Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito sábado, 25 de agosto de 2018

SECA: PROBLEMA DE SEMPRE

 

 
 
 
PROBLEMA DE SEMPRE

Mais um ano, mais uma vez o inevitável enfrentamento de um problema secular. Exatamente o mesmo problema, a seca. Acredite que estamos em pleno inverno nordestino, embora a realidade mostre que tal estação das chuvas só existe nos registros oficiais. Como será no verão?

Diferentemente do litoral, aqui não existe água cristalina a jorrar farta das torneiras e, quando existe, não passa de um líquido amarelado. Esta é a realidade do dia a dia do sertanejo, vítima de um drama que, como uma maldição, se estende pela vida de gerações. Fazer o quê?

O jeito é orar para Deus mandar chuva e para o mandachuva político da região, dono do curral eleitoral, cumprir as promessas eleitorais.

A propósito, Dom Pedro prometeu vender as joias da Coroa para dar fim à seca nordestina, enquanto outros tantos juraram que o sertão iria virar mar.

O senhor Luiz Inácio da Silva, prometeu que a Transposição do São Francisco entregaria água aos sertanejos ainda no seu primeiro mandato, mas o tema continua sendo um deserto não só de água, mas de verdades.

Por toda a região, a paisagem é desoladora, porque feita de pobreza, e fome, e sede, e sofrimento. No Ceará, nada menos do que 66% dos municípios já estão estorricados e outros 121 passam por seca moderada ou grave.

No Piauí, são 71% na mesma situação, enquanto na Paraíba o problema extrapola os 71%.

Os tenebrosos percentuais invadem o Rio Grande do Norte (62%), Pernambuco (52%), a Bahia (57%), Alagoas (33%) e Sergipe (20%).

Tem nada não. Tudo vai mudar. Todos os problemas terão fim em outubro, com a eleição dos novos deputados, senadores, governadores e presidente da República. Até lá, no entanto, continuará em vigor o sofrimento sertanejo, ressalvadas as disposições em contrário.

Pensando bem, esse povo maltratado vai direto para o Paraíso.

Melhor dizendo, no Paraíso, com inicial maiúscula, porque até o cumprimento da promessa terão morrido, e de tanto sofrimento, que ganharão o Éden.


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