Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Augusto Nunes - Comentário sexta, 18 de agosto de 2017

NENHUMA LÁGRIMA PETISTA

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 18 de agosto de 2017

USO GENERALIZADO DE EXPRESSÕES INEXISTENTES

 

 

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 17 de agosto de 2017

A LAVA-JATO NA MIRA DOS CONSPIRADORES DE TOGA

Moro luta contra a manobra em curso no Supremo que tenta ressuscitar o Brasil da bandidagem impune

No seminário sobre Justiça Brasileira promovido pela Jovem Pan na manhã desta terça-feira, o juiz Sergio Moro revelou-se especialmente preocupado com a manobra ensaiada nas catacumbas do Supremo Tribunal Federal. Inquietos com a dramática redução da distância que separa da cadeia um cardume de corruptos graúdos fisgados no pântano do Petrolão, alguns ministros flertam com a ideia de exigir que o cumprimento da pena comece só depois de confirmada a sentença em terceira instância.

Faz pouco mais de um ano que o STF, seguindo o entendimento de Teori Zavascki, decidiu que bastava o aval da segunda instância. “É o grande legado do ministro Teori”, lembrou Moro em sua palestra. O que teria induzido integrantes do time da toga a planejar a esperteza qualificada de “desastrosa” pelo juiz federal de Curitiba? A resposta está em outra frase do palestrante: “Nós retornaríamos no tempo”.

É exatamente isso o que pretendem Gilmar Mendes e seus seguidores: o imediato regresso ao Brasil anterior à Lava Jato. Naquele tempo, todos eram iguais perante a lei, mas havia os mais iguais que os outros. Esses nunca souberam como é a vida na cadeia.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 17 de agosto de 2017

ALMA CARIDOSA

Herdeira de diretor de banco está disposta a dar sem receber

“Com o bloqueio dos bens de Lula, Moro tenta inviabilizá-lo tanto na política quanto pessoalmente. Vou fazer uma doação para que o presidente possa usar conforme as necessidades dele”.

Roberta Luchsinger, socialite, neta de um dos diretores do banco Credit Suisse e ex-mulher do deputado federal foragido Protógenes Queiroz, sobre as joias, sapatos, vestidos e os R$ 500 mil que pretende doar a Lula, explicando que, ao contrário dos outros milionários que presenteiam políticos para receber algum favor em troca, ela só quer dar.

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 14 de agosto de 2017

MISSÃO IMPOSSÍVEL

Gilberto Carvalho reafirma que PT fará o possível para perder a eleição de 2018

“Agora querem trazer de volta o parlamentarismo. Isso tudo é porque eles não têm candidato forte ao Planalto e temem o Lula”.

Gilberto Carvalho, caixa-preta do PT especializado em questões ligadas ao assassinato de Celso Daniel, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff e atual chefe de gabinete de Gleisi Hoffmann, insinuando que tudo não passa de uma armação para tirar de circulação o único candidato do partido que, além de ostentar mais de 50% de rejeição nas pesquisas de intenção de voto, só poderá disputar a eleição se conseguir safar-se da confirmação em segunda instância da sentença que o condenou a nove anos e meio de gaiola e de outros cinco processos ligados à Lava Jato.

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 14 de agosto de 2017

CLASSE AA



Lula acusa ELES de só respeitarem ex-pobres que sobem na vida pela rota da ladroagem

“Eles querem acabar com o PT, porque essa gente não está acostumada a ver gente pobre de cabeça erguida”.

Lula, numa discurseira em São Paulo, voltando a acusar a misteriosa entidade que usa o codinome ELES de querer acabar com o PT, porque tem tanta raiva de pobre de cabeça erguida quanto de ex-pobres que enriquecem nos papeis de facilitador de negociatas no exterior e camelô de empreiteira, tornam-se donos de sítio e apartamento e guardam quase R$ 10 milhões no banco, fora o resto.

 

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 12 de agosto de 2017

LULA, QUEM DIRIA, ACABOU NO INTERIOR DO PIAUÍ

O despovoamento da agenda de Lula figura entre os efeitos colaterais da Lava Jato. Por falta de patrocínio, encomendas e freguesia, foram aposentados simultaneamente o camelô de empreiteiras, o facilitador de negóciatas internacionais e o palestrante que cobrava meio milhão de reais para elogiar-se durante uma hora em mau português. Por falta de convites, faz três anos que o colecionador de títulos de doutor honoris causa não baixa em alguma universidade para reprisar a celebração da ignorância. Por falta do que fazer, o palanque ambulante tem-se limitado a ir e vir entre o apartamento em São Bernardo e o prédio do instituto com muita sala para pouca visita. Enquanto não vem a inevitável condenação em segunda instância do cinco vezes réu da Lava Jato, Millôr Fernandes diria que Lula está livre como um táxi.

Longe de qualquer tipo de trabalho regular desde a descoberta da vida mansa de sindicalista, inimigo de leituras e avesso a reflexões, o orador à caça de plateias amestradas que escasseiam progressivamente faz o que pode para suportar a saudade dos comícios, das caravanas, das ovações espontâneas que nunca mais ouvirá. Festinha de batizado, bailão em quadra de sindicato, reunião comemorativa de associação de bairro, até mesmo o lançamento do livro da nova namorada de Chico Buarque ─ qualquer acontecimento provido de microfone, caixa de som e mais que três ouvintes terá a presença do ex-presidente ainda que o convite chegue a dois minutos do início da coisa.

É compreensível que o inventor do Brasil Maravilha tenha aceitado com entusiasmo o convite formulado pelos dirigentes do PT de Miguel Leão, o menos populoso município do Piauí: gravar uma declaração de apoio que poderia tornar arrasadora a performance nas urnas do já favorito Jailson Sousa, candidato a prefeito do partido na eleição suplementar marcada para 6 de agosto. O vídeo abaixo mostra como foi a mensagem de 30 segundos enviada pelo mestre a seus devotos da cidade nordestina: tão convincente quanto o meio sorriso que sublinha a manifestação de solidariedade, confiança e fé.

 

 

“Meus amigos e minhas amigas de Miguel Leão, domingo vamos ter eleição em Miguel Leão”, começa o líder de massas que há 10 anos só vê massa de perto na macarronada de domingo. “Eu queria pedir a sua compreensão, o seu voto para o companheiro Jailson. O Jailson é do PT, e você sabe que o PT sabe governar o Brasil, sabe governar o Piauí e sabe governar Miguel Leão. Por isso, domingo não se esqueça: vote treze, vote Jailson. Um abraço e boa sorte.

Era o que faltava para o triunfo que ratificaria com a devida contundência o resultado da eleição municipal de outubro. Candidato a um segundo mandato pelo PSD, o prefeito Joel de Lima, o Professor Joel, teve como vice o companheiro indicado pelo PT: o mesmo Jailson Sousa mencionado no vídeo gravado por Lula. A dobradinha Joel-Jailson conseguiu 714 votos, quase 100 a mais que os 620 obtidos pela chapa da coligação PR-PP, liderada por Roberto César Fontenelle Nascimento. A dupla vitoriosa ficou menos de dois meses na prefeitura.

Em fevereiro deste ano, o prefeito reeleito, o vice e o presidente da Câmara foram cassados pelo mesmo crime: a menos de três meses do dia da votação, os três participaram juntos da inauguração de uma obra pública. A eleição suplementar que chegou ao fim neste 6 de agosto foi uma reedição ligeiramente revista e atualizada do duelo travado dez meses antes.

Valendo-se de brechas na lei, Jailson driblou a cassação e retomou a disputa como candidato a prefeito aliado ao PSD do Professor Joel, que indicou o parceiro de chapa. O bloco adversário limitou-se a rejuvenescer a luta pelo poder municipal com um salto geracional na escolha do prefeito: saiu Roberto César pai, entrou o filho Roberto César Area Leão Nascimento, ou apenas Robertinho, também filiado ao PR. Conforme o combinado no parto da coligação vencida há dez meses, coube ao PP a indicação do vice.

Concluída a apuração, Robertinho foi eleito com 663 votos, 38 além dos 625 em que Jailson estacionou. O candidato do PT tropeçou no fiasco quando já corria para o abraço — a possibilidade do fracasso, que o apoio militante do companheiro governador Wellington Dias tornara improvável, parecia definitivamente exorcizada desde a divulgação da mensagem de Lula. O que teria impedido a reprise, em escala ampliada, da vitória ocorrida há apenas dez meses? Qual teria sido a causa da virada?

Quem vê as coisas como as coisas são não perdeu sequer um minuto com o claro enigma. Em outubro de 2016, absorvido por outros naufrágios em curso, Lula não teve tempo para Miguel Leão: não deu as caras por lá, não mandou mensagens, nem ficou sabendo da existência de um companheiro chamado Jailson. Desta vez foi diferente. Afundado até o pescoço na Lava Jato, acuado por taxas de rejeição estratosféricas, o chefão teve tempo para lembrar ao eleitorado local o que muitos moradores pareciam ter esquecido — ou preferiam esquecer.

Jailson é do PT, informou Lula, que em seguida ameaçou Miguel Leão com a repetição em âmbito municipal do que fizeram ao Brasil os governos petistas. Quando ouviram a mensagem pela primeira vez, partidários do candidato garantiram que Lula faria toda a diferença. Fez mesmo. Ao apoiar Jailson, elegeu Robertinho. O que houve num lugarejo a quase 100 quilômetros de Teresina antecipa o que acontecerá em 2018. Anotem outra vez: é mais fácil Frei Betto virar papa ainda neste ano do que Lula ser eleito presidente no ano que vem.


Augusto Nunes - Comentário sexta, 11 de agosto de 2017

DEMOCRACIA É ISSO AÍ

Depois de conversar com Chávez em forma de passarinho, Maduro descobre que os oposicionistas mortos cometeram suicídio

“A direita continental rompeu as regras do jogo e da convivência”.

Nicolás Maduro, depois de uma conversa a dois com o passarinho que se apresenta como reencarnação de Hugo Chávez, atribuindo a uma misteriosa entidade conhecida pelo codinome “direita continental” o fechamento do Congresso, a prisão de 359 adversários da ditadura venezuelana e a morte de mais de 120 manifestantes oposicionistas nos últimos quatro meses.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 10 de agosto de 2017

SE BEBER, NÃO FALE

Declaração de Lula mostra o que acontece a quem mata a sede sem moderação

 

“Se levar café da manhã, almoço e janta para a boca de milhões de brasileiros foi um crime, então quero ser punido por ele”.

 

Lula, numa discurseira em Franco da Rocha, em São Paulo, explicando que foi condenado a 9 anos e meio de prisão porque o Programa Fome Zero fingiu morrer sem ter nascido só para continuar garantindo, na clandestinidade, três refeições por dia para 200 milhões de brasileiros.

 

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Augusto Nunes - Comentário quinta, 10 de agosto de 2017

E MAIS FÁCIL FREI BETTO VIRAR PAPA DO QUE LULA SER ELEITO PRESIDENTE

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Augusto Nunes - Comentário quarta, 09 de agosto de 2017

VENEZUELA CONTINHA À ESPERA DO SOCORRO, QUE NÃO VEM

 

 

 

Em março de 2014, Mariel, uma jovem venezuelana de longos cabelos castanhos, publicou um vídeo (reproduzido no final desta postagem) que percorreu as redes sociais acompanhado da hashtag #SOSVenezuela. Vestindo camiseta branca e usando um escapulário em volta do pescoço como milhões de meninas da sua idade, ela contava que, desde que iniciaram os protestos contra o governo de Nicolás Maduro, duas semanas antes, mais de 15 pessoas haviam morrido, a maioria vítima da repressão do governo.

“Protestamos, porque estamos cansados das longas filas para comprar leite, açúcar, farinha, papel higiênico”, diz Mariel num trecho do vídeo. “Porque segundo estatísticas, um venezuelano morre a cada 20 minutos. Porque nos matam por um telefone celular. Porque não descobrimos o que está acontecendo com nosso próprio país desde que o governo censurou e fechou a mídia independente. Também protestamos porque estudantes e líderes políticos estão presos só por discordarem do governo”.

Ilustrado por imagens de manifestantes covardemente espancados ou mortos, o filme termina com um apelo. “As autoridades venezuelanas decidiram ignorar nossos clamores. Nós temos esperança de que você não faça o mesmo”, pede Mariel. “Tudo isso acontece sob os olhares cúmplices dos governos da América Latina, que ainda mantêm silêncio. E é por isso que precisamos que o mundo saiba o que está acontecendo na Venezuela”.

Três anos depois, a mesma súplica foi repetida pelo padre Santiago Martín durante o programa Actualidad Comentada, da Magnificat.TV. “Não temos ideia do sofrimento, da falta de liberdade, da falta de segurança e da falta de comida que está passando esse povo e seus mais de 30 milhões de habitantes que estão submetidos a uma ditadura cruel”, afirma. “Se me dói o que se passa dentro do país, me dói quase da mesma forma o que se passa fora: silêncio”.

O prolongamento desse silêncio fez com que Maduro se sentisse à vontade para convocar uma Assembleia Constituinte que tem como objetivo legalizar uma ditadura mal-disfarçada. Fez com que Leopoldo Lopez, Antonio Ledezma e outros políticos contrários ao governo permanecessem incomunicáveis por vários dias ao serem levados para um presídio militar na semana passada. Fez com que a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, também considerada uma opositora de Maduro, fosse destituída do cargo e, em seu lugar, nomeado o aliado Tarek William Saab.

O mesmo silêncio que faz com que imagens como a do vídeo acima sejam parte do cotidiano dos venezuelanos. Nele, um manifestante caído no chão é surrado por policiais, que o arrastam pelos cabelos e se revezam no espancamento até que um deles se encarregue do desfecho brutal: dispara à queima-roupa um tiro na perna do inimigo. Não foi o primeiro. Nem será o último.

 

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 09 de agosto de 2017

POR QUE GILMAR NÃO PARA DE SE INTROMETER?


Augusto Nunes - Comentário sábado, 05 de agosto de 2017

ENTIDADE MISTERIOSA

Gleisi, codinome a “Amante”, enfrenta a aliança dos nostálgicos da escravidão, codinome “Eles”, em defesa do legado da Princesa Isabel

“Eles querem voltar com o regime escravagista!”.

Gleisi Hoffmann, codinomes “Amante” e “Coxa”, senadora pelo Paraná e presidente do PT, acusando a misteriosa entidade que usa o codinome ELES de liderar a conspiração forjada para revogar a Lei Áuréa.

 

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Augusto Nunes - Comentário sexta, 04 de agosto de 2017

OS BACHARÉIS DE LULA SÃO DOUTORES EM INSOLÊNCIA E INVENCIONICE

A discurseira da tropa de bacharéis comprova a falta de álibis capazes de livrar da cadeia um criminoso juramentado

Cada palavrório recitado por algum advogado de Lula consolida a certeza de que a tropa de bacharéis não dispõe de um único e escasso álibi capaz de afastar o cliente famoso da trilha que termina na cadeia. Tal constatação foi reafirmada nesta terça-feira pela reação dos doutores ao enquadramento do ex-presidente no sexto processo resultante das descobertas da Operação Lava Jato. Ao aceitar a denúncia do Ministério Público Federal segundo a qual a reforma do sítio em Atibaia foi uma retribuição de empresários amigos aos bons serviços prestados pelo camelô de empreiteira, Sergio Moro deu a senha para o recomeço da lengalenga interminável.

Se Lula fosse inocente, os responsáveis pela defesa estariam festejando neste momento a chance de desmoralizar invencionices tramadas por perseguidores movidos por motivos políticos. Como tentam absolver um culpado de carteirinha, os advogados recomeçaram a encenação da Ópera dos Farsantes. Heráclito Fontoura Sobral Pinto ensinou que o primeiro juiz da causa é o advogado. Se o cliente for culpado, exemplificou o grande jurista, seu defensor não tem o direito de assassinar a verdade: deve limitar-se à procura de argumentos e atenuantes que reduzam a gravidade do delito e abrandem a pena. Ainda bem que o grande jurista não viveu para ver em ação um Cristiano Zanin Martins, o sargentão da tropa de bacharéis do Instituto Lula.

Nos processos que envolvem o ex-presidente, Zanin desempenha simultaneamente três papéis. Além do advogado que tortura os fatos, ele também interpreta o promotor decidido a encarcerar Sergio Moro e o magistrado decidido a condenar um juiz de verdade por sucessivos “atentados ao Estado de Direito”. Inimigo do Estado de Direito é quem tenta travestir de inocente um criminoso juramentado. “Foi a decisão de um magistrado manifestamente suspeito”, delirou Zanin. Suspeito de quê? De acreditar que todos são iguais perante a lei? De ler corretamente os artigos do Código Penal?

Numa nação civilizada, essa espécie de chicana seria execrada pelos colegas de profissão. Num Brasil envilecido por 13 anos de lulopetismo, Zanin pode virar um exemplo a ser seguido por caçadores de fregueses que pagam com dinheiro de origem suspeitíssima os gordos honorários calculados em dólares por minuto.

 

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 02 de agosto de 2017

A SUCURSAL DA VENEZUELA BOLIVARIANA VAI MORRER EM 2018

Os democratas brasileiros completarão nas urnas de 2018 o serviço de saneamento iniciado nas eleições municipais

Em países democráticos, não existem presos políticos. Se houver algum, não há democracia. A Venezuela, neste momento, tem mais de 130 presos políticos. Tampouco existe democracia sem oposição com liberdade para divergir. Na Venezuela, o governo encarcera líderes oposicionistas e trata manifestantes oposicionistas à bala. Passam de cem os mortos só nos últimos três meses.

Nos regimes democráticos, os três Poderes são independentes. Na Venezuela bolivariana, o chefe do Executivo, Nicolás Maduro, subjugou o Judiciário e tenta agora exterminar o Legislativo eleito pelo voto popular. Falta pouco para que o berço do socialismo do século 21 embale uma ditadura com cara de anos 50.

Maduro, um bigode sem cabeça, faz o possível para apressar o parto da Cuba sul-americana concebida por Hugo Chávez, um bolívar-de-hospício. Cada vez mais distante do mundo civilizado, a nação devastada pelo obscurantismo é a luz que ilumina a caminhada para trás dos órfãos do Muro de Berlim e das viúvas do stalinismo.

No encontro do Foro de São Paulo promovido na Nicarágua, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, endossou sem ressalvas as delirantes conclusões da pajelança dos matusaléns ideológicos. Uma delas avisa que Lula é inocente. Outra acusa a oposição venezuelana de sonhar com o assassinato da democracia que Maduro defende heroicamente.

Por tudo isso e muito mais, cumpre aos democratas brasileiros concluírem nas eleições de 2018 o serviço de saneamento político iniciado nas urnas de 2016. Ainda grogue com o fiasco nas disputas municipais, o PT vai descobrir que se tornou nanico. Um partido envilecido pela corrupção sistêmica e perdido em algum lugar do passado não merece, neste começo de terceiro milênio, eleger sequer um vereador de grotão.

A seita que tem em Lula seu único deus será varrida dos Estados mais relevantes e terá de contentar-se com bancadas parlamentares raquíticas. Pior: não demorará a saber que é mais fácil Frei Betto virar Papa do que o chefão voltar ao gabinete presidencial.

Ao deixar o Planalto, Lula era aprovado por mais de 80% dos brasileiros e a taxa de rejeição não passava de um dígito. Hoje, mais de 50% dos eleitores garantem que não votarão no palanque ambulante, que patina nos 30% de fanáticos ou desinformados.

Se escapar da cadeia, uma hipótese crescentemente improvável, pela primeira vez o campeão da bravata e da bazófia terá de atravessar uma campanha na defensiva, à caça de explicações e álibis que não há.

 

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Augusto Nunes - Comentário terça, 01 de agosto de 2017

MILIONÁRIO PERSEGUIDO

Lula ensina que, na novilíngua companheira, a palavra ‘propina’ foi substituída por ‘doação’

“Os empresários sempre deram dinheiro pra caramba. Eu não conheço um político em Manaus ou em São Paulo que vendeu casa para ser candidato. Todos eles pedem dinheiro para empresário, a vida inteira, desde que foi proclamada a República. A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentarem culpar os políticos. Ou pelo Ministério Público. A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então ficou tudo criminoso”.

Lula, fundador e presidente de honra do Movimento pela Descriminalização da Corrupção (MDC), em entrevista à Rádio Tiradentes do Amazonas, ensinando que o triplex no Guarujá, o sítio em Atibaia, as palestras de meio milhão de reais ou as boladas que embolsou como camelô de empreiteira, fora o resto, são doações perfeitamente legais que têm cara de propina por culpa de empresários cruéis, de procuradores a serviço da CIA, da imprensa golpista, do Departamento de Propinas da Odebrecht e, claro, de FHC.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 29 de julho de 2017

DOIS COMENTÁRIOS



CORRUPTO PATRIOTA

Lula ensina que só pode ser preso por ladroagem quem deposita o produto do roubo em bancos estrangeiros

“Eu não tenho que explicar nada. Primeiro porque tenho 76 palestras feitas no exterior. O dinheiro entra pelo Banco Central quando foi pago no exterior. Está depositado no Banco do Brasil. Não tem conta na Suíça. A certeza da minha honestidade é que não depositei dinheiro na Suíça, eu depositei no Banco do Brasil, na previdência privada para me garantir. Quando você está com mais de 70 anos, você tenta garantir a sobrevida da sua família”.

Lula, em entrevista à rádio Som Maior, ao explicar que não tem explicações a dar porque os milhões de reais que ganhou como camelô de empreiteira para facilitar negociatas no país e no exterior não foi depositado na Suiça e sim no Banco do Brasil, criando a figura do corrupto patriota.

 

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A COBRA É QUEM LEVOU O BOTE DA LAVA JATO

 

 

 

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Augusto Nunes - Comentário sexta, 28 de julho de 2017

A RAPOSA QUE LULA CHAMA DE DIDI TOMOU CONTA DE DOIS GALINHEIROS

Aldemir Bendine repetiu no comando da Petrobras as patifarias que colecionara na presidência do Banco do Brasil

 

A chegada de Aldemir Bendine à presidência do Banco do Brasil confirmou que o governo Lula escolhia ocupantes de cargos estratégicos não pela folha de serviços, mas pelo tamanho do prontuário. A transferência de Bendine para o comando da Petrobras avisou que o governo Dilma decidira institucionalizar uma norma que é a cara do lulopetismo: certas raposas de estimação merecem cuidar de dois galinheiros.

Quando assumiu a presidência da estatal devastada pela quadrilha do Petrolão, o amigo que Lula chama de Didi declarou-se envergonhado com a extensão da roubalheira. Preso nesta quinta-feira por ordem do juiz Sergio Moro, não pôde usar a passagem só de ida para Portugal. As revelações que fará decerto mostrarão que fez o que pôde para ampliar o imenso acervo de transações vergonhosamente criminosas.

 

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 27 de julho de 2017

O QUE ESPERA O MST PARA INVADIR O SÍTIO DE LULA EM ATIBAIA?

A tropa do general Stédile acusa Temer de ter cometido os mesmos pecados que transformaram o chefão no primeiro presidente condenado por corrupção

 

 

Para justificar a invasão de fazendas do ministro Blairo Maggi, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e de um amigo do presidente Michel Temer, entre tantas outras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra divulgou uma nota oficial que ergueu um monumento ao cinismo com apenas duas frases. Primeira: “Os latifundiários que possuem estas terras são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e outros”.

Faltou explicar o que espera o exército de João Pedro Stédile para invadir pelo menos o sítio de Lula em Atibaia e a fazenda de Delubio Soares em Goiás. A segunda frase tortura a língua portuguesa para avisar que “o MST também se posiciona pelo afastamento imediato de Michel Temer da presidência, primeiro presidente na história acusado formalmente de corrupção pela Procuradoria-Geral da República”. Se é assim, os estupradores do direito de propriedade têm de aplaudir a sentença de Sergio Moro sobre o caso do triplex no Guarujá.

Dono de uma imobiliária especializada na ocultação de escrituras, Lula tornou-se o primeiro presidente do Brasil condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Por que o general da roça é tão ousado quando lida com Temer quanto pusilânime se é Lula o protagonista das delinquências. Coragem, comandante Stédile. Coragem, general Stédile. É preciso mostrar que todos são iguais também perante a lei da selva imposta por milícias fora-da-lei.

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Augusto Nunes - Comentário quarta, 26 de julho de 2017

MONUMENTO AO CINISMO


 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 26 de julho de 2017

A BANCADA DOS CASOS DE POLÍCIA

Os parlamentares que conspiram contra a Lava Jato merecem ser transferidos dos gabinetes na Câmara dos Deputados para celas na cadeia

Nas catacumbas da Câmara dos Deputados,um bando de casos de polícia com direito a foro privilegiado armam mais uma conspiração forjada para enfraquecer a Operação Lava Jato. Como informou o Estadão, integrantes da comissão encarregada de modernizar o Código de Processo Penal se juntaram para mudar as normas que regem a delação premiada, a prisão preventiva e a condução coercitiva. Haja atrevimento.

O espetáculo da insolência cafajeste não para por aí. A bancada dos meliantes cinco estrelas também sonha com a revogação da regra, recentemente aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, segundo a qual a pena deve começar a ser cumprida depois de confirmada em segunda instância. Acham pouco: preferem a restauração do infame sistema que permitia até a assassinos confessos desfrutar da liberdade enquanto a sentença não transitasse em julgado no STF.

Nenhum dos alvos dos inimigos da Lava Jato precisa de mudanças. Quem implora por uma mudança, física e urgente, são os conspiradores delinquentes. Devem ser transferidos o quanto antes dos gabinetes que ocupam na Câmara para uma cela na cadeia.

 

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Augusto Nunes - Comentário terça, 25 de julho de 2017

O SELVAGEM ATAQUE DA TROPA DO MST A UMA FAZENDA NO PARÁ

Na madrugada deste 23 de julho, uma tropa do Movimento dos Sem Terra atacou a Fazenda Mutamba, localizada no município de Marabá, interior do Pará. As cenas exibidas no vídeo de 2min53 confirmam que os batalhões de órfãos do Muro de Berlim, fantasiados de trabalhadores rurais, só sabem semear a violência, a brutalidade e a selvageria.

Depois de uma intensa troca de tiros com um punhado de seguranças, o batalhão de vândalos usou veículos da propriedade para reduzir a escombros a sede, destruir máquinas agrícolas e incendiar outros equipamentos. “Chega a parecer que houve um tsunami na região”, compara o soldado da Polícia Militar que improvisa a narração. “Mas não foi. Foi um ato covarde, um ato de uma quadrilha composta por bandidos”.

O chefe é João Pedro Stédile.

A insolência brutal não cessará enquanto os governos fizerem de conta que enxergam “movimentos sociais” onde os brasileiros decentes veem claramente uma penca de organizações criminosas.

 

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 24 de julho de 2017

O PERSEGUIDO POLÍTICO MAIS RICO DO MUNDO

 

 

 

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Augusto Nunes - Comentário sábado, 22 de julho de 2017

NA MODALIDADE CONTA CORRENTE, LULA VENCE O DONO DO ITAÚ

Olavo Setúbal, dono do Itaú, tinha meio milhão de reais no banco. Perdeu para o ex-presidente por 100 mil

“Quanto o Olavão costuma manter na conta pessoal?, perguntei a um amigo íntimo de Olavo Setúbal, dono do Banco Itaú. “Uns quinhentos mil reais”, ouvi de volta. Nesta quarta-feira, graças ao bloqueio determinado pelo juiz Sergio Moro, o Brasil ficou sabendo que a soma dos depósitos de Lula em quatro contas correntes ultrapassa a marca dos R$600 mil. Mais de meio milhão. O ex-metalúrgico fantasiado de pai dos pobres derrotou por uma diferença de 100 mil reais o maior banqueiro do pais.

Na quinta-feira, enquanto incontáveis brasileiros continuavam espantados com o tamanho das reservas bancárias do chefão, foram bloqueados 9 milhões de reais aplicados em dois planos de previdência privada. É um tipo de investimento estranho para quem já chegou aos 71 anos. Mas foi esse o destino de parte da fortuna presenteada a Lula pelas empreiteiras às quais serviu como camelô, despachante e facilitador de negócios. Aí tem.

Condenado a 9 anos e meio de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, o chefão caprichou mais ainda de de vítima de um juiz que o persegue por motivos políticos e da elite indignada com um ex-presidente que acabou com os pobres. A vigarice foi novamente à lona com o confisco determinado por Moro. Só se livraram davida modesta que conheceram no século passado o próprio Lula, filhos, netos, alguns sobrinhos e outros tantos agregados.

O patriarca desfrutou da vida de ricaço até o aparecimento da Lava Jato. As palestras de 2 mil dólares sumiram, os patrocinadores foram engaiolados, as negociatas no exterior entraram em recesso. Até secar abruptamente, a fonte que irrigou com dólares os bolsos de Lula foi tão caudalosa que o palestrante sem convites desde dezembro de 2015 tem alguns milhões guardados. O confisco judicial talvez o ajude a preparar-se para as durezas da vida na cadeia.

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 21 de julho de 2017

INDO PARA CURITIBA


 

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 21 de julho de 2017

GLEISI ESTACIONA NO SÉCULO 19 E ENVERGONHA O BRASIL NA NICARÁGUA

A presidente do PT baixou na Nicarágua para representar o partido no encontro da confraria dos órfãos do Muro de Berlim

Quando não envergonha o Senado com berreiros na tribuna e no plenário ou comendo quentinhas à meia-luz na Mesa Diretora, Gleisi Hoffmann veste a camisa vermelha de presidente do PT para envergonhar o Brasil desfiando cretinices no exterior. Foi o que aconteceu neste domingo, quando baixou na Nicarágua para representar a vanguarda brasileira do atraso no 23° Encontro do Foro de São Paulo.

Já no dia da chegada, jurou que o chefe condenado por corrupção e lavagem de dinheiro é perseguido político, ensinou que a ditadura cubana é oprimida pela democracia americana (ela prefere “estadunidense”) e, enquanto um plebiscito simbólico mostrava a musculatura e o poder de mobilização da oposição democrática venezuelana, promoveu Nicolás Maduro a defensor da liberdade ameaçada pela direita golpista.

Aos olhos da senadora que ganhou da Odebrecht dois codinomes e muito dinheiro, o tiranete bolivariano é vítima da onda de violência que, nos últimos três meses, já matou quase 100 oposicionistas. Maduro e Gleisi hoje lideram ramificações de uma velharia ideológica estacionada no século 19. Logo estarão disputando a liderança de alguma ala das cadeias em que ficarão hospedados.

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 21 de julho de 2017

LULA VAI DIZER QUE NUNCA SOUBE DA BOLADA QUE SOBRAVA NOS BANCOS?

Ou o ex-presidente operou o milagre da multiplicação de dinheiro ou não há como explicar os mais de R$600 mil confiscados por Sérgio Moro

O bloqueio de R$ 606.727 depositados por Lula em quatro contas, efetivado pelo Banco Central por determinação de Sergio Moro, não surpreendeu quem leu a sentença: além de condenar o réu a 9 anos e meio de prisão, o juiz também exigiu a devolução de R$ 16 milhões. Surpreendente foi o tamanho da bolada. Como pode um ex-presidente que ama fantasiar-se de pobre manter mais de 600 mil descansando em quatro contas correntes? Só Lula sabe. Mas dirá que nunca soube de nada. E que só pode ser coisa de dona Marisa.

Ele não sabe sequer quanto ganha, gaguejou em março neste ano, numa audiência em Brasília, quando o juiz Ricardo Leite lhe perguntou qual é sua renda mensal. Confira a resposta em dilmês de cadeia:

“São uns seis e pouco de aposentadoria mais uns 20 que minha mulher recebia, que passou para 30. (…) Pode dar 30… 30 mil, mas pode ter mais. Tem mais porque tem doação pros meus filhos, sabe, porque eu não tenho… Poderia chegar a quanto? 50 mil? Eu não sei, eu tô tentando chutar aqui, doutor. (…) O rendimento fixo que eu recebo, todo mês, é isso: 6 e pouco da anistia e – era vinte, agora passou para trinta – a LILS que paga. Mas depois o advogado manda pro senhor, aí, o total do rendimento das doações”.

Lula omitiu o que recebe como perseguido político de araque, escondeu embaixo da cama os R$13 mil pagos ao presidente de honra do PT, fez de conta que ainda recebe convites para palestras cujos cachês são de espantar um Bill Clinton, escondeu os rendimentos auferidos pelo camelô de empreiteira, deixou escapar suspeitíssimas doações ao bando de filhos, insinuou que Marisa Letícia é que sustentava a casa e jurou que não sabe direito se embolsa R$26 mil ou R$50 mil a cada 30 dias.

Se desconhece isso tudo, compreensível que o depoente também ignore que ganhou de presente um apartamento de três andares no Guarujá e um sítio em Atibaia. Talvez tenha sabido só agora dos mais de 600 mil reais que descansavam no banco.

 

 


Augusto Nunes - Comentário terça, 18 de julho de 2017

NO AQUECIMENTO

Gleisi aproveita a condenação de Lula para treinar o que vai dizer no tribunal

“Sergio Moro prestou contas aos meios de comunicação e a (sic) opinião pública que formou contra Lula. Condenou sem provas! Vergonhoso”.

Gleisi Hoffmann, pelo Twitter, treinando o que vai dizer quando forem julgadas as bandidagens da senadora paranaense conhecida no Departamento de Propinas da Odebrecht pelos pseudônimos Amante e Coxa.

 

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Augusto Nunes - Comentário segunda, 17 de julho de 2017

LULA E DILMA SÃO COMPARSAS DOS CARRASCOS DA VENEZUELA

Lula e Dilma são comparsas dos carrascos da Venezuela

Os governos lulopetistas foram comparsas de Chávez e Maduro na aventura liberticida que devastou o país vizinho

“Sempre foi visível a profunda afinidade de Nicolás Maduro com nosso querido e saudoso amigo Chávez”, derrama-se Lula já na largada do vídeo de abril de 2013, concebido para aconselhar o eleitorado venezuelano a eleger o sucessor escolhido pelo bolívar-de-hospício, morto um mês antes da gravação. “Maduro se destacou brilhantemente na luta pela construção de uma América Latina mais democrática e solidária”, ajoelha-se em seguida aos pés do discípulo do liberticida que inventou o socialismo do século 21.

Na continuação do palavrório, o atropelador da verdade e da gramática pisa no acelerador: “A grande obra de Chávez foi a de transformar a Venezuela em um país mais justo, realizando um massivo processo de transferência da renda petrolheira (sic) em proveito das camadas mais sofrida (sic) da sociedade. Chávez, assim como Maduro, sempre tiveram claro que a Venezuela necessitava escapar dos que muito chamos (sic) maldição do petróleo, daí a importância que deram, e que Maduro dá, à necessidade de industrializar o país e desenvolver sua agricultura”.

Haja safadeza. Até a cabeça baldia de Lula sabia que Chávez nada fizera (e Maduro jamais faria) para que a nação que controlavam se tornasse menos dependente do petróleo. Em vez de investir na modernização do país os bilhões de dólares arrecadados enquanto o preço do barril flutuava na estratosfera, a dupla de vigaristas resolveu torrá-lo em programas sociais irresponsáveis, mesadas que garantiram a vassalagem dos cucarachas bolivarianos ou donativos que mantiveram Cuba respirando por aparelhos. Quando a única fonte de renda secou, restaram um parque industrial indigente e um agronegócio agonizante.

A sequência de escolhas desastrosas — todas aplaudidas pelos companheiros do PT que arquitetaram a política externa da canalhice — só poderia dar no que deu: a Venezuela deformada por Chávez e Maduro foi reduzida a um grotão sul-americano em avançado estágio de decomposição. A inflação de 2017 não será menor que 1.660%. Um em cada cinco habitantes está desempregado. Mais de metade da população sobrevive em condições miseráveis. A crescente escassez de produtos básicos é medida por filas de dimensões inverossímeis nas cercanias dos supermercados e pela escalada dos assaltos a caminhões que transportam mercadorias.

Em 2016, ocorreram na Venezuela cerca de 28.000 homicídios. Foram 91.8 a cada 100.000 habitantes, taxa 10 vezes superior à média mundial. A violência urbana se soma à selvagem repressão de tropas do Exército e milícias chavistas a quaisquer manifestações dos opositores do regime, pacíficas ou não. Os presos políticos são pelo menos 114, encarcerados por motivos que seriam risíveis se não fossem tão perturbadores. Daniel Ceballos perdeu em março de 2014 a liberdade e o mandato de prefeito de San Cristóbal porque Maduro o acusou de “terrorismo”. O deputado Renzo Prieto está na cadeia desde maio de 2014 por “obstrução das vias públicas”.

É compreensível que, no primeiro trimestre deste ano, 52.000 venezuelanos tenham deixado o país natal em busca de paragens menos hostis. Perto de 30.000 se asilaram no Brasil, a maioria em Boa Vista, capital de Roraima. Neste domingo, praticamente todos votaram no plebiscito convocado pela frente de partidos oposicionistas para reiterar que quase 70% dos venezuelanos querem o fim do governo Maduro, o aborto da ditadura em gestação e a ressurreição da democracia assassinada com a cumplicidade dos governos lulopetistas.

Em 5 de março de 2014, por exemplo, numa carta a Maduro em que chorou “a morte do inesquecível e querido companheiro Hugo Chávez Frías, que hoje completa um ano”, Lula declarou-se admirador incondicional do bufão amigo. “Sob a liderança de Chávez, há 15 anos vocês percorrem o caminho do desenvolvimento com inclusão social, aprofundamento da democracia e distribuição da renda”, fantasiou. “Mesmo quando tiveram que enfrentar forças dispostas a violar o regime constitucional, mantiveram seu compromisso com a paz e a legalidade”.

A carta informa que Lula queria ser Chávez quando crescesse, enxergava na fraude bolivariana uma democracia de matar de inveja um eleitor sueco, descobrira que é a oposição quem sonha com a proclamação da ditadura e, como não lê sequer rótulos de garrafa, não fazia a menor ideia de quem é e o que pensa Oscar Arías, ex-presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz em 1987. Em fevereiro de 2014, num artigo publicado no jornal espanhol El País, Arías resumiu o que pensava o mundo civilizado da reação brutal de Maduro, com o aval servil de boa parte do subcontinente, aos protestos de rua promovidos naquele começo de ano pela oposição venezuelana.

Um comunicado oficial endossado pelo governo brasileiro, por exemplo, formalizou o apoio irrestrito dos integrantes do Mercosul ao governo Maduro, ameaçado por “atos de violência”, “tentativas de desestabilizar a ordem democrática” e “ações criminosas de grupos violentos que querem disseminar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela, como instrumento de luta política”. De passagem por Roma, a presidente Dilma Rousseff foi convidada por um jornalista a manifestar-se sobre o surto repressivo que ensanguentava a Venezuela. “Não interfiro em problemas internos de outro país”, mentiu a avalista do infame documento do Mercosul.

O texto em que Arías implodiu o monumento ao cinismo foi publicado sob o título Venezuela: inferno de perseguição. Segue-se um trecho:

Em nenhum país verdadeiramente democrático alguém é preso ou assassinado por discordar das políticas do governo ou por manifestar em público seu descontentamento. A Venezuela de Maduro pode fazer todos os esforços de oratória para vender a ideia de que é efetivamente uma democracia. Cada violação dos direitos humanos que comete nega na prática tal afirmação, porque sufoca a crítica e a dissidência. (…) Estou convencido de que, se não existe oposição numa democracia, devemos criá-la, não reprimi-la e condená-la ao inferno da perseguição.

Martin Luther King Jr. disse que “os lugares mais quentes do inferno estão reservados àqueles que num período de crise moral se mantiveram neutros. Num determinado momento, o silêncio se converte em traição”. Sempre que os direitos humanos forem violentados, não vou calar-me. Não posso calar-me se a mera existência de um governo como o da Venezuela é uma afronta à democracia. Não vou calar-me quando estiver em perigo a vida de seres humanos que apenas defendem seus direitos de cidadão.

A Venezuela está a poucos passos da guerra civil. Caso a tragédia se consume, a cena do crime estará repleta de impressões digitais da era lulopetista. O governo Temer já revogou a sórdida política externa que rebaixou o Itamaraty a serviçal dos tiranetes bolivarianos. Precisa agora acolher os refugiados venezuelanos e impedir que a oposição democrática seja massacrada. É hora de pagar a conta legada pela sabujice dos dois antecessores. É hora de mirar-se no exemplo de Oscar Arías.

O ex-presidente da Costa Rica sempre submeteu suas ações a valores morais, princípios éticos e pelo sentimento da honra. Lula e Dilma nem sabem o que é isso.


Augusto Nunes - Comentário domingo, 16 de julho de 2017

JEAN WYLLIS: CÉREBRO EM COLAPSO

Jean Wyllys é a prova de que a política brasileira é capaz de sobreviver a qualquer coisa

“Essa sentença de Sérgio Moro ela não é por acaso. Condenou a nove anos numa referência aos nove dedos de Lula – não foi nem a dez, nem a oito anos, foi a nove anos e meio. Isso diz muito não só da parcialidade de Sérgio Moro, um juiz arbitrário que age por convicções, e não por provas, mas diz muito do caráter de Sérgio Moro”.

Jean Wyllys, ex-BBB e deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, informando ao mundo que, se cortar os nove dedos restantes, Lula será absolvido por Sérgio Moro no julgamento do caso do sítio em Atibaia.

 

 


Augusto Nunes - Comentário domingo, 16 de julho de 2017

A ESQUERDA DO SÉCULO XXI, COM DILMA E OUTROS EXPOENTES DO PASSADO

Curso de pós-graduação foi aberto nesta sexta-feira no Lang Palace Hotel, em Chapecó (SC), com uma aula inaugural de Emir Sader

 

 

“É uma pessoa que com toda certeza será convidada para dar aulas em universidades”, berrou Kátia Abreu na tribuna do Senado ao defender o fatiamento da Constituição e a preservação dos direitos políticos de Dilma Rousseff na sessão que encerrou o governo da ex-presidente. O que parecia mais um delírio da senadora do Tocantins acaba de tornar-se realidade. Embora não tenha concluído o mestrado nem aparecido mais que meia dúzia de vezes na Unicamp para sonhar com o doutorado, Dilma integrará o corpo docente do curso de pós-graduação “A Esquerda no Século XXI”, que foi aberto nesta sexta-feira no Lang Palace Hotel, em Chapecó (SC), com uma aula inaugural de Emir Sader.

Concebido por “algumas entidades educacionais”, como explica no vídeo acima Pedro Uczai, deputado federal do PT catarinense e garoto-propaganda do curso, o programa é “um convite para as lideranças de esquerda de Santa Catarina e do Brasil”, que ali poderão “refletir, sistematizar, elaborar e compreender o momento histórico para nos instrumentalizar e projetar e construir o futuro”. Para construir esse futuro, o curso terá como professores, além de Dilma Rousseff, nomes que são a cara do passado: Olívio Dutra, Celso Amorim, Jandira Feghali, João Pedro Stédile, Guilherme Boulos e Leonardo Boff, entre outros expoentes do que existe de mais primitivo na esquerda nativa e mundial.

Dilma e Olívio, por exemplo, serão responsáveis pelas 30 horas da disciplina “Partidos políticos e a esquerda brasileira” – os coordenadores não esclareceram, se as aulas serão ministradas em português ou em dilmês castiço. Stédile, eterno chefão do MST, vai dar aulas sobre “Movimentos sociais do campo e a esquerda no Brasil”. Guilherme Boulos, o gerente do movimento dos sem-teto que vive de mesada e sempre morou em espaçosos imóveis pertencentes à família, cuidará da matéria “Movimentos sociais urbanos e a esquerda no Brasil”. O deputado Jean Willys dividirá com a colega Jandira Feghali a missão de ensinar o que são “Cultura, diversidade e experiências socialistas”. O PhD em cusparadas parlamentares tem a chance de explicar aos alunos por que os regimes que aprecia reprimem com brutalidade qualquer vestígio de homossexualidade.

Como João Felício, ex-presidente da CUT, Leonardo Boff e outros convidados ainda não confirmaram a participação na audaciosa iniciativa, os organizadores do curso poderão substituí-los com a inclusão de Marilena Chauí e José Dirceu no elenco de professores. Com a filósofa da seita lulopetista os alunos aprenderiam a lidar com surtos paranormais, como o que a fez enxergar agentes do FBI infiltrados no Judiciário brasileiro com o objetivo de favorecer multinacionais petrolíferas. E o chefe da quadrilha do Mensalão mostraria que é possível transformar-se em guerrilheiro entrincheirado por trás de balcões de lojas de roupas masculinas no interior do Brasil.

O curso completo, com um ano de duração, custa R$ 7.200 – que podem ser parcelados em até 24 vezes prestações, informou o jornal paranaense Gazeta do Povo. Para compensar o desperdício de tempo e dinheiro, os melhores alunos mereciam ser despachados para aulas práticas complementares em Cuba, na Coreia do Norte ou na Venezuela. Só depois dessa temporada no Exterior poderiam explicar, no Trabalho de Conclusão do Curso, se a experiência que viveram foi prêmio ou punição.


Augusto Nunes - Comentário sábado, 15 de julho de 2017

REIZINHO DOIDÃO

A Lava Jato informa: medo de cadeia provoca delírios em que aparecem príncipes e gente sem terra

“Quando eu entrei no palácio, parou de entrar príncipe e princesa e passou a entrar sem-terra”.

Lula, em evento organizado pelo Instituto Lula em Belo Horizonte, informando que, depois de proibir a entrada do príncipe de Gales e da princesa Isabel, ordenou a Joesley Batista, Leo Pinheiro, Marcelo Odebrecht, Eike Batista e outros parceiros de negociatas bilionárias que entrassem no palácio disfarçados de militantes do MST.

 

 

 

 

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 15 de julho de 2017

LULA NÃO VÊ DIFERENÇAS ENTRE PERSEGUIDO POLÍTICO E LADRÃO

Lula não vê diferenças entre perseguido político e ladrão

Em 2010, o então presidente não viu diferenças entre os dissidentes presos em Havana e os bandidos encarcerados em São Paulo

Em fevereiro de 2010, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo acabara de morrer numa cadeia em Havana, depois de 85 dias em greve de fome, quando o ainda presidente Lula baixou na ilha-presídio decidido a bajular os irmãos Castro e atacar os opositores da ditadura comunista. “Greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas”, ensinou o visitante que, nos tempos de líder metalúrgico e informante da polícia política do regime militar, brincava de grevista faminto no DOPS chefiado pelo amigo Romeu Tuma. “Imagine se todos os presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem libertação”.

Para Lula, não havia quaisquer diferenças entre os dissidentes que lutavam pela liberdade e os ladrões que povoam o sistema carcerário paulista. Passados sete anos e meio, o o ex-presidente foi condenado a nove anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O farsante que debochou dos bravos democratas de Cuba ficou ainda mais parecido com os bandidos comuns encarcerados em São Paulo. Mas continua caprichando no papel de perseguido político. Haja cinismo.

No mesmo palavrório em Havana, Lula explicou por que se recusara a interceder pela pela libertação de vinte presos políticos de verdade: “Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano, de prender as pessoas em função da lei de Cuba, assim como quero que respeitem o Brasil”. O velho amigo Raúl Castro, portanto, está proibido pelo próprio Lula de solidarizar-se com o companheiro condenado. Precisa respeitar a Justiça brasileira, que se limitou a cumprir seu dever e punir na forma da lei o ex-presidente que se tornou um fora-da-lei.

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Augusto Nunes - Comentário quinta, 13 de julho de 2017

GLEISI AINDA VAI CHEFIAR REBELIÕES NO PRESÍDIO

 

Depois de debochar do Judiciário, Gleisi tenta agora desmoralizar o Poder Legislativo

Em 26 de junho, numa nota assinada pela presidente (ela prefere ‘presidenta’) do partido que virou organização criminosa, Gleisi Hoffmann avisou que o PT resolvera proibir Sérgio Moro de condenar Lula pelas patifarias embutidas no caso do triplex do Guarujá.

Alheia aos incontáveis pecados do vigarista que institucionalizou a corrupção impune – e com isso tornou inevitável a reprovação com louvor no Dia do Juízo Final -, Gleisi exigiu a absolvição sumária do cinco vezes réu da Lava Jato. O comandante do maior esquema corrupto de todos os tempos é inocente apesar da montanha de provas em contrário.

Nesta terça-feira, a senadora paranaense que debochou do Poder Judiciário tentou desmoralizar o Legislativo – e assumiu a liderança do bando de desordeiras que expropriou a mesa do Senado para interromper a sessão em que seria votada a reforma trabalhista. Coisas de um Brasil devastado pela Era da Canalhice, berra o prontuário da companheira conhecida pelos codinomes Amante e Coxa no Departamento de Propinas da Odebrecht.

Num país menos primitivo, Gleisi já estaria em campanha para eleger-se chefe de ala de presídio – ou, a julgar pelo que fez ontem à tarde, articulando mais uma rebelião na cadeia.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 13 de julho de 2017

A CONDENAÇÃO DE LULA APRESSA O ENTERRO DO BRASIL ANTIGO

Todos são iguais perante a lei, mesmo quem já foi presidente da República

A sentença divulgada nesta quarta-feira configura o triunfo da Justiça sobre o Brasil antigo e agonizante. Com o amparo da lei e da montanha de provas que recomendavam aos gritos a punição do réu, o juiz Sérgio Moro derrotou o cinismo obsceno de Lula, as ameaças do PT, as bravatas dos pelegos sindicalistas, as provocações dos movimentos sociais de araque, as chicanas e afrontas de advogados sem álibis nem pudores, as invencionices de blogueiros alugados e as manobras repulsivas de espertalhões alojados na cúpula dos três Poderes, fora o resto.

A condenação do chefe supremo do maior esquema corrupto de todos os tempos é também a vitória da esperança sobre a descrença dos pessimistas profissionais. E é um aviso aos que insistem em duvidar das mudanças ocorridas no Brasil da Lava Jato. O merecidíssimo castigo aplicado a Lula informa que o país do “sabe com quem está falando?” enfim começou a respeitar o primeiro mandamento do Estado Democrático de Direito: todos são iguais perante a lei.

Ninguém é mais igual que os outros. Nem um ex-presidente da República. Não existem bandidos inimputáveis. A tribo dos que se julgam condenados à perpétua impunidade está perto da extinção.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 12 de julho de 2017

QUEM TEM, TEM MEDO

Lula defende Temer para escapar das revelações de Joesley sobre a conta na Suiça que bancou despesas do chefão

“Você não pode, só por conta de delação, culpar as pessoas, porque tem muito delator mentindo”.

Lula, em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba, ao afirmar que Michel Temer não pode ser denunciado pelas revelações de Joesley Batista, fazendo de conta que defende o atual presidente por prezar a Justiça, não para desqualificar as informações fornecidas por seu açougueiro predileto sobre os R$ 300 milhões depositados numa conta na Suíça aberta para bancar despesas do chefão.

 

 

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Augusto Nunes - Comentário segunda, 10 de julho de 2017

EQUILÍBRIO & SERENIDADE

 

Aécio garante na volta ao Senado que a conversa com Joesley foi um ponto fora da curva

“Nesses dias tormentosos, em nenhum instante, absolutamente em nenhum instante, perdi a serenidade e o equilíbrio próprio daqueles que sabem exatamente a condução de seus atos”.

Aécio Neves, senador do PSDB de Minas Gerais, no discurso no Senado depois do período em que foi afastado por determinação do STF, jurando que a última vez em que perdeu a serenidade e o equilíbrio foi naquela conversa com Joesley Batista em que mostrou que fala fluentemente o subdialeto dos maloqueiros.

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 07 de julho de 2017

LAUDO DA POLÍCIA FEDERAL CONFIRMA: LULA É O DONO DO SÍTIO

Documento produzido por seis peritos da Lava Jato reduz a escombros a discurseira mambembe dos advogados do ex-presidente

 

Em 4 de março de 2016, seis peritos criminais a serviço da Operação Lava Jato, apoiados por investigadores da Polícia Federal, cumpriram um mandado de busca e apreensão no sítio em Atibaia onde a família Lula baixou todo fim de semana depois dos oito anos nos palácios de Brasília. Acompanhados por duas testemunhas e pelo caseiro Élcio Pereira Vieira, os especialistas haviam sido encarregados de “caracterizar a ocupação do Sítio e identificar seus principais frequentadores, além de responder aos quesitos formulados pela autoridade solicitante dos exames”.

Tradução: os homens da lei estavam lá à procura de evidências materiais que ajudassem a esclarecer duas interrogações. Primeira: quem era o verdadeiro dono do sítio? Segunda: de onde veio o dinheiro que bancou a reforma do terreno de bom tamanho, complementada por instalações e benefícios milionários? Os fatos berram que tanto a compra como as obras foram patrocinadas por empreiteiras favorecidas pelo governo do chefão. Lula ainda insiste que os donos do lugar são Jonas Suassuna e Fernando Bittar, amigos do notório Lulinha, o Ronaldinho da informática.

Longo e minucioso, o laudo apresentado pelos peritos uma semana depois da inspeção confirma aos gritos que o sítio forma com o triplex do Guarujá a dupla de peças mais valiosas da Imobiliária Lula. A quantidade, a qualidade e a contundência das informações garantem ao documento calibre suficiente para pulverizar a discurseira mambembe dos advogados do ex-presidente. Servem de amostra as respostas, abaixo resumidas, suscitadas por quatro quesitos. Confira:

1. Existem evidências materiais nas dependências do Sítio que possam identificar seus eventuais frequentadores?

Sim. (…) Foram identificados inúmeros objetos pessoais vinculados às pessoas de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa Marisa Letícia Lula da Silva. Esses objetos encontravam-se localizados, mormente, na Casa Principal, em especial, na Suíte 01. (…) Também foram localizados objetos pessoais vinculados aos seguranças da Presidência da República.

2. É possível identificar evidências materiais no Sítio que possam indicar o uso do imóvel pelas pessoas de FERNANDO BITTAR ou JONAS LEITE SUASSUNA FILHO?

Não. (…) Não foi identificado qualquer objeto de uso pessoal que pudesse indicar o uso do imóvel por Jonas Leite Suassuna Filho e Fernando Bittar. A única referência ao Sr. Fernando Bittar são alguns croquis localizados no interior de uma pasta rosa, cuja destinatária era a Sra. Marisa Letícia Lula da Silva.

3. Foram implementadas instalações ou realizadas quaisquer obras ou aprimoramentos no Sítio voltadas ao uso do ex-Presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e de sua família? Caso positivo, descrever.

Sim. (…) Foram identificadas inúmeras melhorias voltadas ao uso do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tais como uma adega, construída para acomodar centenas de garrafas de bebidas, instalações de sistema de segurança em todo o Sítio, assim como o depósito utilizado para armazenamento de caixas diversas que (…) se relacionavam à mudança do ex-Presidente Lula.

Além dessas melhorias, foram identificados objetos utilizados para usufruto das instalações do Sítio, tais como o barco de fibra contendo a inscrição “LULA & MARISA”, bem como itens decorativos, a exemplo da mesa com o brasão “LM”. Ademais, foi localizada uma pasta rosa endereçada à ex-Primeira Dama, contendo documentos relacionados à reforma da cozinha e construção da Casa 01, indicando que a Sra. Marisa Letícia teve envolvimento com as adaptações realizadas no Sítio.

4. Existem objetos pessoais pertencentes ao ex-Presidente LUIZ INACIO LULA DA SILVA e de sua família depositadas nas dependências do Sítio? Onde se encontram localizadas?

Sim. Além dos objetos pessoais localizados na Casa Principal, já mencionados, (…) foram identificados inúmeros objetos que podem ser vinculados, explicitamente ou não, ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa. Adicionalmente aos objetos localizados na Casa Principal, também foram encontrados itens pessoais do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa em outras dependências do Sítio, sobretudo no Espaço Gourmet, no Anexo da Casa Principal e no Depósito. Esses itens acham-se relacionados em extensa, mas não exaustiva, lista constante (…) do presente Laudo.

Volto para acrescentar que, mesmo depois do sumiço dos donos que se fantasiavam de hóspedes, os laranjas travestidos de proprietários rurais nunca deram as caras por lá. Bittar e Suassuna são os únicos sitiantes do mundo que jamais visitaram a terra que juram ter comprado. Merecem dividir a mesma cela.

 

 

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 06 de julho de 2017

ATLETA DE BOTEQUIM

Lula se prepara para cumprir a promessa feita em fevereiro

“Todo dia eu ando 7 quilômetros e faço musculação. Quem quiser me enfrentar vai ter de estar preparado”.

Lula, numa entrevista a rádio Arapuan, de Pernambuco, ao revelar que já está se preparando para percorrer a pé a distância entre São Bernardo e Curitiba.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 05 de julho de 2017

LULA GARANTE QUE GEDDEL É UM EXEMPLO A SEGUIR

Caso se reencontrem no mesmo pátio de cadeia, o ex-presidente e seu ex-ministro saberão que são ligados por laços indissolúveis

 

 

Preso ex-ministro de Temer, noticiaram os grandes jornais nesta terça-feira. A informação é incompleta: Geddel Vieira Lima foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do atual presidente, mas também foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, entre 2007 e 2010, e vice-presidente da Caixa Econômica Federal de março de 2011 a dezembro de 2013, quando a presidente era Dilma Rousseff. Mais: a transferência para a gaiola ocorreu com o amigo Michel Temer alojado no Planalto. Mas as bandalheiras descobertas pela Polícia Federal foram praticadas no cargo que Geddel ganhou da amiga Dilma por ordem do amigo Lula, um entusiasta dos dotes administrativos do político baiano cuja gula por dinheiro lhe valeu o apelido de Jacaré.

Em 2010, ao saber que Geddel deixaria o primeiro escalão para ser surrado na disputa pelo governo da Bahia, Lula lamentou em vários comícios a perda irreparável. O vídeo abaixo registra um dos momentos da cerimônia do adeus a um servidor da nação. “Você foi um cumpridor de tarefa extraordinário”, derrama-se o orador de olhos postos no ministro que se vai. “E isso eu tenho ouvido não apenas da minha boca, que viajo com você, mas da companheira Dilma, que conviveu contigo”. Enquanto o motivo da choradeira retórica capricha na pose de estadista sertanejo, Lula contempla a plateia amestrada e segue em frente. “Eu disse ao Geddel outro dia: é uma pena que você deixa o governo, você poderia continuar no governo (…) pela grandeza do teu trabalho.”

 

 

Não era pouca coisa. Mas não era tudo, informou a continuação do espetáculo da pieguice demagótica. “Eu acho que o Temer deveria pegar os deputados aqui, de todos os partidos, e levar pra ver algumas obras que estão acontecendo no Nordeste brasileiro, pra saber o que que tá acontecendo no Nordeste brasileiro”, viaja na redundância. Todas as obras tinham como parteiros o presidente e o ministro. Por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco.“O canal da integração é uma obra que vocês vão perceber por que que Dom Pedro II queria fazer essa obra em 1847, e eu espero que até 2012 a gente conclua ela inteira. Então, Geddel, meus agradecimentos por todo o teu trabalho nesses três anos e meio de governo”.

Passados mais de sete anos, a promessa não desceu do palanque, o ministro insubstituível está na cadeia e o falastrão fantasiado de Pedro III tem sucessivos pesadelos que misturam celas, grades, catres e camburões com placas de Curitiba. Separados politicamente pelo impeachment, os dois prontuários ambulantes continuam atados por laços indissolúveis. Lutaram juntos pela institucionalização da corrupção impune, assaltaram juntos milhares de cofres públicos, conviveram fraternalmente na organização criminosa disfarçada de aliança partidária. Caso se reencontrem no mesmo pátio de presídio, Lula e Geddel imediatamente entenderão que nasceram um para o outro.


Augusto Nunes - Comentário terça, 04 de julho de 2017

PARA FACHIN, 42 REAIS VALEM MAIS QUE MALA COM MEIO MILHÃO

 

Em 7 de fevereiro deste ano o ministro Edson Fachin negou o habeas corpus que libertaria uma mulher de 39 anos, na cadeia desde 2011. Motivo da prisão: ela tentou furtar, num estabelecimento comercial de Varginha, no interior de Minas Gerais, dois desodorantes e cinco fr ascos de chicletes que hoje custariam, somados, 42 reais. Fachin encampou o parecer do relator Ricardo Lewandowski, que se mostrou inconformado com o fato de a ré ser reincidente na tentativa de levar sem nada pagar meia dúzia de ninharias. “O contexto revela que a acusada, no caso, é pessoa que está habituada ao crime”, concordou o agora relator dos casos da Lava Jato no STF.

Quase cinco meses depois, Fachin resolveu mostrar que no peito de um ministro durão bate um coração que sabe ser compassivo. Na sexta-feira passada, 30 de junho, valendo-se do que o time da toga chama de “decisão monocrática”, ele mandou soltar Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado federal e ex-assessor do presidente Michel Temer, engaiolado em Brasília desde 3 de junho. Como sabem milhões de telespectadores, Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal ao sair de uma pizzaria da capital federal carregando uma mala com 500 mil reais em dinheiro vivo, recebidos de um executivo da JBS. O flagrante cinematográfico é parte da meia delação premiadíssima de Joesley Batista.

Para encerrar a curtíssima temporada na cela do famoso “homem da mala”, Fachin explicou que a possibilidade de Rocha Loures cometer novos crimes foi aplacada – atenção para o supremês castiço – “em face do transcurso de lapso temporal e das alterações do panorama processual”. Só Deus e Fachin sabem o que quis dizer com isso o doutor que esbanja severidade com quem afana chicletes e desodorantes. A mineira punida em fevereiro por tentar furtar em Varginha menos de 50 reais errou a cidade e a quantia. Se tivesse embolsado em Brasília algo em torno de R$ 500 mil, não ficaria presa mais do que 27 dias.

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Augusto Nunes - Comentário domingo, 02 de julho de 2017

GENEROSIDADE É ISSO AÍ: PAULO OKAMOTTO

Paulo Okamotto é uma pessoa que acredita no ser humano

 

“O senhor Alexandrino é uma pessoa muito solícita, soube que a gente estava procurando imóveis e se prontificou a ajudar, eu nem sabia que eles tinham negócios no setor imobiliário. Ele tentou oferecer algumas iniciativas”.

Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, contando que Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht, ofereceu um terreno para a construção de uma nova sede do Instituto Lula por ser uma pessoa muito solícita e não porque queria ser tratado com ainda mais benevolência pelos representantes do poder público.

 


Augusto Nunes - Comentário domingo, 02 de julho de 2017

CULPADO INOCENTE: LULA

Joesley Batista revela que Lula sabia de tudo, embora não soubesse de nada

“O Lula não estava me pedindo dinheiro nem nada. Mas eu fui lá porque eu estava preocupado com essa história da conta dele, de estar gastando dinheiro dele, supostamente, se fosse dele mesmo. Aí eu fui lá e só contei a história para ele. Eu disse: ‘Presidente, eu vim aqui, tal, porque eu estou muito preocupado, a gente vai ser o maior doador de campanha disparado. Eu tenho atendido aí o partido, o Guido, todo mundo, tal, tem pedido, mas, enfim, já está em 300 e tantos milhões. O senhor está consciente aí da exposição que vai dar isso, do risco de exposição e tal?’. Enfim, ele se encostou para trás, olhou bem para mim, ficou calado, não falou nada. Eu dei meu dever cumprido. Eu falei: ‘Olha, estou vindo aqui te falar isso só para o senhor precisa saber disso’. Porque eu, naquele momento ali, eu entendi que, ele sabendo que tinha sido mais de 300 milhões, amanhã ele não poderia vir me cobrar… se aquele dinheiro fosse dele”.

Joesley Batista, em depoimento ao Ministério Público Federal, ao revelar mais um encontro que jurava que não tinha tido com Lula em 2014, contando que o ex-presidente pedia, mas não pedia dinheiro ao dono da JBS, porque ele sabia, mas não sabia de uma conta com R$ 300 milhões em seu nome, que era, mas não era dele.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 01 de julho de 2017

EM 2012, TEMER ADIVINHOU O QUE VIRIA COM JOESLEY

A leitura de Anônima Intimidade informou que Temer é mau poeta. A releitura avisa que é bom vidente

 

Joesley Batista, presidente executivo da JBS 

Publicado em 2012, o livro Anônima Intimidade, de Michel Temer, promove um desfile de versos que parece ter começado só depois da divulgação da conversa que teve com Joesley Batista no escurinho do Jaburu.

Os poemas abaixo reproduzidos informam que estrofes são mais complicadas que mesóclises e conduzem a uma dúvida aflitiva: entre o presidente e o poeta, qual é o pior?

Mas também revelam que o Temer tem poderes premonitórios. Se perder o emprego, pode ganhar a vida como adivinho.

Confira:

 

Se houver uma segunda edição, alguém deveria recomendar a Temer a eliminação do aviso na primeira. Ninguém vai acreditar que as semelhanças com o autor e com terceiros foram mera coincidência.

 

 

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 01 de julho de 2017

LULA FINGE TER ESQUECIDO A VIAGEM A PÉ PARA CURITIBA

Ex-presidente Lula divulga vídeo malhando na academia

“Provem uma corrupção minha e eu irei a pé para ser preso”, jactou-se Lula mais de uma vez até descobrir que um fora-da-lei não está acima da lei, mesmo que tenha sido presidente da República. Se tivesse algum compromisso com o que diz, sobretudo em discursos depois do almoço, o único deus da seita da estrela vermelha estaria treinando há muito tempo, e duramente, para honrar a palavra empenhada. Para quem mora em São Bernardo, Curitiba não é logo ali.

Em vez disso, Lula come como um faquir que acabou de encerrar o jejum, bebe o que lhe aparece pela proa, dribla exercícios físicos com a habilidade de um Garrincha e só caminha de um lado para outro nos palcos em que continua a ampliar o vasto acervo de pérolas do besteirol. Nesta quarta-feira, por exemplo, recitou a seguinte declaração: “Se tiver uma decisão que não seja a minha absolvição, quero dizer que não vale a pena ser honesto neste país”.

O frase é endereçada a juízes que julgam sem medo de poderosos patifes, procuradores que procuram fazer Justiça, delegados que acordam pecadores com batidas na porta às seis da manhã e investigadores que investigam. O Evangelho segundo Lula ensina que, até agora, o chefão do maior esquema corrupto desde o Dia da Criação é tão inocente quanto um bebê ainda no ventre da mãe. Caso descubra que a Lava Jato decidiu que honestidade é crime, aí sim a alma viva mais pura do planeta fará o que meio mundo sabe que faz.

Se for condenado, portanto, estará à vontade para ser presenteado por bilionários amigos com uma fazenda em Atibaia, um prédio de dez andares no Guarujá, o reajuste do preço das palestras que não valem um tostão mas lhe rendiam R$ 400 mil por hora antes que a Lava Jato afugentasse a freguesia, um aumento de 15% para 80% na comissão paga ao corretor de negociatas na África e a renovação de contratos que livrem da falência o sobrinho necessitado e o Ronaldinho da informática.

Só depois de retomar publicamente as atividades de camelô de empreiteira e despachante de larápios internacionais é que Lula admitirá a possibilidade de reconhecer que, pensando bem, é mesmo um tremendo caso de polícia a implorar por temporadas na cadeia.

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Augusto Nunes - Comentário quinta, 29 de junho de 2017

LOTERIA DO JANOT

Para o procurador-geral, ninguém está acima da lei a menos que se chame Wesley Batista

“Num regime democrático, sob o pálio do Estado de Direito, ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, cuja transgressão requer o pleno funcionamento das instituições para buscar as devidas responsabilidades”.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, na mensagem enviada a procuradores em que justificou a denúncia contra Michel Temer, sem explicar por que manteve Joesley Batista acima da lei e fora do alcance da Justiça ao presentear o açougueiro preferido de Lula com a meia delação premiadíssima.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 29 de junho de 2017

QUEM TEM, TEM MEDO

Lula já começou a ensaiar o que vai dizer quando o Italiano contar tudo o que sabe

“O Palocci foi condenado ontem, mas não tem nenhuma prova a não ser a delação. Fica palavra contra palavra e ninguém pode ser condenado por isso”.

Lula, sobre a condenação de Antônio Palocci, codinome Italiano no departamento de propinas da Odebrecht, ensaiando o que vai recitar quando seu ex-ministro da Fazenda começar a revelar tudo o que sabe do chefe.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 28 de junho de 2017

FAUNA BRASILEIRA

Dilma, Lula e Temer nasceram um para o outro

“Resultado do Golpe de 2016: deixar o País nas mãos do único presidente denunciado por corrupção”.

Dilma Rousseff, pelo Twitter, ao lembrar que seu vice transformou-se no único presidente denunciado por corrupção, o que enriqueceu a exclusiva fauna política nacional que inclui, entre outras raridades, um ex-presidente prestes a se tornar seis vezes réu e uma ex-chefe de Estado com menos de um neurônio.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 28 de junho de 2017

DAÍ PRA CIMA

Gilmar explica que Temer continua porque faltam fatos novos de grosso calibre

“Se não houver nenhum fato novo, a tendência é que ele continue”.

Gilmar Mendes, com cara de quem só apoiaria o afastamento de Michel Temer se aparecesse um “fato novo” realmente grave – por exemplo, um atentado a bomba planejado pelo presidente e executado por Michelzinho que exterminasse todos os deputados e senadores que sonham com o fim do governo.

 


Augusto Nunes - Comentário terça, 27 de junho de 2017

PALOCCI É LULA AMANHÃ

Unidos por bandalheiras cometidas em parceria no passado recente, o ex-presidente e o ex-ministro terão um destino comum

Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos de prisão, Antonio Palocci é Lula amanhã. O conteúdo da sentença avisou nesta segunda feira que o prontuário do Italiano, codinome do ex-ministro da Fazenda e ex-chefe da Casa Civil no departamento de propinas da Odebrecht, frequentemente se funde com as anotações na folha corrida do Amigo, como foi rebatizado o ex-presidente no mesmo listão da empreiteira. Os crimes que os uniram no passado recente prenunciam um destino comum.

A primeira condenação vai apressar a delação premiada de Palocci, que tem muito a revelar sobre o deus da seita petista. Mas a divindade apeada do altar, prestes a ser julgada por Moro, não poderá escapar da cadeia pela rota que seu ex-ministro está pronto para percorrer. Foi ele o chefe supremo do bando. Não há nenhum superior hierárquico a delatar.

 

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 26 de junho de 2017

IMPÉRIO SUECO-NORUEGUÊS

Temer incorpora Dilma e transforma o monarca norueguês em rei de todos os suecos

“Embora voltando hoje ao Brasil, desde já, com a reunião que tivemos ontem com os empresários e da reunião que tivemos agora com Vossa Excelência e, um pouco mais adiante, com sua majestade, o rei da Suécia, eu já tenho a mais firme convicção de que, embora muita rápida nossa visita, ela estreita cada vez mais os laços do Brasil com a Noruega”.

Michel Temer, no último dia de sua viagem à Europa, ao presentear como o trono da Suécia o rei da Noruega, Harald V, provando que ninguém é vice de Dilma Rousseff por cinco anos impunemente.

 

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 26 de junho de 2017

O TIME DE CAPA PRETA INVENTOU O SUPREMÊS

O STF criou um subdialeto mais complicado que o juridiquês e, frequentemente, tão impenetrável quanto o dilmês

 

O estranho subdialeto falado nos tribunais do Brasil foi sempre inacessível ao brasileiro comum. Mas a linguagem adotada pelos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal é bem mais complicada que o juridiquês e, frequentemente, tão impenetrável quanto o dilmês. Para explicar o espanto que assalta mesmo veteranos bacharéis quando algum dos 11 craques do time de capa preta desanda no supremês, bastam dois exemplos colhidos na semana passada.

No primeiro, o ministro Edson Fachin tenta explicar por que negou o pedido de prisão preventiva do senador Aécio Neves:

“No caso presente, ainda que, individualmente, não considere ser a interpretação literal o melhor caminho hermenêutico para a compreensão da regra extraível do artigo 53, parágrafo 2º, da CR, entendo que o locus adequado a essa consideração é o da colegialidade do Pleno”.

Fachin poderia apenas ter escrito que preferiria decidir sozinho, mas achou melhor que os colegas de toga também votassem para não parecer egoísta.

O segundo exemplo foi protagonizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, ao ler um trecho do voto que rejeitou a revisão do acordo de delação premiada que livrou Joesley Batista dos pesadelos em que reencontrava antigos parceiros num pátio de cadeia:

“Em princípio, a homologação do relator é hígida e válida sob todos os aspectos. Mas, se o plenário, após a coleta de provas, sob o crivo do contraditório, constatada a irregularidade insanável, não posso ter em sã consciência que possamos ficar silentes quanto a isso. A última palavra relativa à legalidade e à constitucionalidade das cláusulas é do colegiado”.

Em língua de gente, Lewandowski quis lembrar que o STF poderá revisar o acordo mais adiante. Mas 999 em cada mil espectadores da TV Justiça não entenderam o que diziam os doutores. O que entendeu merece ser presenteado com uma toga.


Augusto Nunes - Comentário domingo, 25 de junho de 2017

A DESCOBERTA DO SÉCULO

Lula continua morando num Brasil em que até os miseráveis são ricos

“Voltou a ter criança pedindo esmola, aumentou o número de pessoas dormindo na rua”.

Lula, na cerimônia de posse da nova diretoria do PT de São Paulo, revelando que só agora voltou a ver o que nunca deixou de existir porque deixou de dar as caras numa rua do Brasil desde a estrondosa vaia que levou no Maracanã na abertura do Pan-2007.

 


Augusto Nunes - Comentário domingo, 25 de junho de 2017

O BRASIL PERGUNTA A JANOT E A JOESLEY: CADÊ A METADE QUE FALTA?

O Supremo Tribunal Federal decidiu que o acordo entre Rodrigo Janot e Joesley Batista não precisa de revisão, que o ministro Edson Fachin seguirá cuidando da meia delação premiadíssima e que, ao menos por enquanto, continuam valendo os benefícios que condenaram à impunidade perpétua um esquartejador da verdade. Com a decisão o STF aparentemente buscou impedir que os advogados dos quadrilheiros passassem a contestar todas as revelações de quem aceitou colaborar com a Justiça. O problema é que essa obscenidade parida em Brasília pelo procurador-geral da República pode desmoralizar o instrumento jurídico que, utilizado com inteligência em Curitiba, ajudou a iluminar a face escura do Brasil.

O correto seria percorrer o caminho do meio. As vigarices expostas por Joesley imploram por investigações e, se for o caso, castigos exemplares. Se o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, por exemplo, fizeram o que parecem ter feito, merecem o purgatório onde penam traidores de milhões de profissionais da esperança. Mas a história das falcatruas da JBS não pode limitar-se à primeira parte. Joesley está obrigado a exumar a metade que falta. O país que presta quer saber quando o açougueiro predileto dos governos do PT abrirá o baú das bandalheiras que praticou com a cumplicidade ativa de Lula, Dilma e a chefia do BNDES. Que tal começar pela suspeitíssima reunião que juntou Joesley, Lula e Eduardo Cunha no Sábado de Aleluia de 2016.

Figurões do Judiciário, do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público teimam em fechar os olhos ao Brasil que a Lava Jato despertou.

(Refiro-me, insisto, à verdadeira Lava Jato, personificada por Sérgio Moro, não à caricatura liderada pelo procurador-geral que presenteia bandidos bilionários com o status de inimputável).

Esse novo país exige o enquadramento de todos os delinquentes, mesmo suspeitando que a tribo dos homens públicos honrados caiba numa maloca. Com o sumiço dos velhacos hegemônicos, a espécie em extinção vai multiplicar-se rapidamente. É hora de começar tudo de novo.


Augusto Nunes - Comentário sexta, 23 de junho de 2017

O BRASIL VAI EMERGIR DA ESCURIDÃO MUITO MELHOR

A multidão de gatunos engaiolados ou na mira dos investigadores comprova que a Era da Canalhice está ferida de morte.

 

As descobertas da Lava Jato transformaram em casos de polícia o presidente Michel Temer e quatro dos cinco antecessores vivos. Só Fernando Henrique Cardoso ficou fora do pântano onde chapinham Lula, Dilma Rousseff, Fernando Collor e José Sarney, além de mais de 30 ministros ou ex-ministros de Estado, mais de dez governadores, quase 30 senadores, mais de 60 deputados federais e centenas de vigaristas coadjuvantes. Se o Supremo Tribunal Federal cumprir o seu dever com menos lentidão, a turma do foro privilegiado não demorará a engordar a população carcerária.

Já não são poucos os figurões da política transformados em vizinhos de cela de empresários especialistas em bandalheiras. Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e ex-chefe da Casa Civil, tem tempo de sobra para trocar ideias com Marcelo Odebrecht, ex-presidente da usina de propinas milionárias, e João Vaccari, ex-tesoureiro nacional do PT. Perdeu recentemente a companhia de José Dirceu, libertado pela 2ª Turma do STF. Mas não demorará a rever o primeiro chefe da Casa Civil do governo Lula. Também seguem continuam encarcerados os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e vários destaques da Turma do Guardanapo.

Tantos números desoladores avisam que o Brasil vai ficar na UTI por muito tempo, certo? Errado: está cada vez mais saudável – graças à Lava Jato. A multidão de gatunos engaiolados ou na mira dos investigadores comprova que a Era da Canalhice está ferida de morte. Para que a nação devastada pelos poderosos patifes recuperasse a saúde, era preciso remover cirurgicamente o tumor da corrupção institucionalizada. O Código Penal agora vale para todos. São sempre escuras as horas que precedem a alvorada. O Brasil vai emergir da escuridão muito melhor.


Augusto Nunes - Comentário sexta, 23 de junho de 2017

A AMANTE E A ÉTICA

Gleisi esbraveja contra palestrantes que cobram um décimo do que Lula embolsava por discurseiras encomendadas por empreiteiros amigos

“Então, juiz Sérgio Moro, então, Dr. Dellagnol, que estão ganhando dinheiro, inclusive, em cima do processo da Lava Jato, é vergonhoso cobrar R$ 30, R$ 40 mil para uma palestra, para ir lá falar de coisas que não existem, de provas que não existem, falar do processo da Lava Jato, tenham decência! Tenham
decência! Não colaborem, não, para acabar com a democracia brasileira. Façam o papel de vocês: devido processo legal, com base na lei, com base no direito. É assim que tem que se fazer!”.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, informando, com a autoridade moral de quem tornou famosos entre os distribuidores de propinas da Odebrecht os codinomes Amante e Coxa, que nunca viu nada de mais nas “palestras” de Lula, encomendadas por empreiteiras amigas que pagavam 500 mil por palavrórios que se prestavam à lavagem de dinheiro sujo, mas não admite que autoridades engajadas na Lava Jato contem em público o que os companheiros gatunos fizeram com o Brasil.

 

 

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 22 de junho de 2017

GILMAR IGNORA QUE JÁ PERDEU A LUTA CONTRA A LAVA-JATO

O ministro onipotente, onisciente e onipresente premiou o Brasil com o surgimento do único Juiz dos Juízes do planeta

 

 

Em 2002, quando o advogado e professor de Direito Constitucional se tornou ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes não havia julgado coisa alguma num tribunal. Talvez tivesse arbitrado pendências familiares ou discussões de botequim, o que não autoriza ninguém a caprichar na pose de magistrado de nascença, escalado já no berçário para decidir qual dos bebês em litígio tinha razão. Mas é assim que Gilmar se comporta há 15 anos, e com crescente arrogância.

Entre 2008 e 2010, período em que exerceu a presidência do STF, nasceu o Gilmar onisciente. Em seguida surgiu o onipotente. Neste outono, nasceu o Gilmar onipresente. A soma das três sumidades presenteou o Brasil com o único Juiz dos Juízes do planeta. Ele está em todos os lugares, opina sobre tudo e não admite ponderações em contrário. Até recentemente, os brasileiros comuns aprendiam que um juiz só deve falar nos autos. Gilmar só fala fora dos autos, até porque não é de perder tempo com a pilha imensa de processos que aguardam em sua sala alguns minutos da preciosa atenção do ministro.

Há poucos dias, num pronunciamento em Pernambuco, ele foi mais Gilmar Mendes do que nunca. Decidido a bombardear a Lava Jato, mas sem coragem suficiente para dizer isso com todas as letras, meteu-se num palavrório mais confuso que discurseira de Dilma Rousseff. “Investigação, sim! Abuso, não!”, berrou num começo de parágrafo. Seguiu-se a pausa dramática para os aplausos que não vieram. “Não se pode aceitar investigações na calada da noite!”, exclamou mais adiante. A Polícia Federal, portanto, deve suspender imediatamente as batidas na porta às seis da madrugada e limitar-se a esclarecer crimes entre 9 da manhã e 5 e meia da tarde.

“É preciso que se respeite o Congresso Nacional!”, ordenou o orador. “É preciso que se respeite a política!” Para que o Congresso mereça respeito, para que a atividade política não pareça uma forma de bandidagem, nada melhor que desmascarar e punir os delinquentes que desmoralizam a instituição e colocam sob suspeição todos os integrantes de partidos. É o caminho que a Lava Jato vem percorrendo há pouco mais de três anos, e que Gilmar Mendes adoraria interditar ─ se pudesse. Para alívio do Brasil decente, não pode. Nem ele nem ninguém.


Augusto Nunes - Comentário quinta, 22 de junho de 2017

GOLPE DE CANETA NOCAUTEIA JOESLEY E DEIXA LULA GROGUE

Ao resumir numa carta manuscrita o encontro com Lula na casa de Joesley Batista, ocorrido em 26 de março de 2016, e revelar que o trio se reuniu para confabular sobre o impeachment de Dilma Rousseff, o prisioneiro Eduardo Cunha desferiu um golpe de caneta que deixou grogue um esquartejador da verdade e levou novamente às cordas a alma viva mais cínica do Brasil. No fim de semana, na entrevista a Diego Escosteguy, Joesley repetira que só viu Lula a um metro de distância duas vezes – em 2006 e 2013, quando se limitaram a trocar ideias exemplarmente republicanas. Nesta segunda-feira, foi obrigado pelo ex-presidente da Câmara a confessar que esteve com o chefão “em outras ocasiões” – certamente para tratar de negócios nada republicanos.

É o começo do fim da farsa encenada pelo açougueiro predileto de Lula e do BNDES. É o que faltava para o sepultamento da meia delação premiadíssima. Ou Janot rasga a fantasia e admite que não pretende investigar a organização criminosa que patrocinou a entrada de Joesley no clube dos bilionários ou reduz a farrapos as fantasias do dono da JBS com a convocação para uma nova série de depoimentos. É hora de forçá-lo a abrir o bico sobre o bando que, nas palavras do próprio depoente, institucionalizou a corrupção no país. Se insistir em vender Lula e seus comparsas como exemplos de honradez, estará implorando pela pronta interdição do direito de ir e vir.

No texto escrito de próprio punho na cadeia em Curitiba, Cunha tornou a exibir a vocação para arquivista. “Ele fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013”, lembra o signatário. “Mentira. Ele apenas se esqueceu que promoveu (sic) um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência na rua França, 553, em São Paulo, entre eu, ele e Lula, a pedido do Lula, a fim de discutir o processo de impeachment, ocorrido em 17 de abril, onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”.

A profusão de minúcias deixa claro qual dos dois está mentindo. Para facilitar o trabalho de jornalistas e policiais incumbidos de checar as informações contidas na carta, o ex-deputado oferece meia dúzia de testemunhas. Que tal ouvir os seguranças da Câmara que o escoltaram na incursão por São Paulo? Que tal uma visita à locadora do veículo usado por Cunha para deslocar-se pela capital paulista? O Brasil decente torce para que seja longa e reveladora a briga de foice entre integrantes de duas organizações criminosas – ORCRINS, prefere Joesley – que roubaram em perfeita harmonia até o divórcio consumado pelo despejo de Dilma Rousseff.

Tomara que todos os bandidos contem tudo o que sabem uns dos outros. E que o bate-boca continue nas cadeias onde estarão alojados os corruptos, hoje desavindos, que a partir de 2003 produziram juntos a maior sequência de assaltos aos cofres do Brasil registrada desde o Descobrimento.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 21 de junho de 2017

AMANTE DEFENDE AMIGO

Gleisi acha que Joesley não conseguiu enxergar a alma viva mais pura do PT

“A estrondosa entrevista do empresário Joesley contém algumas verdades. Entre elas, destaca-se a afirmação de que Temer lidera a mais perigosa quadrilha do país. De fato, essa afirmação está, nesse caso, embasada em gravações e filmagens que revelam, com provas cabais, um esquema de corrupção que atinge em cheio o núcleo do governo golpista. Mas a entrevista também contém alguns mitos que não têm nenhuma sustentação empírica. Podemos destacar dois. O primeiro, a afirmação estapafúrdia de que o PT teria ‘institucionalizado a corrupção no país’. Já o segundo, e mais grave, diz respeito à ideia de que todos os políticos são corruptos e que a atividade política é essencialmente corrupta”.

Gleisi Hoffmann – codinomes Coxa e Amante -, presidente do PT, em artigo publicado no site do partido, ensinando que também a corrupção institucionalizada em 2003 por Lula – codinomes Amigo, Brahma e Tulipa – é parte da “herança maldita” legada por FHC, que também criou o Mensalão, o Petrolão, o triplex do Guarujá e o sítio em Atibaia, além de Rosemary Noronha.

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 21 de junho de 2017

O AÇOUGUEIRO PREDILETO DE LULA ESQUARTEJA A VERDADE

 

 

Na entrevista concedida à revista Época, Joesley Batista assumiu a paternidade de outra brasileirice repulsiva. Sob a supervisão do procurador-geral Rodrigo Janot e com as bênçãos do ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, foi o dono da JBS o inventor da meia delação premiadíssima. Em troca da impunidade perpétua, o depoente conta apenas uma parte do muito que sabe. Para alegria do chefe do Ministério Público, é exatamente essa a parte que arquiva bandalheiras que envolvem seus alvos preferenciais.

Como nos depoimentos cujos trechos mais ruidosos foram divulgados há pouco mais de um mês, também na entrevista a Diego Escosteguy o credor favorito do BNDES não se atreveu a negar o que qualquer bebê de colo está cansado de saber: “Lula e o PT institucionalizaram a corrupção”. Mas quem lidera “a quadrilha mais perigosa do Brasil é Michel Temer”, não o antecessor que concebeu e dirigiu o maior esquema corrupto de todos os tempos. Esse, aos olhos do delator espertalhão, foi sempre um modelo de civilidade e respeito à lei. “Nunca tive conversa não-republicana com o Lula. Zero”, jurou. “Eu tinha essas conversas com o Guido Mantega”.

“Conheci o Lula só no fim de 2013”, mentiu no fim da fantasia. A verdade esquartejada foi recomposta no parágrafo seguinte. “O senhor não era próximo do Lula quando ele era presidente?”, perguntou o entrevistador. “Estive uma vez com o presidente Lula quando assumi o comando da empresa em 2006”, derrapou o entrevistado. O primeiro encontro da dupla, portanto, ocorreu sete anos antes — sete anos excepcionalmente lucrativos. Em 2006, o faturamento da JBS somou 4 bilhões de reais. Saltou para 14 bilhões já no ano seguinte.

De lá para cá, o grupo dos irmãos Batista, anabolizado por empréstimos de pai para filho liberados pelo BNDES, desenhou uma curva ascendente de dar inveja a magnata de filme americano. Em 2016, graças a sucessivos negócios internacionais facilitados pela usina de favores do Planalto, o faturamento bateu em R$ 170 bilhões. Mas Joesley fez questão de registrar que as também “as relações com o BNDES foram absolutamente republicanas”. Nada de conversa não-republicana com o presidente Luciano Coutinho ou diretores da generosa instituição. Quando precisava de outro empréstimo, bastava falar com Mantega.

Ou seja: a corrupção institucionalizada por Lula e seu partido rolou solta por mais de 13 anos, mas Joesley continua concentrando a artilharia em Michel Temer e no PMDB, sem esquecer de reservar a Aécio Neves algumas balas de grosso calibre. Decidido a poupar a mais gulosa e atrevida organização criminosa (ORCRIM, ele simplifica), Joesley segue repetindo, sem ficar ruborizado, que teve como comparsa um único e escasso oficial graduado da tropa de larápios: Guido Mantega, codinome Pós-Itália.

Se cinismo fosse crime, nem a dupla Janot e Fachin conseguiria livrar da cadeia o açougueiro predileto do chefão da quadrilha. Ele mesmo, o governante que criou o Brasil Maravilha com dinheiro roubado do país real.


Augusto Nunes - Comentário domingo, 18 de junho de 2017

AUTOCRÍTICA É ISSO

Lula admite que a presença no STF de alguns ministros que indicou causa constrangimento até num Lula

“Precisamos discutir com a sociedade um novo critério para indicar ministros da Suprema Corte. É extremamente importante aperfeiçoar o sistema democrático para não parecer que presidente tem influência sobre um ministro e outro. Acho que não tem”.

Lula, sugerindo a criação de normas que impeçam outros presidentes de premiar gente como Ricardo Lewandowski com a toga de ministro do Supremo Tribunal
Federal.

 

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Augusto Nunes - Comentário quinta, 15 de junho de 2017

BONS COMPANHEIROS - LINDBERGH E LULA

Depois de ser derrotado na disputa pela presidência do PT, Lindbergh dá aulas de economia

“Lula diz sempre que é colocando dinheiro na mão do pobre que a economia cresce. E foi isso que Lula fez”.

Lindbergh Farias, senador do PT fluminense conhecido na Odebrecht pelos codinomes Lindinho, Feio e Primo, explicando que a economia cresceu durante o governo Lula porque o penta-réu da Lava Jato colocou dinheiro na mão dos empreiteiros pobres, dos banqueiros miseráveis e de Altos Companheiros que viviam na rua da amargura antes de aprenderem com o chefe como ganhar dinheiro exercendo o ofício de larápio.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 15 de junho de 2017

A AFRONTA BOÇAL SOFRIDA POR MIRIAM LEITÃO É OBRA DE LULA

O chefão da seita aproveita o sermão de missa negra para atiçar os pit bulls que só rosnam quando agrupados em matilhas

Devem ser debitadas no prontuário de Lula as violências sofridas neste 3 de junho pela jornalista Míriam Leitão, que voava de Brasília para o Rio a bordo de um avião infestado de fanáticos que haviam participado do congresso nacional do PT. Dois dias antes, durante o sermão da missa negra que encerrou a reunião, o único deus da seita atiçou as centenas de devotos com ataques ao Grupo Globo em geral e a Míriam em particular. A colunista e comentarista da empresa, segundo o cinco vezes réu da Lava Jato, sempre erra em desfavor da organização criminosa que, disfarçada de entidade política, por pouco não destruiu o país.

Ao toparem com a jornalista no aeroporto da capital, pit bulls que só esbanjam valentia quando agrupados em matilhas começaram a rosnar em coro. A sequência de afrontas ganhou dimensões mais repulsivas a bordo da aeronave da Avianca, cuja tripulação testemunhou passivamente o berreiro covarde sublinhado por gestos obscenos. Míriam suportou com altivez o constrangimento absurdo, relatado em sua coluna no Globo desta terça-feira, 13 de junho. Um trecho do artigo sugeriu a Lula que deixasse de citá-la nominalmente nas discurseiras que invariavelmente incluem incitações à selvageria.

A jornalista poderia ter incorporado à recomendação um fato relevante: neste 11 de junho, oito dias depois do espetáculo da boçalidade encenado acima das nuvens, o chefão recomeçou a ofensiva por terra na festa de posse de Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo rebaixado a presidente do diretório paulista do PT. “Por mais que determinados setores da imprensa tentem vender de manhã, à tarde e à noite que tá tudo maravilhoso, eu sinceramente não sei”, começa o torturador da verdade e do idioma no vídeo abaixo. “Eu se um dia… eu não posso nem falar de candidatura porque o Ministério Público já quer me processar por antecipação de campanha”.

E então a cabeça baldia recoloca na alça de mira a inimiga do Pai dos Pobres que virou Mãe dos Ricos: “Mas eu quero dizer que, se um dia, se Deus quiser e o povo brasileiro assim desejar e eu voltar, eu vou chamar a Míriam Leitão para ser minha ministra da Fazenda, porque eu nunca vi ninguém dar mais palpite errado do que essa mulher”, ironiza o homem fustigado por pesadelos em que aparecem celas, grades e placas com o nome da capital do Paraná. “Eu, sinceramente, não sei como é que a Globo mantém uma pessoa que não acerta uma. Quando a gente tava no governo, a crítica era pela desgraça, agora é tentando achar um jeito de vender alguma coisa que não existe. Então, me parece que eu preciso dar uma chance a essa moça”.

Caso se consumasse o convite, estaria configurada uma ofensa gravíssima à jornalista sem contas a acertar com a Justiça. Em seus dois mandatos presidenciais, o sitiante sem escritura teve apenas dois ministros da Fazenda. Ambos viraram casos de polícia. O primeiro foi Antonio Palocci, codinome Italiano, preso em Curitiba desde setembro passado. O segundo foi Guido Mantega, codinome Pós-Itália, ainda desfrutando da liberdade que perderá a qualquer momento. Como Lula.

 

 


Augusto Nunes - Comentário quarta, 14 de junho de 2017

PRONTO-SOCORRO GILMAR MENDES: SÓ PARA AMIGOS NA MIRA DA JUSTIÇA

Gilmar Mendes abraça Michel Temer durante cerimônia no TSE

Uma imensidão de brasileiros descobriu na semana passada que o Tribunal Superior Eleitoral é presidido por um ministro da defesa de réus soterrados pela avalanche de provas do crime. Quem acompanha a trajetória de Gilmar Mendes sabe disso pelo menos desde 2008, quando esse mato-grossense de Diamantino assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal — e passou a mostrar que o professor de Direito Constitucional era a fachada que camuflava um doutor em absolvição de culpados.

Em 27 de agosto de 2009, por exemplo, Gilmar conseguiu arquivar “por falta de provas” a denúncia que identificava Antonio Palocci como o mentor da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que testemunhara as frequentes aparições do ainda ministro da Fazenda na suspeitíssima “República de Ribeirão Preto”. Para inventar o estupro encomendado sem mandante, valeu-se do duplo papel de presidente da corte e relator do caso.

O relator negou-se a enxergar a catarata de evidências. O presidente foi o primeiro a votar pelo sepultamento da bandalheira. A mentira venceu por 5 a 4 porque Gilmar, como reafirma o vídeo abaixo, não viu nada de mais. Talvez aceitasse a denúncia se Palocci fosse pessoalmente à agência da CEF, obrigasse o gerente a mostrar-lhe a conta e convocasse uma entrevista coletiva para confessar o que fizera. Como não agiu assim, sobrou para o caseiro.

Por ter contado a verdade, Francenildo perdeu o emprego, o sossego, a mulher e a chance de conseguir trabalho fixo em Brasília. O culpado ficou dois meses deprimido com a perda do emprego, elegeu-se deputado federal, coordenou a campanha de Dilma Rousseff, virou chefe da Casa Civil, teve de cair fora do primeiro escalão por ter enriquecido como facilitador de negociatas disfarçado de “consultor”, voltou ao palco para ajudar a candidata à reeleição e acabou no pântano drenado pela Lava Jato.

Preso em Curitiba desde 26 de setembro de 2016, Palocci tentou recentemente escapar pela trilha que começa na Segunda Turma do STF. O malogro da tentativa de ser resgatado da cela pela trinca formada por Gilmar, Lewandowski e Toffoli convenceu o ex-ministro a buscar um acordo com o Ministério Público Federal. No momento, o Italiano da Odebrecht ensaia a delação premiada que assombra as madrugadas de Lula. Promete fazer revelações que comprometem banqueiros e empresários. Tomara que não se esqueça do Poder Judiciário.

 

 

Em dezembro de 2009, enquanto Palocci saboreava o regresso à Câmara dos Deputados, Gilmar valeu-se de um habeas corpus para devolver à liberdade o médico Roger Abdelmassih, engaiolado desde agosto pela autoria de pelo menos 56 crimes sexuais contra 37 pacientes e condenado a 278 anos de prisão. Convencido de que o popstar da inseminação artificial já não ameaçava ninguém por ter sido proibido de exercer a profissão, decidiu que quatro meses de confinamento estavam de bom tamanho.

Em 2011, a polícia comunicou à Justiça que Abdelmassih havia regularizado o passaporte e pediu autorização ao STF para prendê-lo antes que fugisse. De novo, Gilmar garantiu-lhe o direito de ir e vir, que usou em 2011 para ir embora do Brasil e não voltar. Foi recapturado três anos mais tarde, quando saboreava a vida mansa no Paraguai. Hoje é um dos hóspedes do presídio de Tremembé.

Nos anos seguintes, a agenda sempre sobrecarregada de Gilmar Mendes não deixou de abrir espaço para atendimentos de emergência a amigos do Estado natal, sobretudo aos que reconhecem e festejam a influência do ministro. Em 10 de maio de 2013, ao receber a medalha da Ordem do Mérito de Mato Grosso, o homenageado incluiu nesse grupo de elite o governador Silval Barbosa: “Somos amigos há muito anos, sempre tivemos conversas proveitosas”, diz Gilmar no vídeo abaixo. Uma dessas conversas proveitosas ocorreria um ano mais tarde, quando a residência de Silval foi alvo de um mandado de busca e apreensão executado pela Polícia Federal.

 

 

Ao vasculharem a casa do político investigado no Supremo Tribunal Federal por corrupção, os agentes da PF encontraram uma pistola com registro vencido. Depois de pagar a fiança fixada em R$ 100 mil, Silval teve prontamente atendido o pedido de socorro a Gilmar, como atesta o áudio abaixo.

– Governador, que confusão é essa!!!??? – ouve-se a voz de Gilmar Mendes num tom que desenha um buquê de pontos de exclamação e interrogação.

– Barbaridade, ministro, isso é uma loucura! – ouve-se a voz de Silval Barbosa num tom de quem faz o possível para simular espanto.

– Que coisa! Tô sabendo isso agora! – Gilmar continua perplexo.

– É… é uma decisão aí do Toffoli – começa o cortejo de palavras desconexas, frases truncadas e explicações incoerentes, interrompido a cada meia dúzia de sílabas por vírgulas bêbadas e reticências que denunciam a ausência de álibis. Entre um e outro hum-hum rosnado por Gilmar, o governador menciona Blairo Maggi, uma delação premiada e denúncias envolvendo a campanha eleitoral de 2010 que nem sabe direito quais são. Precisa conferir o processo. – É uma loucura, viu? – recita com voz chorosa.

– Que loucura!, que loucura! – concorda Gilmar, antes de avisar que o socorro está a caminho. – Eu vou ver. Vou agora para o TSE conversar com o Toffoli.

O governador repete o falatório incongruente. O ministro do STF reitera a promessa de ajuda:

– Eu vou lá e, se for o caso, depois a gente conversa – combina Gilmar, que se despede com “um abraço de solidariedade”.

Silval pôde dormir em sossego enquanto desfrutou do foro privilegiado. Terminado o mandato, ficou exposto a instâncias do Judiciário fora do alcance do nada santo protetor de corruptos. Em 17 de setembro de 2015, depois de ficar foragido por dois dias para escapar da prisão preventiva decretada pela juíza Selma Arruda, Silval entregou-se à Justiça. Passados quase dois anos, continua engaiolado. Mas não parece figurar na agenda de preocupações do especialista na absolvição de culpados.

Gilmar, que vive prometendo marcar encontros com “as prisões alongadas ocorridas em Curitiba”, não deu as caras na cadeia que há quase dois anos aloja Silval. Feroz inimigo de delações premiadas, decerto não gostou de saber que o ex-governador negocia um acordo com a Justiça que o obrigará a contar tudo o que sabe. A amizade entre essas duas celebridades mato-grossenses pode estar perto do fim.

 

 

Como reiterou a entrevista publicada pela Folha nesta segunda-feira, Gilmar vê no espelho uma figura onipotente, onisciente e onipresente. Mas mesmo quem pode muito não pode tudo. Já não pode, por exemplo, livrar Aécio Neves da enrascada em que se meteu com a divulgação da conversa telefônica em que tentou conseguir R$ 2 milhões de Joesley Batista – e mostrou ao país que um ex-candidato à Presidência da República também sabe falar um subdialeto de encabular o mais desbocado brigão de cortiço.

Até então, o senador mineiro figurou na lista VIP dos clientes do ministro. Aos integrantes desse grupo é permitido até pedir que um ministro do Supremo interfira em votações no Senado, como atesta a gravação abaixo reproduzida, que registra o diálogo entre entre Gilmar e Aécio ocorrido em 26 de abril deste ano. Ou pode, como fez Michel Temer, pedir ao presidente do TSE que o absolva por excesso de provas. Foi a maior vitória do Juiz dos Juízes. Talvez tenha sido a última.

 

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 12 de junho de 2017

A GARGALHADA DO COVEIRO DE PROVAS VIVAS

A gargalhada do coveiro de provas vivas

Gilmar Mendes faria um favor a si mesmo e, sobretudo, ao país se tratasse de marcar encontros com princípios abandonados em algum lugar do passado

“Recuso o papel de coveiro de prova viva”, resumiu o ministro Herman Benjamin no fecho da monumento à verdade que ergueu em meio às ruínas da Justiça. “Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”, completou o relator do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral.

Com o apoio de dois ministros do Supremo Tribunal Federal, indiferente a provocações, apartes impertinentes, risos debochados e sussurros cafajestes, Benjamin acabara de devassar com comovente altivez a catacumba repleta de canalhices protagonizadas pela dupla que fez o diabo para ganhar a eleição de 2014.

Alheio à surdez obscena do trio de súditos afinado com o solista no comando, o relator entendeu que precisava mostrar a milhões de brasileiros o que seria enterrado nesta sexta-feira. E deixar claro que ainda há juízes mesmo em tribunais infestados de espertalhões e sabujos trajando togas puídas nos fundilhos.

O que falta é mais gente decidida a avisar nas ruas, aos berros, que o Brasil decente não se deixará intimidar pelos poderosos patifes que teimam em obstruir os caminhos da Lava Jato. Refiro-me à verdadeira Lava Jato, representada por Sérgio Moro, não à caricatura parida em Brasília por Rodrigo Janot.

A gargalhada de Gilmar Mendes na primeira página da Folha deste sábado comunica que o nada santo padroeiro de amigos em apuros continuará tentando marcar encontros com o que chama de “prisões alongadas ocorridas em Curitiba”. Faria um favor a si mesmo e, sobretudo, ao país se marcasse encontros com princípios e valores abandonados em algum lugar do passado. Quase todos podem ser localizados no histórico voto de Herman Benjamin.

Não será difícil ao atarefado Gilmar Mendes achar tempo para a tentativa de reencontrar a Lei, a Verdade e a Justiça. Basta suspender por algumas semanas encontros com bandidos de estimação e com agentes funerários especializados no sepultamento de provas do crime.

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 09 de junho de 2017

PROFETA ENGAIOLADO

Eduardo Cunha previu em 2012 que acabaria tomando sol em companhia com Henrique Alves no mesmo pátio de cadeia

“E ainda vou ter de aturar o lider (sic) Henrique Alves me enchendo a paciencia (sic)”.

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e exterminador de acentos, preso em Curitiba, profetizando em junho de 2012, na mensagem pelo Twitter, que algum dia dividiria a mesma cadeia com seu antecessor Henrique Eduardo Alves, engaiolado no início da semana em Brasília.


Augusto Nunes - Comentário quarta, 07 de junho de 2017

DILMA E TEMER SÓ SERÃO SALVOS PELA MORTE DA JUSTIÇA ELEITORAL

A chapa vitoriosa em 2014 só escapará do castigo se a maioria dos ministros do TSE mandar às favas à lei e submeter a Justiça aos interesses dos réus.

 

 

Os brasileiros saberão nesta semana se o Tribunal Superior Eleitoral ouve exclusivamente o que diz a lei ou também ouve os sussurros de quem acha que a Justiça deve subordinar-se ao quadro político e econômico que aflige o Brasil. A resposta será dada pelos sete ministros que, a partir desta terça-feira, escreverão o epílogo do julgamento da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014, acusada de abuso de poder político e econômico na campanha presidencial.

Essa dupla não teria quaisquer chances de salvação se os julgadores se ativessem apenas a critérios jurídicos – e, na hora de votar, não fechassem os olhos à montanha de provas que incriminam a dobradinha que fez o diabo para ganhar a eleição. Os fatos berram que os dois parceiros foram financiados por dinheiro sujo. Ambos sempre souberam de onde vinha a enxurrada de doações multimilionárias, ambos sempre desfrutaram sem remorso das relações promíscuas entre larápios com foro privilegiado, figurões do Executivo e bandidos de estimação premiados com o segredo do cofre do BNDES. .

Dilma já é carta fora do baralho: caso preserve os direitos políticos e se atreva a disputar uma vaga no Senado, será aposentada com humilhação, e definitivamente, pelas urnas de 2018. O protagonista da novela em curso no TSE é Temer. Se o julgamento não for interrompido por outro pedido de vista, formulado por algum cúmplice desprovido do sentimento da vergonha, Temer só escapará do castigo se a maioria dos ministros mandar às favas à legislação eleitoral e agarrar-se à falácia segundo a qual o mundo político e a política econômica não sobreviverão a mais uma troca de guarda no Planalto.

Nessa hipótese, o Tribunal Superior Eleitoral se transformará em mais uma corte reduzida a puxadinho dos podres poderes, habitado por juízes sem juízo e, por isso mesmo, prontos para submeter-se aos interesses de empresários com medo de falência ou pais da pátria com medo de cadeia. Nem por isso a esperança estará revogada. Os que sonham com a rendição do Brasil decente primeiro precisam conseguir a capitulação da República de Curitiba. É tarde demais para paralisar a Lava Jato personificada não por Rodrigo Janot, mas por Sérgio Moro.

 

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Augusto Nunes - Comentário quarta, 07 de junho de 2017

AMNÉSIA VIGARISTA

Lula não consegue lembrar nem o nome dos velhos amigos engaiolados pela Lava Jato

“Eu não era um desconhecido do Lula, como ele afirmou que não tinha relação comigo. Eu vivia no Palácio do Planalto, e participava de pelo menos duas reuniões por mês do Conselho Político, com todos os presidentes dos partidos”.

Pedro Corrêa, ex-deputado federal pelo PP de Pernambuco, condenado no julgamento do Mensalão e preso desde 2015 pela Lava Jato, ao mostrar durante o depoimento a Sérgio Moro fotos ao lado do ex-presidente cuja memória diminui sempre que o prontuário aumenta mais um pouco com a descoberta de outra bandalheira.

Lula, José Dirceu e Pedro Corrêa


Augusto Nunes - Comentário terça, 06 de junho de 2017

FUNDO DO POÇO

O PT conseguiu ficar pior no retrato depois de instalar na presidência a versão paranaense de Dilma Rousseff

“Não vejo como tentar desconstruir mais a imagem do partido como já foi feito”.

Gleisi Hoffmann, senadora do PT do Paraná, confirmando que não há como piorar a imagem de um partido que não vê nada de mais em instalar no cargo de presidente uma Gleisi Hoffmann.

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 05 de junho de 2017

O AMIGO E SEUS AMIGOS

Lula confirma que merece o codinome que ganhou do departamento de propinas da Odebrecht

“Sei quem são meus amigos de sempre e quem são meus amigos eventuais”.

Lula, numa discurseira durante o congresso do PT, revelando que só um Amigo com letra maiúscula, como é grafado seu codinome nos registros de maracutaias da Odebrecht, sabe enxergar diferenças entre comparsas que não abrem o bico sobre o que ele fez, como José Dirceu, e cúmplices que fecham acordos de delação premiada e encurtam a distância que separa São Bernardo de Curitiba.

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 05 de junho de 2017

AMANTE & LINDINHO

Para instalar Gleisi na presidência do PT, Lula debocha da candidatura de Lindberg

“Esse menino não tem futuro”.

Lula, sobre Lindberg Farias, que tentou disputar a presidência do PT contra a preferida do chefão, Gleisi Hoffmann, garantindo que o prontuário do senador registrado no departamento de propinas da Odebrecht como Feio, Lindinho e Primo parece coisa de delinquente aprendiz quando comparado à folha corrida da senadora eternizada nos arquivos da empreiteira com os codinomes Amante e Coxa.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 03 de junho de 2017

JOÃO CARLOS SANTANA RASGA A FANTASIA DE ESTADISTAS DE GALINHEIRO

Santana rasga a fantasia dos estadistas de galinheiro

Nem Santana consegue entender por que tanta gente acreditou por tanto tempo nas fantasias que inventou para tapear o eleitorado

Em novembro de 2010, numa entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, o marqueteiro João Santana, deslumbrado com a vitória da dupla formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, garantiu que a seita lulopetista havia chegado ao reino dos céus pela rota do Planalto. Acabara de eleger uma mulher que tinha tudo para ocupar no imaginário brasileiro o trono à espera de uma rainha. E no banco de reservas, além do príncipe consorte Michel Temer, sentava-se ninguém menos que Lula, o Pelé da política.

Neste outono, nos depoimentos à Lava Jato, o delator premiado demonstrou que até Maria I, a Louca, era muito mais confiável e mentalmente equilibrada que a monarca provida de um neurônio só, transferiu o Pelé de araque para o banco dos réus e provou que Michel Temer fez bonito enquanto esteve alojado na corte infestada de vigaristas. O que nem Santana consegue entender é por que tanta gente acreditou por tanto tempo nas fantasias que criou para apresentar como salvadores da pátria três estadistas de galinheiro.

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 02 de junho de 2017

SÓ HA VILÕES NO FAROESTE A CAMINHO DO FINAL INFELIZMENTE INFELIZ

Temer insiste em prorrogar o prazo de validade de um governo que acabou

Na próxima semana, o Tribunal Superior Eleitoral começará a encenar o desfecho da ação movida pelo PSDB contra a chapa formada em 2014 por Dilma Rousseff e Michel Temer -um faroeste à brasileira escrito, produzido, dirigido e protagonizado exclusivamente por vilões. Não há mocinhos nesse filme que começou logo depois da última eleição presidencial, quando o senador Aécio Neves teve a ideia de pedir a cassação da dobradinha vitoriosa, e se aproxima do final felizmente infeliz. Todos os protagonistas sairão perdendo. O país que presta será o vencedor.

Aécio recorreu à Justiça não por sentir-se vítima de práticas ilegais, nem por acreditar que o resultado fora fraudado: como revelou na conversa gravada por Joesley Batista, queria apenas encher o saco daquela gente que não parava de sacaneá-lo. A molecagem que deu no que deu. Neste começo de junho, Aécio está com o mandato de senador suspenso, corre o risco de ser alojado na gaiola e condenou-se à morte política. Descansará num jazigo semelhante ao que abriga Dilma Rousseff, despejada do Planalto pelo impeachment.

Os adversários que duelaram há dois anos e meio logo terão a companhia de Michel Temer. Antes das delações da Odebrecht e da JBS, o presidente hoje agonizante argumentava que não fazia sentido ser castigado pelo que fizera a parceira de chapa. Depois dos espantos deste outono inverossímil, está claro que o prontuário do vice só não superou em quantidade e qualidade a notável folha corrida de Dilma e a imbatível capivara de Lula. Este sim fez o diabo para desfrutar do poder durante 13 anos, cinco dos quais fazendo de conta que o país era governado pelo poste que fabricou.

Temer teima em prorrogar o prazo de validade de um governo que acabou. Todos os brasileiros sabem que trava uma batalha perdida – com exceção dos bebês de colo, das tribos isoladas na selva amazônica, dos doidos de hospício, da família Temer e, claro, do ministro Gilmar Mendes. O Brasil nunca foi para amadores. Começa a tornar-se indecifrável para profissionais.


Augusto Nunes - Comentário sexta, 02 de junho de 2017

JÁ GANHOU

Lula faz de conta que não é candidato a chefe de ala de cadeia

“Prefiro perder dez eleições diretas do que ganhar uma indireta”.

Lula, durante a discurseira para advogados e juristas num hotel em São Paulo, fingindo ignorar que os companheiros engaiolados em Curitiba já se mobilizam para elegê-lo chefe de ala da cadeia que abriga os hóspedes da Lava Jato.


Augusto Nunes - Comentário quarta, 31 de maio de 2017

A PRAIA DE LULA FICA A 5 MINUTOS DO TRÍPLEX NO GUARUJÁ

Lula frequentou o Forte dos Andradas durante e depois de deixar a Presidência. Em 2011, passou 12 dias no local ao lado da família

 

Lula e Léo Pinheiro conversam na beira da piscina do sítio em Atibaia 

A fotografia que mostra Lula e Léo Pinheiro conversando na beira da piscina do sítio em Atibaia é mais uma prova de que o ex-presidente trata a verdade a socos e pontapés – tanto diante de plateias amestradas quanto durante interrogatórios em tribunais. No depoimento a Sérgio Moro, ele admitiu que teve encontros com o chefão da OAS, mas só em São Bernardo e no Instituto Lula. Foi desmoralizado pela imagem armazenada no computador de Paulo Gordilho, ex-diretor da empreiteira, que Lula também jura não conhecer.

Nenhuma surpresa. Sem ficar ruborizado, o torturador de fatos incômodos continua garantindo que não é o dono do sítio visitado por integrantes de seu esquema de segurança, entre 2012 e 2016, nada menos que 111 vezes. Bom de bico e ruim de álibi, não conseguiu explicar até agora nem as viagens a Atibaia nem os motivos que levaram a Odebrecht e a OAS a investirem uma bolada e tanto na reforma de uma propriedade rural que, segundo a papelada suspeitíssima providenciada pelo amigo Roberto Teixeira, pertence a um amigo de um filho do verdadeiro proprietário.

“Não é assunto para discutir agora”, desconversou o depoente em Curitiba. Ele também gostaria de deixar para depois o caso do triplex no Guarujá – outra maracutaia que até um detetive estagiário saberia desvendar em poucas horas. “Era muito pequeno para uma família de cinco filhos e oito netos”, repetiu na conversa fiada que Moro ouviu pacientemente, durante a qual tirou da manga a carta que lhe parecia decisiva: “Percebi que aquele apartamento era praticamente inutilizável por mim, pelo fato de eu ser uma figura pública e só poderia ir naquela praia numa segunda-feira ou numa quarta-feira de cinzas”.

O argumento faria sentido se Lula tivesse imaginado algum dia frequentar a praia em frente do triplex. Ele pretendia continuar desfrutando das areias do Forte dos Andradas, uma propriedade do Exército situada a menos de 5 minutos de carro do Edifício Solaris. Lula virou freguês do lugar quando estava no Planalto, e continuou aparecendo por lá depois de deixar a Presidência. Em 2011, por exemplo, a convite do então ministro da Defesa, Nelson Jobim, ele, Marisa Letícia, filhos, noras e netos passaram mais de 12 dias no local, com todas as despesas pagas pelo dinheiro dos impostos. Uma reportagem do jornal O Globo revelou que o forte fora reformado para aumentar o nível de conforto do visitante em sua terceira temporada no lugar.

A curta distância entre o triplex e a praia preferida de Lula é mais uma coincidência? Confrontado com a pergunta, o réu que de tudo sabe dirá novamente que nunca soube de nada.


Augusto Nunes - Comentário terça, 30 de maio de 2017

DETETIVE RURAL


O antigo exterminador de bagres transformou-se em protetor de marrecos

“Que bicho comeu os marrecos?”.

Lula, em outubro de 2014, revelando que, depois de defender o extermínio dos bagres do Rio Madeira, converteu-se num ambientalista tão fervoroso que até tentou identificar o assassino dos marrecos – que não eram dele – do sítio de Atibaia – que nunca lhe pertenceu.

 


Augusto Nunes - Comentário terça, 30 de maio de 2017

ESSA É BOA!


Advogado de Lula ensaia mais um capítulo da defesa indefensável

“Sem provas para sustentar a acusação relativa ao tríplex contra Lula, os acusadores investem na oferta de prêmios para réus confessos tentarem produzir factoides (…) Os papéis só provam o desespero dos acusadores, que agora querem transformar uma fotografia com Lula e uma suposta passagem de avião em prova de propriedade imobiliária e de recebimento de vantagens indevidas”.

Cristiano Zanin Martins, advogado de defesa de Lula, expondo a tese segundo a qual uma foto em que duas pessoas aparecem rindo e se olhando amigavelmente é a maior prova de que elas não se conheciam.


Augusto Nunes - Comentário domingo, 28 de maio de 2017

O GOLPE DO NEURÔNIO DE JOSE EDUARDO CARDOZO

O amigo mais velho de Justin Bieber resolveu arriscar-se no ofício de comediante

“Urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade institucional”.

José Eduardo Cardozo, na ação impetrada no Supremo Tribunal Federal para revogar o impeachment de Dilma Rousseff, provando mais uma vez que, quando o Brasil está em má situação, sempre aparece alguém com uma ideia capaz de tornar tudo muito pior.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 27 de maio de 2017

O FAROESTE CABOCLO DOS IRMÃOS BATISTA

Nesta quarta-feira, o site BHAZ publicou um vídeo em que a história de Joesley e Wesley Batista é contada com uma paródia da música Faroeste Caboclo, da Legião Urbana. Vale a pena assistir para entender um pouco mais a trajetória dos donos da JBS:

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 26 de maio de 2017

A CAMINHO DO HEXA, LULA QUER ENSINAR A COMBATER A CORRUPÇÃO

Em pouco mais de 13 anos de governo, foram 26 ministros envolvidos em escândalos de corrupção

Lula assinou as medidas provisórias 471/2009 e 512/2010, que estão sob suspeita de terem sido compradas por esquema de corrupção

Denunciado pela força-tarefa da Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, desta vez cometidos durante as obras no sítio em Atibaia que lhe pertence, mas não é dele, Lula tem tudo para virar réu pela sexta vez. Consumada a façanha do ainda penta, ele vai alcançar o status de hexa com que a Seleção Brasileira de Futebol continua sonhando. Em homenagem à proeza, a coluna recorda algumas façanhas que enfeitam a trajetória campeã:

Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, compraram quase 2 mil políticos e dezenas de partidos durante os governos do PT – graças aos bilhões de reais que ganharam do BNDES por determinação de Lula e Dilma Rousseff.

O Mensalão aconteceu no governo Lula.

O Petrolão aconteceu no governo Dilma.

A corrupção foi institucionalizada durante os governos do PT.

José Dirceu, Antonio Palocci, Guido Mantega, João Santana, Gleisi Hoffmann, Fernando Pimentel e outras celebridades do submundo do crime são coisa do PT.

Michel Temer é coisa do PT.

Em pouco mais de 13 anos no poder, o governo lulopetista teve três ministros da Fazenda. Joaquim Levy caiu fora depois de 11 meses. Antonio Palocci permanece preso em Curitiba. Guido Mantega, graças ao desempenho relatado nos depoimentos colhidos nas delações premiadas da Odebrecht e, agora, nas da JBS, pode em breve fazer companhia ao antecessor. Os sete chefes da Casa Civil estão submersos em bandalheiras. Tudo somado, já são 26 os ex-ministros envolvidos em escândalos de corrupção.

Deve ser por isso que, neste 20 de maio, durante a cerimônia de posse dos novos integrantes do diretório municipal de São Bernardo do Campo, Lula disse que “o PT pode ensinar a combater a corrupção” (assista ao vídeo abaixo). Sem dúvida. Pelo menos de corrupção ele entende como ninguém. Lula poderia começar a aula inaugural dando voz de prisão a ele mesmo.

 

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 25 de maio de 2017

EXÉRCITO DE BADERNEIROS BATEU EM RETIRADA

O remédio para a insolência das tropas liberticidas formadas por arruaceiros profissionais é a aparição de tropas militares.

Manifestante depreda o Ministério da Agricultura durante protesto que pede a saída do presidente Michel

O que houve nesta quarta-feira em Brasília nada tem a ver com manifestação política, coisa rotineira em países democráticos. Foi uma explosão de violência concebida para transformar a capital numa versão brasileira da Caracas embrutecida e desfigurada por Hugo Chávez e seus filhotes liberticidas. Foi uma celebração da insolência arquitetada pelo ajuntamento de bolivarianos que se expressam em português de cortiço.

No Congresso e na Esplanada dos Ministérios, viu-se em ação pelegos apavorados com o fim da vida mansa garantida involuntariamente por trabalhadores sindicalizados, parlamentares corruptos em pânico com a Lava Jato, vândalos sem cérebro movidos a mortadela e tubaína, vadios profissionais atraídos pelos pixulecos oferecidos a incendiários amadores e outras abjeções a serviço da seita que quase destruiu o país.

As afrontas ao Estado de Direito alcançaram dimensões tão desafiadoras que, tratada inicialmente como caso de polícia, a ofensiva selvagem virou um caso para as Forças Armadas, cujas funções constitucionais incluem a garantia da ordem pública. Tropas formadas por baderneiros aparentemente incuráveis têm cura: os ataques criminosos são interrompidos pela aparição de tropas militares.

Neste 24 de maio, o remédio produziu efeitos imediatos. Previsivelmente, os vigaristas disfarçados de guerreiros do povo brasileiro bateram em retirada, ou saíram em desabalada carreira, tão logo toparam com soldados de verdade. Países civilizados confiam às Forças Armadas a preservação da normalidade democrática. Assim deve ser num Brasil resolvido a enterrar a era da canalhice.


Augusto Nunes - Comentário quinta, 25 de maio de 2017

O ASSASSINO DA VERDADE ESQUECEU DE COMBINAR A FOTO

O desmoralizante olho no olho com Renato Duque confirmou que o chefão do maior esquema corrupto da história é um assassino patológico da verdade

O ex-presidente Lula e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque em foto de 2012 

No depoimento a Sérgio Moro, Lula primeiro declarou que ignorava a existência de laços de amizade ligando os companheiros delinquentes João Vaccari e Renato Duque, transformados em vizinhos de cela pela Lava Jato. Minutos depois, devolvido ao assunto por uma pergunta do juiz, derrapou na contradição.

Ou por ter sido mal ensaiado pela tropa de bacharéis, ou porque é muita mentira para uma memória só, explicou por que pedira ao gatuno que promoveu a tesoureiro do PT que agendasse um encontro com o larápio que instalou numa diretoria da Petrobras: “O Vaccari tinha mais relação de amizade com ele do que eu, que não tinha nenhuma”.

Nesta terça-feira, a divulgação pelo site de VEJA da foto em que aparece ao lado de Duque, num desmoralizante olho no olho, confirmou que o chefão do maior esquema corrupto da história é também um assassino patológico da verdade. Candidato a presidente da República, merece ser eleito presidente do sistema penitenciário – pelo voto direto dos companheiros de gaiola.


Augusto Nunes - Comentário quinta, 25 de maio de 2017

SURTO DE INSOLÊNCIA BELIGERANTE EM BRASÍLIA


Augusto Nunes - Comentário quinta, 25 de maio de 2017

MERECE SER PRESIDENTE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO


 

 

 
 

Augusto Nunes - Comentário quarta, 24 de maio de 2017

POBRE BRASIL!

Lula reafirma que tem plena confiança na Justiça brasileira

“Minha definição vai depender do partido, de uma aliança, da Justiça, da minha saúde, do PT. Mas, se eu puder contribuir para recolocar o Brasil na rota do crescimento, recuperar o orgulho nacional, recuperar a autoestima deste povo, podem ter certeza que não morrerei logo e estarei na trincheira”.

Lula, argumentando que, num país em que Joesley e Wesley Batista estão neste momento fazendo compras na 5ª Avenida, em Nova York, alguém prestes a se tornar réu pela 6ª vez pode muito bem concorrer ao cargo de presidente da República.

 

 

Augusto Nunes - Comentário terça, 23 de maio de 2017

AÉCIO JURA QUE NÃO É BANDIDO

Aécio Neves jura que não é bandido

“Lamento sinceramente minha ingenuidade – a que ponto chegamos, ter de lamentar a boa-fé! Não sabia que na minha frente estava um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação. Além do mais, usei um vocabulário que não costumo usar, e me penitencio por isso”.

Aécio Neves, em sua última coluna na Folha, na qual comentou as gravações feitas por Joesley Batista, explicando que, se soubesse que estava em frente a um criminoso, não teria agido como um.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 20 de maio de 2017

NEURÔNIO SELETIVO

Dilma Rousseff avisa que todos os políticos do PT são inocentes

“Dilma Rousseff rejeita delações sem provas ou indícios. A verdade virá à tona”.

Dilma Rousseff, disfarçada de assessoria de imprensa, ao comentar as acusações de Joesley Batista de que teria recebido US$ 150 milhões em propinas pagas em contas no exterior, avisando que só aceita delações envolvendo partidos e políticos da oposição.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 20 de maio de 2017

ESSA É BOA


Advogado de Lula insinua que Lula só conhecia Joesley e Wesley Batista de nome

“A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premiadas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência – ainda que frivolamente – ao nome do ex-Presidente”.

Cristiano Zanin Martins, advogado de defesa de Lula, na nota em que isentou seu cliente da acusação de que ele e Dilma Rousseff teriam recebido pelo menos US$ 150 milhões em propinas da JBS, revelando que os irmãos Joesley e Wesley, que ficaram bilionários graças aos governos petistas, só começaram a comprar partidos e políticos nos últimos 12 meses.


Augusto Nunes - Comentário terça, 16 de maio de 2017

AS PATRANHAS DE LUA

Editorial do Estadão: As patranhas de Lula

Para Lula, o PT e a esquerda sem votos, só importa que a crise política, econômica, social e moral se agrave porque, para eles, quanto pior, melhor

A reforma da Previdência, sozinha, não resolve o problema do grave desequilíbrio fiscal que compromete a retomada do desenvolvimento, mas será responsável por parte substancial da solução, razão pela qual tem grande importância prática e simbólica. É por essa razão que a reforma é considerada prioritária pelo governo e, por outro lado, se tornou alvo preferencial das mentiras da oposição. Para o lulopetismo e aliados, mais do que “impedir que um governo ilegítimo acabe com a aposentadoria dos trabalhadores”, é importante impor-lhe, a qualquer custo, uma derrota política, com o duplo objetivo de se vingar do impeachment de Dilma Rousseff e abrir espaço para o discurso “progressista” voltar ao poder. Em outras palavras, para Lula, o PT e a esquerda sem votos, só importa que a crise política, econômica, social e moral se agrave porque, para eles, quanto pior, melhor.

Bom era nos tempos de Lula. É a ideia que pretende vender a propaganda do PT veiculada há dias na TV. A peça conta mentiras como a de que no governo Lula “sobrava dinheiro na Previdência” e que agora “o trabalhador terá que contribuir 49 anos para receber 100% da aposentadoria”, escamoteando o fato de que o governo já concordou em baixar o tempo de contribuição para 40 anos. Em seguida, o réu em cinco processos da Lava Jato dá uma lição de populismo: “Nós fizemos um país em que cabia todo mundo. Eles deram um golpe para fazer um país em que só eles cabem. Nesse governo ilegítimo, o estudante não cabe na faculdade. O trabalhador não cabe na folha de pagamento. E o aposentado não cabe nas contas da Previdência”.

Não é verdade que no governo do PT “cabia todo mundo”. Lula dividiu o País entre “nós” e “eles”. Entre estes últimos estavam “as elites”, com a óbvia exceção dos grandes empresários-amigos, principalmente empreiteiros e donos de grandes conglomerados industriais e financeiros. Nunca certos negócios faturaram tanto no Brasil como nos governos do PT. “Eles”, portanto, são só os que não apoiaram ou fizeram negócios com Lula e a tigrada.

Exatamente porque não é de hoje que “o aposentado não cabe nas contas da Previdência” que Lula e Dilma tentaram promover reformas para corrigir essa anomalia. Na última tentativa frustrada para aprovar seu projeto de reforma, a então presidente Dilma declarou a jornalistas, em janeiro do ano passado: “Vamos ter que encarar a reforma da Previdência. Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos”. Por sua vez, Lula, que já conhecia a dificuldade de aprovar qualquer alteração no sistema previdenciário, declarou na mesma ocasião, em defesa de sua pupila: “A Previdência, de vez em quando, deve ser reformada. Quando a lei foi criada, se morria com 50 anos. Hoje, a expectativa de vida é de 75 anos”.

Em oito anos na Presidência, Fernando Henrique Cardoso só conseguiu aprovar parcialmente a reforma que propôs. O Congresso concordou apenas com pequenas alterações relativas ao sistema previdenciário privado, recusando em bloco a mexida no setor público. Esta última aconteceu, também apenas parcialmente, no início do governo Lula, em dezembro de 2003, e foi anunciada na ocasião como a “primeira grande vitória” do governo petista no Congresso. O monumental déficit que hoje condena a Previdência à insolvência iminente demonstra irrefutavelmente que desde a aprovação da Constituição, em 1988, nenhum governo conseguiu aprovar uma reforma digna do nome, capaz de garantir um sistema sólido de aposentadoria e pensões.

O tempo passa e a situação do sistema previdenciário se torna a cada dia mais precária. Essa reforma não pode, portanto, ser reduzida a uma questão político-partidária ou a interesses corporativos. É uma questão de Estado e por isso não se trata de apoiar ou não apoiar o governo, mas de garantir o interesse público.

Lula, porém, entende que o certo é sabotar a reforma agora, porque depois ele conserta tudo. Mas não foi por tudo saber e tudo poder que o demiurgo de Garanhuns deixou o País na triste situação em que se encontra?


Augusto Nunes - Comentário segunda, 15 de maio de 2017

LULA 2010 CONFESSOU O QUE LULA 2017 ESCONDE


Em 7 de outubro de 2010, empenhado no segundo turno da sucessão presidencial, Lula desembarcou em Angra dos Reis para batizar a plataforma P-56 da Petrobras. Caminhando de um lado para outro, o palanque ambulante revelou o que acabaria por transformá-lo, neste maio de 2017, num forte candidato à cadeia:

“Teve um tempo que a diretoria da Petrobras – não é no seu tempo não, Zé Sérgio – achava… achava que era o Brasil que pertencia à Petrobras, não era a Petrobras que pertencia ao Brasil. A ponto de ter presidente que falava: ‘A Petrobras é uma caixa preta, ninguém sabe o que acontece lá dentro’”.

Enquanto José Sérgio Gabrielli, então presidente da empresa, e Luiz Fernando Pezão, vice-governador do Rio, se juntaravam no sorriso abobalhado, o estadista de picadeiro derrapou na confissão:

“No nosso governo ela é uma caixa branca. E transparente. Nem tão assim…. Mas é transparente. A gente sabe o que acontece lá dentro e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer”.

 

 

Sete anos depois,, a caixa transparente ficou preta durante o depoimento a Sérgio Moro: “Um presidente da República, nos oito anos que eu fiquei na Presidência da República, a gente não tem reunião com a diretoria da Petrobras”, desconversou Lula.

Intrigado com a informação, Moro perguntou: “Senhor presidente, o senhor tendo nomeado, indicado, pelo menos dado a palavra final para a indicação ao conselho de administração da Petrobras de Paulo Roberto Costa, Renato Souza Duque, Nestor Cuñat Cerveró, Jorge Luiz Zelada, o senhor não tinha conhecimento de nenhum dos crimes por eles praticados enquanto diretores da Petrobras?”. Um surpreendentemente lacônico Lula limitou-se a uma resposta monossilábico: “Não”

“Ou desse esquema criminoso que alguns deles começaram?”, insistiu Moro. “Não. Nem eu, nem o senhor, nem o Ministério Público, nem a Petrobras, nem a imprensa, nem a Polícia Federal”, viajou o ex-presidente. “Todos nós só ficamos sabendo quando foi pego no grampo a conversa do Yousseff com o Paulo Roberto Costa”.

Em outro trecho do depoimento, o representante do Ministério Público voltou ao tema. Vale a pena reproduzir o diálogo:

MP: “Senhor ex-presidente, o senhor foi o responsável por indicar o senhor José Eduardo de Barros Dutra para a presidência da Petrobras?”

Lula: “Fui. Fui.”

MP: “Foi uma indicação pessoal do senhor?”

Lula: “Indicação do presidente da República não é pessoal. A indicação de uma instituição chamada Presidência da República”.

MP: “Perfeito. O senhor”.

Lula: “Que é ele e o governo”.

Perdido, o depoente enveredou pela trilha do penhasco:

“Lamentavelmente, quando as pessoas assumem uma empresa importante como a Petrobras, as pessoas viram petroleiros. Ou seja, as pessoas passam a tomar decisões dentro do conselho da Petrobras e não precisam ouvir o presidente da República”.

 

Como todas as mentiras que desfiou no depoimento que consolidou sua liderança no ranking mundial dos especialistas em perjúrio continuado, também essa tropeçou em uma das inúmeras discurseiras que circulam na internet. Lula o tempo todo prova que Lula mente. Confrontados os vídeos, fica provado que, como Lula-2010 confessou, Lula-2017 é apenas um caso de polícia implorando pela condenação.

 


Augusto Nunes - Comentário segunda, 15 de maio de 2017

CULPADA INOCENTE
CULPADA INOCENTE

Advogado de Lula informa que seu cliente mentiu no depoimento a Sérgio Moro

“D. Marisa Letícia jamais cometeu qualquer ilegalidade ao longo da vida e sempre mereceu o respeito de todos. Apesar disso, uma denúncia descabida da Força Tarefa, acolhida pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, imputou a ela fatos inexistentes, no caso do triplex do Guarujá. Todos os atos de D. Marisa foram absolutamente legais e nunca poderiam justificar nem a denúncia nem a ação penal contra ela”.

Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, informando em nota que, embora seu cliente tenha deixado claro no depoimento a Sérgio Moro que Marisa Letícia era a responsável pela aquisição e venda do apartamento no Guarujá, Marisa Letícia é totalmente inocente a qualquer coisa que esteja relacionada à aquisição e venda do apartamento no Guarujá.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 13 de maio de 2017

SANTO DE PAU OCO



Depois de preso, o ex-diretor da Petrobras que se encontrou com Lula num hangar em Congonhas confessou ter recebido 20 milhões de euros em propinas

“Chamei o Duque e perguntei se ele tinha conta no exterior, como denunciava a imprensa. Ele disse que não. Para mim, era o que interessava. Duque não mentiu para mim, mentiu para ele mesmo”.

Lula, no depoimento a Sérgio Moro, reproduzindo o diálogo que bastou para acreditar que Renato Duque era, depois dele, a alma viva mais pura do mundo.

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 12 de maio de 2017

LULA: BANDIDO QUE SE PREZA MORRE JURANDO INOCÊNCIA

 



Ao tentar esconder a ossada de um crime, Lula tirou do armário o cadáver de outro

Um trecho particularmente relevante do depoimento de Lula parece ter escapado aos redatores de manchete da imprensa brasileira: AO MENTIR SOBRE O PEQUENO APARTAMENTO DE TRÊS ANDARES NO GUARUJÁ, LULA CONFESSOU QUE É O DONO DO SÍTIO EM ATIBAIA.

Vamos à prova oral.

A derrapagem começa aos 13 minutos do vídeo sete do depoimento. Lula admite que Léo Pinheiro e Paulo Gordilho, dois bucaneiros da OAS, estiveram no seu apartamento em São Bernardo do Campo, mas nega que tenham conversado sobre o tríplex. “E o que eles discutiram com o senhor nessa oportunidade?”, quis saber o representante do Ministério Público. Resposta de Lula: “Eu acho que eles tinham ido discutir a questão da cozinha, que também não é assunto para discutir agora, lá de Atibaia”. Tarde demais. Ao tentar esconder a ossada de um crime, Lula tirou do armário o cadáver de outro.

Para resumir o que foi a maior sequência de mentiras desfiadas por um réu desde a criação do primeiro tribunal, recorro a três frases ditas pelo chefão do bando de corruptos do petrolão a Sérgio Moro: “Você acha que quando seu filho tira nota baixa na escola ele chega pulando de alegria para contar? Se puder, ele vai esconder até o senhor saber. Você acha que alguém que começou a roubar vai contar para alguém que ele está roubando?”

Alguém aí achava que Lula chegaria à sala de Sérgio Moro feliz e ansioso por revelar tudo que fez? Um criminoso que se preze morre jurando que é a alma viva mais pura do mundo. Mesmo que morra na cadeia.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 11 de maio de 2017

TRÊS FASES DE LULA


Augusto Nunes - Comentário sábado, 06 de maio de 2017

AMNÉSIA SELETIVA - RUI FALCÃO



Com tantos companheiros presos, Rui Falcão finge que não se lembra de todos

“Saudamos a decisão do Supremo Tribunal Federal de libertar José Dirceu e esperamos que a mesma decisão se estenda ao companheiro João Vaccari”.

Rui Falcão, presidente do PT, esquecendo-se de interceder também pelos antigos comparsas Sérgio Cabral, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci, que tanto contribuíram para os tempos de bonança do partido.

 

 


Augusto Nunes - Comentário sexta, 05 de maio de 2017

CASO PERDIDO - LEWANDOWSKI

Lewandowski jura que um reincidente incurável tem cura

“O risco de reiteração é remotíssimo. Não se pode impor ao paciente que aguarde preso indefinidamente eventual condenação no segundo grau de jurisdição”.

Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal, ao votar a favor da libertação de José Dirceu, argumentando que o subchefe do mensalão e um dos protagonistas do petrolão, que continuou a receber propina mesmo durante sua primeira temporada na cadeia, não corre o risco de reincidir no crime.

 



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Augusto Nunes - Comentário sexta, 05 de maio de 2017

PONTO DE VISTA - RUI FALCÃO

 

Rui Falcão finge ignorar a derrota

“Inquestionável (…) a liderança do Lula, distante de todos os eventuais adversários na futura eleição presidencial. Importante notar que o levantamento foi realizado, intencionalmente, após a nova enxurrada de acusações forjadas e delações induzidas contra o ex-presidente”.

Rui Falcão, presidente do PT, ao comentar a última pesquisa Datafolha num artigo publicado no site do partido, sem explicar se ficou mais impressionado com os 30% de intenção de voto em Lula ou com a assombrosa taxa de rejeição de 45% daqueles que afirmaram que jamais votariam no ex-presidente.

 

 

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Augusto Nunes - Comentário sexta, 05 de maio de 2017

DELICADEZA E ELEGÂNCIA - CIRO GOMES



Ciro Gomes ainda não sabe se tem problemas de temperamento

“Eu pego um viado cheio de areia no cu, que nem o João Doria, e encho de porrada”.

Ciro Gomes, durante um evento para alunos da USP, confirmando as suspeitas de que seu psiquiatra precisa urgentemente estreitar a periodicidade das sessões.

 


Augusto Nunes - Comentário sábado, 29 de abril de 2017

LULA FUGIU DO TRABALHO E DA PAULISTA

Lula fugiu do trabalho e da Paulista

Por falta de plateia na Paulista, o chefão esqueceu a greve e continuou pensando no encontro com Sérgio Moro

Uma greve geral que se dê ao respeito jamais se limita a um dia só. Trabalhadores de todas as categorias suspendem suas atividades por tempo indeterminado e, até que o confronto com governos ou patrões seja decidido, trocam o local do emprego por portentosas manifestações de rua. São assim as coisas nos países que removeram os tumores do primitivismo que ainda infestam estes trêfegos trópicos.

No Brasil da CUT e da Força, sindicato é meio de vida para laborfóbicos bons de bico. Como se viu nesta sexta-feira, a greve geral não é greve nem geral. Dura apenas um dia, de preferência grudado a algum feriadão, ao longo do qual esses cafetões da imunidade sindical só suam a camisa em falatórios que já eram velhos no século passado. A discurseira é despejada em reuniões tão produtivas quanto as do ministério de Dilma Rousseff ou protestos de rua com menos participantes que comício de candidato a vereador.

A turma que aderiu às arruaças na Paulista, por exemplo, era tão indigente que Lula, viciado em greve há quase 40 anos, nem deu as caras por lá. Como faz desde 1978, passou o dia sem trabalhar. Mas não teve tempo para evocar o palanqueiro que liderava os metalúrgicos de São Bernardo. Ele agora só pensa na conversa olho no olho que terá com o juiz Sérgio Moro.

 


Augusto Nunes - Comentário quinta, 27 de abril de 2017

INSÔNIA EPIDÊMICA - PALOCCI

Líder do PT na Câmara faz de conta que os devotos da seita não temem a delação de Palocci

“Não sabemos exatamente o que ele pretende, mas, com certeza, se ele falar sobre o que tem conhecimento, o Brasil vai sofrer um verdadeiro terremoto no meio empresarial”.

Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, fingindo é no “meio empresarial” e não entre a companheirada que grassa uma epidemia de insônia provocada pela suspeita de que Antonio Palocci logo estará contando tudo o que fez, viu, ouviu e sabe.


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