Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Megaphone do Quincas terça, 07 de março de 2017

SÉRIE “AS MINAS GERAIS” – INHOTIM-II
 
 


Inhotim, de John Ahearn, 2006

Na última coluna, deixei uma pergunta para nossos leitores: “que palavras formavam o termo ‘Inhotim’.

A maioria sabe que “nhô” substitui a palavra senhor, na linguagem do caipira e e até do sertanejo. Completando, a área onde hoje está o Instituto pertenceu a um certo senhor Timóteo. Daí, “Inhotim”.

Continuando o passeio pela vastidão do parque biológico e museu de arte contemporânea e mais algumas obras.

Luiz Zerbini, Sem Título (Bangu), 2006

Música do Uakti para acompanhar o passeio pela vastidão do parque biológico e museu de arte contemporânea.

 

 

Quando vi a obra abaixo, achei esquisita, entre o non sense e o rudimentar. Depois de ler a origem e a tradição, tive melhor compreensão.

Obra de Gui Tuo Bei, de Zhang Huan (2001)

Na cultura chinesa, monumentos monolíticos carregados por uma tartaruga são comuns em lugares sagrados e espaços públicos, servindo como fonte de contextualização histórica do local e simbolizando poder político ou religioso.

A tartaruga representa longevidade, resistência e solidez, daí sua presença em tais monumentos.

Na obra Gui Tuo Bei (2001), Zhang Huan parte dessa tradição, entretanto, ao libertá-la de um contexto histórico cultural pré-estabelecido, ele amplia seus significados. Situada num ponto de destaque em Inhotim, ao final da alameda que originalmente conduzia à sede da antiga fazenda, Gui Tuo Bei (2001) contrasta com as demais esculturas do parque. O estranhamento não se dá apenas pela escrita chinesa, mas também por algo de ancestral, de atemporal que a obra evoca. O texto gravado na pedra narra a história de um homem, que apesar da idade avançada, consegue com a ajuda de seus descendentes mover as montanhas que bloqueavam o caminho de sua casa.

Narcissus garden Inhotim (2009) é uma nova versão da escultura-chave de Yayoi Kusama originalmente apresentada em 1966 para uma participação extra-oficial da artista na 33a Bienal de Veneza.

Naquela ocasião, Kusama instalou, clandestinamente, sobre um gramado em meio aos pavilhões, 1.500 bolas espelhadas que eram vendidas aos passantes por US$ 2 cada. A placa alojada entre as esferas – “Seu narcisismo à venda” – revelava de forma irônica sua mensagem crítica ao sistema da arte e seus sistemas de repetição e mercantilização.
 intervenção levou à retirada de Kusama da Bienal, onde ela só retornou representando o Japão oficialmente em 1993.

Na versão de Inhotim, 500 esferas de aço inoxidável flutuam sobre o espelho d’água do Centro Educativo Burle Marx, criando formas que se diluem e se condensam de acordo com o vento e outros fatores externos e refletindo a paisagem de céu, água e vegetação, além do próprio espectador, criando, nas palavras da artista, “um tapete cinético”.

É uma das artistas mais importantes surgidas na Ásia no período pós-guerra e sua produção estabelece relação com movimentos como o minimalismo, a arte pop e o feminismo. Diferentes versões de Narcissus garden foram criadas para exposições em museus e espaços públicos nos últimos anos e, em Inhotim, a obra faz sua primeira aparição no Brasil. Evocando o mito de Narciso, que se encanta pela própria imagem projetada na superfície da água, a obra constrói um enorme espelho, composto por centenas de pequenos espelhos convexos, que distorcem, fragmentam e, sobretudo, multiplicam a imagem daquele que a contempla – contemplando, assim, necessariamente a si próprio.

Semana que vem Estrada Real e o Ciclo do Ouro

 

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