Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Coluna do Calixto - Onde Reminiscências, Viagens e Aventuras se Encontram sábado, 25 de novembro de 2017

TEM ESPAÇO NA VÉN?

TEM ESPAÇO NA VÉN?

Robson José Calixto

 

 

 

A minha última aventura nos Estados Unidos ocorreu no início deste mês de novembro de 2017, quando fui com mais quatorze pessoas participar de treinamento sobre a exploração e produção de gás não convencional (gás de folhelho) na Universidade de West Virginia, na cidade de Morgantown. Esse gás é o motivo da pancada dada no preço do barril do petróleo, derrubando de mais de US$ 100 para menos de US$ 50.

 

Até chegar lá o trajeto foi bem chatinho e cansativo, apesar de opções de voos mais diretos. Como quem estava pagando tudo era o Governo americano, então foi: Brasília, Miami, New York (La Guardia) e Pittsburgh, na Pensilvânia, e de lá para Morgantown de ônibus pela estrada, por quase uma hora e quarenta minutos. A capital da West Virginia é Charleston, mas ficava mais rápido ir de Pittsburgh para Morgantown, onde fica a Universidade, do que de Charleston para lá.

 

Quando o voo dos que tinham saído de Brasília chegou a Pittsburgh o ônibus que nos levaria a Morgantown já estava estacionado ao lado do Hotel Hyatt do aeroporto, mas ele só partiria às 15 horas com todo o grupo e ainda nem eram 13 horas. Resolvemos então retornar e procurar alguma praça de alimentação no aeroporto. Acontece que 98% dos restaurantes e cadeias de fast food ficavam para além do desembarque e não tínhamos como ultrapassar e retornar, mas nos contentar somente com o que havia disponível, ali na saída: o “Martini”.

 

Não era realmente um restaurante, estava mais para barzinho, com um balcão em "u", onde os clientes ficavam sentados ou em pé na borda externa e os atendentes na parte de dentro. Alguns colegas sentaram num canto, próximos ao balcão, outros em mesinhas de bancos altos. Eu fiquei em dúvida se pedia alguma coisa. A especialidade era hambúrguer com frita, mas também tinha uma sopa e uns pedaços de frango com molho e bastões de pepino. Relutei... relutei até olhar o relógio e pensar na viagem até Morgantown, noite... Vamos lá, acabei também pedindo um hambúrguer, mas sem bacon ou queijo. Do meu lado esquerdo estava sentada ao balcão uma senhora, que comia uma refeição com batatas fritas e bebia uma taça de vinho tinto.

 

Alguns colegas pediram cerveja como acompanhamento e tinham que mostrar suas carteiras de identidade para comprovar suas idades. Então lembrei que um pouco antes do embarque de La Guardia comprara uma garrafa plástica de água mineral em uma loja de conveniência próxima ao meu portão de embarque e a enfiei na mochila.

 

Assentei a mochila no banco alto em frente ao balcão e desatarraxei a tampa da garrafa e Vruuuu... uma miniexplosão, um esguicho para cima e para todos lados da água da garrafa e aí me dei conta que era gasosa. O esguicho saiu molhando tudo, balcão, banco, chão, minha roupa e mochila, atingindo a refeição da senhora ao lado. Guardanapo molhado, comida molhada, água no vinho. Eu só tive jeito de dizer: “Sorry, sorry, it´s just water!”. Só que o estrago já estava feito.

 

Sorte que o atendente do bar agiu rápido e retirou a comida, pratos e copos molhados. Passou um pano seco no balcão e me pediu para passar o mesmo pano nas cadeiras e no banco alto. Depois ele trouxe nova porção de comida para a senhora e uma nova taça de vinho tinto. Que vergonha que fiquei. Sem fala, todo errado. Mas depois tudo acabou dando certo. Meu hambúrguer chegou, atendente disse que aquilo acontecia e tocamos nossos punhos fechados.

 

Todo mundo junto no Marriott da cidade de Morgantown, com café da manhã pago à parte, em um Starbucks dentro do Hotel, a US$ 18 no mínimo. Como vários, como eu, não tinham nem recebido meia diária, ficava pesado, ademais nada muito próximo aos nossos hábitos alimentares nacionais para o café da manhã. Assim, logo lancei a ideia de irmos de Uber a um Walmart que tínhamos visto no caminho. Minha também já tinha me mandado pelo Whatsapp foto de um corretor facial da Maybelline, do tamanho pequeno, que ela dizia que custava quase R$ 70,00 no Brasil, quer dizer encomenda já feita.

 

Alguns ficaram reticentes, outros não se juntaram e uns poucos decidiram aderiram a ideia, mas às 18 horas já éramos em sete e dava para alugar dois carros. O primeiro carro, do tipo compacto, no qual entrei, era preto e tinha na dianteira o símbolo do Batman. Ao ver o símbolo ri por dentro e sorri ironicamente, pois aquele símbolo me lembrou alguém de quem já fui próximo que adorava a Caverna do Batman. Partimos...

 

Chegamos e alguns não tinham ido a um Walmart nos Estados Unidos. Pegamos uns carrinhos, marcamos uma hora para retornar ao Hotel e nos espalhamos, fomos as compras. Bem, logo de cara encontrei o corretivo encomendado, de tamanho grande e no valor de US9.98, depois saí para pegar algumas coisinhas básicas. Aconteceu que quando olhei um dos carrinhos de um dos colegas de curso, parecia que ele tinha exagerado um pouco e circulava com um pequeno monte de compras e estava deslumbrado com tubos gigantes de um xampu de nome "Aussie" que eu nunca tinha ouvido falar. Ele dizia que custava quase R$ 50,00 no Brasil. Bem.., resolvi levar um xampu e um condicionar, mas de tamanho pequeno, a US$ 2.86 cada.

 

Todos que estava lá se abasteceram com itens para o café da manhã no quarto para os próximos dias. Eu mesmo comprei uma garrafa de Frapuccino do Starbucks que custava US$ 2.86 no Walmart, bem mais em conta. Os porta-malas dos carros do Uber ficaram repletos e entramos pelo Hotel com sacolas e mais sacolas. Os que não foram viram que bobearam e começaram a dizer que na próxima iriam juntos.

 

No dia seguinte, no intervalo curtíssimo para almoço, nos serviram pedaços de frango empanados e fritos ao estilo KFC, macarroni & cheese, e fatias de carne de peito bovino ao molho barbecue e uma espécie de coleslaw. Nessa noite não pudemos sair, pois havia um jantar de socialização com os americanos, em um restaurante-bar de Morgantown que ficava em um antigo galpão. Serviram um vinho chamado "Boom Boom!" e depois de experimentá-lo achei esse "Boom Boom!" caído. Já tinha experimentado e sorvido o gosto de bem melhores.

 

Muita aula. Visita de campo. Transporte da Universidade de West Virginia nos levando no deslocamento. Friozinho. Chuva. Deram a cada um US$ 300 para se virar durante a estadia, quantia bem curta e ajustada sem qualquer despesa extra. Conversa vai... Começamos a combinar aonde iríamos de noite. Os que não tinham ido ao Walmart queriam que voltássemos lá. Mas aí comecei a falar sobre o meu e-book e minhas viagens de carro nos Estados Unidos (http://www.saraiva.com.br/o-que-e-ser-americano-viajando-de…) e sugeri que fôssemos a uma loja da TJ Maxx, cadeia de ponta de estoque muito variada. Alguns nunca tinham ouvido falar dessa loja. Uma baiana conhecia a Ross, que é bem similar.

 

Dois Ubers de novo, só que dessa vez já tínhamos aumentado para oito. Porta de TJ Maxx e às compras. Teve gente que ficou deslumbrada com os preços e as marcas vendidas bem baratas. Não acreditavam e vinham me perguntar se aquilo era verdade mesmo, claro que era. Sacolas e mais sacolas. Depois um pulo no Supermercado Target ao lado. Uns não cumpriram o horário acordado. Bateu a fome e acabamos jantando num restaurante chinês entre a TJ Maxx e o Target. A comida foi bem barata e farta, mas de qualidade duvidosa.

 

Curso, curso, curso. Hora de pegarmos o ônibus até o Marriot, de Morgantown. Aproveitei para tirar umas fotos dos arredores. Check out e pé na estrada até Pittsburgh, onde tivemos mais palestra e almoçamos sanduíches de catering servidos dentro de caixinhas da Panera Bread.

Check in no Hyatt do aeroporto de Pittsburgh. Onde iremos jantar? Vamos às compras? Mas existia um problema: uma das pessoas que tinha celular com conexão internacional para pedir Uber precisou alugar um carro e voltar até Morgantown, pois a uma compra feita pela internet só chegou depois que saiu da cidade e estava à sua espera. Eu não tinha essa conexão. Assim, sugeri: que tal alugarmos um carro, uma SUV e termos liberdade para irmos e voltarmos, ir para onde quiser e voltarmos a hora quisermos? Éramos sós uns cinco ou seis, dava muito bem, numa boa em uma SUV espaçosa. Eu já havia dirigido uma Suburban, da Chevrolet, no Colorado, tinha prática.

 

Alguns gostaram da ideia, outros, de novo, reticentes, mas resolvemos todos ir ao balcão da Avis. Negociação vai e volta, e a atendente me ofereceu uma Van de doze lugares. "Mas quanto custa essa Van?", perguntei. Ela respondeu que a "Vén" com taxas, seguros, GPS e devolvendo com tanque cheio custava uns US$ 185.00 a diária. Chegou me oferecer outro veículo com quinze lugares ao preço da de doze. Preferi ficar com “Vén” de somente doze lugares mesmo.

 

Pensei, pensei. Nisso chegou mais gente e tínhamos justamente 12 pessoas para circular pela cidade de Pittsburgh. Resolvemos rachar e alugar. Muitos disseram que não dirigiria. Disse: "Eu dirijo". Matei no peito. Preenchi os formulários. Chaves nas mãos e aquele veículo grandão. Nunca tinha dirigido uma "Vén" na vida e nem tinha muito tempo para aprender todos os comandos e possibilidades do veículo. A primeira grande ansiedade e frisson: a marcha era no volante! Tive poucos segundo para aprender como mudava a marcha, para frente e ré.

 

Todos os lugares preenchidos e banco e espelhos acertados, quando um carona inesperado entrou e quis sentar no chão do veículo. Conhecendo as leis americanas de trânsito e a imposição delas pelos policiais, me recusei a dar partida com alguém sem cinto e o veículo em estado irregular. O carona saiu e foi junto alguém que se solidarizou com ele. Então éramos onze na "Vén", ficando US$ 20 para cada um, já incluindo a reposição do combustível.

 

Vários que não foram da primeira vez queria ir ao Walmart. Eu queria porque precisava comprar umas vitaminas e remédios para a minha gripe. Paramos no Supercenter e designamos um tempo de 20 minutos, só que diversos não cumpriram e maioria ficou na frente da loja esperando os demais. Me vi obrigado a entrar e sair catando as ovelhas perdidas.

 

Umas garotas tinham combinado se encontrar com os dois que haviam abandonado a "Vén" no centro de Pittsburgh, em um restaurante chamado "Meat & Potatoes". Meio escondido o lugar, mas em rua com algumas outras atrações gastronômicas. Tive certa dificuldade para achar lugar para estacionar o veículo. Depois de rodar um pouco estacionei em rua perpendicular próxima, em vaga com parquímetro, entretanto em horário "free of charge". A galera noturna nos arredores era pouco convidativa. Descemos da "Vén" mesmo assim, me assegurando que o GPS estava escondido e tudo trancado.

 

Como disse, o lugar era escondido, mas mais fácil de achar a pé do que de carro. Encontramos as duas figuras lá. Era um bar. Muita gente. Ar condicionado lá em cima. Atmosfera um pouco viciada. Gente no balcão tomando cerveja e pedindo sanduíche. Mesinhas em volta. Algumas mulheres assediando os homens. Uma bela ruiva. Um dos do grupo se empolgando. Nos espalhamos.

 

Sentei em uma mesinha de canto com um baiano e um maranhense que estavam igualmente fazendo o curso comigo. Eles pediram massa e eu uma coxa de cordeiro defumada com molho barbecue e cuscuz marroquino de grãos grandes. Para a minha surpresa o prato estava muito bom. Relaxei um pouco.

 

Lá por volta das 23 horas o bar começou a fechar, o dia seguinte feriado, quando nos Estados Unidos se comemora o "Dia dos Veteranos". Volta para o Hyatt. Procurei deixar a "Vén" no estacionamento do hotel que era conjugado com o do aeroporto. Deu US1.50 para cada um, pois a diária era no máximo US$ 12.

 

Combinei que na manhã seguinte iria levá-los para tomar café na rede de comidas Country, bem conhecida, mas que não tem em todos os estados americanos, "Cracker Barrel".

 

Na hora marcada, pela manhã (08h00min), as garotas vieram com o papo que eu deveria largá-los no centro e cada um se viraria para tomar café. Outros queriam ir à loja da Apple, um deles com muita dor de cabeça pela misturada na bebida e estava enjoado. Acontece que eu tinha falado muito bem do restaurante e vários até queriam jantar lá na noite anterior e não se simpatizaram com a proposta. Convenci-os que seria rápido, com comida gosta e a preço bem razoável.

 

  

 

Cracker Barrel é um restaurante que te conquista desde a entrada. Muita coisa chamando a atenção, desde o chão até o teto, com ofertas de balinhas, doces, geleias, blusas, livros de culinária, lembrancinhas.

 

Já na área de refeição propriamente dita, junção de mesas para os onze poderem sentar juntos. As escolhas foram variadas, mas comeram muito bem, até o que estava de ressaca. Quem gostava de bacon se fartou. Quem gostava de pãezinhos e café também. Pedi uma omelete e uma caçarola de hash brown. Menos de uma hora já estavam todos alimentados, com as refeições pagas e sem ter ocorrido dispersão. Toca para o centro de Pittsburgh, na Pensilvânia.

 

Estacionar foi difícil próximo à loja da Apple, pois era feriado e todas as vagas na rua estavam tomadas. Rodamos, rodamos e decidi estacionar onde tivesse vaga, mesmo que um pouco distante da loja. Foi bom porque a paisagem e as cores outonais estavam lindíssimas, com muitos plátanos amarelados pelas calçadas e árvores cor de fogo. Como Halloween ainda estava próximo muitas abóboras de enfeite ainda estavam espalhadas pelos jardins das casas. Muitas fotos foram tiradas.

Quem quis ir à loja da Apple foi e comprou seus aparelhinhos a custo bem menor que no Brasil. Na da GAP também, mas que estava cara e com muitas roupas de frio pesadas. O tempo se encurtando para retornar ao hotel e fazer check out, todos viajariam ainda naquela tarde.

 

Era preciso retornar a "Vén" de tanque cheio e resolvi parar em um posto para abastecer. Calculei US$ 15 cash. Na mosca. Corre para devolver o carro na Avis. Entrei no estacionamento da companhia, mas uma fila lotada e outra entrada fechada. A placa apontava para direita, decidi entrar. Fui até o fim. Errado, era o estacionamento da Budget. Os caras disseram que eu tinha que dar a volta e dei, só que dentro do estacionamento e aí entrei um pouco na contramão. Mas naquele momento os funcionários da Avis abriram nova fila, o que já deveriam ter feito.

 

Estávamos atrasados e os conferentes da Avis enrolados. Já era quase 12h50min, em cima de check out tardio. Então disseram para eu deixar o cargo e ir. Fui, mas sem recibo. Aquilo me perturbou.

Voando para o Hyatt, check out, puxando mala, quase correndo, e direto para o check in da American Airlines. Despachei as bagagens e me despedi do pessoal. Alguma coisa me dizia para eu voltar na Avis e pedir o meu recibo. Foi o que fiz.

 

No balcão apresentei os documentos de aluguel que fizeram e pedi o recibo da "Vén". A moça me deu. Corri o olho e estava acrescentada de quase US$ 40. Questionei o motivo. Ela checou e me informou que eu não entregara o veículo com o tanque cheio. Como?!

 

Retruquei e pedi a correção, pois tinha entregado o veículo com o tanque cheio. Ela me pediu o recibo do abastecimento. Eu disse que não tinha, pois pagara em cash. Solicitei que verificasse o veículo. Então ela ligou para um e para outro, até que alguém fosse até o carro e checasse o ponteiro do combustível. Eu estava certo. Além de ter retirado a majoração, ela me deu o recibo com um pequeno desconto pelo problema.

 

Com o recibo nas mãos, a cabeça aliviada, agora era disposição para enfrentar a fila para conferência de passaporte e checagem das bagagens de mão. Tchau US! Começava a nevar em Pittsburgh.

 

Sobrevoando New York, ao cair da tarde, sob luzes avermelhadas do sol, tive as minhas melhores imagens daquela cidade. Pena que estava sem meu celular. Uma japonesinha, que estava sentada no lado oposto do corredor do Embraer que viajávamos, me pediu para tirar umas fotos para ela. O que fiz com imenso prazer como se as fotos fossem para mim.

 

 

Brasília, 24 de novembro de 2017.


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