Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Megaphone do Quincas terça, 24 de janeiro de 2017

SÉRIE DOSE DUPLA – CRÔNICAS SÁTIRAS E LETRAS JOCOSAS – “17.700”- II



‘Dezessete e Setecentos’ em produção estrangeira

Retorno a “Dezessete e Setecentos”, sucesso de Gonzaga e Miguel Lima, tão aclamada na coluna da semana passada por sua curiosidade aritmética, seu jogo de palavras e seu ritmo balançado e gostoso de ouvir.

Esta semana, conto um pouco mais da história da música, que chegou a ser reproduzida em filme estrangeiro.

Pecadora (1947) Poster

Em 1947, os Anjos do Inferno, participaram do filme mexicano “Pecadora”, do diretor José Diaz Morales, com roteiro de Pedro Calderon e do próprio diretor.

No elenco, Ramón Armengod, Emilia Guiú, e Ninon Sevilha. Na parte musical, Agustin Lara, Ana Maria Gonzales e o nosso grupo “Anjos do Inferno”.

 

Anjos do Inferno, Dezessete e Setecentos,
de Luiz Gonzaga e Miguel Lima (Pecadora, 1947)
 

 

A sinopse dizia: “Em Ciudad Juárez, uma prostituta decide deixar seu amante, quando ele, traficante, é preso. She marries a rich man, but a pimp from her past reappears unexpectedly. Ela casa com um homem rico, mas um cafetão do seu passado reaparece inesperadamente”.

Os Anjos do Inferno

Era o nome de um conjunto vocal e instrumental brasileiro de samba e marchinha de carnaval, formado em 1934.

Os “anjos” tiveram diversas formações ao longo de uns trinta anos, mas, mesmo assim conseguiu criar uma identidade sonora típica, caracterizada pelo piston. O nome veio como ironia à orquestra “Diabos do Céu”, dirigida por Pixinguinha e muito popular nos anos 30.

O auge da carreira dos “Anjos do Inferno” teria sido nos anos 40, na ‘época de ouro’ do rádio.

Foram contratados pelas principais emissoras de rádio do Brasil, tocaram em cassinos e gravaram diversos sucessos de carnaval. O conjunto excursionou pela América Latina e Estados Unidos, onde acompanhou Carmen Miranda. No total, os “Anjos do Inferno” gravaram 86 discos pelos selos Colúmbia, Continental, Copacabana e RCA.

Curiosamente a mesma música foi gravada no mesmo ano pelo conjunto “Quatro Ases e um Coringa”, rival de “Anjos do Inferno”.

 

Dezessete e Setecentos, com “Quatro Ases e um Coringa”, 1947 

 

Quatro Ases e um Curinga

 

Os “Quatro Ases e Um Curinga” foram um conjunto vocal e instrumental brasileiro, formado no Rio de Janeiro. Ao lado dos “Anjos do Inferno”, foram o grupo de maior sucesso na dita “era do ouro” do rádio brasileiro, principalmente nos anos 40.

No começo, todos os seus integrantes eram de Fortaleza, Ceará: Evenor Pontes de Medeiros . violonista e compositor; José Pontes de Medeiros, violonista e cantor; Permínio Pontes de Medeiros, gaitista e cantor; André Batista Vieira, o curinga pandeirista; e Esdras Falcão Guimarães, o Pijuca.

Em 1939, os irmãos Pontes de Medeiros, que estudavam no Rio de Janeiro, decidiram formar um quarteto vocal e instrumental com o amigo André Vieira, chamado de “melé”.

Depois de se formar em Química, dois anos depois, Evenor e os outros três viajam para Fortaleza, onde se apresentam na Ceará Rádio Clube, com o nome de Bando Cearense.

Foi então que se juntou a eles o violonista Esdras Guimarães. Por sugestão de Demócrito Rocha, eles adotaram o nome de ‘Quatro Ases e um Melé’. De volta ao Rio, entraram em contato com César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, que mudou o nome do grupo para “Quatro Ases e um Curinga, vez que ‘melé era um termo desconhecido no Rio de Janeiro.

Semana que vem tem mais…

PS: Samba-Calango mineiro, lançado em 1945 por Manezinho Araújo e que mereceu, dois anos mais tarde, este registro dos Quatro Ases e um Coringa, feito na Odeon em 18 de abril de 1947 e lançado em julho seguinte, disco 12784-B, matriz 8213.


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