Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Mary Zaidan quinta, 03 de agosto de 2017

TEMER - HAJA FÔLEGO

Seis votos acima da maioria simples, 79 a menos do necessário para processar qualquer mudança constitucional. O placar de rejeição na Câmara dos Deputados ao prosseguimento da denúncia contra Michel Temer – 263 x 227, 21 ausências e duas abstenções – aponta mais do que a absolvição prévia do presidente. Revela se ele terá ou não fôlego para aprovar reformas imprescindíveis, a começar pela da Previdência, sem a qual o país quebrará em curtíssimo prazo.

Na ponta do lápis trata-se de uma empreitada ainda mais difícil do que a vencida para salvar a própria pele. Além de manter os que votaram em seu favor na sessão desta quarta-feira, Temer terá de arrebanhar mais 79 deputados para chegar ao quórum qualificado de 342 votos, número mínimo obrigatório para alterar a Constituição.

Uma tarefa para lá de complicada, em especial nas portas de entrada de ano de eleição, no qual os senhores deputados correm longe de temas polêmicos e, por certo, farão de tudo para não ter de mexer no vespeiro aposentadoria.

No melhor esforço aritmético, somando tudo a favor – totalidade dos votos do PSDB, do PMDB e de uns e outros deputados de 16 siglas que votaram contra Temer, mas que não se oporiam, pelo menos em tese, à reforma da Previdência – têm-se 78 votos a mais do que o presidente conseguiu a seu favor. Um a menos dos dois terços necessários para aprová-la.

Vitorioso na Câmara, mas contaminado pela suspeita de corrupção. Paira sobre Temer a ameaça de uma nova denúncia, resultado do fatiamento feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. E a hipótese de inclusão de seu nome no inquérito sobre o PMDB que corre no Supremo, pedido feito por Janot no exato momento em que a Câmara iniciava o processo de votação sobre a denúncia contra ele.

Temer está espremido, quase sem saída. Terá de apostar tudo na aprovação da reforma da Previdência, por mais impopularidade que ela acrescente ao seu mandato já imbatível nesse quesito.

Inadiável, econômica e socialmente, já que daqui a pouco não haverá dinheiro para pagar as aposentadorias, mesmo desfigurada e um tanto mambembe, essa é a única tábua de salvação de Temer. A partir dela ele alimenta sonhos de obter algum reconhecimento – no tom dos que ouviu nos microfones de quem votou a seu favor – e de entrar para história pelo menos pela portinhola lateral, infinitamente melhor do que a do fundo ou do buraco de lama.

Para tal, terá de batalhar por ela com vigor ainda maior do que demonstrou para sobreviver. De preferência com armas e métodos menos vis.


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