Segovia (Andrés Segovia) foi primeiro marquês de Salobreña, na Espanha, mas não foi por isso que se celebrizou. Tido como o “Pai do Violão Moderno”, dizem-no haver resgatado o instrumento das mãos dos ciganos flamencos, armando um repertório clássico que tirou o violão das esquinas para as salas de concerto, e trocado os trajes despojados pelo elegante rigor. Basta dizer que, com o transcorrer do tempo, diversos compositores eruditos consagrados fizeram obras especificamente para ele, a exemplo de Turina, Villa-Lobos e Castelnuovo-Tedesco, enquanto o maior violoncelista do mundo, Pablo Casals, era um dos grandes admiradores da sua arte.
Amante do instrumento desde os aos quatro anos de idade, quando tangia as cordas de um violão ainda imaginário, adulto ele o elevou concretamente, ao status do piano e do violino.
Aos dezesseis anos vieram suas primeiras apresentações e o primeiro concerto profissional, em que tocou transcrições de Francisco Tárraga e algumas obras de Bach.
O violão começava a ganhar o mundo, deixara de ser visto exclusivamente como popular, mas sim como um instrumento qualificado para tocar também música erudita.
Vieram turnê pela América do Sul, apresentações em Londres, Paris, Moscou e outras cidades europeias…
Segovia (Fernando Segovia) é o novo diretor geral da Polícia Federal.
Da mesma forma que o Segovia (Andrés) foi incansável na elevação do instrumento musical, Segovia (Fernando Segovia) assegura que, com o instrumento legal, realizará um combate incansável à corrupção, esse flagelo que enlameia o Brasil.
É o que se espera.