Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Ruy Rey quarta, 09 de novembro de 2022

RUY REY E SUA ORQUESTRA

 

RUY REY E SUA ORQUESTRA

Raimundo Floriano

 

Ruy Rey

 

                        Domingos Zeminian, o Ruy Rey, regente, compositor e cantor, nasceu em São Paulo, SP, no dia 04.11.1915, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, a 26.03.1995.

 

                        Iniciou sua carreira como crooner no conjunto dos Iamãos Copia, em São Paulo. Em 1940, ingressou na Rádio Tupi, na capital paulista, cantando também no Cabaré OK, com a Orquestra J. França.

 

                        Em 1944, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como cantor na Rádio Nacional, onde conseguiu apresentar-se no horário de meio-dia e meia, logo após o programa de Francisco Alves, de grande audiência, com isso projetando seu nome nacionalmente.

 

                        Mas foi em 1948 que sua carreira realmente deslanchou, quando teve a idéia de formar a Ruy Rey e Sua Orquestra, especialista em ritmos latino-americanos, tendo uma fase de destaque na época, pois esses ritmos quentes faziam tremendo sucesso no Brasil, logo depois da Segunda Guerra Mundial.

 

                        Era no tempo dos grandes musicais da PELMEX - Películas Mexicanas, com suas exuberantes rumbeiras internacionais, e das chanchadas da Atlântida, com nossas espetaculares vedetes, todas elas sensualíssimas e lindas fêmeas, que povoavam nossos sonhos de adolescentes. Mulheres que se apresentavam ao natural, sem botox ou silicone, mostrando apenas sua arte e sua estonteante beleza.

 

                        Como a mexicana Maria Antonieta Pons e as cubanas Cuquita Carballo e Ninón Sevilla:

 

 Maria Antonieta Pons, Cuquita Carballo e Ninón Sevilla

                        E as brasileiras igualmente famosas, verdadeiras rainhas do rebolado, como a carioca Virgínia Lane, a capixaba Luz del Fuego e a paulista Elvira Pagã:

 

 Virgínia Lane, Luz del Fuego e Elvira Pagã

                        No mesmo ano, teve a sorte de estourar com a marchinha carnavalesca, A Mulata É a Tal, de João de Barro e Antônio Almeida, que nada tinha a ver com a latinidade que o celebrizou. O sucesso o animou a adaptar sua orquestra aos ritmos brasileiros, como o samba e a marchinha, durante o Carnaval. Fora dessa época, cantava mais em espanhol.

 

                        Em 1949, gravou com sua Orquestra, na Continental, sua primeira composição, Naná, em parceria com Ruthnaldo.

 

                        Atuou em filmes da Atlântida, como Carnaval no Fogo, em 1949, Aviso aos Navegantes, 1950 e O Petróleo É Nosso, de 1954, dirigidos por Watson Macedo.

 

                        Nos anos 50, rivalizou com o argentino Gregorio Barrios na preferência dos brasileiros ao interpretar de boleros e canções latino-americanas. Celebrizou-se com as versões da rumba Bim-bam-bum, dos mambos Mi Bongô e Mambo Jambo e o boleto Tu Solo Tu.

 

                        Entre 1950 e 1965, excursionou por todas as regiões do Brasil, apresentando-se, ora como cantor, ora com sua orquestra.

 

                        Em 1968, desfez seu grupo musical e retirou-se da cena artística.

 

                        Possuo no meu acervo 40 títulos e seu riquíssimo repertório.

 

                        Como pequena amostra, apresento-lhes aqui, com Ruy Rey e Sua Orquestra, a rumba Naná, composição dele e de Ruthnaldo, seu grande sucesso internacional dos Anos 50:

 

                        E mais: 

                        A Lua Se Escondeu, marchinha de Alcebíades Nogueira e Norival Reis, sucesso no Carnaval de 1953:

 

                        A Mulata É a Tal, marchinha de João de Barro e Antônio Almeida, sucesso do Carnaval de 1948:

 

                        Bim-bam-bum, rumba de Johnny Camacho e Noro Morales, Ruy Rey, 1946:

 

                        Espanhola Diferente, marchinha de Nássara e Peterpan, sucesso do Carnaval de 1949:

 

                        Mercê, rumba de Ruy Rey e Ruthnaldo, 1951:

 

                        Pimenta Malagueta, marchinha de Nássara e Salvador Miceli, sucesso do Carnaval de 1950:

 

                        Tico-tico na Rumba, rumba Peterpan e Haroldo Barbosa, com Ruy Rey e Emilinha Borba, 1947:

 

                        Tu Solo Tu, bolero de Felipe Valdez Leal, 1953:

 


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