Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 21 de janeiro de 2024

WARLOCK (1959) – MINHA VONTADE É LEI

 

HOJE: FAROESTE

WARLOCK (1959) – MINHA VONTADE É LEI

Gentileza do Colunista Cícero Tavares

 

A vila de Warlock, onde se passa a história, tem um recorrente problema com um perigoso bando sediado no Rancho San Pablo, que constantemente saqueia a cidade e segue matando ou expulsando os Xerifes dali. Uma reunião do Conselho local decide então contratar um experiente e famoso pistoleiro (personagem vivido de maneira brilhante por Henry Fonda) para agir como Xerife, embora isso não seja lá uma atitude oficial/legal, mas uma medida desesperada dos cidadãos. Esse contratado salvador impõe uma série de regras aos cidadãos, entre elas, a presença de seu inseparável amigo (personagem também vivido de maneira brilhante por Anthony Quinn) e ambos irão iniciar sua trajetória de “colocar a cidade nos eixos”.

O diretor Edward Dmytryk faz um bom uso de sua larga experiência dramática para conduzir o soberbo elenco do filme, grupo que merece todos os elogios possíveis. Se a mesma direção perde a mão na condução das subtramas amorosas (a verdadeira pedra no sapato do filme) e não consegue juntar bem as muitas subtramas na parte final da fita (abrindo aí também um problema de ritmo pela montagem), é na direção de atores e na condução de cenas mais densas, com diálogos inteligentes e cheios de significado que o cineasta consegue as suas maiores conquistas. Aliado ao excelente trabalho do fotógrafo Joseph MacDonald com o CinemaScope, o diretor ainda consegue destaque na construção de belas cenas utilizando a paisagem, com destaque para a tentativa de roubo de uma diligência e um certo encontro romântico nos arredores da cidade.

Minha Vontade é Lei sai bastante do convencional, explorando questões psicológicas ou criando subtramas familiares e amorosas que ganham grande espaço no desenvolvimento da história, diminuindo consideravelmente os enfrentamentos, perseguições e fugas. A ação é majoritariamente centrada na cidade de Warlock e, à parte, os dilemas humanos desenvolvidos em distintos núcleos, levanta questões sobre o exercício do direito (enforcamento, linchamento e licença para matar ou estabelecer o controle frente aos cidadãos são temas discutidos) e questões sociopolíticas que jogam com os dilemas morais de cada grupo social àquela época.

Assim, vem à tona o caráter das mulheres e dos homens que elas amam; o desejo de um amigo para com o outro; a ânsia de ser herói, estar junto, morrer defendendo uma causa; ou a mudança de personagens dúbios ou foras-da-lei para o lado dos mocinhos. Estes são assuntos discutidos amplamente no filme. o que de certo modo o torna, como disseram alguns críticos à época de seu lançamento, “cerebral demais“.

A plácida direção de Dmytryk, assim como a trilha sonora muito bem marcada por peças épicas e outras mais sentimentais conseguem um bom resultado diante disso. Até a fotografia tem uma marca definitiva nesta seara, ao final da obra, quando ilumina com forte cor azul um saloon incendiado, contrastando aquela sequência à paleta de todo o restante da fita.

Existe uma aparência anticlimática vinda com a resolução da obra, mas este certamente é um final esperado para um filme que o tempo inteiro discute a aplicação da lei versus os desejos e gostos dos personagens. Quando lançado, o longa não chamou muita atenção, mas teve o seu reconhecimento a posteriori. Um faroeste diferente, intenso, inteligente. Uma obra que certamente conseguiu fugir dos clichês de seu gênero, por mérito dos seus dois personagens principal, principalmente o pistoleiro Clay Blaisedell, vivido por Henry Fonda.

 

Western Official Traile

 

 

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