Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Raimundo Floriano - Perfis e Crônicas segunda, 04 de setembro de 2017

THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE

THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE

(Publicada no dia 13.07.2015)

Raimundo Floriano

 

Desenho do artista Dió, índio paraguaio

 

                        Calma, queridos leitores! Don’t be cruel with this old seventy-niner! Please! O título acima, extraído do excelente western de 1962, dirigido por John Ford, com John Wayne, James Stewart, Lee Marvin, Vera Miles, Edmond O’Brien e Andy Devine nos principais papéis, é apenas uma alegoria. No texto abaixo, não há morte alguma, nem matada, nem morrida.

  

                        Quando preparava o lançamento de livro Do Jumento ao Parlamento, em Brasília, no ano de 2003, eu contava como certíssima a divulgação pela Rede Globo. Isso porque um amigo do peito, colega aposentado da Câmara dos Deputados, meu vizinho de Quadra, era Assessor Jurídico daquela emissora. Ao solicitar-lhe a deferência, ele não se fez de rogado e pediu-me que lhe levasse um exemplar do livro na sede da TV, o que foi feito. E o resultado disso? Até hoje!

 

                        Com tal insucesso, já fiquei sabendo que para ser notícia na mídia o buraco é mais embaixo. Precisa-se de algo mais.

 

                         Em 2010, ao lançar novo trabalho, De Balsas Para o Mundo, não perdi tempo, já escolado, com a mídia da Capital Federal. Mas imaginei que, na noite de autógrafos em Balsas, minha terra natal, tudo seria diferente, pois naquele sertão sul-maranhense quase nada acontece de novo, e um nativo da região, ao escrever um livro, seria notícia, pelo menos para os conterrâneos.

 

                        Assim pensando, e com o auxílio da Maria do Socorro Ferreira Vieira, minha Assessora Plenipotenciária balsense, foi contatada a TV Rio Balsas, afiliada da Rede Globo, cuja apresentadora é filha de um amigo meu de infância, e o apresentador Manoel Carvalho, da Rede TV, que me pôs no ar a partir de minha chegada em Balsas e ficou postando flashes sobre o lançamento na programação da emissora. Quanto à Globo, vou contar.

 

                        Com o evento marcado para a noite de 12 de junho, no Arraial do Festejo de Santo Antônio, nosso Padroeiro, tive um contato inicial na véspera com a apresentadora, para que ela conhecesse o livro e pudesse preparar a matéria a exibir. Ficou acertado, então, que, no dia seguinte, ao meio-dia, seríamos entrevistados por ela, eu e Comandante Puçá, um de meus personagens, marinheiro de 88 anos – hoje com 93 –, que passou maior parte e sua vida navegando de Balsas ao Oceano Atlântico, quase 1.700 km de água, rio abaixo, rio acima.

  

Comandante Puçá - Em 1940 e em 2010, com sua irmã Maria Rodrigues

                        Pois bem, às 9 horas da manhã do dia 12, recebemos um telefonema da TV Rio Balsas/Globo, informando que a entrevista fora cancelada. Desapontamento enorme para mim e para o Comandante, que já se achava todo paramentado, pronto para contar suas experiências de velho marinheiro.

 

                        À noite, o apresentador Manoel, da Rede TV, compareceu à festa, com sua equipe, colocando-me novamente no ar, em tempo integral:

  

                        E, no auge do acontecimento, aparece-me por lá uma equipe da TV Rio Balsas/Globo, solicitando uma entrevista. Ainda em off, argumentei que, àquelas alturas, isso de nada mais valeria, pois o que interessava era a divulgação antes do evento, como fizera a Rede TV. No entanto, assim mesmo, concedi-lhes o que me pediam:

 

                         Cinco anos se passaram. Em maio de deste ano, com novo livro, Memorial Balsense, já lançado em Brasília, procurei acautelar-me, para que os fatos relativos à Globo não se repetissem.

 

                        Como providência inicial, remeti um exemplar para a mesma apresentadora, agora na TV Mirante/Globo, que se mostrou muito receptiva e, desde então, por ser minha amiga no Facebook, curtia tudo o que eu ali postava referente ao livro. Minha Assessora fez com ela o contato telefônico, ficando acertado que combinaríamos o horário de entrevista tão logo eu chegasse a Balsas.

  

                        Porém, foi só eu chegar, os telefones da apresentadora entraram em pane, ficaram fora de área, ou não atendiam, tal situação permanecendo imutável até a hora dos autógrafos, como sempre, na noite de 12 de junho, no Arraial do Festejo de Santo Antônio.

 

                        Paralelamente, desde o início de junho, a Rádio e TV Boa Notícia, ligada à Igreja Católica, colocava meu Convite no ar, em flashes que se repetiram até o início do evento.

 

                        Já às 19h do dia 11, quando cheguei a Balsas, fui agraciado pela radialista Maria da Conceição, da Rádio Boa Notícia, com entrevista ao vivo, postada no Facebook, no ato, por minha filha Elba que, com meu genro Fábio, me acompanhou em todos os momentos:

  

                        No dia seguinte, 12, às 9h, o apresentador Francisco de Assis, da TV Boa Notícia, franqueou-me as câmeras em logo papo, ao vivo, sem limite de tempo:

  

                        Ao meio-dia, novamente na TV Boa Notícia, foi a vez do consagrado apresentador Cantidiano, o bam-bam-bam, o bom-de-sela, deixar-me à vontade, em longa entrevista:

  

                        Tudo isso resultou no retumbante sucesso que foi o lançamento. Quem já viveu isso sabe o que é autografar 85 exemplares, conversando com cada leitor, personalizando a dedicatória e posando com ele para a foto. Bote três horas, no mínimo. Durante esse tempo, novamente a TV Boa Notícia reportava tudo para seus telespectadores:

  

 

                        E, quando a festa atingia o ápice, o apogeu, a culminância, quem me aprece por lá? Exatamente isso que você pensou, querido leitor: uma equipe da TV Mirante/Globo, procurando entrevistar-me.

 

                        Eu não quis nem papo. Apenas perguntei: – É da TV Mirante? É da Globo? O Canal do Plim-Plim? Diante das respostas afirmativas, firmemente proclamei:

 

                        – Vocês fizeram cafajestada comigo durante todo o dia! Agora, que a mesa está posta, e satisfeitos os comensais, vocês me aparecem querendo as rebarbas? Nada feito!

 

                        Alguém a meu lado argumentou que a Globo transmite para todo o Estado do Maranhão, ao que eu respondi:

 

                        – Pode transmitir até para a Lua, para Marte, mas comigo, michou!

 

                        Lavei a alma!

 


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