Sei que é triste namorar uma roupa por semanas, sonhar com ela acordado e, na hora H, não encontrar seu número. Há muitas peças disponíveis, claro, mas nelas você só entraria nem se lhe cortassem ao meio. Algo que nem rei Salomão pensaria em fazer, sábio que era. Bate, então, aquela revolta medonha. A vontade é torrar o dinheiro da roupa nova que você não terá em chope, sanduíche, chocolate, sorvete, enfim, em tudo aquilo que não é imoral nem ilegal, mas que engorda uma barbaridade. “Se tenho que ir à festa com a roupa velha, eu vou. Mas vou de barriga cheia”, diz você para você mesmo, antes de lambuzar a primeira batata frita de maionese, mostarde e molhos diversos.
Calma. Pense positivamente. Ora, se você nunca encontra seu número, é porque muita gente está tão gorda quanto você. A diferença é que alguns gordos dão sorte ou são mais espertos. Compram o tamanho SUPER GGGG antes que outros gordos cheguem à loja. Sei que tal raciocínio não resolve seu problema. Mas serve de consolo. Afinal, ninguém gosta de se ferrar sozinho. E de ilusão também se vive, dizem.
* * *
Quer acabar com o efeito sanfona? É fácil: não emagreça.
* * *
A MELHOR DIETA…
… é a que não precisa ser feita.
* * *
SEU ROSTO, QUERIDA, JÁ AFINOU
Você, então, resolve fazer uma dieta, perder uns muitos quilos, para poder vestir uma roupa que não a deixe com a aparência de um colchonete amarrado. Vai à luta, mais uma vez. Empanzina-se de mato e frango na chapa, jura por Deus que gelatina light é uma delícia, muito mais saborosa que quindim. Depois de semanas de sacrifício, encontra a “amiga” que paga para não encontrar. E ela não lhe poupa “elogios”:
– Nossa! Você está bem! Seu rosto já afinou…
Não reaja, conte até mil, seja sertaneja, seja forte. A mãe de sua amiga é o que dela se diz: uma p… Mas, lembre-se, querida: xingamentos não diminuem seu manequim.