Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Marcelo Alcoforado - A Propósito terça, 11 de julho de 2017

UMA GUERRA SINGULAR

 

Os que têm olhares cúpidos para a Amazônia revelam preocupação com o propósito brasileiro de ampliar a exportação de dendê. Para os sábios do jornal inglês The Guardian, a floresta amazônica corre grande perigo ante o nosso possível protagonismo na exportação do fruto.

Esclareça-se, desde já, que o uso do dendê não se atém às fronteiras amazônicas nem aos limites culinários do acarajé e conexos. Ele é importante na produção de sabão, vela, graxas, lubrificantes, nas indústrias siderúrgica, farmacêutica e cosmética, colaborando, neste caso, para deixar as mulheres ainda mais bonitas, o que é por si um bem para o meio ambiente. O problema é que a terra apropriada para o cultivo do dendezeiro está exatamente na Amazônia, uma região que, segundo os poderosos, pertence à humanidade e não exclusivamente do Brasil.

Aí, a questão do dendê traz à lembrança uma história correlata.

Nos primeiros anos do século 20, a superpotência do mundo era a Inglaterra. As disputas, no entanto, cresciam, e a Alemanha buscava a hegemonia marítima, além de querer, a qualquer custo, uma redistribuição das colônias da África. Acendeu-se, então, o estopim da Primeira Guerra Mundial.

Sim, mas o que têm a ver a Primeira Guerra e o dendê? ─ você pode estar perguntando, com razão.

É que naquela quadra da história mundial, ao partir para a guerra os oficiais ingleses avaliavam que sob o calor da África Oriental iriam derreter que nem sorvete, valendo à conflagração o apelido de A guerra do sorvete. Aqui, sem guerra e sem violência, lembra-se aos povos cobiçosos que o calor amazônico também é grande e azeite de dendê, em excesso, causa idas sucessivas ao banheiro.

Neste caso, teremos uma guerra escatológica e não – desculpe a forma tão direta – e não a guerra do sorvete, mas a guerra do tolete.

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