Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 12 de julho de 2023

SAÚDE: QUEM TEM CÂNCER DEVE CORTAR O AÇÚCAR DA DIETA?

 

Por Connie Chang, The New York Times

 

Açúcar
 

Durante os oito anos em que Stacy Shawhan trabalhou como nutricionista em oncologia, ela ouviu muitas perguntas de seus pacientes com câncer sobre como suas dietas influenciam seu prognóstico. Mas uma pergunta se destacou: consumir alimentos e bebidas açucaradas alimenta minhas células cancerígenas, piorando minha condição?

— Os pacientes com câncer são muito vulneráveis e alguns deles têm medo de comer — diz Shawhan, que trabalha no Centro de Câncer da Universidade de Cincinnati, em Ohio, nos Estados Unidos. — Eles pensam: 'Se eu parar de comer açúcar, então posso matar meu câncer'.

A narrativa de que o açúcar alimenta o câncer remonta à década de 1920, quando um fisiologista alemão observou que algumas células tumorais consumiam mais glicose do que as células saudáveis. Logo em seguida, surgiram dietas com baixo teor de açúcar que afirmavam curar o câncer. Pesquisas recentes nos Estados Unidos e na Europa sugerem que cerca de um terço dos pacientes com câncer evitam ativamente o açúcar.

Embora os especialistas afirmem que dietas ricas em açúcares adicionados possam aumentar o risco de câncer ao longo da vida, eliminar todos os açúcares não combate os tumores existentes.

— Cada célula requer glicose, nosso cérebro requer glicose — afirma Philipp Scherer, pesquisador de diabetes do UT Southwestern Medical Center, em Dallas, nos Estados Unidos.

Em outras palavras, a melhor maneira de comer se você tem câncer — ou está tentando reduzir o risco de desenvolvê-lo — é com uma dieta equilibrada e saudável.

 

O papel do açúcar no risco de câncer

 

O açúcar não é um agente cancerígeno, afirma Scherer. Não há evidências de que comer açúcar cause câncer em si (como fumar cigarros, por exemplo). Além disso, ele acrescenta que muitos tipos de câncer preferem usar gordura como sua principal fonte de energia, então até mesmo a ideia de que os cânceres preferem glicose não é totalmente verdadeira.

O consumo excessivo de açúcar tem se mostrado capaz de desencadear inflamação crônica em algumas pessoas, o que pode danificar as células e torná-las cancerígenas, segundo Shawhan. O consumo excessivo de açúcares adicionados também foi associado a uma redução na imunidade, o que pode facilitar a disseminação das células cancerígenas.

E consumir açúcar em excesso pode alterar o metabolismo de maneiras que podem levar à obesidade e diabetes, condições conhecidas por aumentar as chances de desenvolver câncer.

 

Açúcar e pacientes com câncer

 

Uma vez que o câncer foi diagnosticado, eliminar o açúcar não parece retardar ou interromper o crescimento do tumor na maioria dos casos, segundo Shawhan.

— Neste ponto, não é a ingestão de açúcar que impulsiona o crescimento do câncer, mas o próprio câncer — ela diz.

Além disso, o açúcar é essencial para a maioria dos seres vivos, afirma Scherer. E quando ocorre naturalmente em alimentos como produtos lácteos, frutas e vegetais, faz parte de uma dieta saudável, diz Natalie Ledesma, nutricionista oncológica da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos.

Em geral, os especialistas concordam que não é necessário abster-se dos açúcares presentes em alimentos integrais. No entanto, Ledesma observa que o consumo excessivo de açúcar adicionado tem sido associado a piores resultados — incluindo taxas de mortalidade mais altas — em pacientes com certos tumores sólidos, como câncer de mama, cólon e próstata. Outros tipos de câncer também podem ser afetados, segundo ela, mas as pesquisas sobre tipos de câncer mais raros têm sido limitadas.

Embora todas as pessoas devam evitar dietas ricas em açúcares adicionados, os pacientes com câncer que têm certas doenças metabólicas precisam estar ainda mais atentos, pois essas doenças podem afetar seu prognóstico.

— Pacientes com diabetes mal controlada tendem a ter câncer de mama mais agressivo — exemplifica Rao. E uma meta-análise sugeriu que pacientes obesos tinham maior probabilidade de morrer de câncer de cólon, mama e útero.

 

Como comer de forma mais saudável sem se privar

 

A melhor maneira de reduzir o risco de câncer e de se alimentar se você foi diagnosticado com câncer é seguir uma dieta saudável que inclua muitas frutas e vegetais. Estudos mostram que dietas mediterrâneas atingem esses objetivos e ajudam a reduzir o risco de câncer. Combinar carboidratos com proteínas, fibras e gordura (como um pouco de manteiga de amendoim em uma fatia de maçã, por exemplo) evita picos de glicose que, ao longo do tempo, podem prejudicar nosso metabolismo e aumentar o risco de câncer.

Em termos gerais, diz Shawhan, está tudo bem se deliciar um pouco com açúcar adicionado, até mesmo diariamente, desde que você esteja obtendo nutrientes essenciais do resto de sua dieta. Ela recomenda ficar dentro da sugestão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos de doze colheres de chá de açúcar adicionado por dia — ou melhor ainda, seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde de seis colheres de chá.

— A canela ou o gengibre oferecem doçura sem calorias ou açúcar adicionado — diz Ledesma.


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