Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 20 de março de 2022

THE HURRICANE

 

HOJE: FILME DE PUGILISMO

THE HURRICANE – (1999) – O FURACÃO INOCENTE NO INFERNO VIVO

Gentileza do Colunista Cicero Tavares

 

Cartaz de The Hurricane lançado em Blu-Ray em 2000

A cinebiografia HURRICONE – O FURACÃO (1999), conta a história de Rubin “Hurricone” Carter (Denzel Washington, numa atuação magistral), famoso pugilista estadunidense, cuja prisão por assassinato foi cercada de suspeita por perseguição racial. Em 1966, Rubin Carter foi detido junto com um amigo e acusado do assassinato de três pessoas em Nova Jersey. Após rápido julgamento, ele foi condenado à prisão perpétua por um júri composto exclusivamente por brancos por triplo assassinato. Tanto Rubin Carter como seu amigo, John Artis negaram envolvimento nos assassinatos, passaram sem problemas por um detector de mentiras e as testemunhas não os reconheceram como os executores dos disparas no bar, mas mesmo assim foram condenados. O filme mostra as pessoas que ajudaram a conseguir um novo julgamento que o inocentou. Rubin Carter ficou encarcerado por quase 20 anos e a sua esperança restringia-se aos fãs que acreditavam em sua inocência.

“Esta é a história de Hurricane, o homem que as autoridades vieram a culpar por algo que ele nunca fez. Posto na prisão, aquele que poderia ter sido campeão do mundo,” assim escreveu Bob Dylan na letra da música Hurricone, protestando pela injustiça da condenação preconceituosa do boxeador.

Em junho de 1966, Rubin “Hurricane” Carter (Denzel Washington) era um forte candidato ao título mundial de boxe. Entretanto, os sonhos de Carter vão por água abaixo quando três pessoas são assassinadas num bar em Nova Jersey. Indo para casa em seu carro e passando perto do local do crime, Carter é erroneamente preso como um dos assassinos e condenado à prisão perpétua. Anos mais tarde, Carter publica um memorial, chamado “The 16th round”, em que conta todo o caso. O livro inspira um adolescente do Brooklyn e três ativistas canadenses a juntarem forças com Carter para lutar por sua inocência.

O filme “The Hurricane – O Furacão” é baseado na história real de Rubin Carter, um famoso pugilista que após ganhar 18 lutas seguidas passou a ser conhecido como “Furacão” por seus golpes demolidores. No entanto, a carreira vitoriosa de Carter foi interrompida por uma acusação infundada de três homicídios.

A trajetória do garoto negro que aprendeu cedo a sobreviver, como o próprio se define, começa a ficar turbulenta aos 11 anos, quando tem seus direitos de cidadão violados e é condenado a cumprir sentença até completar 21 anos por atacar um pedófilo branco da alta corte americana. O detetive encarregado da investigação foi Della Pesca, um branco racista da sociedade, o mesmo que se encarregaria de reunir provas falsas para incriminar Rubin novamente em 1965.

A história de Rubin Carter comoveu artistas e fãs e ganhou propagação mundial, mas nem mesmo as inúmeras manifestações e os protestos foram suficientes para tirá-lo da prisão. Carter foi preso e condenado a prisão perpétua, junto com seu amigo John Artis, porque duas testemunhas do local do crime confirmaram os dois como autores do triplo assassinato. As testemunhas foram subornadas pelo detetive particular racista Della Pesca, que encontrou uma maneira simples e rápida de resolver o caso.

Após passar, quase 20 anos preso, e ser julgado e condenado duas vezes por um júri branco, Rubin Carter estava desacreditado de sua liberdade. No entanto, o livro escrito por ele, nos primeiros anos de cadeia, intitulado The 16th Round – De número 1 ao número 45472, caiu nas mãos de Lesra, um garoto negro que se identificou com a história do pugilista e motivou a família canadense a lutar pela liberdade de Carter. Essa amizade foi responsável por em 1985 garantir a liberdade de Hurricane. Tendo a sentença de condenação anulada por um juiz do tribunal federal que, na sentença, encontrou prova de racismo e alteração da realidade dos fatos por um detetive particular branco, racista, que o havia condenado na adolescência.

É interessante pensar em Hurricane como um campeão de boxe, afinal a sua grande vitória vem ao escrever sua biografia que encanta o jovem Vince e seus amigos canadenses, e é com a ajuda dele que Rubin (Hurricane) consegue sair da prisão após quase 20 anos preso injustamente.

O filme, além de contar com uma atuação magistral de Denzel Washington (lembrando seus momentos de glória em Duelo De Titãs e O Voo, onde esteve brilhante) também é muito bem escrito, conseguindo prender o telespectador durante as mais de duas horas e meia de exibição e consegue fazer o espectador escolher um lado, se o da polícia, ou (e obviamente) o do boxeador.

Para aqueles que pensam que Hurricane – O Furacão, é apenas mais uma biografia de um homem que conseguiu dar a volta por cima; enganam-se. O filme é sim uma verdadeira superação, é uma aula onde a pauta principal é a vida; Porque viver? Porque o racismo? Porque eu? Essas são apenas algumas das inúmeras perguntas respondidas e que estão muito bem delineadas nas entrelinhas do roteiro. É possível até mesmo uma comparação a filmes como “We Are Marshall” (2006), “The Pursuit of Happyness” (2006), “A Procura da Felicidade”, que além de superação, nos mostram a importância de aceitar as coisas e pensar, no lugar de se irritar com o destino o certo é lutar.

As considerações fáticas do Juiz Federal, Sarokin, para anular os dois processos de primeiro grau do Tribunal Estadual de Nova Jersey são um primor de contextualização jurídica. E a frase que Rubin Carter pronunciou ao jovem Lesra Martin de dentro do parlatório, o adolescente negro que abraçou a causa por puro amor à Justiça, pagam o filme: “O ódio me pôs na prisão. E o amor vai me tirar.” – concluiu Carter.

The Hurricane – (Trailer Oficial)

 

 

Caso CARTER: Inspiração de BOB DYLAN “HURRICANE”

 

 


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