Almanaque Raimundo Floriano
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Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão sexta, 24 de março de 2023

SELEÇÃO BRASILEIRA: LIONEL SCALONI É INSPIRAÇÃO PARA RAMON MENEZES

 

Lionel Scaloni é inspiração para Ramon Menezes no comando da seleção brasileira

 

Ramon Menezes sub-20. Foto: Adriano Fontes/CBF

Foto: Adriano Fontes/CBF

Por Ricardo Magatti

24/03/2023 | 05h00Atualização: 24/03/2023 | 09h54

Primeiro interino a dirigir o Brasil após 23 anos tem chance de repetir trajetória do técnico argentino campeão no Catar; treinador falou com o ‘Estadão’ direto do Marrocos

Ramon Menezes passou 40 dias longe de casa enquanto a seleção brasileira sub-20 disputava o Sul-Americano na Colômbia. Feliz pelo título, mas cansado, o treinador esteve horas depois de chegar ao Rio na sede da CBF. No encontro com o presidente Ednaldo Rodrigues, veio a notícia de que ele seria o técnico interino da seleção principal.

Pouco mais de um mês depois da confirmação de que seria o primeiro interino a dirigir a seleção pentacampeã após 23 anos — o último havia sido Candinho —, Ramon diz que o mais fez neste período foi estudar. “Foi um mês e pouco muito intenso, de muito trabalho. Não deu nem para falar muito do título sul-americano que ganhamos”, afirma ele em conversa com o Estadão, por telefone, direto de Tânger, no Marrocos. “Acredito muito no trabalho, minha vida sempre foi dessa maneira”.

De perfil workaholic, o técnico de 50 anos assistiu a inúmeros jogos e observou 55 jogadores até fazer sua primeira convocação, com 23 nomes, no começo deste mês para o duelo com o Marrocos. Não passa pela cabeça do interino um resultado negativo diante dos marroquinos, que poderia manchar o trabalho positivo no time sub-20 campeão sul-americano e o começo de sua carreira.

 

Ramon Menezes orientando atletas durante treino da seleção no Marrocos

Ramon Menezes orientando atletas durante treino da seleção no Marrocos Foto: Rafael Ribeiro/CBF

“Penso única e exclusivamente em fazer um ótimo trabalho na seleção brasileira. Sou funcionário da CBF. Recebi com muita felicidade essa oportunidade”, diz. O jogo em Tânger contra a equipe semifinalista da Copa do Mundo do Catar pode ser a única experiência do treinador à frente do Brasil. Ou não. Caso a CBF não consiga trazer Carlo Ancelotti, que é o número 1 da lista para a vaga de Tite, ou outro treinador, Ramon continuará no cargo.

Embora rejeite a comparação, existe a chance de ele repetir a trajetória protagonizada por Lionel Scaloni, responsável por conduzir a Argentina ao tricampeonato mundial no Catar e eleito o melhor técnico do mundo em premiação da Fifa neste ano. Antes técnico da base, ele foi efetivado pela AFA (Associação de Futebol Argentino) no cargo que Diego Simeone, Marcelo Gallardo e Mauricio Pochettino recusaram.

“O Scaloni serve, sem dúvida nenhuma, de inspiração para todos os jovens treinadores”, afirma Ramon. “Mas é passo a passo. Cada um faz sua história e eu estou construindo a minha”.

Ramon foi um meio-campista inteligente, um articulador lembrado por seus passes precisos pelos golaços de falta em mais de duas décadas de carreira, encerrada aos 40 anos, depois de defender 13 clubes. Mineiro nascido em Contagem, formou-se na base do Cruzeiro. Lá, ele ganhou o apelido de “Reizinho da Toca”, mas, como atleta, fez sucesso mesmo no Vitória e no Vasco, equipe pela qual teve três passagens como jogador.

Foram também no Vasco os seus melhores dias como técnico antes de chegar à seleção sub-20. Sob seu comando, o time cruzmaltino chegou a liderar, ainda que por pouco tempo, o Brasileirão de 2020. O modo como aquele time jogava, organizado e sem chutões, fez a torcida, eufórica à época, criar o termo “Ramonismo”. A equipe perdeu o ritmo e acabou o ano rebaixada. Antes disso, o técnico foi demitido após seis partidas consecutivas sem vitória.

Ramon convocou oito atletas que atuam no Brasil e quer time equilibrado contra o Marrocos

Ramon convocou oito atletas que atuam no Brasil e quer time equilibrado contra o Marrocos Foto: Tercio Teixeira/AFP

Com Ramon, o modelo de jogo da seleção brasileira vai priorizar o equilíbrio. “Pretendo fazer uma equipe bem equilibrada na fase defensiva e ofensiva, essa com algumas variações. A ideia é buscar o equilíbrio. Temos jogadores talentosos e inteligentes para isso”, projeta.

Na sua convocação, o profissional fez questão de mostrar que seu grupo de jogadores do sub-20 pede passagem para fazer parte do ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Cinco atletas que estiveram na conquista do Sul-Americano no mês passado foram convocados: Vitor Roque, Mycael, Arthur, Andrey Santos e Robert Renan.

“Quando cheguei à seleção brasileira sub-20, disse que a geração era muito promissora, com ótimos jogadores, nascidos em 2003, 2004, 2005. Cada dia surgem novos nomes. Temos um leque de opções com grandíssimos jogadores. Pra convocar 23 atletas é uma dificuldade muito grande porque sempre ficam fora ótimos jogadores”, reflete.

Também chamou a atenção em sua lista a presença de oito atletas que atuam no futebol brasileiro, atendendo a uma reivindicação antiga do torcedor — no Catar, a seleção tinha apenas três nomes que jogavam no País. Só o Palmeiras cedeu três nomes: Weverton, Raphael Veiga e Rony. “A seleção brasileira tem as portas abertas para todo jogador que está se destacando”.

 


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