Humberto Teixeira: O Homem Que Engarrafava Nuvens
Humberto Teixeira ganha uma segunda, por não caber numa só edição. Tocaremos mais músicas que fazem parte do filme “O Homem que Engarrafava Nuvens”, dirigido por Lírio Ferreira e produzido por Denise Dumont, atriz e filha de Humberto Teixeira.
Paraíba Masculina – no filme “O Homem que engarrafava Nuvens”
Nascido em Iguatu em janeiro de 1915, foi fundador e presidente da Academia Brasileira de Música Popular.
Foi casado com Margarida Teixeira (a atriz “Margot Bittencourt”), que depois separaria dele para se casar com Luís Jatobá. Da união, nasceu a atriz Denise Dumont, mãe de seus dois netos.
Chamada para o filme “O Homem que Engarrafava Nuvens”, com cena de Humberto Teixeira e Gonzagão na mesa de bar
Filho de João Euclides Teixeira e Lucíola Cavalcante Teixeira, aos 13 anos, depois de ter editado sua composição “Miss Hermengarda”, tocava flauta na orquestra que musicava os filmes mudos no Cine Majestic, de Fortaleza.
Aos 15, radicou-se no Rio de Janeiro, onde, aos 18 anos, em 1934, foi premiado com “Meu Pecadinho!, pela revista “O Malho”, num concurso de música carnavalesca.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na época, já tinha composto sambas, marchas, xotes, sambas-canções e toadas e tentava lançar o ritmo nordestino “balanceio”, tocado pelo parceiro Lauro Maia, com quem compôs “Deus Me Perdoe” e “Vamos Balancear”.
“No Meu Pé de Serra”, com Gilberto Gil, dentro do filme “O Homem…”
Depois de compor e produzir alguns dos grandes sucessos de sua carreira com Luiz Gonzaga, como “Asa Branca”, em 1954, Teixeira candidata-se a deputado federal, passando dois meses fazendo campanha no sertão cearense, ao lado de Gonzaga. Estiveram em Iguatu para uma força a candidato a prefeito, dr. Meton Vieira, a quem presentearam com uma música para a campanha.
Outro documentário “Doutor do Baião” – vários artistas
Eleito, com 12 mil votos, teve destaque na Câmara Federal, quando do seu empenho na defesa dos Direitos Autorais. Conseguiu aprovar a “Lei Humberto Teixeira”, que permitia maior divulgação da música brasileira no exterior por meio das caravanas musicais, financiadas pelo Governo Federal. A iniciativa levou muita gente boa, como Valdir Azevedo, Poly, Radamés Gnatalli e Sivuca, entre outros.
Eleito três vezes consecutivos o melhor compositor do Brasil, Humberto Teixeira morreu, aos 64 anos em 1979.
Saímos para um descanso e voltamos em março. Até lá!