Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 05 de agosto de 2023

SAÚDE: CONSUMO DE AÇÚCAR ADICIONADO AUMENTA RISCO DE TER CÁLCULO RENAL

 

Consumo de açúcar adicionado aumenta risco de ter cálculo renal

Estudo com 28,3 mil pessoas constatou que altas doses da substância adicionada em refrigerantes, doces, sorvetes, bolos e biscoitos fazem com que chances de ter pedra nos rins cresçam em até 88%

IA
Isabella Almeida
postado em 05/08/2023 03:55
 
 
 
O estudo concluiu que o consumo de guloseimas pode interferir na capacidade do corpo de absorver os minerais, levando a um acúmulo no rim -  (crédito: Edhar Chaparro/Unsplash)
O estudo concluiu que o consumo de guloseimas pode interferir na capacidade do corpo de absorver os minerais, levando a um acúmulo no rim - (crédito: Edhar Chaparro/Unsplash)

Aproximadamente 10% da população mundial desenvolverá, pelo menos uma vez na vida, pedras nos rins, aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os sintomas mais comuns são dor intensa, náusea, vômito, febre, calafrios e urina com sangue. Entre os fatores de risco conhecidos para a condição, estão obesidade e desidratação. Agora, pesquisadores da China descobriram que o consumo elevado de açúcares adicionados pode aumentar, em até 88%, as chances de uma pessoa ter cálculo renal. O açúcar adicionado é aquele presente em muitos alimentos processados — especialmente em refrigerantes, doces, sorvetes, bolos e biscoitos.

O trabalho, liderado por Shan Yin, cientista do Hospital Afiliado do North Sichuan Medical College, na China, e publicado pela revista Frontiers in Nutrition, analisou dados de 28.303 pessoas, coletados entre 2007 e 2018, na Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA. Os participantes do estudo relataram se tinham histórico de cálculos renais. A ingestão diária de açúcares adicionados de cada um deles foi estimada a partir do que relataram sobre consumo de alimentos e bebidas. As informações sobre a dieta foram colhidas duas vezes: uma em uma entrevista presencial e uma por telefone entre três e 10 dias depois.

De acordo com Yin, esse é o primeiro ensaio a relatar uma associação entre o consumo de açúcar adicionado e pedras nos rins. "Isso sugere que limitar a ingestão de açúcar adicionado pode ajudar a prevenir a formação de cálculos renais", contou o principal autor, por meio de nota.

Patrícia Segatto, nefrologista do Hospital de Base, explica como a doença surge. "Os cálculos renais são formados pelo acúmulo de substâncias, como oxalato de cálcio, ácido úrico e fosfato de cálcio, entre outros, que, quando em grande quantidade e concentração, formam os cristais, que acumulam-se nas vias urinárias", afirmou. De acordo com a especialista, a baixa ingestão de água, o excesso de sal na dieta e a obesidade, geralmente relacionada ao excesso de alimentos doces e gordurosos e sedentarismo, podem levar a uma maior predisposição.

Pontuação 

Durante a pesquisa, cada participante também recebeu uma pontuação sobre o quão saudável era sua alimentação. Os cientistas ajustaram as chances de cada pessoa desenvolver cálculos renais, incluindo fatores como sexo, idade, raça ou etnia, renda, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo, e avaliaram se os participantes tinham histórico de diabetes. Ao observarem os resultados, notaram que a ingestão média de açúcares adicionados foi de 272,1 calorias por dia, o que equivale a 13,2% da ingestão energética diária total.

Os pesquisadores também descobriram que a quantidade de ingestão da substância foi relacionada aos cálculos renais de forma consistente. Por exemplo, os participantes que obtiveram mais de 25% de sua energia total de açúcares adicionados tiveram chances 88% maiores de ter pedra nos rins do que aqueles que obtiveram menos de 5% de sua energia vinda desses açúcares.

 

 Elber Rocha, nefrologista e coordenador do Programa de Transplante Renal do Hospital Santa Lúcia, de Brasília
"O consumo excessivo de açúcar pode estar associado a um aumento da excreção de cálcio pela urina, o que também pode contribuir para o aparecimento da condição" (Elber Rocha, nefrologista e coordenador do Programa de Transplante Renal do Hospital Santa Lúcia, de Brasília)(foto: Arquivo pessoal )

 

De acordo com Elber Rocha, nefrologista e coordenador do Programa de Transplante Renal do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, o consumo excessivo de açúcar pode contribuir indiretamente para a formação de cálculos renais por meio de alguns mecanismos. "Pode levar à hiperinsulinemia, capaz de resultar em maior reabsorção de cálcio nos rins. Por conseguinte, há um aumento da concentração de cálcio na urina, favorecendo a formação de cristais de oxalato de cálcio. Além disso, o consumo excessivo de açúcar pode estar associado a um aumento da excreção de cálcio pela urina, o que também pode contribuir para o aparecimento da condição."

No entanto, os pesquisadores sustentam que a relação precisa ser mais bem avaliada. Segundo eles, os mecanismos da relação entre o consumo de mais açúcares adicionados e um maior risco de desenvolver pedras nos rins ainda não são conhecidos. "Mais estudos são necessários para explorar a associação entre o açúcar adicionado e várias doenças ou condições patológicas em detalhes. Por exemplo, que tipos de cálculos renais estão mais associados à ingestão de açúcar adicionado e o quanto devemos reduzir nosso consumo de açúcares adicionados para diminuir o risco de formação de cálculos renais", finalizou.


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