Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito quinta, 14 de dezembro de 2017

TRIRICA, ERVA DANINHA

 

Semana passada, quando o deputado Francisco Everardo de Oliveira Silva foi à tribuna da Câmara pela vez primeira, não o fez para falar de projetos, mas para desistir deles – se é que em algum momento eles foram ao menos cogitados – mediante a renúncia que apresentaria em seguida.

Com sua fala simples, o deputado levou muitos à impressão de que ali estava um político diferenciado. Ao contrário de outro político antagonista da sintaxe, em nenhum momento pronunciou palavras ofensivas aos bons costumes. Não perdera, no entanto, o costume de tirar proveito das disposições legais. Tratava-se de um roteiro meticulosamente ensaiado! Eis a sinopse.

Pelo regimento interno da Câmara, para ter direito a aposentadoria o pretendente deve cumprir, pelo menos, um mandato mais três quartos do segundo mandato. Além disso, para conquistar a integralidade, há que ter discursado, ao menos uma vez, na tribuna daquela Casa. Apenas uma vez!

Pois exatamente naquele dia, pela primeira vez o deputado resolvera discursar. Uma pergunta se impõe: não seria mais fácil uma carta de renúncia? Ele, que em mais de dois anos não participara dos trabalhos legislativos, para que se expor naquele dia?

Eis o busílis da questão: o mandato do deputado era de inoperância total, não tinha serventia. A renúncia, por outro tem. Muita!

Com ela assume o ínclito José Genoíno, que passa a ter imunidade parlamentar, foro privilegiado e outros privilégios da casta política.

Assim, o deputado se aposenta, mostra-se um homem desprendido, e embora não haja registro a respeito, mesmo porque tais coisas não são registradas, talvez não precise trabalhar nunca mais.

Enfim o deputado Francisco Everardo de Oliveira Silva mostrou todo o seu talento como o palhaço Tiririca, há mais de vinte anos aclamado em todo o Brasil.

Mas pensando bem, tiririca é erva daninha. Palhaços somos nós.


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