da Várzea veio a ser “uma das mais belas do nosso grupo, me fez viajar pela Alemanha e Inglaterra, terminando por bater com os costados nos Estados Unidos, tudo em busca da mais avançada tecnologia no fabrico do produto”.

A paisagem da antiga usina vai aos poucos mudando de zona rural para um moderno distrito industrial, pontilhado pelas chaminés das novas fábricas.

Em todos os projetos encontra-se a força criadora de Ricardo Brennand, aliada à pertinácia do seu primo Cornélio Brennand; da chaminé “perna de moça” da Fábrica de Azulejos – IASA à planta da Companhia Industrial de Vidros – CIV, com suas quatro chaminés a dominar a nova paisagem, tudo externava um novo padrão.

Era ele, aos 31anos, o grande projetista na constante expansão do conglomerado de fábricas que surgia em Pernambuco e outros recantos do Brasil.

Para a criação da Companhia Industrial de Vidros – CIV, Ricardo Brennand, sempre acompanhado de Graça, sua mulher, teve de empreender uma nova viagem à França, observando “e anotando no final de cada dia tudo que via em minhas visitas”. Fazia-se necessário obter o conhecimento para implantação no Brasil de um empreendimento semelhante, em tudo igual ao que se fazia na Europa e nos Estados Unidos, para onde estendeu a sua procura.

Naquele país, ele vem, finalmente, adquirir todo o equipamento necessário à montagem da nova Companhia Industrial de Vidros – CIV, inaugurada em 29 de maio de 1958, em terras de São João da Várzea.

AÇONORTE

As coisas caminhavam tranquilas, quando, em 1963, empresários portugueses da Aço Sul, ofereceram aos Brennand uma nova proposta: a fábrica AçoNorte de Goiana (PE), surgindo assim um novo desafio para os dois primos.

Mais um desafio para Ricardo Brennand, então com 36 anos, que o obrigou a mais uma viagem, desta vez com destino a Stuttgart, na Alemanha, sede da firma Belgo Bekart Arames, com o objetivo de importar seis máquinas produtoras de arame farpado, a serem implantadas na AçoNorte Recife.

Sob o seu planejamento, foi a unidade de produção transferida de Goiana para o Distrito Industrial do Curado, no Recife, com aquisição de máquinas de trefilação, laminador contínuo, cubas industriais para galvanização e, sobretudo, tecnologia.

Quando já se encontrava com a AçoNorte instalada no Curado, surge o desejo do Grupo Gerdau, uma siderúrgica gaúcha datada de 1901, que através dos irmãos Germano e Jorge Gerdau mostrou-se interessado na sua compra, tendo as negociações concluídas em 1969.

BRENNAND CIMENTOS

Assim foi e é por toda a vida Ricardo Brennand, um empreendedor obstinado, cativo do trabalho diuturno que consome as vinte quatro horas do seu tempo.

Debruçado numa prancheta, ele, quando não estava viajando ou em visita às fábricas, encontrava-se planejando dia e noite, ainda levando projetos para seu gabinete doméstico, bem junto ao seu quarto de dormir.

Encontrava-se Ricardo Brennand com 42 anos, quando o grupo ingressa no ramo do cimento, inaugurando sua primeira fábrica em 12 de dezembro de 1969, a Companhia de Cimento Atol, localizada em São Miguel dos Campos (AL), em uma área de 400 hectares e possuidora de uma grande jazida de calcáreo e mais um poço de gás de petróleo.

Era a Atol programada para produzir 400 mil toneladas anuais, capacidade esta duplicada em 1988, após as necessárias modificações na sua planta industrial.

Com a Companhia Atol de Cimentos em funcionamento, a partir do final de 1969, a produção do cimento a vem se expandir através de outras empresas do ramo: Mineração Sergipe S.A. (jazidas de caulim, feldspato e quartzo), Companhia Paraíba de Cimento Portland – CIMEPAR (1981) e Companhia de Cimento de Goiás (1982), esta localizada no município de Cesarina (GO).

Para aquisição da Companhia Paraíba de Cimento Portland – CIMEPAR, localizada em João Pessoa, em 1981, Ricardo Brennand teve de disputar palmo a palmo com os grandes produtores do país.

A fábrica desde 1945 fabricava o Cimento Zebu, de grande aceitação no mercado, e pertencia ao Grupo Matarazzo, de São Paulo, então dirigido pela filha caçula do conde Francisco Matarazzo Júnior (1900-1977), Maria Pia Matarazzo (38 anos) que demonstrou estar interessada em se desfazer daquele patrimônio.

CIMEPAR detinha 21% do mercado nordestino, produzindo 870 mil toneladas de cimento/ano, mas logo após a sua aquisição pelos Brennand passou a ser objeto de uma reformulação na sua planta industrial.

Sob o planejamento de Ricardo, foram modernizados os seus fornos e racionalizado o uso dos demais equipamentos, reduzindo os custos e reequipando os seus laboratórios e ambulatórios médicos, acrescendo assim uma total mudança na sua apresentação, com novos pátios e novos jardins.

Na compra da CIMEPAR, teve ele de negociar diretamente com a sra. Maria Pia, presidente do Grupo Matarazzo, que inicialmente pediu pela fábrica 100 milhões de dólares, seguindo-se de uma nova proposta de 70 milhões, dias depois, provocando idas e vindas entre o Recife e São Paulo.

Finalmente, depois de muitas idas e vindas, o Grupo Brennand transformou-se em proprietário de três grandes fábricas de cimento que, juntas, produziam 2,5 milhões de toneladas/ano.

Dois anos depois, em 1984, graças à administração dos primos Ricardo e Cornélio Brennand, a CIMEPARempregava 800 pessoas se tornando a primeira arrecadadora de ICMS da Paraíba, com metade de sua produção comprometida com a construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, que viria a ser a maior produtora de energia elétrica da região Norte.

Por essa época surge o interesse dos primos em uma nova compra, a Companhia de Cimentos Goiás, pertencente ao industrial pernambucano Severino Pereira, de Taquaritinga. Na sua aquisição foram empenhadas, como garantia, cinco safras da Usina Trapiche (1992-1997), de modo a pagar o empréstimo tomado junto ao City Bank.

Companhia de Cimentos Goiás produzia na época 900 mil toneladas de cimento/ano, logo veio a se tornar na maior do Grupo Brennand, que já possuía a Companhia de Cimento Atol (Alagoas) e a Companhia de Cimento Portland – CIMEPAR (Paraíba).

Toda produção das três fábricas, Companhia Atol de Cimentos, da Companhia de Cimento de Goiás e da Companhia Paraíba de Cimento Portland – CIMEPAR, passou a utilizar a marca Zebu – o cimento forte.

USINA TRAPICHE

Em 1975, o Grupo Brennand voltou o seu interesse para o açúcar, quando da compra da Usina Trapiche, que fora do industrial Manuel Baptista da Silva.

Coube a Ricardo Brennand, juntamente com seu primo Cornélio Brennand, reorganizar toda a área agrícola e sua unidade industrial, instalando nela uma moderna refinaria, com capacidade de produção de 1.900.000 sacos de açúcar.

Possuidora de uma pequena usina de geração de energia elétrica (2.500kw), a Trapiche montou também uma destilaria com capacidade de produção de 200 a 300.000 litros/dia de álcool anidro, hidratado e neutro.

Por conta do falecimento de seu filho Antônio Luiz de Almeida Brennand Neto, a Usina Trapiche veio a ser vendida, em abril de 1997, ao industrial Luiz Antônio de Andrade Bezerra, também proprietário da Usina Serra Grande, esta localizada no município de São José da Laje (Alagoas).

CIMPOR-CIMENTOS DE PORTUGAL

A produção das fábricas de cimento do Grupo Brennand, ia em franco progresso quando, em 1997, chega ao Brasil o grupo da CIMPOR – Cimentos de Portugal, em busca de se estabelecer no mercado, com a compra da Companhia Cimento São Francisco (CISAFRA), e as três unidades de produção de cimento da Bunge Internacional Ltda.

No mesmo ano, o grupo português vem adquirir a Cimento Cauê, da Camargo Correa, anexando a seu parque cimenteiro duas unidades de produção: Pedro Leopoldo (MG) e Santana do Paraíso (MG).

Com aquisição dessas unidades fabris, as atenções dos portugueses logo se voltaram para as três fábricas do Grupo Brennand: Cimento Atol, nas Alagoas; Cimento Goiás, em Cesarina, e a CIMEPAR, na Paraíba, que juntas produziam 2,5 milhões de toneladas/ano. As negociações, iniciadas em setembro de 1999, tiveram a duração de mais de um ano, e terminaram por apresentar “uma proposta elevada, irrecusável” (!), que levou os dois principais sócios, Cornélio Brennand e Ricardo Brennand, a concordar com a venda das suas três unidades produtoras de cimento.

Restava aos dois primos, tão somente, na sociedade familiar, a CIV – Companhia Industrial de Vidros, inaugurada em 1958, que logo veio a ser vendida, em data de 19 de abril de 2002, quando Ricardo Brennand transferiu para Cornélio Brennand a parte que lhe cabia na indústria.

Em curto período a CIV veio deter 20% do mercado nacional de embalagens de vidro, logo despertando as atenções da Owens-Illinois que chega ao Brasil em 2009.

As negociações da compra da fábrica se prolongaram com o Grupo Cornélio Brennand que, em dez de setembro de 2010, consumou a venda para o grupo norte-americano.

BRENNAND ENERGIA & CIMENTO NACIONAL

Estávamos em novembro de 2000 quando o Grupo Ricardo Brennand ingressa no ramo da produção e energia elétrica, com a construção de duas unidades geradoras, no Mato Grosso, pela Brennand Energia, que nos dias de hoje reúne um total de 17 pequenas centrais hidrelétricas – PCHs.

Ao conglomerado das usinas geradoras de energia elétrica se veio somar a Companhia Nacional de Cimento – CNC,com a inauguração de sua fábrica em Sete Lagoas, Minas Gerais, em 24 de abril de 2011.

Naquela ocasião, dias antes de completar 84 anos, Ricardo Coimbra de Almeida Brennand assiste à entrega da penúltima fábrica por ele projetada, a Cimento Nacional com a capacidade instalada de produção de 3000 toneladas/dia.

Na direção do Grupo Brennand, Ricardo Brennand foi responsável por projetar e/ou modernizar 18 fábricas: Indústria de Azulejos S.A. – IASA (1954), Vidraria Norte do Brasil e a Companhia Industrial de Vidros S.A. – CIV (1958), Céramus Bahia (1961), IASA – Bahia (1962), Mineração Geral do Nordeste S.A. (1962), AçoNorte Recife (1963), Azulejos do Pará – AZPA (1967), Azulejos do Ceará (1968), Cimento Atol Alagoas (1972), Usina Trapiche (1975), CIV – Ceará (1977), CIV – Bahia (1977), INOVISA – Indústria de Vidros S.A. (Vitória de Santo Antão – 1978), Cimepar Paraíba (1982), Companhia de Cimentos Goiás (1991), Usina Petribú Paulista (2004) e, finalmente, a Companhia Nacional de Cimentos (2006), construída em Sete Lagoas, Minas Gerais, e sua congênere, Brennand Cimentos Pitimbu da Paraíba.

Durante a maior parte de sua vida, Ricardo Brennand incursionou com sucesso pelas atividades: açúcar (1949), azulejos (1954), vidro (1958), siderurgia (1963), novamente açúcar (1975), cimento (1978) e, mais recentemente, cimento, energia elétrica, energia eólica e empreendimentos imobiliários.

Hoje, com a minha missão de vida concluída, me restou dividir com os filhos praticamente tudo o que pude acumular ao longo de minha vida, assim vou me dedicar a dar continuidade ao Instituto Ricardo Brennand, que inaugurei em setembro de 2002 no Recife, nele reunindo tudo o que colecionei ao longo dos anos.

Em 2017, ao completar noventa anos, ele contempla o seu passado e vem recordar as fábricas que projetou, ou modernizou, ao longo de sua caminhada de industrial pioneiro e obstinado.

Assim me transformei de construtor de fábricas em um administrador dos meus próprios sonhos.

Aqui neste Instituto Ricardo Brennand, que no mês de setembro de 2017 completou quinze anos de atividades, eu continuo acompanhando o caminhar desses sonhos, como a repetir os versos do poeta Carlos Pena Filho: “é do sonho dos homens, que uma cidade se inventa”.

Em 2017, ele se denominava um construtor de sonhos; para alegria e deleite de mais de dois milhões e meio de visitantes que, durante os últimos quinze anos, buscaram o Instituto Ricardo Brennand em terras de São João da Várzea.


quarta, 24 de julho de 2019 as 07:02:11

Paulo Frederico Serpa Durão
disse:

Trabalhei na CIV de 1969 a 1973. Meu avô Manuel Durão foi gerente da Usina Santo Inácio e depois foi para IASA. Meu pai e tios foram criados na Usina Santo Inacio. Tenho muito orgulho de ter participado dessa história da família Brennand. Por sorte dos Pernambucanos os sonhos dos Brennand se tornou uma realidade.


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