Contagem regressiva: em 21 dias, chego ao Rio! Um dia para cada gostinho e lembrança da cidade onde vivi tantos dos momentos mais felizes da minha vida, em mesas com amigos ou pelos botecos, sambas e morros, que prefiro à praia. Que força estranha é essa que me leva a cada vez ao Galeto Sat’s de Copacabana para refestelar-me de frango assado com farofa de ovo? Dentre minhas carioquices favoritas, sempre incluo também as gordas e esfarelentas empadas do Salete, na Tijuca: as de costela com agrião, as campeãs — os defensores do recheio de palmito que me perdoem…
Feijoada boa, no Rio, não falta: a da famosa Tia Surica, da Portela, tem até status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado! É ótima a do Rubaiyat, servida aos sábados em seu vasto e lindo salão no Jockey Club, em um sem-fim de panelões fumegantes. Também adoro embasbacar turistas levando-os para comer fraldinha e picanha até não poder mais em uma churrascaria com vista, seja no próprio Rubaiyat ou no Assador Rio’s, no Aterro. Que serviço!
Mais carioquices que amo? Bolinho de camarão com molho picante do Bar Urca. Bolo quente de chocolate do Irajá. Rabada do Bar da Gema. Lagostins do Satyricon. Caipirinha das barracas de praia. Chope do Jobi. Sardinha no brioche do Oteque. Vegetais do Lasai, especialmente em tempura. Ovos moles da Alda Maria, em Santa Teresa, e pastel de nata do Portugo. Brigadeiros de boas-vindas e carpaccio do Copa. E café coado e queijo frescal de qualquer hotel de respeito.