COISA DE POETA
Rocei o teu rosto
Suave como a brisa
E te deixei inquieta
Te beijei e parti
Coisa de poeta
JANELA DA ALMA
A janela da tua alma
É a porta da minha entrada,
Prepare hospedagem pra mais um
Minha permanência é ilimitada.
JUNTOS
Se estamos juntos
Nem dor, nem pranto
Somente encanto
Se eu te pergunto
Qualquer assunto
Sobre teus encantos
Você me abraça
Me pega, me amassa
Me beija na boca
E pronto.
OUSADIA
Embaixo da tua janela
Tempo de pura ousadia
Você jogava as tranças
Eu me agarrava e subia
Lá dentro fazíamos tudo
Certo de que ninguém via
Antes da noite acabar
Novamente pelas tranças
Eu me agarrava e descia
Mas o teu pai me flagrou
E acabou com a folia
Tempo bom, com final trágico.
PECADO ORIGINAL
Enquanto eu colhia
Folhas de parreiras
Pra cobrir tua nudez
Você e a serpente
Colhiam maçãs…
Eu já sabia que
Você era pecadora
E eu não conseguiria
Te vê-la despida
Pecar ia, também.