Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 13 de junho de 2022

DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO

DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO

HOMILIA - 13.06.22

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO

Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença,  nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.

Vida de Santo Antonio

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele  foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.

O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano

Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.

O Encontro de Santo Antonio com São Francisco de Assis

Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho, e os Franciscanos permitem. No meio do caminho, porém, Frei Antônio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é desviado e vai para a Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por trilhas e cainhos diferentes.

A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo, e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.

No capítulo geral da ordem dos franciscanos, ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.

Tinha uma força irresistível com as palavras, e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se as vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres Santo Antonio

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.

Falecimento

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.

Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.

Devoção a Santo Antonio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádua. 

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja.

Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal.

Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Oração  a Santo Antonio

Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para o próximo vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a  graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá  as mercês que pedimos.

Responsório de Santo Antônio.

Se milagres desejais

Recorrei a Santo Antônio

Vereis fugir o demônio

E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido

Rompe-se a dura prisão

E no auge do furacão

Cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão

Foge a peste, o erro a morte

O fraco torna-se forte

E torna-se o enfermo são.

Todos os males humanos

Se moderam e retiram

Digam-no aqueles que o viram

E digam-nos os paduanos.

Rogai por nós Santo Antônio, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 12 de junho de 2022

DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO

DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO

HOMILIA - 12.06.22

 

 

 

HISTORIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO

Dia de São Gaspar de Búfalo é celebrado em 12 de junho. No entanto, existem alguns calendários litúrgicos que celebram em 28 de dezembro, data da sua morte.

Conhecido como "o anjo da paz", esta data é uma homenagem ao trabalho eucarístico e apostólico de São Gaspar de Búfalo.

Este sacerdote é descrito como um "terremoto espiritual", um homem pacífico e muito caridoso, sendo estas as principais características que marcavam as suas pregações pela Itália.

Biografia

Gaspar de Búfalo nasceu em 6de junho de1786, em Roma, Itália, e desde cedo sentiu-se atraído para a vida religiosa. Os tempos, contudo, eram tumultuosos, com a Revolução Francesa e a posterior invasão de Napoleão Bonaparte aos Estados Pontifícios.

Naquele momento, os padres deveriam fazer um juramento de fidelidade ao imperador e quem não o fizesse seria preso e exilado. Quando chegou a hora de Gaspar de Búfulo, ele recusou com essas palavras: “Não devo, não posso, não quero”. A recusa lhe valeu a prisão e ele só voltaria a Roma em 1815, após a derrota de Bonaparte.

Na "Cidade Eterna" atuava como um pregador da palavra de Deus, e seu trabalho e modo como executava-o ajudou a diminuir o banditismo em Roma.

Também é de São Gaspar de Búfalo a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue de Jesus.

O sacerdote faleceu em 1837, sendo canonizado pelo Papa Pio XII, em 12 de junho 1954. Aliás, a celebração do Dia de São Gaspar de Búfalo é uma homenagem à data da sua canonização.

Oração a São Gaspar de Búfalo

Ó S. Gaspar, tu amaste a Igreja perseguida e, para seres fiel a Deus, aceitaste a prisão e o exílio. Pedimos-te que intercedas pela Igreja de hoje e ajuda-nos a saber pregar e viver o Evangelho todos os dias da nossa vida. Aumenta o nosso amor ao Sangue de Jesus Cristo para estarmos também dispostos a arriscarmos as nossas vidas.

Bendizemos e agradecemos ao Pai a tua obra, a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e o exemplo que nos deixaste. Alcança-nos de Deus ... (dizer a graça que se deseja receber) e fortalece a nossa união com Cristo e a Igreja para alcançarmos a salvação eterna. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 11 de junho de 2022

DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO

DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO

HOMILIA - 11.06.22

 

 

 

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO

Padroeiro de Chipre

Origens – primo de São Marcos

São Barnabé foi um dos primeiros cristãos a serem mencionados nominalmente no Novo Testamento, onde seu nome aparece 29 vezes. Sabe-se que seus pais eram judeus gregos de Chipre e que seu nome original era José. Era descendente da tribo de Levi e sobrinho de Maria, mãe de João Marcos, autor do segundo Evangelho (Colossenses 4, 10). Portanto, Barnabé era primo de São Marcos. Sabemos que Marcos era discípulo de Pedro. Esta proximidade com Apóstolos e Evangelistas certamente influenciou sua vida.

Um homem bom

O Evangelista Lucas menciona Barnabé como um “homem bom”. Ele possuía uma área de terras na ilha de Chipre. Porém, depois de sua adesão total a Jesus Cristo, vendeu tudo e entregou o dinheiro aos líderes da Igreja em Jerusalém. Por causa disso, os Apóstolos lhe deram um nome novo: Barnabé. São Lucas, em Atos 4, 36, dá o significado do nome: “Filho da Consolação ou Filho da Exortação”.

Amigo de Paulo e Apóstolo

Algumas fontes dizem que Barnabé e Paulo estudaram juntos em Chipre, na escola do grande Mestre Gamaliel. Quando Paulo voltou a Jerusalém após converter-se, foi Barnabé quem o apresentou aos Apóstolos (Atos 9, 27). Um detalhe do livro dos atos dos Apóstolos 14, 14 muitas vezes passa despercebido: Barnabé é citado antes de Paulo quando a dupla é mencionada. “Barnabé e Paulo”. Ambos são denominados Apóstolos. Esse detalhe mostra a importância de Barnabé no início do cristianismo. Além disso, Barnabé é mencionado entre os setenta e dois discípulos enviados pelo próprio Jesus a pregar pela Palestina.

Profeta e Mestre

São Barnabé é citado como um dos primeiros profetas e mestres atuando na Igreja de Antioquia (Atos 13, 1). Ele foi enviado para lá por ordem dos Apóstolos de Jerusalém, a fim de supervisionar, orientar e conduzir a comunidade cristã mais próspera da região. Porém, o trabalho era tanto, que ele foi buscar seu amigo Paulo, em Tarso, para que este o ajudasse. Os dois trabalharam juntos durante um ano e meio em Antioquia (At 11, 25-26). Depois disso, foram pra Jerusalém levando uma importante ajuda financeira dos cristãos de Antioquia para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11, 28-30)

Missionário com São Paulo na primeira viagem missionária

Depois disso, Barnabé e Paulo foram enviados em missão pela Ásia Menor. Estiveram anunciando o Evangelho em Chipre, Panfília, Licaônia e Pisídia (At 13, 14). Em Lídia, os dois passaram por uma experiência inusitada. Por causa do dom da palavra e dos milagres, começaram a ser considerados como dois deuses gregos Hermes (Paulo) e Zeus (Barnabé). Os dois tiveram muito trabalho para convencer a população que não eram “deuses”, mas simplesmente enviados em nome do Único e Verdadeiro Deus. (At 14, 12)

No Concílio de Jerusalém

Barnabé e Paulo estiveram presentes na reunião dos Apóstolos que ficou conhecida como Concílio de Jerusalém (Gálatas 2, 1 e Atos 15, 2). A decisão mais importante tomada neste Concílio, certamente por influência de Barnabé e Paulo, foi a de que os gentios, ou seja, os “não judeus”, conhecidos também como “pagãos”, poderiam abraçar a fé em Jesus Cristo e serem batizados. Assim, a fé em Cristo se espalhou pelo mundo fora do judaísmo. Foi um grandioso passo da Igreja nascente.

Separação de Paulo

Voltando a Antioquia, Paulo convidou Barnabé para empreenderem outra viagem missionária. Barnabé quis levar seu primo Marcos. Paulo, porém, não concordou. Por isso, Barnabé e Paulo se separaram e seguiram rotas geográficas diferentes. Barnabé e Marcos foram anunciar o Evangelho na ilha de Chipre, como vemos em Atos 15. Alguns estudiosos atribuem a São Barnabé a autoria da Carta aos Hebreus. Isso pode ser possível porque o conteúdo é de um bom conhecedor do judaísmo e profundo conhecedor do cristianismo. Este era o caso de São Barnabé.

Morte

Relatos indicam que São Barnabé tenha sido morto em Salamina, Chipre, por judeus. Estes não suportaram o grande sucesso que Barnabé alcançou entre os judeus, prenderam-no e depois apedrejaram-no. Marcos, seu primo evangelista, sepultou o corpo numa caverna. Séculos mais tarde, em 488, suas relíquias foram encontradas e um mosteiro foi construído em sua homenagem em Salamina. Por isso São Barnabé passou a ser venerado como Padroeiro de Chipre.

Oração a São Barnabé

Santo Apóstolo, Barnabé, que fostes eleito a levar o Evangelho a Antioquia e orientar os neófitos, tendo a cooperação de são Paulo e posteriormente de Marcos em Salamina e em tantos outros lugares, vós que fostes o primeiro bispo de Milão, que morrestes apedrejado por pagãos impiedosos, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca se desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho, pois elas vos apressaram vosso encontro com Deus: que as nossas nos levem à santidade também, aceitando-as nos sofrimentos, com brandura e paciência. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 10 de junho de 2022

DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS - 10 DE JUNHO

DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS -  10 DE JUNHO

HOMILIA - 10.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS

 

São Landerico foi um oficial da chancelaria real de Clovis II, filho de Dagobert. Ele foi eleito bispo na sede episcopal de Paris em meados do século VII, tornando-se o vigésimo oitavo Bispo de Paris.

Não ficou ocioso: entregou-se de coração e sem limites para incorporar a ternura de Deus em um mundo difícil e indiferente. Em seu episcopado, durante uma época de fome, vendeu até seus móveis e vasos sagrados para alimentar os famintos, deixando a memória de uma imensa caridade. 

Ele é, sem dúvida, o fundador do Hôtel-Dieu (Albergue de Deus), por volta de 650. De fato, ele dissocia o palácio episcopal e o Hôtel-Dieu, pois o bispado não podia mais acomodar e cuidar de acordo com a tradição, todos aqueles que chegavam lá pedindo ajuda. Ele então criou um edifício dedicado a acolher os doentes e os pobres.

Na ocasião era o único hospital da cidade. Como tal, o edifício atendia a região toda. Em seu início, o Hôtel-Dieu serviu tanto aos doentes como aos pobres, oferecendo comida e abrigo, bem como cuidados médicos. Seguiria essa tradição até o século 17, quando a elite da sociedade começou a criar instalações separadas para os pobres.

Faleceu por volta do ano 657.  "


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 09 de junho de 2022

DIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO
 

DIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO

HOMILIA - 09.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL

Apesar de ter nascido na Ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, na Espanha, a 19 de março de 1534, padre José de Anchieta ficou conhecido como o “Apóstolo do Brasil” por sua atuação no País. Chegou ao Brasil em julho de 1553, com outros seis jesuítas e, em menos de um ano, dominava o tupi com perfeição. Ao longo dos 43 anos em que viveu no Brasil, participou da fundação de escolas, cidades e igrejas.

Anchieta não só trabalhou como catequista, mas também tornou-se dramaturgo, poeta, gramático, linguista e historiador. Vale ressaltar que foi o autor da primeira gramática brasileira.

Em janeiro de 1554, participou da missa de inauguração do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje Pateo do Collegio, local que deu origem à cidade de São Paulo.

Entre as características marcantes da atuação de Anchieta estão a disseminação dos preceitos cristãos utilizando particularidades locais e, assim como os demais jesuítas, a oposição ferrenha aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os indígenas.

Em 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios rebelou-se contra a colonização portuguesa. Anchieta e Pe. Manuel da Nóbrega, chefe da primeira missão jesuíta no Brasil, viajaram à aldeia de Iperoig (atual cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo) visando conter a revolta. Anchieta ofereceu-se como refém, enquanto Manuel da Nóbrega partiu para negociar a paz. Durante o cativeiro, o jesuíta sofreu a tentação da quebra da castidade, uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos prisioneiros antes de sua morte. Anchieta fez, então, uma promessa a Nossa Senhora: dedicaria o mais belo poema em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro, que durou cinco meses. Com versos escritos na areia, ele deu vida ao Poema à Virgem.

Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. Três anos depois, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597.

A assinatura do decreto de canonização do Apóstolo do Brasil ocorreu 417 anos depois de sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo papa Francisco, em Roma. No relatório final dos postuladores sobre a vida do jesuíta, um documento de 488 páginas, há o registro de 5.350 histórias de pessoas que alcançaram graças rezando a José de Anchieta.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 08 de junho de 2022

DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO

DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO

HOMILIA - 08.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EFRÉM

Origens  

Efrém nasceu na cidade de Nisibi, situada na Turquia, no ano 306. Sua mãe era cristã e seu pai era um sacerdote pagão. Esta divergência familiar sintetiza o mundo em que Efrém viveu sua infância e juventude. Sua mãe era favorável à liberdade religiosa e educou o filho na fé cristã. Seu pai, porém, não aceitava a fé praticada por sua esposa e seu filho.

Tempo de cismas, conflitos e heresias

No tempo da infância e juventude de Efrém, sua região passava por grandes conflitos religiosos e a Igreja enfrentava heresias que poderiam abalar profundamente a unidade da fé. Em meio a tudo isso, Efrem apegou-se a uma profunda devoção a Nossa Senhora e conservou sua fé pura e cristalina em Jesus Cristo.

Intransigência do pai

O pai de Efrém nunca aceitou a fé cristã que sua esposa e seu filho professavam. Ele tentou, de todas as maneiras, convencer o filho deixar a fé cristã. A princípio, com argumentos, depois, através da força e da violência. Porém, não conseguiu. Por isso, expulsou Efrém de casa. Então, aos dezoito anos, Efrém se fez batizar e vivia do trabalho de suas mãos. Seu trabalho era num balneário que existia na região.

Diácono

Efrém cresceu na prática cristã em sua comunidade de fé e sentiu o chamado de Deus para se tornar diácono. E assim ele fez. Tornou-se diácono e colocou seus dons a serviço da comunidade cristã e dos mais necessitados. Em 338, a cidade de Nisibi sofreu uma grande invasão dos persas. Por isso, Efrém mudou-se para Edessa, que também fica na Turquia.

Professor cristão

Efrém vivia uma vida austera e ensinava a austeridade como forma de autodomínio. Em Edessa, ele assumiu a direção de uma escola que adotava a doutrina cristã e seus princípios. Além de dirigir, Efrém também lecionou e escreveu várias obras sobre os princípios cristãos de conduta. A obra de Efrém ficou praticamente isenta de da influência de teólogos de seu tempo porque ele não sabia a língua grega. Isso o deixou isolado das controvérsias sobre a Santíssima Trindade que invadiam a Igreja de seu tempo. Sua fé, expressa em seus escritos, guardou a pureza e a verdade.

Poeta e compositor cristão

Efrém tinha a veia poética e aplicava isso nos seus sermões. Por isso, multidões o procuravam em sua escola. Sua didática era simples, inspiradora e bela. Ela tocava os corações das pessoas mais simples e humildes. Além disso, Efrém, influenciado pelo famoso bispo Santo Ambrósio de Milão e ainda Diodoro de Antioquia, passou a compor cânticos cristãos na língua nativa de sua região. Seus cânticos passaram a ser usados pela comunidade cristã e espalharam rapidamente por toda a região. Efrém usava a arte e a emoção de suas belas melodias para levar as pessoas a Deus e elevar os corações.

Sucesso

Por causa de sua linguagem poética unidas a canções simples e emocionantes, Efr´wm recebeu o apelido de “Harpa do Espírito Santo”. Compôs mais de vinte canções que se tornaram hinos a Nossa Senhora. A partir da Síria, seus cânticos passaram a ser conhecidos e cantados por todo o Oriente Médio, tendo sido cuidadosamente traduzidos para a língua grega, para que toda a inspiração fosse conservada. Suas canções tocaram o coração de muitos e muitos fiéis ao longo de muitos séculos.

Morte

Santo Efrém faleceu em 9 de junho de 373, na cidade de Edessa, onde dedicou sua vida a Deus. Ele não foi ordenado padre. Sentiu que sua vocação era o diaconato, aquele que se coloca a serviço de todos. Assim, viveu sua vida. Após sua morte, Santo Efrém passou a ser venerado como santo e muitas graças foram atribuídas à sua intercessão. Ele é venerado hoje pelos católicos orientais e ocidentais. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XV em 1920. Na ocasião, o Papa outorgou a ele o título de Doutor da Igreja.

Oração composta por Santo Efrém

“Não me sepulteis com aromas suaves,  porque essa honra de nada me serve.  Nem useis incensos e perfumes,  porque essa honra não me traz benefícios.

Queimai incenso no lugar sagrado;  quanto a mim, acompanhai-me somente com vossas orações.

Oferecei vosso incenso a Deus;  e enviai hinos para o lugar onde eu estiver.  Em vez de perfumes e aromas, lembrai-vos de mim em vossas orações...

Foi decretado que eu não possa me demorar aqui por muito tempo.  Dai-me como provisão para a viagem  vossas orações, salmos e sacrifícios... Amém.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 07 de junho de 2022

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO

HOMILIA - 07.06.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI

Nascido no ano da Revolução Francesa, a 12 de abril de 1789, em Cereta, perto de Chiavari, itália, Antônio Maria Gianelli foi, a seu modo, revolucionário. Ingressou no seminário aos 19 anos e foi ordenado padre quatro anos depois. Professor de letras e de retórica, teve entre seus alunos jovens destinados a brilhar no firmamento cristão, como o venerável Frassinetti. Para recepcionar o novo bispo, dom Lambruschini, o professor Gianelli organizou em Gênova um recital intitulado A reforma do seminário, que teve notável repercussão. Eram os anos da Restauração, após o incêndio napoleônico.

De 1826 a 1838 foi arcipreste de Chiavari. Este período, que ele chamará de “má cultivação”, foi marcado por muitas inovações pastorais na sua paróquia e pela criação de várias instituições, como um seminário próprio e a redescoberta da Suma de santo Tomás na pregação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio. Sob o nome incomum de Sociedade Econômica, encaminhou uma instituição beneficente cultural e assistencial confiada por padre Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade’’ para a instrução gratuita das meninas pobres. Era o esboço da fundação que nasceria em 1829, das Filhas de Maria, conhecidas ainda como irmãs Gianellinas, destinadas a rápida expansão e a profícuo apostolado na América Latina.

Dois anos antes criara pequena congregação missionária, posta sob o patrocínio de santo Afonso Maria de Ligório para a pregação de missões ao povo e organização do clero. Em 1838 foi eleito bispo de Bobbio; ajudado pelos ligorianos, a sua jovem congregação, que ele reconstituiu com o nome de Oblatos de Santo Afonso, reorganizou o tecido eclesiástico da sua diocese, removendo párocos pouco zelosos e expulsando os indignos. Entre os seus ligorianos existiu também um apóstata, padre Cristovão Bonavino, brilhan-tíssima inteligência, mais conhecido com o pseudônimo de Ausônio Franchi; racionalista e ateu, que voltou depois à genuína fé cristã, abjurando suas obras precedentes com Última crítica, e prestando um testemunho público de devoção a Gianelli, que esteve ao seu lado nos momentos mais agudos de sua crise espiritual. O santo das irmãs, como é chamado na América Latina, onde ainda florescem suas instituições femininas, acabou prematuramente sua vida terrena, na idade de 57 anos, a 7 de junho de 1846. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII a 21 de outubro de 1951.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 06 de junho de 2022

POR QUE RAZÃO, BALADA, COM EVALDO BRAGA


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 06 de junho de 2022

DIA DA VIRGEM MARIA, MÃE DA IGREJA - PRIMEIRA SEGUNDA-FEIRA DEPOIS DE PENTECOSTES

DIA DA VIRGEM MARIA, MÃE DA IGREJA - PRIMEIRA SEGUNDA-FEIRA DEPOIS DE PENTECOSTES

 

HOMILIA - 06.06.2022

 

 

HISTÓRA DA VIRGEM MARIA, MÃE DA IGREJA

Papa institui a Memória de Maria "Mãe da Igreja" no calendário litúrgico

Memória de Maria, Mãe da Igreja, será celebra todos os anos na Segunda-feira depois de Pentecostes
 

Cidade do Vaticano -

Com um Decreto publicado este sábado, 03 de março, pela Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, o Papa Francisco determinou a inscrição da Memória da “Bem-aventurada Virgem, Mãe da Igreja” no Calendário Romano Geral. Esta memória será celebrada todos os anos na Segunda-feira depois de Pentecostes.

O motivo da celebração está brevemente descrito no Decreto "Ecclesia Mater": favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.

“Esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, lê-se ainda no Decreto, assinado pelo Prefeito do Dicastério, o Card. Robert Sarah.

Traduções

 

Em anexo ao decreto, foram apresentados, em latim, os respectivos textos litúrgicos, para a Missa, o Ofício Divino e para o Martirológio Romano. As Conferências Episcopais providenciarão a tradução e aprovação dos textos, que depois de confirmados, serão publicados nos livros litúrgicos da sua jurisdição.

De acordo com o Decreto, onde a celebração da bem-aventurada Virgem Maria, por norma do direito particular aprovado, já se celebra num dia diferente com grau litúrgico mais elevado, pode continuar a ser celebrada desse modo.

A importância do mistério

 

“Considerando a importância do mistério da maternidade espiritual de Maria, que na espera do Espírito no Pentecostes (cf. Act 1, 14), nunca mais parou de ocupar-se e de curar maternalmente da Igreja peregrina no tempo, o Papa Francisco estabeleceu que na Segunda-feira depois do Pentecostes, a Memória de Maria Mãe da Igreja seja obrigatória para toda a Igreja de Rito Romano”, comentou o Card. Sarah.

“O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar a nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na Virgem – Crux, Hostia et Virgo. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 06 de junho de 2022

DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO

DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO

HOMIIA - 06.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO NORBERTO 

Dia de São Norberto é celebrado em 6 de junho.

Esta data homenageia o santo fundador da Ordem dos Premonstratenses, onde os seus membros são popularmente conhecidos como os Monges Brancos, pela cor do hábito que usavam.

História de São Norberto

Norberto nasceu em 1080, em Xanten, numa família nobre e rica da Alemanha. O jovem viveu por muitos anos uma vida mundana, desfrutando unicamente dos prazeres e luxos materiais.

Um dia, no entanto, foi atingido por um raio enquanto cavalgava e, segundo a história, teria visto a sua vida passar diante dos seus olhos. Neste momento, Norberto soube que tinha uma importante missão na vida e não deveria recusá-la.

Estudou no mosteiro de Sieburgo e ali foi ordenado sacerdote. Promoveu uma intensa reforma no clero e na nobreza que apenas praticavam o cristianismo de forma superficial. Norberto os exortava a buscarem um contato mais profundo com Deus e assim alcançarem a santidade.

Em 1121, na localidade francesa de Prémontré, fundou a ordem religiosa que levaria o seu nome e que se espalharia por toda a Europa. Atualmente, a ordem chama-se Premonstratense, em alusão a cidade onde foi criada.

São Norberto

Norberto ainda seria nomeado arcebispo da cidade de Magdeburgo, atualmente na Alemanha. Seu maior desafio aconteceu após a morte do papa Honório II, em 1130, pois dois religiosos se disseram herdeiros do trono de São Pedro: Inocêncio II e Anacleto II.

Por meio da pregação de Norberto, o rei Lotário (1075-1137), do Sacro-Império Romano Germânico, reconheceu a Inocêncio II como verdadeiro pontífice na Igreja.

Em 6 de junho de 1134, Norberto falece e seria canonizado em 1582. É conhecido como são Norberto de Magdeburgo ou de Xanten.

São Norberto é padroeiro da Boêmia (atualmente uma região da Tchecoslováquia).

Oração a São Norberto

"Ó Deus, que fizestes de São Norberto fiel ministro da vossa Igreja, pela oração e zelo pastoral, concedei-nos por suas preces e méritos, alcançar um dia, com a vossa graça, a realização de tudo o que nos ensinou por palavras e exemplos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 05 de junho de 2022

DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 05 DE JUNHO

DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 5 DE JUNHO

HOMILIA - 05.06.2

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO BONIFÁCIO

Origens

Seu nome de batismo era Winfrid. Filho de uma família de nobres ingleses, nasceu em 673, na região de Devonshire, sudoeste da Inglaterra. Seguindo o costume da época, ainda na infância seus pais o levaram para um mosteiro beneditino para que ele recebesse a melhor educação possível, tanto acadêmica quanto religiosa. No mosteiro Winfrid se adaptou bem e quando chegou à juventude percebeu que tinha vocação para a vida religiosa e um desejo ardente de levar o nome de Jesus Cristo aos lugares mais distantes.

Vida religiosa

Quando completou dezenove anos, Winfrid fez seus votos religiosos na abadia beneditina de Exeter, também na Inglaterra. Lá, ele começou sua vida de professor. Lecionou regras monásticas em Exeter e também na abadia de Nurslig. Este tempo como professor o ajudou a descobrir sua vocação missionária, pois exercitou a oratória e a lida com pessoas de origens diferentes, saindo-se muito bem.

Primeira tentativa missionária frustrada

Dom Winfrid sentia em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho aos povos germânicos que viviam além do rio Reno. Por isso, fez uma primeira tentativa de chegar à Alemanha para levar a fé cristã. Porém, por causa de divergências políticas entre um duque chamado Radbod, que era pagão, e o rei Carlos Martel, cristão, essa tentativa foi frustrada e ele não conseguiu realizar seu sonho.

Uma luz ilumina seu caminho

No ano 718 Dom Winfrid fez uma peregrinação a Roma. Lá, conseguiu uma audiência com o Papa Gregório II e este decidiu apoiar seu intento de evangelização da Alemanha. Na ocasião, o Papa orientou Dom Winfrid a assumir o nome de Bonifácio, em homenagem a um famoso santo e mártir romano. Winfrid obedeceu e partiu para sua grande missão de evangelizar os povos germânicos, que ainda não conheciam Jesus Cristo.

O começo da missão na Alemanha

Em território alemão, Dom Bonifácio chegou primeiramente à Turíngia. Depois, dirigiu-se à Frísia. Nos dois locais suas pregações conquistaram corações que se converteram à fé cristã. Depois disso, ele andou por quase toda a Alemanha levando a Boa Nova de Jesus Cristo e conquistando os corações dos germânicos. Sua missão frutificou e belas comunidades cristãs se firmaram em território alemão.

Bispo de Mains

São Bonifácio voltou a Roma numa segunda peregrinação. O Papa nessa época, já era outro. Porém, ficou muito entusiasmado com o trabalho missionário na Alemanha e nomeou São Bonifácio como bispo de Mains. A partir desse momento, o apostolado de São Bonifácio ganhou nova força. Ele ordenou inúmeros padres e diáconos, fundou vários mosteiros masculinos e femininos, seguindo sua origem beneditina. Dentre esses mosteiros, destaca-se o de Fulda, que se tornou o grande centro da cultura religiosa da Alemanha. Liderou também a construção de várias igrejas e catedrais por todo o país. Para tanto, conseguiu a ajuda de um grande número de monges beneditinos vindos da Inglaterra. Estes ajudavam não só nas construções, mas também na evangelização do povo. Seu trabalho principal, porém, consistia na construção do templo invisível, que é a Igreja de Cristo. Por isso, ele viajou incansavelmente, participou de vários concílios e ajudou na promulgação de leis que tornaram a Alemanha um país melhor.

O Evangelho chega mais longe

Devido ao grande sucesso de sua ação missionária, São Bonifácio estendeu sua missão até a França. Depois, em 754, foi para a Holanda. Lá exerceu também seu frutuoso apostolado, levando milhares de pessoas ao conhecimento de Jesus Cristo.

Morte

São Bonifácio estava na Holanda. No dia 5 de junho de 754, dia de Pentecostes, ele foi celebrar a crisma de um enorme grupo de catecúmenos na cidade de Dokkun. Assim que ele iniciou a santa missa, uma horda de pagãos da Frísia invadiu a Igreja e matou todos os que estavam lá dentro. São Bonifácio recebeu um golpe de espada que partiu ao meio sua cabeça e ele entregou sua alma a Deus. Por isso, São Bonifácio é considerado mártir, pois deu sua vida por causa da fé em Cristo. Mas a semente que ele lançou, ganhou raízes profundas e se firmou para sempre no coração dos povos germânicos. Seus restos mortais foram levados para a igreja do belo mosteiro de Fulda.

Oração a São Bonifácio

Ó Deus, que destes a São Bonifácio o espírito missionário que o fez deixar seu país para evangelizar os povos germânicos, cumprindo a vossa vontade, dai também a nós a graça de um renovado ardor missionário e a bênção de realizar vosso plano de amor em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bonifácio, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 04 de junho de 2022

DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISCO CARACCIOLO- 04 DE JUNHO

DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISDO CARACCIOLO - 04 DE JUNHO

 

HOMILIA - 04.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CRISPIM, O PRIMEIRO SANTO CANONIZADO PELO PAPA JOÃO PAULO II

Neste dia 4 de junho, lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668.

Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade, como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus.

Falava e vivia a seguinte frase: “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente”.

Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748.

Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria.

São Crispim, rogai por nós!

 

HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO CARACCIOLO

 

Origens

Seu nome de batismo era Ascânio Caracciolo. Nasceu na Vila Santa Maria de Chieti, perto de Nápoles, Itália, no dia 13 de outubro de 1563. Sua família era fortemente cristã; tanto que, por parte de sua mãe, ele era parente de Santo Tomás de Aquino. Em sua família, ele foi preparado para ter uma vida bem sucedida nos negócios e na política. Por isso, teve uma vida social intensa para os padrões da época. 

Uma doença muda o rumo de sua vida

Quando chegou à adolescência, Ascânio Caracciolo escolheu a carreira militar. Estava se preparando para ingressar no exército quando pegou uma doença de pele rara, incurável e muito parecida com a lepra. Sua família tinha a possibilidade de lhe oferecer todos os tratamentos possíveis na época. E assim aconteceu. Porém, nenhum tratamento funcionou. Por isso, aos vinte e dois anos, Ascânio procurou a Deus com todo fervor, e pediu sua cura em oração. E ele fez uma promessa: se Deus o curasse, ele entregaria toda a sua vida a serviço da Evangelização. Pouco tempo depois, ele estava totalmente curado. Por isso, ele é invocado como protetor contra as doenças da pele.

Vida sacerdotal

Como Deus atendeu o pedido de Ascânio, curando-o de uma doença incurável, ele foi cumprir sua promessa. O que ele não sabia é que esta seria a felicidade de sua vida. Ele foi para Nápoles, estudar teologia. Lá, deslumbrou-se com as riquezas da sabedoria de Deus. Terminando o curso, foi ordenado padre e começou seu trabalho de evangelização com os “Padres Brancos da Justiça”. Estes padres, dedicavam-se ao trabalho com os doentes, os presos e os pobres.

Um erro do Correio muda sua vida

Na congregação dos "Padres Brancos", havia um outro padre cujo nome era idêntico ao seu: Ascânio Caracciolo. Este, porém, era bem mais velho. E aconteceu que em 1588, o serviço dos correios errou e entregou ao Padre Ascânio jovem uma correspondência destinada ao Padre Ascânio idoso. A carta tinha sido escrita por dois padres: João Agostinho Adorno e pelo abade da abadia de Santa Maria Maior de Nápoles, Fabrício Caracciolo. Os dois pediam ao Padre Ascânio, idoso, que os ajudasse na fundação de uma Ordem Religiosa. A nova Ordem se chamaria "Ordem dos Clérigos Regulares Menores"

Surpresa de Deus

O jovem Padre Ascânio Caracciolo abriu a carta e leu-a como se ela tivesse sido enviada para ele. Ao Lê-la, sentiu o toque de Deus em seu coração, pois a nova Ordem, em fase de fundação, correspondia exatamente àquilo que ele gostaria de realizar em seu sacerdócio: dedicação total aos pobres e doentes, humildade e pobreza evangélica. Por isso, ele foi conversar com os dois padres que escreveram a carta.

Ação de Deus

Esclarecido e resolvido o mal entendido causado pelo Correio, e com a bênção do Padre Ascânio idoso, que percebeu a ação de Deus em todo o acontecido, Padre Ascânio jovem e os dois autores da carta foram para o Mosteiro dos Camaldulenses. Lá permaneceram em oração e jejuns durante quarenta dias. Rezaram e pediram a luz do Espírito Santo para a elaboraç&at


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 03 de junho de 2022

DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO

DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E CONPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO

HOMILIA - 03.06.22

 

HISTÓRIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Neste dia 03 de junho, celebramos a memória destes grandes mártires que, na África, testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização, que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

Decidido a acabar com a presença cristã em Uganda, o rei Muanga apanhou um pajem de dezessete anos, chamado Dionísio, ensinando religião. De próprio punho, o rei atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda a noite, e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou este exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e os 22 mártires de Uganda foram beatificados, em 1920, por Bento XV. Em 1934, São Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana”, e, em 1964, o Papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 02 de junho de 2022

DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO

 

DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO

HOMILIA - 02.06.22

 

 

HISTÓRIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES

Os santos de hoje foram mártires por causa do amor a Jesus e pertenceram ao clero romano no século IV, quando era grande perseguição contra a Igreja de Cristo por parte do Imperador Diocleciano. Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.

Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.

Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.

Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.

Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.

Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.

Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Erasmo e Blandina.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 01 de junho de 2022

DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO

DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO

HOMILIA - 01.06.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JUSTINO

 

Filósofo cristão e cristão filósofo, como foi acertadamente definido, Justino (nascido em Flávia Neápolis, na Samaria, Israel, no início do século II) pertence àquela plêiade de pensadores que em cada período da história da Igreja tentaram uma síntese da provisória sabedoria humana e das inalteráveis afirmações da revelação cristã. O itinerário da sua conversão a Cristo passa pela experiência estoica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Daí o desenlace quase inevitável, ou melhor, providencial e a adesão à verdade integral do cristianismo.

Ele mesmo conta que, insatisfeito com as respostas dadas pelas várias filosofias, retirou-se para um lugar deserto, à beira-mar, para meditar e que um velho, a quem tinha confiado sua desilusão, respondeu-lhe que nenhuma filosofia podia satisfazer o espírito humano, porque a razão sozinha é incapaz de garantir a posse plena da verdade sem o auxílio de Deus.

Foi assim que Justino aos trinta anos descobriu o cristianismo, tornou-se seu propagador e para proclamar ao mundo essa sua descoberta escreveu suas duas Apologias. A primeira delas dedicou-a ao imperador Antonino Pio e ao filho Marco Aurélio, ao Senado e ao povo romano. Escreveu outras obras, pelo menos oito, entre as quais a mais considerável é intitulada Diálogo com Trifão e é relembrada porque abre o caminho à polêmica antijudaica na literatura cristã. Mas as duas Apologias permanecem como o documento mais importante, porque destes escritos aprendemos como era explicado o cristianismo naquela época e como eram celebrados os ritos litúrgicos, em particular a administração do batismo e a celebração do mistério eucarístico. Aqui não há argumentações filosóficas, mas comoventes testemunhos de vida da primitiva comunidade cristã, à qual Justino está feliz de pertencer: “Eu, um deles…”. Tal afirmação podia custar-lhe a vida. De fato Justino pagou com a vida a sua pertença à Igreja.

Por ocasião de sua ida a Roma, foi denunciado por um hipócrita e cínico filósofo, Crescêncio, com quem havia disputado por muito tempo. Também o magistrado que o julgou era filósofo estoico, amigo e confidente de Marco Aurélio. Mas para o magistrado, Justino não passava de simples cristão, igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos condenados à decapitação pela sua fé em Cristo. Do martírio de são Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 31 de maio de 2022

DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO

DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO

HOMILIA - 31.05.22

 

 

VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA

Hoje, dia 31 de maio, celebramos a Festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.

O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo o que Ele quer.

Logo depois de ser avisada pelo anjo Gabriel de que sua prima Isabel,apesar da idade avançada, esperava um filho, Maria dirigiu-se à cidadezinha onde residia a futura mãe de São João Batista. Tal viagem, de cerca de cem quilômetros através de região montanhosa, não estava isenta de fadigas e perigos, porém a Virgem Santíssima caminhava alegremente, não apenas pelo desejo de auxiliar a parenta, mas também porque sabia que tinha dentro de suas entranhas o Filho de Deus, o Salvador do Mundo.

Trazendo Jesus em seu seio, ela ia levar a graça à família do sumo sacerdote Zacarias, tornando-se assim, desde então , por vontade de Deus, a medianeira de todas as graças.

No primeiro instante em que Maria saudou a prima, Santa Isabel cheia do Espírito Santo, respondeu-lhe: –“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” e, ao sentir o filho exultando em seu seio, continuou: –“De onde me vem a honra de receber a visita da Mãe do Meu Senhor?” Então, Maria não sabendo mais conter alegria que transbordava em seu coração desde a Anunciação, respondeu-lhe com as belíssimas palavras do “Magnificat”:“Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador”,profetizando em seguidaque todas as gerações a chamariam de Bem-aventurada. Maria passou cerca de trêsmeses na casa de sua prima auxiliando-a em todos os serviços.

Nossa Senhora neste dia, quer também nos visitar. Quer estar junto de nós, nos ajudando em tudo o que necessitamos. Ela entra como Mãe amorosa que é, vê nossas aflições e angústias, nossas alegrias e conquistas.

Não permitamos, porém que Ela seja somente mais uma visita, mas sim nossa Mãe. Ela deseja permanecer em nossa casa, participar da nossa família.Se atualiza hoje, o que Jesus nos disse no alto da cruz ao olhar sua Mãe e o discípulo João:“Mulher, eis o teu filho! Depois disse ao discípulo: “Eis a tua Mãe.”diz-nos as escrituras que “A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.” (Jo,9.26-27)


Que possamos acolher a visita da Mãe, pois tudo muda com Sua presença. A tristeza dá lugar à alegria, como aconteceu com Isabel, que, ao receber a visita de Nossa Senhora, ficou cheia do Espírito Santo, assim como a criança em seu ventre.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 30 de maio de 2022

DIA DE SANTA JOANA D*ARC - 30 DE MAIO
 

DIA DE SANTA JOANA D'ARC - 30 DE MAIO

HOMILIA - 30.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA JOANA D'ARC

Origens

Joana nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, pertencente ao Ducado de Lorena, na França. Filha de camponeses trabalhadores e honrados, ela viveu ali sua infância, como qualquer outra menina de sua idade. Ocupava-se de trabalhos domésticos e, às vezes, pastoreava rebanhos de ovelhas do pai.

Chamada desde criança

Desde a infância Joana demonstrava uma piedade singular. Sentia-se atraída à contemplação, gostava de subir a lugares elevados para contemplar o panorama. Gostava muito de participar das celebrações na igreja e teve grande interesse em aprender o catecismo e a doutrina católica.

Um anjo guiando nos caminhos de Deus

Aos treze anos Joana começou a ouvir uma voz, que lhe orientava no caminho de Deus. Veja como ela mesma narrou esses fatos com muita simplicidade: "Quando eu tinha mais ou menos 13 anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar-me a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi esta voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a igreja". Há um detalhe muito importante nessa fala: segundo ela mesma afirma, a voz veio para ajudá-la a governar a si mesma, ou seja, o anjo de Deus ensina a adolescente Joana a ter autodomínio, um fruto do Espírito Santo. Mais tarde ela descobriu que era São Miguel Arcanjo quem falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França.

A França em grande sofrimento

Há setenta e cinco anos a França sofria demasiadamente vivendo a chamada “Guerra dos cem anos”. Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então um dos grandes países católicos, sofria a tentativa de invasão por parte dos ingleses desde 1337. A França, por sua vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420 o rei francês perdeu o trono para o rei inglês e a França corria o risco de deixar de existir como país.

A hora de Santa Joana D’Arc

Ao completar 17 anos, a voz vinda do céu avisou a Joana que sua hora de agir tinha chegado. Então, ela saiu da casa de seus pais e conseguiu convencer um Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a leva-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa e que ela, Joana, tinha sido chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses.

Comprovação na corte real

Depois de superar grandes dificuldades, Santa Joana chegou à corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ele nenhuma importância. Imediatamente passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava escondendo-se em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: "Muito nobre senhor Delfim (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino". Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem e santa Joana.

À frente dos exércitos

Depois de ouvir atentamente a Joana, Carlos VII colocou os exércitos franceses à disposição dela. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença de Santa Joana, virgem, cheia de inocência, sabedoria e força, impunha grande respeito e dava novo ânimo aos soldados. Como medida de união, ela proibiu a bebida alcoólica e os jogos entre os soldados. Além disso, convenceu os soldados a se confessarem e comungarem para enfrentar os ingleses com o poder de Deus.

Grandes vitórias

Os conselhos de guerra de Santa Joana nunca falharam, deixando grandes generais cheios de admiração. Sob sua liderança, os exércitos franceses acumularam vitórias importantíssimas. Em meio às batalhas, ela sempre portava um estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a Santa Joana D’Arc o ideal de unificação renasceu na França, bem como a esperança de reconquistar o que tinha sido perdido para os ingleses. Por isso, o povo não se cansava de manifestar gratidão e apoio a Santa Joana.

O rei francês é coroado

Graças à liderança de Santa Joana D’Arc, Carlos foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob o domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc.

Ingratidão

Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia a Santa Joana D’Arc e abandonou-a. Ela, por sua vez, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos impostos pelos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiègne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada a um falso tribunal de Inquisição, chefiado por um bispo corrupto, que recebera grande soma para condenar a santa. Assim, apesar da defesa feita assombrosa pela própria Joana, inspirada por Deus, sem um defensor do Estado a que tinha direito, ela foi condenada por bruxaria e heresia.

Morte

Assim, Santa Joana D’Arc recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30 de maio de 1431, quando ela tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com os olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela.

Oração a Santa Joana D’Arc

“Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 29 de maio de 2022

DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO

DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO

HOMILIA - 29.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO MAXIMINO

São Jerônimo coloca são Maximino entre os homens ilustres de seu tempo e o define como “um dos bispos mais corajosos”.


Conforme a lenda, durante uma viagem a Roma, Maximino teria sido atacado por um urso que devorou o jumento em cuja garupa levava as bagagens. O santo — que assistira, impávido, a essa trágica cena — em seguida teria obrigado o urso a transportar os pesados fardos.

Lendas como essa leem-se em Vida de são Maximino, escrita no século VIII por um monge anônimo do mosteiro de Tréveris, na Renânia, onde o santo deste dia foi bispo, vindo a ocupar a sede que fora de santo Agrício, seu mestre.


Nasceu em Silly, perto de Poitiers, na Aquitânia, França; era irmão de são Maxêncio, bispo de Poitiers.


O urso — contra o qual o santo bispo de Tréveris teve de lutar, metaforicamente falando — era Constâncio, imperador ariano de Constantinopla, que mandara ao exílio os dois grandes campeões da ortodoxia, santo Atanásio, de Alexandria, e são Paulo, de Constantinopla. Em tais circunstâncias mostrou-se corajoso, oferecendo não só hospitalidade e apoio aos dois exilados, como também se empenhou com êxito com o próprio imperador, que por fim cedeu, permitindo que os dois bispos voltassem às suas respectivas dioceses.


Maximino morreu longe da própria sede, provavelmente durante uma estada em sua terra natal. São Paulino, seu sucessor, fez trasladar seu corpo da Aquitânia para a basílica de São João, a qual mais tarde recebeu o nome de São Maximino.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 28 de maio de 2022

DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO

DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO

HOMILIA - 28.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GERMANO DE PARIS

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 27 de maio de 2022

DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO

DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO

HOMILIA - 27.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA

Um século após São Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.

A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.

Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604. O corpo de Agostinho foi originalmente sepultado no pórtico do que hoje é a Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária, mas foi posteriormente exumado e recolocado num túmulo dentro da igreja da abadia, que se tornou um local de peregrinação e veneração. Após a conquista normanda, o culto de Agostinho passou a ser ativamente promovido e o seu santuário passou a ter uma posição central entre as capelas laterais, ladeado por santuários de seus sucessores, Lourenço e Melito. O rei Henrique I da Inglaterra concedeu à abadia uma feira de seis dias a ser celebrada na época em que as relíquias foram transladadas para o seu novo santuário, de 8 a 13 de setembro, anualmente.

O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 26 de maio de 2022

DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO

DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO

HOMILIA - 26.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO NÉRI

 

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Néri pertencia a uma família rica. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar vocação para vida religiosa, mesmo frequentando regularmente a igreja.

Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar Filosofia e Teologia com os agostinianos. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Somente aos trinta e seis anos de idade ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho.

Viveu até o dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado até hoje de: Santo da alegria e da caridade.Filipe se preocupou com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Com bom humor, ele dizia aos que reclamavam do barulho das crianças: “Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça”.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

REFLEXÃO

A alegria é a grande virtude dos santos. Uma alegria serena e confiante no amor do Cristo Ressuscitado. Ser alegre não significa dar risadas o dia todo, mas conservar o semblante calmo e tranquilo. A tristeza enfraquece o coração e provoca desânimo. Peçamos ao bom Deus que nos alimente sempre com a virtude cristã da alegria.

ORAÇÃO

Ó Pai, pela vossa misericórdia São Felipe Néri anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Cristo nosso Senhor. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 25 de maio de 2022

DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO

DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO

HOMILIA - 25.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL

O Dia de São Beda, o Venerável comemora-se a 25 de maio.

Conhecido como Venerável Beda, esse bispo e Doutor da Igreja foi autor da “Histórica Eclesiástica do Povo Inglês”, que o eternizou como o “Pai da História Inglesa”.

Esse monge inglês, proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII (único Santo inglês com esse título), foi também um tradutor e um linguista exímio, levando à divulgação e ao desenvolvimento do Cristianismo na Grã-Bretanha mesmo passando quase toda a vida em mosteiros e recusando convites para altos cargos no clero. Estudo, oração e escrita eram os verbos que resumiam a vida e o trabalho de Beda, o Venerável.

São Beda morreu a 25 de maio de 735 em Jarrow, Inglaterra. É o padroeiro dos escritores ingleses, dos historiadores e dos contemplativos.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 24 de maio de 2022

DIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS - 24 DE MAIO

24 DE MAIO, DIA E DE SÃO VICENTE DE LÉRINS

HOMILIA - 24.10.22

 

 

 

HOSTÓRIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS

As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, França, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 23 de maio de 2022

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO

DIA DE SÃOJOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO

HOMILIA - 23.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI

Origens

João Batista de Rossi nasceu em Voltagio, que fica na província de Gênova, Itália, em 22 de fevereiro de 1698. Com apenas dez anos, foi trabalhar em Gênova, como pajem, na casa de uma família muito rica. Ali, conseguia se manter e estudar. Depois de três anos, mudou-se em definitivo para a capital Roma.

Capacidades

Em Roma, foi morar na casa de um primo padre e estudar no Colégio Romano dos Jesuítas. Lá, conseguiu o doutorado em filosofia. Conviveu ali com os mais preparados religiosos de sua geração. Depois disso, concluiu o curso de teologia com os frades dominicanos de Minerva. Juntamente a este esforço acadêmico, João Batista exercia uma extenuante missão evangelizadora. Ajudava, especialmente, os jovens, os pobres e os abandonados.

Epilepsia

Acredita-se que, por causa dessa atividade intensa, João Batista atingiu um esgotamento físico e mental tão grande, que começou a ter crises epiléticas e, depois, uma doença grave nos olhos. Desses males, ele não mais se recuperou, tendo que conviver com isso por toda a sua vida. Mesmo assim, não abandonou a prática da penitência. Alimentava-se pouco. Isso ajudou a enfraquecer ainda mais o seu já frágil corpo. Seu espírito, porém, estava sempre forte e pronto para o amor cristão.

Padre e fundador

Em 1721 São João Batista de Rossi recebeu a ordenação sacerdotal. Uma vez padre, fundou a Pia União de Sacerdotes Seculares. Ele mesmo dirigiu esta obra por alguns anos, empregando ali a experiência que ele adquiriu anteriormente dirigindo grupos de estudantes. No seminário fundado por ele, até 1935, estudaram grandes personalidades do clero de Roma. Alguns desses foram canonizados. Outros, foram eleitos bispos e Papas.

Obras para moços e moças

São João Batista de Rossi, no entanto, ainda não estava satisfeito. Queria obras mais abrangentes. Por isso fundou a Casa de Santa Gala, para moços necessitados e, depois, a Casa de São Luiz Gonzaga, destinada a atender moças carentes. São Luiz Gonzaga era o santo de sua devoção e exemplo de vida que buscava seguir na sua missão apostólica.

Dons carismáticos

São João Batista de Rossi dedicava grande parte de seu ministério sacerdotal aos mais pobres, aos doentes, aos presidiários e aos pecadores. Em favor desses, manifestava o dom do conselho. Era sempre atencioso e cheio de paciência para com todos. Por isso, os formavam grandes filas para se aconselharem e se confessarem com ele. Tinha também os dons da consolação, da exortação e da orientação. Por isso, o povo da região o procurava mais e mais. São João Batista de Rossi era sempre incansável. Agia e dirigia suas obras sempre com delicadeza e firmeza, fervor e espiritualidade forte. 

Morte 

São João Batista de Rossi faleceu em 23 de maio de 1764. Tinha, então, sessenta e seis anos quando a doença o abateu. Pobre, não tinha dinheiro para pagar seus funerais. Esses foram pagos pelos devotos que o amavam e eram eternamente gratos a ele. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão XIII no ano 1881.

Oração a João Batista de Rossi

“São João Batista de Rossi que fostes chamado a tão sublime missão do sacerdócio e que tivestes a graça de servir a Deus nos irmãos mais abandonados, obtende de Deus a nosso favor, esse amor, essa fortaleza de espírito, esta perseverança principalmente aos futuros sacerdotes e a todo o clero para que apenas a presença de cada um deles possa ser o primeiro passo para a conversão dos povos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 22 de maio de 2022

DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO

DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO

HOMILIA - 22.05.22

 

HISTÓRIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena,  perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.

Vida de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou  muita paciência e resignação por tudo que sofreu.

Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.

Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.

No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.

Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.

Deus coloca Santa Rita de Cássia  no convento

Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.

Ela abriu a porta e estavam ali, São FranciscoSão Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.

Milagres de Santa Rita de Cássia

Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.

Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia

Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.

O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.

Morte de Santa Rita de Cássia

No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.

No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.

Devoção a Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.

No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.

Oração a Santa Rita de Cássia

Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 21 de maio de 2022

DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIIO

DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIO

HOMILIA - 21.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES

Nasceu no dia 30 de julho de 1869, em Totatiche, Jalisco, México. Durante sua infância trabalhava com o pastoreio. Entrou no seminário aos 19 anos e, quando ordenado sacerdote, foi enviado para a paróquia de sua cidade natal.

Tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.

Em 1917, foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venustiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

A Igreja se posicionou contra as novas leis e, por isso, foi duramente perseguida gerando a reação da sociedade e dos leigos que se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa. Entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.

Uma década depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elias tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas.

Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. O Papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão de Magalhães.

 São Cristóvão de Magalhães, rogai por nós! 

Oração

Ó Deus, que na tua misericórdia, quiseste enriquecer São Cristóvão Magallanes com grandes virtudes apostólicas para anunciar o Evangelho às gentes, concede-nos, por sua intercessão, de arder no mesmo espírito e de tender unicamente ao serviço da Igreja e à salvação das almas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Reflexão

São Cristóvão tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 20 de maio de 2022

DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO

DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO

HOMILIA - 20.05.22

 

 

HISTÓRIA  DE SÃO BERNARDINO DE SENA

Origens

Bernardino nasceu de uma família nobre de Sena, de sobrenome Albizzeschi, no dia 8 de setembro do ano 380, na pequenina aldeia de Massa Marítima, em Carrara, Itália. Quando tinha apenas três anos, ficou órfão de mãe. Depois, tendo ainda sete anos, seu pai faleceu. Por isso, ele foi criado duas tias na cidade de Sena. Suas tias eram mulheres de fé e alimentaram no coração de Bernardino a devoção à Virgem Maria e a Jesus Cristo.

Franciscano 

Bernardino estudou na Universidade de Sena, terminado seus estudo com vinte e dois anos. Nessa idade, decidiu abandonar tudo e ingressar na Ordem dos Franciscanos, abraçando as regras de São Francisco com fidelidade e alegria. Na época, apoiou com vigor um movimento chamado “Observância”. Tal movimento vinha se firmando entre os frades da Ordem e buscava um rigor maior na vivência da pobreza. Por seu entusiasmo, os franciscanos o elegeram Vigário Geral de todos os conventos que seguiam a Observância.

Missionário itinerante atual 

Com trinta e cinco anos, Frei Bernardino iniciou sua missão de pregador e seguiu nesse caminho até sua morte. E tornou-se um grande pregador. Viajou pela Itália inteira pregando o Evangelho e convertendo a muitos.

Sermões registrados por taquigrafia

Os discursos e sermões de São Bernardino de Sena foram taquigrafados por um de seus discípulos. O método foi inventado pelo próprio santo. Por isso, seu legado chegou até nós integralmente. Seus discursos com estilo rápido, leve, acessível e contundente, é bastante atual até os dias de hoje. Seus temas preferidos eram a caridade, a concórdia, a humildade, e a justiça. Tinha palavras muito duras para aqueles que, como ele mesmo dizia, "renegam a Deus por uma cabeça de alho". Também denunciava o abuso dos poderosos chamando-os de "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres". 

Mensageiro da paz

Na época de São Bernardino de Sena, a Europa passava por enormes calamidades: a peste e as divisões causadas por das facções políticas e também religiosas, causavam morte de muita gente e destruição. Porém, por onde São Bernardino passava, ele fazia com que a paz fosse restituída. Sua pregação era insuperável, empolgante e cheia de ardor. Muitos se convertiam ao ouvi-lo pregar. Além disso, levava sempre consigo um quadro de madeira com as iniciais JHS, que significam Jesus Salvador dos Homens. Depois de seus sermões, ele o apresentava para que fosse beijado por todos os fiéis.

Morte

Sua vida de missionário itinerante, inúmeras pregações, jejuns e sacrifícios constantes, aliados a uma alimentação fraca e pouco repouso, aos poucos enfraqueciam seu corpo, já velho. Porém, ele quis parar. Pregou o Evangelho enquanto conseguiu. Faleceu aos sessenta e quatro anos, em 20 de maio de 1444. A impressão que São Bernardino de Sena deixou na Igreja foi tamanha, que depois de apenas seis anos de sua morte, ele foi canonizado. Mais tarde, foi declarado padroeiro dos publicitários da Itália e também do mundo inteiro.

Oração a São Bernardino de Sena

“Ó Deus, que destes ao presbítero São Bernardino de Sena ardente amor pelo Nome de Jesus, ascendei sempre em nossos corações a chama da Vossa caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Bernardino de Sena, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 19 de maio de 2022

DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO

DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO

HOMILIA - 19.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO IVO

Infância

Nasceu em 17 de outubro de 1253, perto de Treguier, na baixa Bretanha, França. Seu nome, Yves Hélory, (Helori ou Heloury) era filho do lorde Helory de Kermartin e Azo Du Kenquis.  Era de família da pequena nobreza, com educação apurada e cristã.

Quando termina os primeiros estudos é enviado em 1267 com 14 anos de idade à Universidade de París, onde estudou teologia, tendo a oportunidade de ser aluno do grande e famoso Santo Tomás de Aquino.

Juventude e estudos

Participou com São Boaventura de várias conferências aprendendo o espírito franciscano, depois foi para Orléans em 1277, onde se especializou em Direito Civil e Direito Canônico, voltando posteriormente para a Bretanha.

A profissão de Advogado

Foi conselheiro jurídico e juiz eclesiástico, trabalhando como juiz episcopal em 1280, na arquidiocese de Rennes, cidade capital de Ducado da Bretanha por quatro anos, depois volta para Tréguier. Julgava todo tipo de litígio, contratos, heranças, casos matrimoniais, menos os processos criminais.

Sacerdote e advogado

Em 1824, foi ordenado Sacerdote a convite de seu Bispo, continuando a trabalhar como advogado e juiz, multiplicando suas atividades, pois naquele tempo ainda era permitido varias atividades para o sacerdote, e muitas pessoas se recorriam a ele. Obteve o título de "Advogado dos Pobres" por sua intransigente defesa dos menos favorecidos, construindo até um hospital onde ajudava a cuidar dos doentes pessoalmente, pois era um Frade Franciscano.

Vida de oração

Gostava de passar a noite em vigília alimentando-se apenas de pão e água. Essas noites ele passava em estudo e orações, mas também saía à procura dos mais necessitados para pregar, orientar, ajudar com seu dinheiro os mais pobres. Com isso, Ivo conseguia o respeito e a admiração de todos.

Falecimento

Santo Ivo de Kemartin (como também era conhecido), morreu aos 50 anos de causas naturais em 19 de maio de 1303. Está sepultado na Catedral de Tréguier, onde é objeto de devoção  dos fiéis até os dias de hoje.

Canonização

No ano de 1347 a pedido de Bispos e autoridades civis, após processo de investigação conduzido pelo Vaticano, o Papa Clemente VI, com a solene Bula de 19 de maio, assinada em Avignon, proclama Ivo inscrito no catálogo dos Santos e confessores, sendo venerado como Santo da Igreja Católica. Sua festa é , anualmente no dia 19 de maio.

Representação

A igreja de Sant’Ivo Allá Sapienza em Roma (Itália) é dedicada a Santo Ivo.

Sua imagem é representada com uma bolsa na mão direita por todo o dinheiro que ofertou aos pobres, e um papel enrolado na outra, por causa de seu oficio de advogado e magistrado. Outra representação do Santo é entre um homem rico e um pobre.

Legado para a humanidade

A criação da Instituição dos Advogados dos Pobres, como a Defensoria Pública dos dias atuais, foi inspiração de Santo Ivo, que sempre defendeu as causas dos pobres, viúvas e menos favorecidos. Por isso, em vários países, na data de seu falecimento comemora-se o dia da Defensoria Pública. A Constituição brasileira em seu artigo 134 e parágrafo único foi uma das pioneiras a instituir no mundo a Defensoria Pública, realizando, de certa forma, o sonho de Santo Ivo.

Devoção

No Brasil existe uma relíquia de Santo Ivo, doada pelo Bispo de Saint-Brieuc em Tréguier, para o Bispo de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Ela está na capela em honra ao Santo, na cripta do Santuário da Medianeira de todas as Graças, com o altar inaugurado em 19 de maio de 1986, local de peregrinação de muitos fiéis e de muitos advogados do Brasil.

Ele é o Patrono dos advogados, dedicando toda a sua vida à defesa dos pobres e fracos contra os poderosos, conquistando o respeito de todos. Umas de suas grandes frases era:

"Jura-me que sua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente."

Oração a Santo Ivo:

Glorioso Santo Ivo, lírio da pureza, apóstolo da caridade e defensor intrépido da justiça. Vós que, vendo nas leis humanas um reflexo da lei eterna, soubestes conjugar maravilhosamente os postulados da justiça e o imperativo do amor cristão, assisti, iluminai, fortalecei a classe jurídica, os nossos juízes e advogados, os cultores e intérpretes do direito, para que nos seus ensinamentos e decisões, jamais se afastem da equidade e da retidão. Amem eles a justiça, para que consolidem a paz; exerçam a caridade, para que reine a concórdia; defendam e amparem os fracos e desprotegidos, para que, posposto todo interesse subalterno e toda afeição de pessoas, façam triunfar a sabedoria da lei sobre as  forças da injustiça e do mal. Olhai também para nós, glorioso Santo Ivo, que desejamos copiar os vossos exemplos e imitar as vossas virtudes. Exercei junto ao trono de Deus vossa missão de advogado e protetor nosso, a fim de que nossas preces sejam favoravelmente despachadas e sintamos os efeitos do vosso poderoso patrocínio. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 18 de maio de 2022

DIA DE SÃO JOÃO I - 18 DE MAIO

DIA DE SÃO JOÃO I - 18 DE MAIO

HOMILIA - 18.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO I

O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, Itália, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.

Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.

Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio desse contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.

A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.

Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede no ano de 526.

Suas relíquias foram trasladadas para a Basílica de São Pedro, onde São João I é venerado como mártir da fé. Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.

São João I, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 17 de maio de 2022

DIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO - 17 DE MAIO

DIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO - 17 DE MAIO

HOMILIA - 17.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO

Nasceu no munícipio de Torrehermosa, em Aragão, na Espanha no ano de 1540, numa família de origem pobre e humilde. Seus pais, muito religiosos, colocaram nele o nome de Pascoal por seu nascimento ter sido em um domingo de Páscoa.

Trabalhou cuidando dos rebanhos desde menino, não tendo a oportunidade de estudar tão cedo. Tinha o desejo de conhecer a verdade, e quanto mais aprendia a ler, mais lia o Santo Evangelho, os exemplos de Cristo e dos santos.

Por volta dos 20 anos de idade, decidiu abandonar a casa de seus pais e dirigir-se para um convento, onde deu passos largos em direção ao amor e a piedade do Divino Mestre. Chamado à vida religiosa, dirigiu-se para Valência. Renunciou a tudo para seguir a Cristo dentro da família franciscana. E, ali, buscava desempenhar os trabalhos mais humildes, santificando-se cada vez mais.

Entre a Espanha e a França existiam povos que combatiam os cristãos. Ele foi enviado para levar uma carta para a França. E aceitou. Desejando ser mártir da obediência.

Homem de profunda adoração a Jesus Sacramentado. Ficou conhecido como “Teólogo da Eucaristia”, por ter resolvido as questões dos adversários na França e também pela coletânea de escritos que deixou a respeito do Sacramento da Eucaristia, que sempre foi o centro de sua vida espiritual.

Infligia-se penitências e com isto debilitou sua saúde até o limite de sua resistência. Faleceu no convento do Rosário, no dia 17 de maio de 1592, no domingo da Solenidade de Pentecostes.

No ano de 1897, Papa Leão XIII, declarou-o patrono das devoções eucarísticas e também dos Congressos Eucarísticos Internacionais.

São Pascoal Bailão, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 16 de maio de 2022

DIA DE SÃO SIMÃO STOCK - 16 DE MAIO

DIA DE SÃO SIMÃO STOCK - 16 DE MAIO

HOMILIA - 16.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO SIMÃO STOCK

Origens

Simão nasceu no ano 1165, no castelo de sua família, na cidade de Kent, Inglaterra. Filho do governador de Kent, era parente da realeza inglesa. Sua família cristã e cheia de fé, deu a ele a melhor formação religiosa, intelectual e humana. Inteligente e disciplinado, Simão estudou no famoso Colégio de Oxford desde quando tinha sete anos. Os estudos e o desejo da família levavam Simão para uma vida de sucesso social glorioso. Porém, o que ele desejava em seu coração era estar ao serviço de Deus.

Eremita adolescente 

Tendo apenas doze anos, Simão saiu do castelo da família e foi viver vida de eremita. Para sua nova morada encontrou um oco de um velho e grande carvalho na floresta vizinha a Oxford. A notícia do adolescente eremita espalhou-se rapidamente e o povo passou a chama-lo de Simão "Stock" por causa de sua casa no carvalho oco. Ali Simão viveu durante vinte anos, dedicado à oração, à contemplação e à penitência.

Sonho profético

Certa noite, Simão teve um sonho com a Virgem Maria. No sonho, a Virgem lhe disse para unir-se aos monges que viriam do mosteiro de Monte Carmelo. Nossa Senhora lhe falava da Ordem dos Carmelitas, a primeira fundada em homenagem a ela e uma das mais antigas da Igreja. Simão não compreendeu perfeitamente tal sonho, mas obedeceu. Retornou ao castelo e voltou a estudar. Formou-se teólogo e foi ordenado padre.

A profecia se cumpre

Enquanto esperava na fé que os monges prometidos chegassem, Padre Simão Stock percorria as aldeias da região fazendo visitas aos doentes e aos pobres, evangelizando o povo. No ano 1213, finalmente os carmelitas chegaram às terras da Inglaterra. Assim, Padre Simão Stock pôde ingressar na Ordem dos Carmelitas. Depois de dois anos, por causa de suas virtudes, capacidades e amor à ordem, os irmãos nomearam-no colaborador na direção da ordem. Pouco tempo depois, em 1216 ele foi eleito vigário geral de todas as províncias carmelitas da Europa.

Perseguições à Ordem Carmelita

A Ordem Carmelita passava por um período muito difícil e chegou a ser quase extinta. Outras ordens religiosas os perseguiam. Diante disso, o prior geral São Simão Stock, enviou emissários ao papa de então, chamado Honório III.  Estes tinham a missão de informá-lo sobre a situação difícil da Ordem e pedir a proteção do Santo Padre. Ao mesmo tempo, São Simão convocou a todos os carmelitas, pedindo que rezassem a Nossa Senhora pelas intenções urgentes da Ordem. Eles deveriam fazer isso até que chegasse a resposta do Papa.

A primeira resposta

A primeira resposta veio de Nossa Senhora. São Simão, estando em oração profunda, teve uma visão de Nossa Senhora do Carmo rodeada de anjos. Ela mostrou a ele o santo escapulário da Ordem a ele Carmelita e disse-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". A virgem mandou que ele o distribuísse aos monges da Ordem para que eles fossem tranquilizados. Conforme a tradição carmelita, tal aparição aconteceu em 16 de julho de 1251. 

A segunda resposta

A resposta do Papa chegou sete meses depois, numa carta com data de 13 de janeiro de 1252. Na carta, o Papa declarou a existência da Ordem dos Carmelitas era legal e, além disso, autorizava os carmelitas a continuarem com a criação de mosteiros pela Europa. Depois disso, São Simão Stock promoveu uma grande mudança estrutural na Ordem. Esta, da forma de vida monástica oriental, para a forma vivida no Ocidente, dos frades mendicantes ou evangelizadores, chamados apostólicos.

A devoção ao Escapulário

A devoção ao santo escapulário rapidamente se difundiu por toda a cristandade, do Ocidente ao Oriente. Desde o início ele foi tido como sinal da proteção de Nossa Senhora, bem como do esforço próprio em seguir a Jesus Cristo.

Morte

São Simão Stock faleceu quando tinha quase cem anos de idade. Era o dia 16 de maio de 1265. Ele estava, então, no mosteiro da cidade de Bordeaux, França. Lá, ele foi sepultado. A celebração litúrgica de São Simão Stock foi instituída oficialmente pela Igreja para o dia de sua morte.

Oração de São Simão Stock

São Simão rezava esta oração quando recebeu o escapulário de Nossa Senhora:

“Do Carmo a Flor 
vide florida 
do céu esplendor. 
Virgem fecunda, 
singular 
Mãe sem par 
De homem ignorada! 
Ao Carmo vem dar 
a tua ajuda. 
Estrela do mar!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 15 de maio de 2022

DIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR - 15 DE MAIO

DIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR - 15 DE MAIO

HOMILIA - 15.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR

Origens

Isidoro nasceu em Madri, capital da Espanha, no ano 1070. Era filho de uma família de camponeses, pessoas muito simples e fiéis; católicos praticantes seguidores de Jesus Cristo. Isidoro cresceu em paz e feliz. Revelou-se, desde pequeno, ser muito caridoso para com todos. Trabalhava com sua família, numa propriedade que tinha sido arrendada por seus pais.

Oração e casamento

Isidoro costumava levantar bem cedo para ir à missa. Fazia isso sempre, antes de se dirigir para o trabalho no campo. Continuou com essa mesma rotina depois de casado. Sua esposa se chamava Maria Toríbia e os dois tiveram um filho. Depois de casado, suas práticas de fé e caridade se destacaram mais ainda. 

Acusação

Certa vez, Isidoro foi acusado de deixar o trabalho para ficar rezando na parte da manhã. Diziam que ele só queria ficar na igreja ao invés de ir para o trabalho. Ele tinha, realmente, o hábito de dar uma pausa no trabalho, uma vez ao dia, para se dedicar à oração do terço, a qual fazia de joelhos. Isso, porém, não chegava a atrapalhar seu trabalho. Pelo contrário, depois de rezar ele voltava ao trabalho com mais força e vigor. Assim, recuperava sempre o tempo que tinha ficado em oração. O patrão até que tentou impingir-lhe um castigo, mas não teve como fazer isso, por causa da bondade e da eficiência de Isidoro.

Caridade fraterna

Santo Isidoro não se destacava apenas pela oração e pelo trabalho. Destacava-se mais ainda pela solidariedade para com os mais pobres. Com eles, sempre dividia tudo o que ganhava no trabalho. Para si e sua família, deixava apenas o necessário, tanto para a alimentação quanto para uma vida digna. Por isso, todos o tinham como um pai e um amigo para todas as horas.

Morte do filho

Provavelmente o maior sofrimento vivido por Santo Isidoro e sua esposa tenha sido a morte do filho, ainda criança. Porém, apesar da imensa dor, Isidoro e sua esposa Maria não cederam à revolta e à mágoa. Pelo contrário, juntos, os dois se dedicaram ainda mais aos pobres e aos necessitados. Santo Isidoro deixou um rastro de humildade, se simplicidade, de caridade e de amor ao próximo.

Morte

Santo Isidoro Lavrador faleceu pobre e sem ter se tornado conhecido. Sua morte aconteceu em 15 de maio de 1130, na cidade de Madri. Ele foi sepultado de maneira comum, sem nenhuma especial distinção. Os pobres e necessitados, porém, sofridos, compareceram em grande número em seu funeral simples. Somente depois de sua morte é que começou espontaneamente, por esses mesmos pobres, a devoção popular. Muitos milagres foram atribuídos à intercessão de Santo Isidoro Lavrador. Esses milagres se tornaram parte da tradição espanhola.

Reconhecimento

Somente depois da morte de Santo Isidoro é que as autoridades eclesiásticas iniciaram o processo de reconhecimento da santidade de Isidoro. A devoção do povo simples do campo e da cidade de Madri levam a igreja a reconhecer o grande valor de Santo Isidoro: o temor a Deus, a fidelidade aos mandamentos, uma vida justa e reta, alicerçada no seguimento a Jesus Cristo, na oração e na caridade. 

Culto

Filipe II, rei da Espanha, foi curado de uma grave enfermidade quando pediu com fé a intercessão de Santo Isidoro Lavrador. Por isso, ele mesmo formalizou o pedido oficial de canonização do santo junto à Santa Sé. No ano de 1622, o papa Gregório XV, depois de confirmar alguns milagres pela intercessão de Santo Isidoro, celebrou sua canonização. Nesta celebração foram canonizados, juntamente com Santo Isidoro Lavrador, Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, Santa Teresa d'Ávila e São Filipe Néri. Depois disso, Santo Isidoro lavrador foi instituído padroeiro dos trabalhadores rurais, dos desempregados, dos indígenas e também da cidade de Madri.

Oração a Santo Isidoro Lavrador

“O Santo Isidoro, a vossa fé vos levava a esquecer o mundo para contemplar as belezas do Reino de Deus. Dando-vos em oração, os anjos completavam o vosso trabalho de agricultor. Abençoai-me, Santo Isidoro! Abençoai a minha família, a minha terra, a minha horta, as minhas plantações, a minha criação. Pedi aos anjos que sustentem as minhas forças nas horas de cansaço. Abri os meus olhos e fazei-me ver, na semente que nasce, na flor que desabrocha, no fruto que amadurece, a força criadora de Deus onipotente. Santo Isidoro, fortalecei a minha fé, dai-me gosto pela oração, para a minha piedade atraia as bênçãos de Deus e dos anjos do céu sobre o trabalho de minhas mãos e faça frutificar a minha plantação. Amém. Santo Isidoro, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 14 de maio de 2022

DIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO - 14 DE MAIO

DIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO - 14 DE MAIO

HOMILIA - 14.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO

Origens

São Matias é citado pela primeira vez no livro dos Atos dos Apóstolos, 1, 15-26. Matias se tornou um dos doze Apóstolos depois da morte e ressurreição de Jesus. Foi ele quem ocupou o lugar de Judas Iscariotres, que se suicidou depois de perceber o grave erro que cometera. O número 12 era muito importante para o grupo dos Apóstolos, pois simbolizava as 12 tribos de Israel que, por sua vez, simboliza todo o povo de Deus. Os 12 Apóstolos de Jesus simbolizam, assim, a restauração do povo de Deus. Por isso, era importante escolher o décimo segundo Apóstolo. Por ter sido escolhido depois, ele é chamado também de “Apóstolo Póstumo”.

A escolha

Vejamos como aconteceu a escolha deste grande Apóstolo:

"Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena ‘Que outro receba seu cargo’. Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus... E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos". (At 1, 21-26) 

Discípulo fiel

Através deste relato do Livro dos Atos, podemos deduzir que, embora não tenha sido contado entre os doze desde o início, Matias foi um discípulo de Jesus e acompanhou o ministério do Mestre desde o início: “E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus...” Portanto, ele conheceu Jesus pessoalmente. Certamente deve ter sido um dos setenta e dois discípulos que Jesus enviou a pregar pelas cidades conforme Lucas 10, 1-24. Matias era, portanto, um discípulo fiel de Jesus. Tanto que estava lá, presente entre os seguidores do Mestre, após a morte, ressurreição e Ascenção do Senhor.

Evangelizador 

Segundo a Tradição, o Apóstolo São Matias, depois de receber a força do Espírito Santo em Pentecostes, saiu em missão para evangelizar a Judéia, a região da Capadócia e, depois, ainda esteve nas terras distantes da Etiópia. Sua missão foi eficaz e converteu a muitos em todos esses lugares. Por isso mesmo, ele sofreu duras perseguições até o martírio.

Martírio

São Matias sofreu duras perseguições durante toda a sua missão apostólica. Porém, não desanimou. Incansável, anunciou o Evangelho de Jesus Cristo até o fim de sua vida. E entregou sua vida por Cristo. A Tradição conta que São Matias morreu por apedrejamento e que, depois disso, foi decapitado na cidade de Jerusalém. Sabe-se que ele testemunhou até o fim sua fidelidade a Jesus, a despeito das injúrias, das torturas e da morte. Por causa de seu testemunho, muitos se converteram à fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

Relíquias

A Tradição conta que Santa Helena, mãe de Constantino, o imperador romano, ordenou a trasladação das relíquias do Apóstolo São Matias para a cidade de Roma. Uma parte delas permaneceu guardada na famosa igreja de Santa Maria Maior. O restante foi trasladado para a igreja de São Matias, que fica na cidade de Treves, Alemanha. Há uma tradição que diz que esta cidade foi evangelizada por São Matias. Por isso, ele foi instituído como seu padroeiro. 

Oração a São Matias

“São Matias, és agora testemunha do Senhor, como apóstolo chamado em lugar do traidor. Do perdão de Deus descrendo, Judas veio a se enforcar; como o salmo anunciara, passe a outro o seu lugar. Por proposta de São Pedro, que preside a reunião, lançam sorte, e eis teu nome! Quão sublime vocação! E a tal ponto te consagras em levar ao mundo a luz, que proclamas com teu sangue o evangelho de Jesus. Dá que todos nesta vida percorramos com amor o caminho revelado pela graça do Senhor. Uno e Trino, Deus derrame sobre nós a sua luz; conquistemos a coroa, abraçando a nossa cruz!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 13 de maio de 2022

DIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - 13 DE MAIO

DIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - 13 DE MAIO

 

HOMILIA - 13.05.22

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

 

Tela para Quadro 50x70 - Nossa Senhora de Fátima

 

Nossa Senhora de Fátima teve origem na cidade de Fátima, uma cidade de Portugal, onde três meninos, Lucia de Jesus Santos, com 10 anos e  seus primos Francisco Martos de 9 anos e Jacinta Martos de 7 anos, tiveram a visão de Nossa Senhora.

Aconteceu no ano de 1917. Sete aparições de Nossa Senhora aos três meninos, sempre no dia 13 de cada mês. A primeira foi no dia 13 de maio. Lucia via e conversava com Nossa Senhora de Fátima. Francisco só via e não ouvia os diálogos. Jacinta via e ouvia, mas não falou com Nossa Senhora de Fátima.

História de Nossa Senhora de Fátima

Quando Nossa Senhora de Fátima apareceu aos três, eles descreveram assim a visão: Parecia ter uns 18 anos a Senhora, rodeada de claridade fulgurante, seu vestido era de uma alvura puríssima, assim como o manto ornado de ouro, que lhe cobria a cabeça e grande parte do corpo. O rosto sobrenatural e divino, estava sereno e grave, com uma sombra de tristeza. Em suas mãos, uma cruz de ouro com um terço em contas que pareciam pérolas, e de seu corpo, especialmente do rosto irradiavam feixes de luz, incomparavelmente superior a qualquer beleza humana.

No começo as crianças se assuntaram, mas Nossa Senhora de Fátima as tranquilizaram, dizendo para não terem medo, e que ela era do Céu. Nossa Senhora disse para rezarem o terço todos os dias, para alcançarem a paz e o fim da guerra. A mensagem de Fátima é uma mensagem de conversão e arrependimento.

Nossa Senhora de Fátima insiste na oração do terço. Ela disse que o comunismo só cairia depois de muita oração. E assim aconteceu. A oração e a Igreja, através do Papa João Paulo II tiveram papel decisivo na queda do muro de Berlin e, por conseguinte, do comunismo.

Perseguição contra as crianças de Fátima

Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50 pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes públicos. Chegaram a ser até presas na delegacia de Fátima, mas nunca negaram as aparições.

Oração de Nossa Senhora de Fátima que rezamos até hoje

Em uma das aparições, Nossa Senhora ensinou esta oração aos meninos. Ela foi acrescentada na reza do Rosário: Quando rezarem o terço, digam após cada mistério; ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.

Após a terceira aparição o povo começou a acreditar, e cada vez mais se aglomeravam mais pessoas, chegando a mais de trinta mil na última aparição.

Milagre de Nossa Senhora de Fátima

Na sexta aparição, Maria Santíssima disse a Lucia que naquele local, com o dinheiro das doações, deveria ser construída uma capela com o nome de Nossa Senhora do Rosário. E quando ela se levantava suavemente para ir embora, o sol  apareceu entre as nuvens como um grande disco prateado, brilhando muito, mas sem cegar as pessoas. Começou a girar vertiginosamente e suas bordas se tornaram avermelhadas espalhando raios de fogo, de modo que sua luz refletia nas pessoas nas árvores, e foi vista até quarenta quilômetros de distância do local das aparições.

Por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra, e todos com medo pediam perdão para Deus. O milagre durou cerca de dez minutos. A partir desses acontecimentos, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, aumentou, se difundiu para o mundo todo, e hoje, em seu enorme santuário, todos os peregrinos vão fazer seus pedidos, agradecimentos e orações.

Oração a Nossa Senhora de Fátima

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graça contidos na prática de vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço em que devemos ter com essa devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da Vossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de vossos preciosos frutos e alcancemos a graça, que vos pedimos nesta oração,  se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém.

Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 12 de maio de 2022

DIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO - 12 DE MAIO

DIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO - 12 DE MAIO

HOMILIA - 12.05.22

 

HISTÓRIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO

Nereu e Aquiles viveram no século III. Foram severamente torturados e morreram durante a perseguição militar, com a qual deu início a era de Diocleciano, no Império Romano. Uma das marcantes representações de martírio é a gravura de Santo Aquiles atingido pelo verdugo.

Sobre Pancrácio, sabemos que ele herdou dos pais a fé, coragem e admiração pelo imperador. Agora, ao tornar-se órfão, teve de morar com um santo tio chamado Dionísio, que morreu mártir antes do sobrinho. Diante da perseguição promovida pelo imperador, Pancrácio, que era muito jovem, começou a ver pessoas testemunhando Jesus até o sangue, como o seu tio e amigo.

Persuadido pelo próprio imperador, que recordava o amor aos pais, São Pancrácio manteve-se fiel a Jesus, mesmo diante das promessas e ameaças de morte.

Portanto, com apenas 15 anos, São Pancrácio soube dizer ‘não’ ao poder opressor e ‘sim’ à vida eterna, na qual entrou depois de ser decapitado, ou seja, martirizado com Nereu e Aquiles.

Santos Nereu, Aquiles e Pancrácio, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 11 de maio de 2022

DIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI - 11 DE MAIO

DIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI - 11 DE MAIO

HOMILIA - 11.05.22

 

HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI

Origens

Francisco Inácio Vincenzo Peis, nasceu em Laconi, Itália, em 17 de novembro de 1701. Filho de uma família pobre e muito cristã, ele foi o segundo entre nove filhos. Seus pais eram ricos na prática das virtudes tanto humanas quanto cristãs. Por isso, educaram seus filhos na doutrina e no seguimento fiel de Jesus Cristo. 

Vocação e carismas

Desde a infância Inácio demonstrou sentir importante chamado para seguir na vida religiosa. Foi agraciado com dons especiais da cura e da profecia. Além disso, tinha um forte carisma e era querido por todos. Por outro lado, praticava penitências bastante severas. Mesmo assim, mantinha-se sempre sereno e alegre. Procurava, em tudo, estar em comunhão com Jesus Cristo. 


Vocação e doença

Aos dezenove anos, Inácio caiu gravemente enfermo. Em duas ocasiões esteve á beira da morte. Essas experiências levaram-no a decidir que sua vocação era seguir os mesmos passos de São Francisco de Assis, dedicando-se aos pobres e aos doentes. E ele prometeu que, se ficasse curado, assim seria sua vida. E a cura chegou.

Franciscano

 Curado, Inácio de Laconi dirigiu-se para a cidade de Cagliari. Seu objetivo era entrar no convento dos freis capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Porém, por causa de sua saúde ainda frágil, não pôde ser recebido no convento. Ele, então, decidiu dar o devido tempo para a sua recuperação total. Então, depois de recuperar-se totalmente, ele fez os votos e vestiu o hábito dos franciscanos. Era o ano 1721.

Peregrinação franciscana

Frei Inácio de Laconi, foi enviado em missão para inúmeros conventos. Depois de quinze anos peregrinando a serviço da ordem, voltou para o Convento Capuchinho do Bom Caminho em Cagliari. Lá, ele viveu até a morte. Assumiu a função de porteiro do convento e desempenhou-a até o fim de seus dias.

Espírito Franciscano

Santo Inácio de Laconi vivia entre os irmãos o verdadeiro espírito franciscano. Amava a pobreza e o desprendimento; estava sempre disponível para os pobres, para os doentes, para os desamparados. Atendia sempre e com todo amor aos doentes do corpo e aos doentes da alma. Muitos desses, tidos como pecadores, recolocaram no caminho da fé depois de conhecerem frei Inácio.

Cegueira e morte

Nos últimos cinco anos de sua vida, Santo Inácio de Laconi ficou totalmente cego. Isso, porém, não o impediu de continuar a cumprir rigorosamente os regulamentos da vida no convento e as práticas da vida alegre em comunidade. Santo Inácio de Láconi faleceu em 11 de maio de 1781. Logo, sua fama de santidade se espalhou por causa de vários milagres conseguidos mediante sua intercessão. Ele foi beatificado em 1940 por Pio XII e canonizado em 1951 pelo mesmo Papa.

Oração a Santo Inácio de Laconi

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Laconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 10 de maio de 2022

DIA DE SANTO ANTONINO - 10 DE MAIO

DIA DE SANTO ANTONINO - 10 DE MAIO

HOMILIA - 10.05.22

 

HISTÓRIA DE SANT ANTONINO 

Santo Antonino nasceu em Florença, Itália, no ano de 1389. Era filho único de Nicolau e Tomazina Pierrozi. Foi educado na fé cristã e costumava ir todos os dias à igreja de São Miguel quando tinha apenas 10 anos de idade. Lá, ele rezava sempre diante do crucifixo e do altar de Nossa Senhora. Mal sabia aquele menino frágil que sua marca ficaria para sempre na grande e importante cidade de Florença.

Vida de Santo Antonino

Em 1404, quando tinha 15 anos, na mesma igreja de São Miguel, Antonino teve o desejo de entrar para a ordem dos Dominicanos. Procurou, então, o frei Giovanni Dominici e expôs a ele seu desejo. Frei Giovanni era o superior do convento, (posteriormente, junto com Santa Catarina de Siena e São Raimundo de Cápua, tornou-se um dos mestres da reforma Dominicana e Cardeal Arcebispo da Ragusa). 

Perseverança surpreendente

Frei Giovanni, porém, viu que Antonino era muito jovem e muito frágil. Por isso, e achando que ele não suportaria as exigências da vocação, perguntou-lhe por qual matéria tinha mais afeição.  Antonino lhe respondeu que era pelo Direito Canônico. Então, frei Giovanni, disse que quando ele soubesse de cor todo o Direito Canônico, voltasse a procurar o mosteiro. Depois de um ano estudando, Antonino voltou ao mosteiro com todo o texto do Direito Canônico, na ponta da língua. Vendo que era quase impossível tal façanha, o frei Giovanni admitiu Antonino no mosteiro com apenas 16 anos de idade. Era o ano de 1405.

Noviciado de Antonino

Antonino foi, então, para Cartona iniciar o seu noviciado, fazendo enorme progresso nas virtudes do saber. Depois de um ano de estudos, fez a profissão dos votos definitivos.

Conheceu ali o frei Angélico, expoente da pintura sacra.

Grande na Reforma Dominicana

Após o noviciado, Santo Antonino voltou para Florença com mais três professores. Tornou-se ali um grande teólogo, nunca parando de estudar. Não querendo participar do Cisma, (divisão) da igreja que se estava anunciando, foi morar no mosteiro da cidade de Foligno, onde a vida religiosa era muito austera, como queria o Frei Giovanni.

Santo Antonino, superior da ordem

Houve em Foligno uma peste devastadora que os obrigaram a voltar para Cartona e no ano de 1418, com 29 anos, Antonino se torna Prior, (superior) da ordem Dominicana. A reforma dominicana estava muito debilitada pelo Cisma e pela peste, mas, com seus estudos e orações, Antonino, que tinha a reputação de ciência, prudência e santidade deu vida nova à reforma dominicana.

Mostrava sempre o que deveria ser feito com seus exemplos, e dizia: o primeiro dever é o de dar exemplo. O mestre deve prestar contas a Deus de todos aqueles que lhe são submissos, e merece a morte cada vez que lhes oferece um mau modelo.  Foi considerado um alicerce da teologia moral.

Antonino, o Arcebispo de Florença

Com o falecimento do Cardeal Bartolomeu Zarabella, Florença ficou por nove meses sem seu Arcebispo. Foi então, que, após uma conversa de Frei Angélico com o Papa Eugênio IV e depois do Papa meditar na oração que seria o melhor Arcebispo que Frei Antonino foi nomeado Arcebispo de Florença. Ele não queria tal cargo e só aceitou quando o Papa o ameaçou de excomunhão caso não aceitasse. Quando foi nomeado, disse: Senhor, aceito este cargo contra a minha vontade, para não resistir àquela de vosso Vigário. Assisti-me, pois, Senhor, porque sabes que necessito.

Frei Antonino tinha  56 anos e todo o povo festejou sua nomeação, pois achavam que ele já era um Santo. Ficou em Florença por 13  anos como Arcebispo da cidade.

O conselheiro Santo Antonino

Santo Antonino manteve a vida austera que levava antes, não mudando em nada sua maneira de viver. Por causa de sua sabedoria e grande conhecimento do direito canônico, todos vinham se aconselhar com ele. Assim, ele ficou conhecido como Antonino dos Conselhos.

Milagre de Santo Antonino

Devido à sua fé inabalável, sua vida de trabalho e oração, todos recorriam a ele para pedir conselhos e orações. Um dia recebeu um homem desesperado, pois havia perdido seu filho único. Santo Antonino, que era filho único, entendeu o sofrimento daquele pai e começou a rezar. Em seguida disse ao homem: Volta para tua casa, pois teu filho está te esperando! O homem voltou e encontrou seu filho vivo e bem, para o espanto de todos as testemunhas oculares, que viram o menino morto durante horas.

Devoção a Santo Antonino

No ano de 1459, ao 70 anos, Dom Antonino ficou doente. Foi levado para a casa de campo de Santo Antonio Del Vescovo. Todos tentavam encoraja-lo mas, ele disse: Fiat voluntas tua. (seja feita a vossa vontade). No dia 30 fez um simples testamento pedindo para ser enterrado em Florença, na igreja de São Marcos. Faleceu na madrugada do dia 2 de maio, após uma longa agonia. Seu velório durou 8 dias por causa da multidão que queria se despedir do santo arcebispo. Durante o velório, de seu corpo exalava um agradável perfume.

Por causa dos vários milagres ocorridos em sua sepultura, o Papa Adriano VI, no ano de 1523, realizou a canonização de  Santo Antonino. Seu corpo foi encontrado incorrupto cem anos após sua morte no ano de 1559.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 09 de maio de 2022

DIA DE SÃO PACÔMIO - 09 DE MAIO

DIA DE SÃO PACÔMIO - 09 DE MAIO

HOMILIA - 09.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO PACÔMIO

Origens

Pacômio nasceu no ano 287, em Tebaida, Egito. Seus pais eram pagãos, bastante supersticiosos e prestavam culto a vários deuses. Pacônio, por sua vez, desde a infância, rejeitava tudo isso. De forma que seus pais nunca conseguiram que ele se comportasse como eles.

Soldado e prisioneiro

Aos vinte anos, Pacômio foi convocado para servir o exército do imperador. Neste serviço, foi preso na cidade de Tebes. Na prisão, Pacômio encontrou-se pela primeira vez com um grupo de cristãos. Ele nunca tinha ouvido falar de Jesus Cristo nem do cristianismo. Mas, o que ele presenciou nesse primeiro contato, transformou sua vida para sempre.

O encontro com os cristãos

Estando à noite naquela prisão, passando fome, Pacômio recebeu uma porção de alimento da parte de alguns cristãos. Estes, tinham conseguido entrar escondidos na prisão. Tal gesto vindo de pessoas que ele não conhecia, o comoveu. Por isso, ele quis saber quem os tinha enviado àquele lugar tão ruim para ajudar a quem não conheciam. Os cristãos responderam simplesmente: "quem nos enviou foi Deus que está no céu".

Toque de Deus

Na noite abençoada, Pacômio se pôs em oração com aqueles cristãos, rezou a esse “Deus que é Pai” e viveu uma experiência singular. A partir das primeiras palavras que ouviu sobre Jesus Cristo e o Evangelho, sentiu em seu coração que esta era a fé que ele tanto procurava sem o saber. O Evangelho tocou seu coração de tal maneira que ele se converteu à fé cristã e agradeceu a Deus por ter sido preso.

Batismo e deserto

Depois de libertado da prisão, Pacômio retornou ao Egito e procurou os cristãos. Lá, foi batizado e se uniu à comunidade. Depois, conheceu um eremita chamado Palemon. Este já era idoso e vivia afastado, dedicando-se à oração. Pacômio quis se tornar discípulo do ancião. A princípio, porém, Palemon não quis recebê-lo, sabendo que a solidão, os sacrifícios e a vida de oração dos eremitas eram para poucos. Pacômio, porém, queria e estava determinado. Tanto que convenceu o ancião de que poderia ficar.

Chamado de Deus

Certo dia, enquanto caminhava e rezava, Pacômio ouviu em seu coração uma voz. Esta voz lhe dizia para construir naquele lugar, um mosteiro e que, tal obra, iria acolher muitos religiosos chamados para a vida monástica. Depois disso, um anjo apareceu a ele e o ensinou a maneira como deveria proceder a organização do mosteiro. 

Obediência e resultado

Pacômio começou, então, a trabalhar arduamente para cumprir a missão que recebera de Deus. Foi um ato de fé. Construiu tudo na fé e deixou tudo pronto. Então, depois, as profecias se cumpriram. Muitos que foram chamados para a vida monástica começaram a chegar se uniram a ele. Eremitas, religiosos e monges, vindos de várias localidades pediram para ingressar no mosteiro de Pacômio.

Aprovação e desenvolvimento

O mosteiro floresceu e o famoso bispo Atanásio, que, mais tarde, tornou-se santo e doutor da Igreja, deu aprovação eclesiástica à obra de São Pacômio. O próprio irmão do bispo, chamado João, distribuiu sua riqueza aos pobres, uniu-se a Pacômio.

Novidade

São Pacômio inaugurou uma forma de vida monástica diferente no Egito. Ao invés de pequenos grupos ligados a um líder carismático, os mosteiros fundados por ele eram verdadeiras comunidades cristãs com regras detalhadas para a convivência em comum, para a oração e para o trabalho.

Florescimento e morte

São Pacômio conseguiu, em vida, fundar outros oito mosteiros masculinos e ainda um feminino. A fama de sua santidade propagou-se por todo o país do Egito e também pela Ásia Menor. Deus deu a ele, em favor da comunidade, o dom da profecia. São Pacômio faleceu aos sessenta anos, em 347, atingido por uma peste que assolou todo o Egito. Sua obra perdurou de tal forma que, no século XII, ainda havia mais de quinhentos monges da Ordem que ele fundara. Sua celebração litúrgica foi instituída para o dia 9 de maio.

Oração a São Pacômio

“Ó Deus, que destes a São Pacômio a graça de conhecer-vos e de se entregar a vosso serviço de tal forma que que toda a Igreja se beneficiou, dai também a nós a graça de conhecer a vossa vontade e de cumpri-la, servindo-vos de todo o coração. Por nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Pacômio, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 08 de maio de 2022

DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO

DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO

HOMILIA - 08.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO VÍTOR

Origens

Vítor, era apelidado de “o Mouro” porque era nascido na Mauritânia, de língua árabe, que fica no Norte da África. Vitor nasceu num lar cristão e recebeu fé sólida desde criança. Depois de adulto ingressou nas legiões romanas, tomando parte no exército do então imperador Maximiano. Progrediu na carreira militar e se tornou centurião, isto é, comandante de um destacamento de cem soldados.

Transferido para Milão

Aconteceu que o imperador Maximiano quis acabar com uma rebelião que estava acontecendo na Gália, hoje França. Para tanto, o imperador recrutou um enorme contingente de soldados das legiões que ficavam no Oriente e d as que ficavam no norte da África. O centurião Vitor deslocou-se para Milão, no norte da Itália.

Heroísmo cristão

O imperador, entretanto, exigia que os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses romanos antes de partirem para as batalhas. Quem se recusasse, recebia como castigo a morte. Quando chegou a vez do centurião Vitor, este recusou. Não cultuou deuses pagãos e afirmou perante todo o destacamento sua fé no Deus único, Jesus Cristo. E as consequências vieram.

Prisão

Por causa de sua recusa, Vitor foi levado a um tribunal e passou por um interrogatório. Diante do juiz, confessou sua fé em Cristo e argumentou que isso não ia contra sua lealdade ao imperador. Assim, prometeu lealdade ao imperador no que diz respeito às ordens militares e laicas. Quanto à fé, reafirmou que não renegaria sua fé em Cristo. Por isso, ele foi preso e permaneceu por seis dias sem água nem comida. A cadeia onde São Vitor ficou preso fica ao lado da Porta Romana. Até os dias de hoje ela é conhecida como o “cárcere de São Vítor”.

Torturas e testemunho

Terminados os seus dias, o centurião Vítor foi cruelmente arrastado pelas ruas de Milão, sendo levado para o hipódromo do Circo, junto a onde é hoje a Porta Ticinense. Lá, foi interrogado novamente. Dessa vez, pelo próprio imperador. Vitor não renegou sua fé em Jesus Cristo. Então, por ordem do imperador, foi duramente flagelado. Porém, para a admiração de todos, manteve-se firme. De volta à prisão, os carrascos cobriram suas feridas com chumbo derretido. Mesmo assim, por milagre, saiu ileso do horrendo castigo.


Fuga e morte

Vítor recuperou-se extraordinariamente rápido e todos os que presenciaram ficaram espantados. Na primeira chance que teve, fugiu da prisão. Refugiou-se em uma estrebaria que ficava junto a um teatro. Hoje, neste local, encontra-se a Porta Vercelina. Por fim, foi descoberto. Levaram-no a uma floresta perto dali e o decapitaram. Aconteceu no dia 8 de maio do ano 303.

Corpo guardado por feras

A Tradição conta que o corpo de São Vitor ficou jogado, sem sepultura, durante uma semana. Ele foi achado por um bispo santo, chamado São Materno. Este encontrou o corpo de São Vitor intacto e sendo incrivelmente vigiado por dois animais ferozes. Quando o bispo chegou, as feras se foram. No mesmo local construída uma grande igreja dedicada a São Vitor. Depois, várias outras igrejas foram construídas em Milão dedicadas a São Vitor. Construíram também monumentos em sua homenagem. O mais significativo, porém, é o cárcere onde ele ficou preso.

Santo amado

São Vítor é um dos santos mais venerados, respeitados e amados pelos moradores de Milão. O fato de ele ter sido preso, torturado e martirizado ali, permanece vivo para o ovo. A maioria dos habitantes conhece a história do santo e sabe conta-la com todos os detalhes. O culto a São Vítor, o Mouro, se tornou famoso no mundo católico. Ele passou a ser invocado o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

Oração a São Vitor

“Deus, nosso Pai, ouvi esta prece que a vós elevam todos os aflitos, prisioneiros e exilados: Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara de seu furor. Ele me guiou e me fez andar na treva e não na luz; só contra mim está ele volvendo e revolvendo sua mão todo o dia. Consumiu minha carne e minha pele, despedaçou os meus ossos. Edificou contra mim e envolveu minha cabeça de tormento. Fez-me habitar nas trevas como os que estão mortos para sempre. Cercou-me com um muro, não posso sair; tornou pesadas minhas cadeias. Por mais que eu grite por socorro ele abafa minha oração. Murou meus caminhos com pedras lavradas, obstruiu minhas veredas … Os favores do Senhor não terminaram, suas compaixões não se esgotam; elas se renovam todas as manhãs, grande é a sua felicidade!” (Lamentações 3,1ss).


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 07 de maio de 2022

DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO

DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO

HOMILIA - 07.05.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA

Origens

Santa Flávia Domitila era uma nobre dama da Roma antiga, esposa de um cônsul chamado Flávio Clemente. De linhagem nobre, era sobrinha de um dos mais famosos imperadores romanos, Vespasiano, pai de Domiciano. O pouco que se sabe hoje sobre Santa Flávia Domitila foi encontrado numa inscrição que data aproximadamente do ano 100 e está conservada na basílica italiana dos santos Nereu e Aquiles. Estes dois ficaram conhecidos como eunucos de Flávia. Nereu e Aquiles são considerados santos e mártires, pois morreram decapitados por causa da fé em Cristo.  

Conversão ao cristianismo

Por volta do ano 100, Santa Flávia Domitila já era casada com Flávio Clemente. O casal era simpatizante do cristianismo, enxergando na fé nascente os valores mais nobres. Nereu e Aquiles eram dois eunucos que serviam diretamente a ela. Eles conquistaram sua confiança, amizade e fé. Os dois eram cristãos fervorosos e conseguiram conquista-la de vez para a fé em Cristo.

Correndo os riscos de assumir a fé

Encantada com a beleza da fé cristã e com o conhecimento de Jesus Cristo, Flávia Domitila assumiu sua fé diante da corte romana. As consequências não demoraram a aparecer. Santa Flávia Domitila foi presa, julgada e, como não renunciasse à fé cristã, foi condenada ao exílio na ilha de Ponza. Quanto ao seu marido Flávio Clemente, alguns escritos dizem que ele foi decapitado.

Morte lenta e sofrida

A ilha de Ponza, no Mar Tirreno, era um lugar inóspito, abandonado, sem nenhuma condição de vida para um ser humano. Ali, Santa Flávia Domitila passou seus últimos dias vendo sua vida definhar de forma lenta e sofrida. Porém, manteve sua fé e sua esperança no encontro definitivo com Jesus Cristo. Ali, ela entregou sua alma a Deus. Ela e seu marido tiveram a coragem de enfrentar o imperador romano por causa da fé em Jesus Cristo.

Celebração conjunta

O calendário tridentino mantinha uma festa conjunta de Nereu, Aquiles e Flávia Domitila no dia 12 de maio, por serem os dois eunucos os responsáveis pela conversão de Santa Flávia. Nos primeiros tempos do cristianismo o nome de Santa Flávia Domitila ficou muito conhecido por causa de sua coragem de levar a fé até as últimas consequências. Ela se tornou um exemplo para muitos cristãos de sua época.

Oração a Santa Flávia Domitila

Ó Deus, que destes a Santa Flávia Domitila a graça do conhecimento de Jesus Cristo, vosso Filho e, a partir deste conhecimento, a graça da perseverança até o fim, dai também a nós o mesmo conhecimento de Cristo e a perseverança na fé, mesmo em meio às adversidades da vida e perseguições. Amém. Santa Flávia Domitila, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 06 de maio de 2022

DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO

DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO

HOMILIA - 06.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO

São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, no vilarejo chamado Riva, pertencente a Castelnuovo d'Asti, na Itália. Era um dos três filhos de Carlos Sávio, ferreiro, e Brígida Agagliate, costureira. Uma família simples, mas rica na fé. São Domingos Sávio foi aluno de um mestre muito especial: São João Bosco. Sabe-se hoje que, toda a sua vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.

A maturidade precoce de São Domingos Sávio

Domingos Sávio foi um jovem cheio de grande sensibilidade, São João Bosco disse em citação que ele era “de boa índole e muito piedoso”. Ele teve uma vida curta, mas sempre traçada em direção à santidade que muitos idosos não conseguiram. Isso foi obra do Espírito de Deus. Pode-se dizer também que foi fruto da maravilhosa pedagogia criada por São João Bosco.

Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.

Primeira comunhão

A infância de Domingos Sávio teve uma grande marca: a Primeira Eucaristia. Naquele tempo, ela era feita somente aos doze anos. Mas o pequeno Domingos, a recebeu aos sete anos, cheio de fervor se distinguiu pelo cumprimento de um lema de vida criado por ele mesmo: “Antes morrer que pecar”. Percebia-se facilmente o amadurecimento espiritual do pequeno Domingos nos propósitos por ele mesmo estabelecido quando fez a Primeira Comunhão. Nessa ocasião, ele escreveu seus propósitos conservados até hoje. Veja os escritos de Domingos Sávio:

1) Confessar frequentemente e receber a Eucaristia quando o confessor permitir;

2) Santificar os dias de festa;

3) Serei amigo de Jesus e de Maria;

4) Prefiro morrer que pecar”.

Esses propósitos revelam maturidade na vida espiritual e mostram que, para Deus, a idade é um fator relativo quando se trata amor a Deus e vida virtuosa.

Imitação de Cristo

São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que domingos não tinha feito aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os colegas forjaram.

O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.

O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.

Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas. O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos diante de toda a classe.

O encontro de São Domingo Sávio com Dom Bosco

Aos doze anos de idade São Domingos Sávio se encontrou com São João Bosco e passou a fazer os estudos secundários, como eram chamados na época. Domingos era inteligente, sempre com boas notas. E ele nunca deixou de lado sua meta de alcançar a santidade. Por isso, ele reza e empenha-se nos estudos.

Tocado pelo carisma de São João Bosco, e pelo grande ideal que se resumia na expressão “Dai-me almas”, Domingos quis, mais do que nunca, salvar mais e mais pessoas. Por isso, ele fundou a Companhia da Imaculada Conceição. Dessa entidade simples saíram os melhores ajudantes de São João Bosco

Ele não pensava só em si. Várias vezes disse a Dom Bosco: “Quantas almas esperam nosso auxílio na Inglaterra! Oh! Se eu tivesse forças e virtude, quisera ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo, convertê-las todas, a Deus”.

Dons extraordinários de São Domingo Sávio

São Domingos Sávio  tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.

Devoção a São Domingo Sávio

Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais, onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão linda! Que lindo!”

Domingos Sávio foi beatificado em 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. Ele é o padroeiro das pessoas que sofrem falsas acusações, dos jovens delinquentes e dos cantores do coro da igreja. Sua festa é celebrada no dia 5 de março.

Oração a São Domingos Sávio

Querido São Domingos, vós que ofereceu sua curta vida totalmente ao amor de Jesus e de Sua Mãe. Ajudai a juventude de hoje a compreender a importância de Deus em suas vidas. Vós tornastes um santo através de permanente participação nos sacramentos, iluminai os meus parentes e filhos da importância da frequente Confissão e da Santa Comunhão. Quando jovem vós meditastes no sofrimento da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, obtenha para nós a graça de um ardoroso desejo de sofrer por amor a Ele. Nós desesperadamente necessitamos de sua intercessão para proteger as crianças de hoje das tentações e das zombarias do mundo. Olhai por eles e guiai-os na estrada para o Paraíso. Peça a Deus que nos dê a graça de santificar nossos deveres diários fazendo-os por amor a Ele. Nos lembre sempre da necessidade de praticar as virtudes em tempos de atribulações e dificuldades. São Domingos Sávio, preservai a vossa inocência em nossos corações e rogai ao Senhor por nós e pela salvação de nossa alma. Amem.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 05 de maio de 2022

DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO

DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO

HOMILIA - 05.05.22

 

HISTÓRIA DE SANTO ÂNGELO

Origens

Ângelo nasceu no ano1185, em Jerusalém, Israel. Seus pais, judeus de religião, se chamavam José e Maria. Esses nomes eram comuns na região. Eles se converteram ao catolicismo depois que Ângelo recebeu um aviso de Nossa Senhora quando estava em oração. O aviso é seus pais teriam outro filho. Acontece que isso, humanamente, não seria possível porque os pais de Ângelo já estavam em idade avançada.

Conversão dos pais

Aconteceu que a profecia dita por Ângelo se cumpriu. Seus pais tiveram outro filho ao qual puseram o nome de João. Encantados com a misericórdia de Deus, converteram-se e foram batizados juntamente com o novo filho, que recebeu o nome de João. Mais tarde, João também se tornou um frade carmelita.

Carmelita

Ângelo ingressou na Ordem Carmelita com dezoito anos. Passou cinco anos no monte Carmelo, em Israel. Este é o mesmo lugar o profeta Elias onde viveu. Viveu também em vários conventos carmelitas instalados na Palestina e na Ásia Menor. Recebeu vários dons carismáticos, especialmente o da profecia e o dom dos milagres.

Ordenação e peregrinação

No ano 1213, frei Ângelo foi ordenado padre na Ordem dos Carmelitas. Ele foi um dos carmelitas que saíram do Monte Carmelo e foram até Roma para pedirem ao papa Honório III que a Regra do Carmelo fosse por ele aprovada. Depois disso, os carmelitas instalaram-se na Sicília. 

Encontro com santos

Na Sicília, Padre Ângelo e os carmelitas visitaram a basílica de São João. Lá, providencialmente se encontraram com dois santos: Padre Domingos de Gusmão e frei Francisco de Assis. Nesse encontro, Santo Ângelo recebeu o avido de que morreria como mártir de Jesus Cristo.

Vivendo entre os hereges

Entre as grandes realizações de Santo Ângelo, a que mais cama a atenção foi a missão evangelizadora que realizou entre os hereges chamados cátaros, na Sicília. Inúmeras foram as conversões que aconteceram quando o povo o ouvia pregar e via os milagres que se operavam por sua intercessão. Dentre essas conversões, destaca-se a de uma mulher que vivia uma relação de incesto com um homem bastante rico do lugar.

Uma conversão que lhe custou a vida

Era o dia 5 de maio de 1220. O Padre Ângelo acabava de fazer uma linda pregação na igreja dedicada a São Tiago de Licata, na Sicília. Pouco depois dessa pregação ele foi assassinado por um estranho. Depois se soube a morte de Santo Ângelo tinha sido encomendada por aquele senhor rico, que não tinha se conformado com a conversão da amante e queria continuar com a relação incestuosa que mantinham.

Venerado pela população

Logo após sua morte, o povo começou a venerá-lo como santo. Uma igreja foi construída no local onde ele foi assassinado. Ali também seu corpo foi sepultado. Sua canonização aconteceu em 1498. Em 1662 seus restos mortais foram transladados para a igreja dos carmelitas. O culto a Santo Ângelo passou a ser bastante difundido entre dos fiéis e na Ordem dos Carmelitas. A devoção a Santo Ângelo mantém-se viva até os dias de hoje. Ele é invocado pelos devotos nas dificuldades da vida.

Oração a Santo Ângelo

“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir Santo Ângelo destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santo Ângelo, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 04 de maio de 2022

DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO

DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO

HOMILIA - 04.05.22

 

HISTÓRA DE SÃO FLORIANO

São Floriano é o padroeiro dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os que combatem o fogo. É também protetor dos limpadores de chaminés. Ele viveu no século III d.C. Sua festa é celebrada no dia 4 de maio. Sua imagem conta a história de sua vida. Vamos conhece-la.

A farda de São Floriano

A farda de São Floriano, com detalhes em dourado e azul, revela que ele foi oficial do exército romano, ocupando um cargo acima do de centurião. De fato, ele atuou numa legião fixada na região da atual Áustria, no vale do rio Danúbio. Devido à sua inteligência, perspicácia e coragem, foi designado administrador militar numa vila chamada Noricum, onde sua legião se fixara.

A cruz na mão esquerda

A cruz na mão esquerda de São Floriano simboliza a fé cristã que ele professava mesmo sendo um oficial do exército romano. Fixado numa legião romana distante de Roma foi mais fácil para ele e para milhares de soldados viverem a fé cristã. Com efeito, um grande número de mártires cristãos dos séculos II e III eram soldados romanos.

O balde de São Floriano

O balde de São Floriano, às vezes segurado por ele, ou, às vezes, por um anjo, retrata a missão que ele assumiu em sua legião. Em determinada época do ano a região de Noricum era assolada por incêndios que ameaçavam seriamente a vila. Por isso, São Floriano treinou e coordenou um grupo de soldados que se tornaram especialistas no combate ao fogo. Este grupo passou a se chamar "Combatentes do Fogo". Certa vez, um grande incêndio surpreendeu a vila de madrugada. O fogo se alastrou tão rapidamente que os soldados não tiveram tempo para combatê-lo. Por isso, São Floriano fez uma oração pedindo a Deus um milagre. Em seguida, sentiu no coração o impulso de pegar um balde de água e atirá-la ao fogo. Quando fez isso, o fogo cessou imediatamente, para espanto de todos. Por causa disso, muitos soldados de sua legião se tornaram cristãos. E, também por causa disso, ele é o protetor dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os combatentes do fogo.

O anjo ao lado de São Floriano

O anjo ao lado de São Floriano significa o Mensageiro que levou seu pedido até Deus. Significa também a proteção de Deus para com todos aqueles que dedicam suas vidas pelo bem do próximo.

O estandarte branco com a cruz vermelha

O estandarte branco com a cruz vermelha sustentado pelo braço esquerdo de São Floriano significa que, além de ser cristão, ele propagou a fé cristã onde estava, principalmente entre os soldados de sua legião, sob seu comando. A cruz vermelha também simboliza o sangue de Cristo e dos mártires. São Floriano passará por esta dura prova de fé.

A pedra de moinho

A pedra de moinho ao lado de São Floriano nos fala de seu martírio. Por ordem do Imperador Diocleciano, o comandante da legião à qual São Floriano pertencia começou a agir contra os cristãos. Assim, ele prendeu São Floriano e mais quarenta soldados liderados por ele sob a acusação de terem se tornado cristãos. O comandante exigiu que eles renunciassem à fé em Jesus Cristo e adorassem ao imperador, que era visto em todo o império como um "deus". São Floriano e os demais soldados recusaram-se a obedecer, alegando que: 1) o imperador não era um "deus", mas Jesus Cristo, sim; 2) a fé em Cristo era um bem precioso demais; 3) a fé não atrapalhava o império e não era incompatível com a função dos soldados, mas, pelo contrário, enobrecia tal função. O comandante, porém, não aceitou tais argumentos e mandou torturar São Floriano e os quarenta soldados. Como eles permaneceram firmes, sem renunciar a Cristo, o comandante mandou mata-los. São Floriano foi amarrado a uma pedra de moinho e atirado no rio Ens, que banhava a vila. Assim, ele deu sua vida pelo fogo abrasador que é a fé em Jesus Cristo. Isso aconteceu em 4 de maio do ano 304 e este dia tornou-se o dia da festa de São Floriano.

Oração a São Floriano

"Ó Deus, que envia ao mundo homens e mulheres para nos lembrar que o seu amor está acima de todas as coisas, dai-nos, pela intercessão de São Floriano, buscar sempre a união convosco e com todas as pessoas de boa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 03 de maio de 2022

DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO

DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO

HOMILIA - 03.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO

Filipe nasceu em Betsaida, Galileia, hoje Israel, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.

Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).

Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!

São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, Galileia, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos, nós o encontramos como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta, e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.

O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.

São Filipe e São Tiago, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 02 de maio de 2022

DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO

DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO

HOMILIA - 02.05.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ATANÁSIO

 

Nascido no Egito, Atanásio foi diácono ao lado do bispo S. Alexandre, a quem acompanhou ao Concílio de Niceia (325), no qual foi reafirmada a divindade de Cristo.

Depois das perseguições, a igreja de Alexandria tivera uma ativíssima vida intelectual, mas não sem desvios perigosos. Ario, logo seguido de grande número de bispos e princípes, ensinava que Jesus Cristo não era verdadeiro filho de Deus, mas simples criatura, em certo sentido divina. Anulava assim nossa divinização em Cristo.

Atanásio, feito bispo de Alexandria, em 328, foi o principal e incansável defensor da doutrina transmitida pelos Apóstolos. Perseguido pelos imperadores e arianos é mandado quatro vezes ao exílio, viu por fim triunfar a verdadeira fé.

Por sua doutrina e ardente amor a Cristo, é honrado como um dos quatro grandes doutores da Igreja Oriental.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 01 de maio de 2022

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO

HOMILIA - 01.05.22

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO

São José é descendente da casa real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento

Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém partir do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.

O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

Vida Simples

São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos,exaltou as virtudes deSão José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José operário". Esta, acontece no dia primeiro de maio.

São José é invocadotambémcomo o padroeiro dos carpinteiros. Na arte cristã ele é representadotendo um lírio na mão, representando a vitória dos santos. Algumas vezes ele aparece também com o menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.

Revelações sobreo poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, uma dos santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Esta é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 30 de abril de 2022

DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL

DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL

HOMILIA - 30.04.22

 

HISTÓRIA DE SÃO  PIO V

Nascido no ano de 1504 na província de Alexandria, Egito, São Pio V, tinha o nome de Antonio Miguel, logo aos 14 anos ingressou na congregação dos dominicanos, logo após isso sendo ordenado sacerdote, e passando por todas as etapas rapidamente.

 

São Pio V se tornou professor, prior, e bispo, e anos mais tarde se tornaria finalmente o Papa, sendo um grande reformador da Igreja.

Após assumir São Pio V apesar de ter sido procurado por parentes, não os deu sequer um emprego, com a afirmação de que ainda que parente do Papa, se não estiver miserável, já é rico o suficiente.

 

São Pio V era um homem muito rígido, e implantou várias mudanças no campo pastroal, como a obrigação de residência para os bispos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, e visitas as pastorais.

 

Mais que um Papa, Pio V também uniu a Europa, acabando com várias guerras internas, excomungando a rainha da Inglaterra Elizabeth Primeira.

Durante muitos anos fez um belo trabalho, porém no dia 1 de maio de 1572 o Papa Pio V faleceu, deixando um legado de renovação, e santidade na igreja seguido até hoje.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 29 de abril de 2022

DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL

DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL

HOMILIA - 29.04.21

 

 

HISTÓRIA DE SANTA CATARINA DE SENA

Origens

Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Siena (Sena), na Itália. Filha de uma família muito pobre, ela foi uma entre os vinte e cinco filhos que seus pais tiveram. Por causa de toda essa situação, Catarina teve uma infância conturbada. Não teve condições de estudar e, além disso, cresceu fraca e franzina. Vivia sempre doente.

Chamada desde criança

Com apenas sete anos, a pequena Catarina quis consagrar a Deus sua virgindade. Já nessa idade, relatava visões em seus momentos de oração. Também já fazia penitências rigorosas, mesmo que sua família se opusesse a isso. Obedecendo ao chamado de seu coração, ela seguia em frente.

Um exemplo que converte

Tendo apenas quinze anos, a jovem Catarina decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, ou, dominicana. Também como religiosa, em seus momentos de oração contemplativa, entrava em êxtases. A simples observação desses fatos levou à conversão centenas de pessoas durante a juventude da Santa.

Analfabeta e mestra

Depois de adulta, Catarina de Sena continuou sua vida de oração e atuação na sociedade. Com o intuito de orientar o povo, e como não sabia escrever, ela passou a ditar cartas para as pessoas. Nessas cartas, ela orientava as atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz.

Influenciando os destinos da Igreja

Então, apareceu a primeira grande dificuldade na vida de Catarina e da Igreja: o cisma católico. Fazia já setenta anos que a sede da Igreja estava em Avignon, na França, e não em Roma. Com isso, a autoridade da igreja sofria influência da política francesa. Muitos na igreja pensavam que seria impossível superar essa adversidade, porque dois papas estavam disputando a Cátedra de São Pedro. Com isso, o povo católico, em todo o mundo, sofria. Santa Catarina, porém, inspirada por Deus, começou a agir. Viajou pela Itália inteira e também por outros países, falando, pregando, ditando cartas aos reis, aos príncipes e aos governantes católicos. Também ditou cartas aos cardeais e aos bispos. Por fim, ela conseguiu que Urbano VI, o verdadeiro papa, voltasse para Roma e assumisse o legítimo governo da Igreja.

Heroína durante a peste negra

Outra grande dificuldade enfrentada por Santa Catarina de Sena, foi a peste negra. Para muitos, essa barreira seria intransponível. Santa Catarina, porém, enfrentou com serenidade e firmeza. A peste, com efeito, dizimou quase um terço de toda a população da Europa. Santa Catarina colocou-se ao lado dos doentes, lutando por eles e curando a muitos através de ações diretas e de suas orações. Seu exemplo de amor e misericórdia converteu centenas de pagãos e deixaram seus contemporâneos perplexos.

Analfabeta e Doutora da Igreja

Em meio a todas essas turbulências em sua vida, Santa Catarina de Sena conseguiu deixar obras literárias extraordinárias, ditadas por ela, escritas e editadas por vários copistas. Sua obra é de grande valor histórico, espiritual, religioso e místico. Um de seus livros mais importantes é o "Diálogo sobre a Divina Providência". Esta obra é lida, estudada e respeitada até os dias de hoje. No seu tempo, teólogos famosos viajavam de longe para ouvir as pregações e meditações de Santa Catarina de Sena, por causa de sua grande sabedoria, profundidade teológica e poder da Palavra.

Humildade e estigmas de Cristo

Santa Catarina de Sena não era nem mesmo uma religiosa com votos perpétuos. Era apenas uma simples irmã leiga da Ordem Terceira dos Dominicanos. Porém, apesar de analfabeta, ela é considerada a mulher cristã mais impressionante do segundo milênio. Frágil, simples, além de toda a sabedoria de Deus, ela portava em seu corpo franzino os estigmas, ou seja, as chagas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Morte

Catarina de Sena faleceu em 29 de abril de 1380, dia de sua festa. Foi vítima de um derrame quando tinha apenas trinta e três anos de idade. Em tão pouco tempo de vida, esta mulher admirável realizou muito pela Igreja e pela humanidade. A cabeça de Santa Catarina está na cidade de Sena. Lá se conserva a casa onde ela viveu. Seu corpo foi trasladado para Roma. Fica na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. O Papa Paulo VI declarou-a "doutora da Igreja" em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra.

Oração a Santa Catarina de Sena

“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.

Volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição e suplica a ti que obtenha pelas tias preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).

Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.

Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Santa Catarina de Sena, rogai por nós!”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 28 de abril de 2022

DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL

DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL

HOMILIA - 28.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT

 

Louis-Marie Grignion de Montfort Nasceu em Montfort-Sur-Meu (França) em 31 de Janeiro de 1673, aos 12 anos foi estudar no colégio dos Jesuítas de Rennes. E terá sido já no colégio Saint-Thomas-Becket da mesma cidade, durante seus estudos de teologia e filosofia, que sua grande devoção a Maria Santíssima começou a desabrochar, transformando-o, mais tarde, num dos mais eminentes mariólogos da Igreja. Autor de vários livros de espiritualidade, entre eles o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, o mais conhecido e difundido no mundo. Fundou várias congregações religiosas para continuar a sua obra. Entre eles destacam-se a Companhia de Maria e as Filhas da Sabedoria. Louis Le Crom, missionário da Companhia de Maria, é historiador e consagrou dez anos da sua vida a escrever esta biografia completíssima do grande apóstolo mariano.

 

Hoje celebramos a festa litúrgica de Luís Maria de Montfort. A festa é mais uma vez uma ocasião para recordar com afeto e gratidão um santo, que não é uma figura desvanecida do passado, mas um ícone sempre luminoso do presente.

 

Grignion de Montfort morreu a 28 de abril de 1716, durante a missão em Saint-Laurent sur-Sèvre, após o seu último sermão sobre a doçura e ternura do amor de Jesus. Morreu jovem, aos 43 anos, após dezasseis anos de vida missionária, viveu intensamente, cheio de zelo pelo Evangelho, saindo sempre de si mesmo - diria o Papa Francisco - para o Senhor e para as periferias existenciais do seu tempo. O desejo de tornar Jesus conhecido e de trazer os corações de volta para Ele é a paixão que o consumiu! Era um vagabundo nas estradas do Reino de Deus, com um cajado numa mão e o Evangelho e o terço na outra.

 

A inscrição então colocada no seu túmulo diz: "como ele viveu, assim ele morreu"! O contrário também é verdade: ao contemplar como São Luís Maria morreu, descobrimos para quem e pelo que viveu, quais foram os batimentos do seu coração!

 

É assim que os seus biógrafos relatam os seus últimos momentos: " Pegou na sua mão direita o crucifixo que tinha trazido consigo de Roma... e na sua mão esquerda pôs a estátua da Santíssima Virgem que normalmente levava sempre consigo. E, uma após outra, beijou ternamente estas imagens, invocando Jesus e Maria". Toda a sua vida está aqui, sempre colocada entre Jesus e Maria! Uma vida totalmente dada a Jesus, em primeiro lugar! Ele procurou e desejou apenas a Sabedoria, o amável Jesus, e encontrou-o a viver em Maria. Para que o seu coração nunca deixasse de bater com amor por ela, deixou escrito: "Quero que o meu corpo seja enterrado no cemitério e o meu coração debaixo do altar de Nossa Senhora"!

 

Os biógrafos continuam: "Algumas horas antes da sua morte, as pessoas foram reunidas à porta do seu quarto, pedindo para serem autorizadas a entrarem para receber a sua bênção. Ao ouvir o barulho, perguntou porquê. Disseram-lhe, e ele implorou a todos os que estavam perto dele que os deixassem entrar no quarto, todos se ajoelharam para pedir a sua bênção, chorando e soluçando". Luís Maria de Montfort foi o padre de compaixão para com todos aqueles que a sociedade do seu tempo fez e chamou de desperdício humano. Ensinou catecismo a mendigos pobres, visitou e exortou prisioneiros nas prisões, consolou os doentes nos hospícios. Com os seus gestos deu testemunho da misericórdia de Deus e não teve vergonha de tocar a carne de Cristo na carne dos pobres. E eles vieram à sua procura....

 

O que é que São Luís Maria de Montfort nos deixa? O convite a fazermo-nos peregrinos nos caminhos do Evangelho para conquistar para Cristo aqueles que esqueceram o tesouro do batismo, para cultivar uma intensa e verdadeira devoção a Maria, para "sair" para a "periferia existencial" do nosso tempo, para sermos convencidos e, sobretudo, testemunhas convincentes da vida cristã!

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 27 de abril de 2022

DIA DE SANTA ZITA - 27 DE ABRIL

DIA DE SANTA ZITA - 27 DE ABRIL

HOMILIA - 27.04.2022

 

 

HISTÓRIA DE SANTA ZITA

Origens

Zita nasceu no ano 1218, no pequeno povoado chamado Monsagrati, que ficava perto da cidade de Luca, Itália. Sendo de família pobre e com muitos filhos, com apenas doze anos, Zita foi levada para trabalhar na casa de uma família rica e nobre da cidade de Luca. Esta era a única maneira de uma moça não passar a ser mais um peso para a família.

Semiescravidão

Trabalhando para os nobres, Zita não tinha salário. Vivia quase como uma escrava. Em troca, recebia comida e vestimenta. Se a família gostasse dela e quisesse lhe dar um futuro mais seguro, era possível que lhe dessem um dote para poder se casar. Mas isso não era, de maneira alguma, uma obrigação. Muitas moças continuavam no regime de semiescravidão, sem conseguirem casamento, vivendo como eternas dependentes da família para a qual trabalhava.

Sofrimentos

A família para a qual Zita foi trabalhar, não tinha o costume de tratar seus criados com dignidade. Por isso, Zita sofreu muito. Nos primeiros anos, principalmente. Ela foi maltratada por seus patrões e também pelos outros empregados da casa. Zita, porém, era cristã e buscava na oração a força para suportar todas as humilhações que sofria. E a história conta que ela conseguiu suportar tudo com fé e humildade. Destacava-se, no meio dos sofrimentos, pela oração e pela prática da caridade para com os menos favorecidos que ela.

Famosa entre os mais pobres

A caridade cristã fez com que Zita se tronasse bastante conhecida entre os mais pobres que viviam perto da casa ode trabalhava. Tudo aquilo que ela ganhava de seus patrões, a saber, roupas, alimentos a mais, e algum trocado, ela doava aos que mais precisavam.

Reconhecimento

A caridade de Zita foi notada e considerada por seus patrões. Percebendo seu espírito cristão e sua eficiência no trabalho, eles passaram para as mãos da jovem Zita o comando da casa e de todos os criados. Os patrões ficaram satisfeitos com os resultados. Porém, os criados começaram a se morder de inveja e ciúme.

Falsa acusação e milagre

Cheia de inveja e querendo assumir o posto de Zita, uma das criadas da casa acusou-a de distribuir alimentos da despensa da casa entre os mendigos sem autorização dos patrões. Isto seria uma falta bastante grave. Por sua vez, Zita teria muita dificuldade para provar que estava sendo vítima de uma falsa acusação. Quando Zita vinha carregando um grande volume de algo em seu avental, o grande patriarca da casa chegou e, influenciado pela criada invejosa, perguntou a Zita o que ela estava levando escondido no avental. Zita respondeu: "são flores". Então, ela soltou o avental um grande volume de flores caiu e cobriu os pés da santa. Sua inocência ficou provada. Ela foi defendida por Deus.

Amor pelos pobres

A vida de Santa Zita foi de uma linda dedicação aos mais pobres e aos doentes. Ela conseguiu manter essa dedicação até pouco antes de sua morte, que aconteceu em 27 de abril do ano 1278. Tinha ela, então, sessenta anos. Entretanto, o amor e intercessão de Santa Zita em favor dos pobres não terminou com sua morte. Pelo contrário, graças e mais graças começaram ser derramadas sobre todos os que invocavam sua intercessão com fé.

Corpo incorrupto

Por causa dos milagres, o corpo de Santa Zita foi levado para a basílica de São Frediano, em Luca. Na última exumação, feita em 1652, foi constatado que seu corpo estava inteiro, incorrupto. Por isso, o local se tornou um lugar de peregrinação, bênçãos, graças e de vários milagres inexplicáveis pela ciência e aceitos pela Igreja. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Inocêncio XII em 1696. A vida e o exemplo de Santa Zita marcaram tanto a cidade de Luca, que ela foi proclamada padroeira da cidade. Mais tarde, o Papa Pio XII proclamou-a como Padroeira dos empregados domésticos.

Oração a Santa Zita

“Ó Santa Zita, que no humilde trabalho doméstico soubestes ser solícita como foi Marta, quando servia a Jesus, em Betânia, e piedosa como Maria Madalena, aos pés do mesmo Jesus, ajudai-me a suportar com ânimo e paciência todos os sacrifícios que me impõem os meus trabalhos domésticos: ajudai-me a tratar as pessoas da família a que sirvo como se fossem meus irmãos.

Oferecimento: Ó Deus, recebei o meu trabalho, o meu cansaço e as minhas tribulações, e pela intercessão de Santa Zita, dai-me forças para cumprir sempre meus deveres, para merecer o reconhecimento dos que sirvo e a recompensa eterna no céu. Santa Zita, ajudai-me. Santa Zita, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 26 de abril de 2022

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

HOMILIA - 26.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANACLETO

 

Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 25 de abril de 2022

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

HOMILIA - 25.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA

Origens

João Marcos era judeu, da cidade de Jerusalém. Era ainda menino quando os fatos da morte e ressurreição de Jesus aconteceram. Seu pai não é conhecido. Sua mãe, ao contrário, é citada no livro dos Atos dos Apóstolos 12, 12. Por causa da importância de seu filho, ela ficou conhecida como Maria, mãe de João Marcos e, também, Maria de Jerusalém. A Tradição diz que São Marcos foi batizado por São Pedro, de quem ele era discípulo.

Seu lar, uma igreja

São Marcos pertencia a uma das primeiras famílias cristãs da cidade de Jerusalém. Ele não chegou a ser discípulo de Jesus, mas conheceu o Mestre. Segundo a Tradição, foi em sua casa que Jesus celebrou a ceia Pascal e onde instituiu a Eucaristia. Foi também em sua casa que cerca de cento e vinte pessoas, contando com a Virgem Maria e os discípulos, receberam a efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Por isso, sua casa passou a ser conhecida como Cenáculo, que significa “local de reunião”. Pela casa mencionada no livro dos Atos, pode-se imaginar que sua família era bem situada economicamente. Ainda criança, Marcos viu seu lar ser transformado no ponto de encontro dos cristãos de Jerusalém. Ali, com efeito, passou a ser o local de reunião dos apóstolos e de todos os cristãos primitivos.

Discípulo de Pedro e Paulo

Mais tarde, quando jovem, Marcos tornou-se discípulo de Pedro e foi com ele para Roma. Lá, ainda jovem, começou a preparar seu escrito sobre a vida de Jesus, que viria a se tornar o Segundo Evangelho. Em Roma, Marcos também prestou serviços a são Paulo, quando este estava preso pela primeira vez. Seus préstimos foram de tão grande ajuda que, quando foi preso novamente, Paulo escreveu uma carta a Timóteo pedindo que este levasse seu precioso colaborador, Marcos, até Roma, para ajudá-lo na missão apostólica. 

O Evangelho de Marcos

O Evangelho escrito por São Marcos é mais curto que os demais (Mateus, Lucas e João). Porém, traz uma visão muito especial, aquela de quem acompanhou a paixão e os sofrimentos de Jesus quando era apenas um menino. A tônica do Evangelho de Marcos está em demonstrar a glória de Deus que nos foi revelada em Jesus e sua missão. Marcos escreveu atendendo ao pedido dos fiéis de Roma. Com efeito, ele tinha todo o conteúdo sobre a vida de Jesus, recebido diretamente de São Pedro. E, Pedro, além de aprovar o manuscrito, ordenou que sua leitura fosse feita em todas as igrejas. Assim começou a se espalhar o Evangelho segundo São Marcos. 

Sobrinho de Barnabé

Marcos tinha a fé cristã em seu DNA. Além de ser filho de Maria, que cedeu sua enorme casa para a Igreja nascente, era também sobrinho de São Barnabé, que foi grande companheiro de são Paulo em viagens missionárias pelo Oriente Médio e Europa. Por isso, ele certamente conheceu todos os apóstolos e todos os grandes evangelizadores da igreja primitiva.

Simbolizado pelo Leão

São Marcos é simbolizado por um leão e isso tem um motivo muito especial. É que ele começa seu Evangelho apresentando missão do profeta João Batista. João Batista, ficou conhecido como a "voz grita no deserto". Ora, nos tempos primitivos, o leão habitava os desertos e seus rugidos impunham temor e respeito. Por isso, São Marcos é representado pelo leão.

Missionário evangelizador

Levando seu manuscrito do Evangelho, São Marcos partiu em missão apostólica, depois da morte de São Pedro e de São Paulo. Segundo a Tradição, ele foi pregar na ilha de Chipre. Em seguida, foi para a Ásia Menor e, depois, ao Egito. Lá, pregou especialmente em Alexandria. Nesta cidade, ele fundou uma das igrejas que mais cresceram.

Morte

A Tradição nos conta que São Marcos foi martirizado numa festa de Páscoa, justamente quando celebrava o “partir do pão”, que era como os primeiros cristãos chamavam a celebração da santa missa. Anos depois, suas relíquias foram levadas para Veneza, por mercadores italianos. Hoje, elas estão guardadas na famosa Catedral de São Marcos, na mesma cidade. A partir do ano 828, Veneza assumiu São Marcos como padroeiro.

Oração a São Marcos

“Deus Eterno e Todo Poderoso, nós vos pedimos as bençãos e graças necessárias, para a nossa Salvação, pela intercessão poderosíssima do evangelista São Marcos. Tudo isto vos pedimos Pai Celeste, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Marcos, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 24 de abril de 2022

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

HOMILIA - 24.04.22

 

 

 

 

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA

Origens

Fidélis nasceu na cidade de Sigmaringen (Sigmaringa) na Alemanha, em 1577. Filho de uma família nobre e cristã, seu nome de batismo era Marcos Reyd. Demonsrando inteligência brilhante e vocação para os estudos, quando jovem foi enviado para estudar na Universidade de Friburgo, Suíça. Lá, graduou-se em filosofia, bem como em direito civil e canônico. Além disso, formou-se, na mesma universidade, como professor e advogado, no ano 1601. 

Advogado dos pobres

Durante alguns anos, Marcos Reyd exerceu a advocacia na cidade de Colmar, na região Alsácia. Nesse tempo, ele recebeu o apelido carinhoso de "advogado dos pobres". Isso aconteceu porque ele jamais se negava a prestar seus serviços advocatícios de graça para todos aqueles que não tinham condições de lhe pagar os honorários.

Vocação tardia

Apesar de ser um advogado brilhante, até completar trinta e quatro anos de idade, Marcos Reyd ainda não tinha descoberto sua verdadeira vocação, aquele caminho definitivo que seguiria feliz pelo resto de sua vida. Foi, então, que, em 1612, decidiu abandonar tudo para se tornar sacerdote. Para tanto, pediu seu ingresso na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos da mesma cidade de Friburgo. Quando fez os votos perpétuos e vestiu o hábito, adotou o nome de Fidelis, que significa “Fiel”.

Mestre franciscano

Depois de encontrar seu lugar neste mundo, sua verdadeira vocação, São Fidelis escreveu muito. O grande volume de escritos e a profundidade espiritual e teológica dos mesmos, fizeram com que São Fidelis se tornasse um dos grandes mestres espirituais da Ordem Franciscana. Tanto que, até hoje, sua obra é bastante valorizada entre os frades franciscanos.

Perseguição

Por causa de sua santidade, sabedoria e grande capacidade intelectual, São Fidelis de Sigmaringa assumiu importantes missões na Igreja. Numa dessas missões, atendendo a um pedido pessoal do Papa Gregório XV, São Fidelis foi para a Suíça, com o objetivo de combater, por argumentos irrefutáveis, a heresia calvinista. Por isso, foi acusado de ser espião a serviço do imperador da Áustria. Os calvinistas, então, passaram a persegui-lo e a tramar sua morte. São Fidelis enfrentava a tudo com fé, perseverança, sabedoria e muita oração.

Morte

Percebendo que São Fidelis era muito forte na argumentação, os calvinistas decidiram, por fim, mata-lo. Seu assassinato aconteceu logo após ele ter celebrado uma missa na cidade de Grusch. Nessa missa, São Fidelis pronunciou um sermão cheio de fervor e poder da Palavra, motivando e explicando porque os cristãos deveriam prestar obediência à Santa Sé. Terminada a missa, porém, ele foi ferido por um certeiro golpe de espada. No mesmo instante, caiu de joelhos e disse que perdoava seus assassinos. Depois, abençoou a todos e entregou seu espírito a Deus. Era o dia 24 de abril de 1622.

Bilhete revelador

Após a morte de São Fidelis, os frades encontraram entre seus pertences um bilhete, com a letra de São Fidelis. O manuscrito datava de dez dias antes de seu assassinato. Para espanto e admiração de todos, ele escreveu ali que sabia que seria morto em breve, pelas mãos de seus perseguidores. Mas afirmou que entregaria sua vida com alegria e a oferecia por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIV, em 1724.

Oração a São Fidelis de Sigmaringa

“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Fidélis de Sigmaringa destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Fidelis de Sigmaringa, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 23 de abril de 2022

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

HOMILIA - 23.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JORGE

 

São Jorge nasceu em 275, na antiga região chamada Capadócia. Hoje, esta região é parte da Turquia. O pai de Jorge era militar e faleceu numa batalha. Após a morte do pai, Jorge e sua mãe, chamada Lida, mudaram-se para a Terra Santa. Lida era originária da Palestina. Era uma mulher que possuía instrução e muitos bens. Ela conseguiu dar ao filho Jorge uma educação esmerada.

Ao atingir a adolescência, Jorge seguiu a carreira de muitos jovens da época e entrou para a carreira das armas, pois tinha um temperamento naturalmente combativo. Tanto que logo ele se tornou capitão do exército romano. Jorge tinha grandes habilidades com as armas e muita dedicação.Por causa dessas qualidades o imperador Diocleciano deu a ele o título nobre de conde da Capadócia. Assim, com apenas 23 anos, Jorge passou a morar na alta corte de Nicomédia. Nesse tempo, ele exerceu o cargo de Tribuno Militar.

Conversão e morte de São Jorge

Quando sua mãe faleceu, Jorge recebeu a herança que lhe cabia e foi enviado para um nível mais alto ainda: a corte do imperador. Lá, porém, quando começou a ver a crueldade com que os cristãos eram tratados pelo império romano que ele servia, mudou seu pensamento. Ele já conhecia o cristianismo por causa da influência de sua mãe e da Igreja de Israel. Então, ele deu um primeiro passo de fé: distribuiu todos os seus bens aos pobres. Mesmo sendo membro do alto escalão do exército, ele quis a verdadeira salvação prometida pelo Evangelho que ele já conhecia.

Porém, o imperador Diocleciano tinha outros planos. Sua intenção era eliminar os cristãos. Assim, no dia em que o senado confirmaria o decreto do imperador que autorizaria a eliminação dos cristãos, Jorge levantou-se na tribunae se declarou espantado com esta decisão, que julgava absurda. Ele ainda disse diante de todos que os romanos é que deveriam assumir o cristianismo em suas vidas. Todos ficaram muito surpresos quando ouviram palavras como essas vindas da boca de um membro da suprema corte de Roma.

Questionado por um cônsul sobre o porquê dessas palavras, Jorge respondeu-lhe que estava dizendo aquilo porque acreditava na verdade e, por ser esta a verdade, a defenderia a todo custo. Mas, “o que é a verdade?”, perguntou o cônsul. Jorge respondeu: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade".

O Imperador, furioso ao ver o cristianismo infiltrado no império, tentou obrigá-lo a desistir da fé cristã. Por isso, enviou-o a sessões de torturas violentas e terríveis. Assim, depois de cada tortura, Jorge era levado de volta ao imperador. Este lhe perguntava se, depois da tortura,abandonaria a fé cristã.Jorge, Porém, reafirmava sua fé, cada vez com mais coragem. Muitos romanos ao presenciarem estes fatos, tomaram as dores de Jorge, até mesmo a própria esposa do imperador. Aliás, mais tarde, ela se converteu à fé em Jesus Cristo. Por fim, Diocleciano, vendo que não conseguiria dissuadir Jorge de sua fé, mandou que ele fosse degolado. Era o dia 23 de abril do ano 303. Aconteceu na cidade de Nicomédia, na Ásia Menor.

Devoção a São Jorge

Os cristãos recolheram o corpo de São Jorge e veneraram seus restos mortais como relíquias. Isso porque, todo mártir, ou seja, aquele que é morto por causa da fé em Jesus Cristo, se torna santo. Mais tarde, os cristãos levaram as relíquias de São Jorge para a antiga cidade de Dióspolis, onde ele crescera. Lá, seu corpo foi sepultado. Anos mais tarde o primeiro imperador cristão chamado Constantino,conhecendo a bela história de São Jorge, mandou que fosse construído um oratório. Sua intenção era que a devoção a São Jorge se espalhasse por todo o império.

Por volta do século V, já se contavam cinco igrejas dedicadas a São Jorge na capital do império no Oriente, chamada Constantinopla. Mais tarde, no vizinho país do Egito, foram construídas quatro igrejas e mais quarenta conventos dedicados a São Jorge. São Jorge passou a ser venerado como sendo dos maiores santos da Igreja Católica em várias regiões como na Armênia, em Bizâncio e no Estreito de Bósforo, na Grécia.

São Jorge e o Dragão

De acordo com uma lenda, São Jorge fez acampamento com sua legião romana numa região próxima a Salone, Líbia, no norte da África. Lá, diziam haver um enorme dragão com asas. O animal devorava pessoas da cidade como cordeirinhos. Diziam que o hálito daterrivel criatura era tão venenoso que qualquer um que se aproximasse poderia morrer por envenenamento. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, eles ofereciam ovelhas como alimento. Ao acabarem, começaram a oferecer crianças.

O sacrifício caiu então sobre a filha do Rei de 14 anos, Sabra. A menina foi em direção à seu cruel destino e deixou a muralha da cidade, ficou ali à espera da criatura. São Jorge, ao ficar sabendo da história, decidiu por fim a tudo isso. Montou seu cavalo branco e partiu para a batalha. Antes, porém, exigiu que o rei desse sua palavra: se trouxesse sua filha de volta, o rei e todo o reino se converteria ao cristianismo.

O rei aceitou e deu sua palavra. Jorge, então, partiu para a luta com tal "dragão". Depois de muita luta e oração, Jorge acertou a cabeça do dragão com sua poderosa espada que era chamada de Ascalon. Depois, São Jorge cravou sua espada debaixo da asa do dragão, num local que tinha escamas. Assim, o dragão foi ferido mortalmente e caiu sem vida. São Jorge amarrou a fera e a levou arrastadaaté a cidade, levandoconsigo a princesa. Lá, São Jorge, sendo observado pela multidão, cortou a cabeça do fez com todas as pessoas da cidade se tornassem cristãs.

Simbolismo

O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é destruída pelas armas da Fé. A jovem que São Jorge salvou representaria a região da qual ele combateu heresias e instalou a fé cristã.

Oração a São Jorge

“Eu  andarei  vestido  e  armado, com as armas  de  São Jorge. Para  que  meus  inimigos tendo  pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o  meu corpo não alcançarão, facas  e  lanças  se  quebrem  sem  ao  meu corpo chegar, cordas  e correntes se quebrem sem ao meu corpo,  amarrar.       

      São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor;  abre os meus caminhos.  ajuda-me a  conseguir  um  bom emprego;   fazei com  que   eu  seja  bem  visto  por  todos:   superiores,  colegas  e subordinados. Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes  no  meu  coração ,  no  meu lar e  no meu serviço;  vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre ,  abrindo e iluminando os nossos caminhos ,  ajudando-nos também a  transmitirmos  paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Amém.”

 ( rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 22 de abril de 2022

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

 


 

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

HOMILIA - 22.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA DO EGITO

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.

Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.

Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 21 de abril de 2022

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

HOMILIA - 21.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANSELMO

Origens

Anselmo nasceu em 1033 na cidade de Aosta, que fica no norte da Itália. Seu pai era um nobre e frequentava as altas rodas dos governantes e influentes. Por volta dos 15 anos, Anselmo perdeu a mãe. Seu pai tinha planejado uma carreira brilhante para ele, que seria seu herdeiro natural e faria com que a fortuna da família atingisse patamares ainda maiores. Anselmo, porém, sentia em seu coração o chamado para o sacerdócio e a vida religiosa. Seu pai rejeitava violentamente essa ideia. Anselmo tinha um temperamento manso e dócil. Por isso, fez a vontade do pai até seus 22 anos, mais ou menos.

Vocação

Ao fazer a vontade de seu pai terreno, Anselmo sofria e a tristeza crescia em seu coração. Ele não encontrava nenhum prazer nas festas, banquetes e vida luxuosa que seu pai lhe oferecia. Estudava com os beneditinos e isto era um alento para sua alma. Por outro lado, aumentava ainda mais sua dor, sabendo que, se continuasse obedecendo ao pai, não poderia viver a vida que queria.

Fuga

A situação se agravou e ele viu que a única solução seria fugir de casa. Assim, um dia não aguentou mais e fugiu, abandonando a herança, a riqueza e o luxo a que tinha direito em sua família. Andou vagando pela região da Borgonha, França e, por fim, chegou à Normandia, onde encontrou um monge conterrâneo seu chamado Lanfranco. Este o acolheu no mosteiro. Lá, Anselmo dedicou-se ao estudo da religião tendo como Mestre Lanfranco.

 

Teólogo e sacerdote

Em pouco tempo, Anselmo formou-se em teologia e ordenou-se sacerdote. Em pouco tempo também foi eleito abade do mosteiro, por causa de sua sabedoria e busca de santidade. Começou, então, a anunciar o Evangelho pela região tanto quanto podia. Além disso, sentiu a necessidade de uma grande reforma na vida monástica e começou a implementá-la. Por tudo isso, ficou famoso e sua obra começou a influenciar os ambientes acadêmicos, religiosos e seculares. Seus escritos foram em tamanha quantidade e qualidade que ele é chamado o criador da Ciência Teológica no mundo Ocidental.

Arcebispo da paz e da bondade

Por causa de sua grande obra intelectual e espiritual, Santo Anselmo foi proclamado arcebispo-primaz da Inglaterra. Neste cargo, enfrentou grande perseguição dos reis Guilherme e Henrique I, porque seu pensamento era contrário aos interesses políticos e mesquinhos desses reis. Porém, durante os mais duros embates, mantinha a paz, a mansidão e a bondade. Sua fala permanecia mansa e seus argumentos eram de tal forma pacíficos, que desarmava os inimigos e sempre conseguia atingir seus objetivos.

Morte

Santo Anselmo faleceu em Canterbury, aos setenta e seis anos. Era o dia 21 de abril de 1109. Por causa de sua extensa obra teológica e também literária, ele foi proclamado "doutor da Igreja" através do papa Clemente XI, no ano 1720. Sua obra influencia a Igreja até os dias de hoje.

 

Oração a Santo Anselmo

Por intercessão de Santo Anselmo, eu vos peço, Senhor, despertai em mim um forte interesse pela Doutrina Católica. Dai-me perseverança na busca da Verdade ensinada nas Sagradas Escrituras. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 20 de abril de 2022

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

HOMILIA - 20.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO

Origens

Inês nasceu no dia 28 de janeiro de 1268, numa aldeia chamada Graciano, vizinha da cidade de Montepulciano, Itália. Por isso, ela é chamada de Santa Inês de Montepulciano. Filha de uma família riquíssima chamada Segni, desde muito pequena manifestou vocação para a vida religiosa. Aos seis anos disse a seus pais que queria se tornar freira. Por isso, quando completou nove anos seus pais a entregaram aos cuidados das freiras de São Domingos, onde ela passou a viver.  

Precocidade

No convento, Santa Inês de Montepulciano abraçou a vida religiosa e fez desabrochar seu espírito de santidade e sabedoria. Tanto que, com apenas quinze anos, foi eleita superiora. Esta decisão foi estudada e aprovada pelo Papa Nicolau VI através de documento oficial. E, apesar da pouca idade e de ter vivido grande parte de sua vida no convento, Santa Inês de Montepulciano demonstrou grande percepção da realidade para além dos muros do convento.

Um prostíbulo se torna o alvo de Santa Inês de Montepulciano

Havia na cidade de Montepulciano um prostíbulo famoso, frequentado por um grande número de mulheres. A partir de determinada época, Madre Inês começou a dizer para as freiras que, um dia, aquela casa seria transformada num convento. As irmãs não estranharam, pois já conheciam a determinação, o dom da profecia e a santidade da jovem Madre Inês. E assim aconteceu. Ela mesma começou a visitar as mulheres do prostíbulo apresentando a elas o Evangelho de Jesus, um sentido novo para a vida e a misericórdia de Deus, que deseja que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Ela percebeu no prostíbulo almas generosas, que estavam ali por ignorância, por falta de oportunidades e pelas tragédias da vida.

Transforma o prostíbulo num convento

Quando as prostitutas começaram conhecer a fé, a esperança e a caridade vividas por Santa Inês de Montepulciano, a prostituição começou a perder o sentido para elas. E aquelas mulheres marcadas, marginalizadas e sem horizonte, foram recuperando a dignidade e se transformando em pessoas cheias de vida e amor. Conhecedoras da miséria humana como ninguém, elas passaram a ser conhecedoras da misericórdia de Deus que cura e que transforma os corações. Assim, depois de algum tempo, aquele prostíbulo famoso tinha se transformado num convento habitado por ex-prostitutas. E este convento em especial, se tornou modelo de virtude, de ordem, de amor, de oração e de fraternidade entre as irmãs. Todos reconheciam a presença de Deus agindo e recuperando pessoas que não tinham mais nenhuma esperança.

Morte

A precocidade de Santa Inês de Montepulciano ocorreu em todos os aspectos, inclusive na sua morte. Com efeito, ela tinha menos de cinquenta anos quando foi acometida por uma dolorosa enfermidade. Pressentindo sua morte, ela bendisse a Deus, sabendo que tinha deixado discípulas fiéis, inclusive entre as ex-prostitutas. Assim, faleceu na paz do Senhor em 20 de abril do ano 1317. Sua sepultura passou a ser alvo de peregrinações e grandes milagres aconteceram ali por sua intercessão. Os maiores dentre eles, foram conversões de pecadores conhecidos e famosos, que mudaram suas vidas ao conhecerem a história de Santa Inês de Montepulciano e pedirem sua intercessão.

Corpo incorrupto

Por causa do grande movimento de fiéis no túmulo, decidiram traslada-lo para uma igreja dominicana. Quando abriram sua tumba, vários anos após sua morte, viram que seu corpo estava incorrupto, em perfeito estado de conservação. Assim, seu corpo foi levado para uma bela Igreja Dominicana em Orvieto, onde se encontra até hoje. Ela foi canonizada em 1726 pelo Papa bento XIII e brilha nos altares como uma luz da sabedoria, da misericórdia e do amor de Deus especialmente para com os pecadores.

Oração a Santa Inês de Montepulciano

Santa Inês, exemplo de humildade, caridade, vigilância, vida de intensa oração, abençoai-me e olhai para mim. Pois vos olho como a uma mãe misericordiosa, que intercederá junto a Deus por mim e minha família, já que necessitamos de tantas virtudes e graças. Que esta fome de Deus em nós seja saciada, que a perseverança na oração, conceda-nos tudo o que nosso coração tanto deseja e precisa. Concedei-nos a vossa fé, vossa beleza interior, o vosso amor.

Que assim seja. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 19 de abril de 2022

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

HOMILIA - 19.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EXPEDITO

 

Santo Expedito não tem uma data de nascimento conhecida. Sabe-se que ele era Romano. Sabe-se também que foi Senador de Roma, Príncipe-Consul do Império Romano na Armênia, militar, Comandante da XII Legião Romana e, mesmo nessa condição, converteu-se ao cristianismo.

História de Santo Expedito

A XII Legião tinha o nome de Fulminata, nome que significa algo como vem como um raio. A Fulminata tinha cerca de 8 mil homens contando soldados, escravos e cavaleiros. No tempo de Expedito, ela defendia as fronteiras orientais do Império Romano contra os bárbaros asiáticos. Expedito comandou a XII Legião de 296 a 303 d. C. Para ser comandante de uma Legião Romana era preciso muita competência e bravura. Tanto que, alguns anos antes, a mesma XII Legião tinha sido comandada por um Imperador romano, Marco Aurélio, numa campanha onde hoje é a Eslováquia. Sabe-se que Expedito era um líder competente. Seu cargo equivaleria hoje ao de um general. Ele se tornou famoso por manter a disciplina dos soldados e todos o respeitavam. Por outro lado, como a maioria dos soldados romanos, o Comandante Expedito tinha uma vida devassa, rodeada de luxo, prazeres e fama.

Conversão ao Cristianismo

O primeiro contato do Comandante Expedito com o Cristianismo aconteceu dentro da própria XII Legião. Com efeito, uma parte dos soldados da XII era formada de cristãos. Além disso, em suas andanças pelas fronteiras orientais do império, Expedito teve ainda mais contato com o cristianismo. E, para completar, a XII Legião teve um soldado chamado Polieucto de Melitene, que morreu mártir no ano 193. A semente do Cristianismo e do sangue dos mártires nunca cai na terra em vão.

A Procrastinação de Santo Expedito

Expedito era um líder competente na condução da XII Legião tanto nos tempos de paz quanto  nas batalhas. Um comandante vitorioso na carreira militar. Porém, quanto à sua vida espiritual, tinha o vício da procrastinação, isto é, deixar para depois, adiar. Ele simpatizava com a mensagem de Jesus. Admirava os ensinamentos do Mestre de Nazaré e via no Evangelho palavras que ninguém jamais tinha dito antes na história humana. Por isso, ele pensava em um dia converter-se de verdade. Esse dia, porém, ficava sempre para mais tarde, era sempre adiado.

O toque de Deus

Depois de alguns anos procrastinando, Expedito foi tocado pela graça de Deus. Certa noite teve um sonho que mudou sua vida. No sonho, com um corvo representando o espírito do mal, grasnava diante dele a palavra cras, do latim, que significa amanhã, deixe sua conversão para amanhã. O corvo grasnava forte e parecia poderoso. Porém, de repente, Expedito decidiu e pisoteou o corvo dizendo: hodie, que significa hoje, em latim. O Comandante Expedito acordou do sonho decidido e confirmou sua conversão. Por isso ele é considerado o Santo das causas urgentes. Convertido, ele continuou por um tempo ainda chefe da sua legião, conseguindo converter seus soldados também ao cristianismo.

A ira contra Santo Expedito

Com a conversão de Expedito e da sua tropa, o imperador Diocleciano começou a perseguir o Santo e seus soldados. A importância de seu posto fazia dele uma influência muito forte a favor do Cristianismo dentro do Império Romano. Por isso, ele se tornou alvo especial do Imperador.

A Morte de Santo Expedito

Santo Expedito foi preso pela ordem de Diocleciano e foi forçado a renunciar à sua nova fé. Porém, ele não renunciou. Seus castigos começaram pela flagelação romana: 39 chicotadas com o flagrus, chicote que dilacera a pele e causa hemorragia. Expedito tinha aplicado este mesmo castigo a bandidos e indisciplinados. Agora, ele os recebia por causa de Jesus Cristo. E ele permaneceu firme e julgando-se indigno de sofrer o mesmo castigo que Jesus sofrera, aplicado por soldados romanos, como estava acontecendo com ele. Por fim, não renunciando à sua fé, Santo Expedito foi decapitado com espada, por ordem do Imperador Diocleciano, no dia 19 de abril de 303, em Melitene na Armênia.

Canonização

Como Santo Expedito foi morto por causa de Jesus Cristo, ele se tornou um mártir da Igreja e santo reconhecido oficialmente. Sua bravura diante dos sofrimentos por causa da fé serviu de exemplo para grande parte dos soldados de sua Legião, fazendo-os permanecer firmes em sua fé. O exemplo de Santo Expedito arrastou milhares de cristãos na Armênia e, logo, ele passou a ser venerado como santo, o santo das causas urgentes.

Imagem de Santo Expedito

Santo Expedito é representado como um Comandante Romano, vestindo uma túnica branca, uma armadura de superior e um manto vermelho sobre os ombros. Em sua mão direita ele levanta uma cruz com a palavra Hodie (Hoje). Na mão esquerda ele tem uma palma, representando o martírio e a vitória dos mártires. Seu pé direito pisa sobre um corvo, que grita a palavra Cras, (amanhã). A imagem simboliza a grande mensagem de Santo Expedito: Não adie sua conversão, não deixe para amanhã aquilo que deve ser feito hoje, não procrastine!

Oração de Santo Expedito

A PODEROSA ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO

Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes.

Socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vós que sois um Santo guerreiro.

Vós que sois o Santo dos aflitos.

Vós que sois o Santo dos desesperados.

Vós que sois o Santo das causas urgentes.

Protegei-me. Ajudai-me. Dai-me força, coragem e serenidade.

Atendei ao meu pedido. (fazer o pedido).

Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar.

Protegei minha família, atendei o meu pedido com urgência.

Devolva-me a paz e a tranquilidade.

Serei grato pelo resto de minha vida e levarei se nome a todos que tem fé.

Santo Expedito, rogai por nós. Amém.  

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 18 de abril de 2022

DIA DE SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

DIA E SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

HOMILIA - 18.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO APOLÔNIO

 

Filósofo, Apologeta e Mártir

Origens

Apolônio era um romano ilustre e pertencente à nobreza. Mais precisamente, foi senador romano no tempo do imperador Cômodo, que reinou entre 161-192 dC. Destacou-se no senado como homem cheio de talentos, pautado por uma ética irrepreensível, extremamente culto e educado. Versado na filosofia grega e romana, ele encontrou no Cristianismo a consumação da verdadeira ética e da sabedoria que vem de Deus. Ele encontrou em Jesus Cristo a verdade suprema que ilumina todo homem que vem a este mundo. Por isso, converteu-se e foi batizado.

Um senador cristão no tempo da perseguição

Apolônio assumiu a fé cristã sem receios no senado romano. Por algum tempo, ele foi respeitado por causa de seu passado ilustre e sem mancha. Muitos se perguntavam “Porque um homem da envergadura do Senador Apolônio abraçou a fé cristã, uma fé proibida pelo imperador? E ele respondia dizendo que a verdade mais profunda e o verdadeiro sentido da vida só se encontra em Jesus Cristo. Dizia ainda como filósofo que a ética perfeita só será encontrada no cristianismo. Como Apolônio era um orador excepcional, conquistava o coração de muitos, que se convertiam à nova fé.

Senador denunciado

O comportamento de Santo Apolônio, porém, ao mesmo tempo que agradava a alguns, desagradava a outros. E não demorou muito até que ele fosse denunciado a Perennuius, prefeito pretoriano de Roma, como cristão e disseminador do cristianismo. Como era senador, Santo Apolônio teve a possibilidade de apresentar sua defesa diante do senado romano. Lá, leu um volume admirável de escritos que defendiam a fé cristã e a colocavam como a única esperança para a humanidade e para o império romano.

Apologeta

Santo Apolônio defendeu a fé cristã brilhantemente, com argumentos irrefutáveis diante da lógica, ciência na qual era um expert. Por esta razão, Santo Apolônio é chamado de “Apologeta”, uma palavra de origem latina que significa “aquele que defende sua fé” com argumentação lógica e contundente.

Condenação

Diante toda a força da argumentação de Santo Apolônio no senado romano, muitos se tornaram simpatizantes da fé cristã e, mais tarde, muitos se converteram. Porém, mesmo assim Apolônio foi condenado pela prática e disseminação do cristianismo. A acusação teve como base não uma argumentação à altura, ou que refutasse seus argumentos, mas sim a breve citação da lei outorgada por Trajano, imperador romano, que proibia a prática do cristianismo.

Coragem

Santo Apolônio disse, diante de sua condenação, que não tinha medo de morrer e afirmou: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada à quem viveu bem na terra". Além disso, não deixou de argumentar sobre a superioridade da Doutrina Cristã no que diz respeito à vida, à morte, à ética, ao amor, à justiça e à verdade. Muitos se convenceram ao ouvirem seus argumentos, mas não tiveram força política para evitarem sua condenação.

Morte

Como senador e cidadão romano, Santo Apolônio tinha direito à pena de morte aplicada aos romanos: a decapitação. Era uma morte “honrosa”, que não infringia ao condenado as torturas terríveis destinadas aos que não eram cidadãos romanos. Antes da aplicação da pena, ele teve ainda a oportunidade de renegar a fé cristã e escapar da morte, mas ao invés de renega-la, fez uma bela e solene profissão de fé. Preferiu morrer a negar Jesus Cristo, seu Senhor. Assim, foi decapitado no dia 18 de abril do ano 185. Seu testemunho de fé entrou para a história do cristianismo e muitos se converteram por causa de seu exemplo. Como mártir, passou a ser venerado como santo no dia de sua morte, 18 de abril.

Oração a Santo Apolônio

Ó Deus, que destes a Santo Apolônio a graça de conhecer-vos profundamente e de conhecer e propagar a Doutrina Cristã, dai-nos a graça deste conhecimento para que possamos defender a fé onde quer que estejamos com coragem e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 17 de abril de 2022

DIA DE SANTO ANICETO - 17 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANICETO - 17DE ABRIL

HOMILIA - 17.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANICETO

 

Aniceto nasceu na Síria, em 9 de dezembro de 92, e foi sucessor do Papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.

A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.

O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma - foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 16 de abril de 2022

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

HOMILIA - 16.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS 

 

Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em consequência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.

Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.

Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”. Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.

O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: “Peça a essa senhora que diga o seu nome”. A resposta foi: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: “Imaculada Conceição”.

Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.

Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.

Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 15 de abril de 2022

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

HOMILIA - 15.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CRESCENTE

 

Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.

Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.

Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.

São Crescente, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 14 de abril de 2022

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

HOMILIA - 14.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTA LUDOVINA

 

Ludovina, Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Ludovina era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente.

Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.

Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa sequência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Ludovina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: ‘Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer’. E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Ludovina entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma bênção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Ludovina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Ludovina só se alimentava da sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Ludovina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Ludovina ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 13 de abril de 2022

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

HOMILIA - 13.04.22

 

HISTÓRIA DE SÃO MARTINHO I

 

Originário de Todi, Itália, e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Não pediu nem aguardou o consentimento à sua eleição da parte do imperador Constante II que no ano anterior promulgara o Tipo, documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para barrar a difusão dessa heresia, três meses após sua eleição, o papa Martinho convocou, na basílica de são João de Latrão, grande concílio, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente.

A condenação de todos os escritos monotelitas, sancionada nas cinco sessões solenes, provocou irritadíssima reação da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o papa. Olímpio quis cumprir as ordens imperais com algumas alterações e tentou, por meio do seu escudeiro, assassinar o papa durante a celebração da missa em Santa Maria Maior. No momento de receber a hóstia consagrada das mãos do pontífice o sicário puxou o punhal, mas foi imediatamente atingido por uma cegueira total.

Provavelmente esse fato convenceu Olímpio a trocar de atitude e a reconciliar-se com o santo pontífice e projetar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde cumprir a sua vingança, fazendo com que o novo exarca de Ravena, Teodoro Calíopa, prendesse o papa.

Martinho, acusado de ter-se apossado ilegalmente do alto cargo de sumo pontífice e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi conduzido por via marítima até à cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o início de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas, a nenhum dos tantos fiéis que foram encontrar-se com o papa foi concedido aproximar-se dele. Ao prisioneiro não era dada nem água para se lavar. Chegando a Constantinopla a 17 de setembro de 654, o papa ficou estendido numa cama na rua pública recebendo os insultos do povo durante um dia inteiro, antes de ser fechado por três meses na prisão Prandiária. Depois iniciou-se o longo e exaustivo processo, durante o qual os sofrimentos foram tão grandes a ponto de o acusado murmurar: “Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim um benefício”.

Humilhado publicamente, despido e exposto aos rigores do frio, carregado de correntes, foi fechado na cela reservada aos condenados à morte. A 16 de março de 655 fizeram-no partir secretamente para o exílio em Quersoneso, na Crimeia. Sofreu fome e foi se enfraquecendo no mais absoluto abandono durante outros quatro meses, até que a morte o colheu, fraco de corpo, mas não de vontade, aos 16 de setembro de 655.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 12 de abril de 2022

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

HOMILIA - 12.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JÚLIO I

O nome do Papa S. Júlio figura no Martirológico Romano no dia de hoje, 12 de abril,  com o comentário de que ele lutou muito pela fé católica contra os arianos.

O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas o Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, dirigiu a Igreja de 337 a 352.

Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo.

Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.

Morreu 12 de abril 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 11 de abril de 2022

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E DE SÃO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E SANTO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

HOMILIA - 11.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTA GEMMA GALGANI

 

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Infância e caminho de fé

Santa Gemma Galgani (1878-1903) nasceu em Lucca, um vilarejo italiano e desde criança manifestou grande desejo pela oração graças a sua mãe. Esta morreu muito cedo de tuberculose e o pai de Gemma deixou a pequena aos cuidados do semi-internato das Irmãs de Santa Zita.

De tanto insistir, recebeu a primeira comunhão aos 9 anos. Ela dizia: “Dá-me Jesus… e verás quão boa eu serei. Eu vou mudar bastante“.

Anos mais tarde, quando ela já tinha 19 anos, seu pai veio a falecer e infelizmente os gestores de sua empresa não souberam administrar o dinheiro, perdendo tudo, o que deixou ela e seus irmãos em condições de pobreza.

O sofrimento começava a fazer parte de sua vida. Ela desenvolveu uma séria doença na coluna e além disso, contraiu meningite; em pouco tempo seus braços e pernas começaram a paralisar. Foi neste momento que se apegou a São Gabriel Possenti de Nossa Senhora das Dores (na época Venerável) e passou vê-lo todas as noites perto de sua cama.

Certa noite, quando achava que sua morte se aproximava, ouviu o barulho de um terço a mover-se; era o santo. Este lhe pediu de fazer uma novena em honra ao Santíssimo Coração de Jesus para alcançar a cura. Ao final dos nove dias Gemma estava de pé para a alegria e espanto de todos.


Estigmas

Gemma cultivava em seu coração a ideia de entregar-se a vida religiosa, todavia o Senhor lhe reservava outros planos.

Certo dia, enquanto pensava sobre isto, ela se pôs a orar e de súbito entrou em êxtase, sentindo um profundo pesar pelos seus pecados. Foi então que a Virgem Maria se apresentou e disse: “Meu filho Jesus te ama sem medida e deseja dar-te uma graça. Eu serei uma Mãe para ti. Serás uma verdadeira filha.”

Foi então que ela viu Jesus com todas as suas chagas em fogo e rapidamente as chamas atingiram suas mãos, pés e coração.

“Senti como se estivesse morrendo, e eu teria caído no chão, se minha Mãe não me tivesse segurado, enquanto todo esse tempo eu permanecia sob o seu manto”.

Gemma relata que permaneceu naquela posição por várias horas e quando acabou, caiu de joelhos, sentindo fortes dores nas mãos, nos pés e no coração.

“Levantei para ir para a cama, e percebi que saía sangue dessas partes onde sentia dor. Cobri-as o melhor que pude, e, ajudada então pelo meu Anjo, pude ir para a cama…”

Entre anjos e demônios

Gemma tinha experiências muitos ricas com seu Anjo da Guarda; muito provavelmente sua pureza atraiu seu fiel guardião e tinham longas conversas. Oravam juntos diversas orações e os salmos, além de meditarem a Paixão de Cristo.

Foi então que no ano de 1902 Gemma se ofereceu a Deus como vítima pela salvação das almas; logo depois ficou extremamente doente. Seu estômago não aceitava nenhum tipo de alimento, tempos depois começou a expelir sangue.

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Junto a isso iniciou-se em sua alma um período intenso de aridez espiritual, com ataques do próprio demônio. Ele tentava convencê-la de que Deus a havia abandonado e como não obtinha sucesso por vezes a atacava fisicamente.

Testemunhas diziam que ela recebia golpes e que o demônio lhe aparecia em forma de bestas que a atacavam de forma feroz.

Seu corpo se fragilizava mais e mais até que no dia 11 de abril 1903, já sem forças, pediu o viático:

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer”. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Gemma sorriu e pendeu a cabeça para o lado dando seu último suspiro. Ela tinha 25 anos.

Orações para pedir a intercessão de Santa Gemma

Aqui me tens prostrada a vossos pés Santíssimos, meu querido Jesus, para manifestar-vos em cada instante meu reconhecimento e gratidão por tantos e tão contínuos favores como me haveis dado e que todavia quereis conceder-me.

Quantas vezes os tenho invocado, Oh! Jesus, me haveis deixado sempre satisfeita; tenho recorrido a vós, e sempre me haveis consolado.

Como poderei expressar meus sentimentos amado Jesus? Vos dou graças… mas outra graça quero de Vós. Oh!, Deus meu, se é de vosso agrado… (Aqui se manifesta a graça que se deseja conseguir). Se não fosseis Todo-Poderoso não vos faria esta súplica. Oh! Jesus, tende piedade de mim. Faça-se em tudo vossa Santíssima vontade.

Pai-Nosso, Ave-Maria e glória…

Oração para obter a cura de um enfermo

Oh! minha celeste padroeira Santa Gemma, por vossa ardente caridade para com o próximo sofreste, na terra, longas e cruéis enfermidades. Lembrai-vos de que, se Deus vos exaltou a tão grande glória, por para que, do Céu, consolásseis os aflitos, convertêsseis os pecadores e curásseis os enfermos.

O pensamento de que milhares dos que a vós recorreram foram socorridos, me anima a pedir a graça que tanto desejo. Restituí, pois, pelo amor de Jesus, restituí perfeita saúde ao meu enfermo.

Oh! Santa Gemma, ouvi esta minha prece! Vós não me haveis de recusar esta graça, se for da vontade de Deus. Eu não a mereço, mas confio inteiramente em vossa poderosa intercessão. Amém.

 

HISTÓRIA DE SANTO ESTANISLAU

 

Celebramos a vida de Santo Estanislau, que nasceu no ano 1030, pouco tempo depois do Cristianismo ter entrado na Polônia. Santo Estanislau foi sacerdote na Igreja de Cracóvia.

O lugar geográfico da Polônia era causa de muitos transtornos internos e externos, porém, nada se comparava ao rei da Polônia – Boleslau II -, que era guerreiro, cruel, devasso e opressor. Por escolha do Espírito Santo, Estanislau tornou-se bispo daquela região; e, como tal, teve de se tornar um “João Batista”, já que o rei dava um grande vexame no campo moral.

Estanislau é amado por toda a Polônia como um santo que profundamente amou os pobres, evangelizou e morreu mártir. Em 1079, o rei Boleslau, num ato de loucura, atingiu com um punhal Estanislau, durante a Santa Missa, lugar onde o santo uniu seu sacrifício ao Sacrifício de Cristo.

Santo Estanislau, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 10 de abril de 2022

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

HOMILIA - 10.03.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA

 

 

Fundadora da Congregação das Filhas da Caridade

Origens

Filha de família nobre e muito rica, Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774, em Verona, Itália. Sua família era bastante influente na importante cidade de Verona. Aos cinco anos, porém, um grande sofrimento marcou sua vida: seu pai veio a falecer e sua mãe simplesmente abandonou os filhos a fim de se casar de novo. Madalena e seus irmãos foram deixados num orfanato de péssima qualidade. Ali, a pequena Madalena ficou doente muitas vezes. Mas a menina Madalena guardava dentro de si um admirável dom de Deus.

Chamada à vida religiosa

Ao completar dezessete anos, a jovem Madalena tentou ingressar no Carmelo duas vezes. Nas duas vezes e percebeu que esta não era sua vocação. Ao mesmo tempo, ela não sabia ainda qual era o plano de Deus para sua vida. Sabendo que esta decisão seria a mais importante de sua vida, guardou o chamado em seu coração e voltou para junto de seus irmãos.

Descobre-se excelente administradora

Irmã mais velha e emancipada, teve condições jurídicas de assumir o controle do enorme patrimônio familiar do qual ela e seus irmãos eram herdeiros. Nessa missão, Madalena descobriu-se excelente administradora e dona de um excepcional tino para os negócios, o que surpreendeu muita gente. Sua vocação para a vida religiosa, porém, permaneceu firme em seu coração. Por causa disso, nunca demonstrou interesse pelo matrimônio.

A descoberta do plano de Deus

A situação política e social da Itália por volta de 1800, com influência da revolução francesa e governos de imperadores estrangeiros na Itália levaram este país a cair em grave situação econômica, favorecendo o surgimento de um grande número de pobres bem como de crianças abandonadas. No meio dessa crise, no ano 1801, bateram à porta do palácio da família de Madalena duas adolescentes, à procura de abrigo. Santa Madalena acolheu as duas. Logo apareceram outras e ela percebeu nesses acontecimentos o chamado de Deus para sua vida.

A semente começa a germinar

Em pouco tempo, Santa Madalena de Canossa tinha transformado grande parte do palácio de sua família numa comunidade de mulheres caridosas e religiosas que se dispunham a cuidar das meninas abandonadas e carentes de tudo. Seus familiares, porém, não aprovavam esta conduta e a situação ficava, por vezes, tensa.

A força do chamado

Sete anos após assumir esse trabalho com as meninas carentes, Santa Madalena de Canossa conseguiu superar as resistências de seus familiares e saiu de seu palácio, deixando o controle dos bens de sua família com seus irmãos. Foi morar na região mais carente da cidade de Verona para, ali, realizar em plenitude o chamado de Deus para a sua vida: dedicar-se à evangelização dos pobres e à sua promoção humana. Para isso, Santa Madalena de Canossa fundou a Congregação das Filhas da Caridade, cujas religiosas seriam formadas como educadoras e evangelizadoras de crianças e adolescentes carentes.

 A confirmação de Deus

Logo, um grande número de moças e mulheres ingressaram na congregação imbuídas do mesmo ideal de educar e evangelizar os pobres. Em pouco tempo novas casas começaram a ser fundadas em várias regiões da Itália e da Europa. Santa Madalena de Canossa escreveu as Regras de Vida da nova Congregação em 1812. Em 1826, já com várias casas pela Europa, o Papa Leão XII aprovou as regras. Em 1831 era inaugurada a primeira casa masculina da Congregação dos Filhos da Caridade na cidade de Veneza. Esta casa foi destinada à formação e evangelização de jovens e adultos carentes.

Santidade

Santa Madalena de Canossa tinha uma profunda vida de oração e mística. Desenvolveu um profundo amor para com Jesus crucificado, que a tornava cada vez mais sensível à dor e a necessidade do próximo. Seu amor para com os mais necessitados era ardente e admirado por todos. Até mesmo Napoleão Bonaparte tomou conhecimento de sua santidade e passou a chama-la de “Anjo da Caridade”.

Morte

Santa Madalena de Canossa faleceu em 10 de abril de 1835. Era uma sexta-feira santa. Em 1860 suas obras masculinas e femininas se estenderam para o Oriente. Hoje, conhecidos como “Canossianos”, eles estão presentes em todos os continentes fiéis ao mesmo carisma que o Senhor despertou em Santa Madalena de Canossa: dar formação humana e evangelização a crianças, adolescentes e jovens carentes, dando uma maravilhosa contribuição para a construção de um mundo melhor. Santa Madalena de Canossa foi canonizada em 1988 pelo Papa João Paulo II.

Oração a Santa Madalena de Canossa

Ó Deus, que destes a Santa Madalena de Canossa a graça de conhecer-te profundamente e, assim, reconhecer a dor do próximo e fazer de tudo para aliviá-la, dai também a nós a graça deste profundo conhecimento de Vós, para que possamos enxergar o sofrimento do próximo e trabalhar pelo seu alívio, por Cristo, Senhor nosso, amém. Santa Madalena de Canossa, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 09 de abril de 2022

DIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS - 09 DE ABRIL

DIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS - 09 DE ABRIL

HOMILIA - 09.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA DE CLÉOFAS

Origens

Santa Maria de Cléofas é uma tia de Jesus citada nos Evangelhos. A forma como ela é chamada, Maria “de Cléofas” é uma referência ao seu marido chamado Cléofas. Em algumas versões ele é chamado de Cléopas ou de Clopas, mas trata-se da mesma pessoa. Cléofas Alfeu era irmão de São José e Maria de Cléofas era irmã da Virgem Maria segundo algumas tradições. Santa Maria de Cléofas acompanhou Jesus desde a gravidez da Virgem Maria até sua morte e ressurreição. É, portanto, uma testemunha ocular e preciosa dos fatos relativos à História da Salvação.

A confusão com os chamados “irmãos de Jesus”

Santa Maria de Cléofas e seu marido tiveram três filhos mencionados nos Evangelhos: Simão, Tiago Menor, José e Judas Tadeu. Eles foram muitas vezes confundidos como sendo “irmãos do Senhor”, mas, na realidade, eram primos. É que nas línguas semíticas não existe uma palavra para designar “primo” e outros graus de parentesco. Por isso, parentes como tios e primos são chamados de irmãos.

Testemunha

Santa Maria de Cléofas vivia em Nazaré com sua família e, provavelmente, tinha sua casa ao lado da casa de Nossa Senhora, como era o costume das famílias naquele tempo. Por isso, ela certamente acompanhou a Virgem Maria em todos os momentos do Mistério de Cristo. Como tia, carregou Jesus no colo, amparou-o, encantou-se com a bondade do sobrinho e alegrou-se ao ver seus filhos seguindo os passos de Jesus.

Presente nos Evangelhos

Os Evangelhos atestam Santa Maria de Cléofas acompanhando Jesus em várias passagens. Encontramo-la fiel no sofrimento, aos pés da cruz de Jesus, ao lado da Virgem Maria:

"Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena". (Jo 19,25) São Mateus confirma esta presença (Mateus 27, 56 e 61). Depois, na madrugada do domingo da ressurreição (Mt 28,1).

São Marcos relata a presença de Santa Maria de Cléofas aos pés da Cruz (Mc 15, 40 e 47) e também que Santa Maria de Cléofas foi uma das testemunhas da ressurreição de Cristo:

"E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo (...) O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: Por que procuram o vivo entre os mortos?" (Mc 16,1 e seguintes).

E depois, muito provavelmente, ela e seu marido Cléofas estiveram no Cenáculo no dia de Pentecostes quando o Senhor enviou o Espírito Santo, dando início à Igreja.

Apoio a Nossa Senhora

Santa Maria de Cléofas foi, sem dúvida, um apoio humano para a Virgem Maria. Na alegria e na tristeza ela é citada nos Evangelhos. Seus filhos certamente cresceram como irmãos de Jesus na pequena aldeia de Nazaré, que tinha, no máximo, 500 habitantes. É admirável sua fidelidade aos pés da cruz de seu sobrinho Jesus, e na alegria da ressurreição, quando ela e outras mulheres foram ao túmulo para ungir o corpo do Mestre e acabaram encontrando-o vivo, ressuscitado. Por tudo isso, Santa Maria de Cléofas pode ser chamada carinhosamente de padroeira das tias, pois ela foi tia amada e presente na vida de Jesus.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 08 de abril de 2022

DIA DE SÃO WALTER DE PONTOISE - 08 DE ABRIL

DIA DE SÃO WALTER DE PONTOISE - 08 DE ABRIL

HOMILIA - 08.04.22

 

HISTÓRIA DE DÃO WALTER DE PONTOISE

 

São Walter de Pontoise  foi um santo francês do século XI. Nascido em Andainville, foi professor de filosofia e retórica antes de se tornar monge beneditino em Rebais (diocese de Meaux ). Uma história que conta a seu respeito é que, quando era novato, Walter teve pena de um prisioneiro na prisão do mosteiro e ajudou o prisioneiro a escapar. [2]

Filipe I o nomeou abade de uma nova fundação em Pontoise , apesar dos protestos de Walter. A fundação de Pontoise foi inicialmente dedicada a São Germano de Paris, mas depois foi dedicada a São Martinho . A disciplina nessa nova fundação era frouxa, e Walter fugiu de casa várias vezes para evitar essa responsabilidade. 

Walter deixou sua posição em Pontoise para se tornar um monge em Cluny sob Hugh, mas foi forçado a retornar a Pontoise. Uma história contada dele é que certa vez pegou a estrada para Touraine e se escondeu em uma ilha no Loire , antes de ser levado de volta à abadia.  Ele também escapou para um oratório perto de Tours dedicado a Cosmas e Damião antes de ser reconhecido por um peregrino lá. 

 

Depois de ser forçado a retornar, desta vez Walter decidiu ir a Roma para apelar diretamente ao papa . Walter deu ao Papa Gregório VII sua renúncia por escrito, mas Gregório ordenou que ele assumisse suas responsabilidades como abade e nunca mais partisse. 

 

Depois disso, ele fez campanha contra os abusos e corrupções de seus companheiros beneditinos, e foi espancado e preso. Ele retomou seu trabalho após ser libertado. Fundou, em 1094, em Berteaucourt-les-Dames, perto de Amiens , um mosteiro para mulheres, com o auxílio de Godelinda e Elvige (também grafados Godelende e Héleguide). 

Veneração

Walter foi enterrado na abadia de Pontoise. Ele foi canonizado por Hugo, o arcebispo de Rouen, em 1153, e foi o último santo na Europa Ocidental a ter sido canonizado por uma autoridade que não o papa. “Diz-se que o último caso de canonização por um metropolita foi o de St. Gaultier, ou Gaucher, abbat [sic] de Pontoise, pelo arcebispo de Rouen, em 1153 DC. Um decreto do Papa Alexandre III , AD 1170, deu a prerrogativa ao papa desde então, no que dizia respeito à Igreja Ocidental.” 

Durante a Revolução Francesa , seu corpo foi transladado para o cemitério de Pontoise, sendo posteriormente perdido. O Colégio de São Martinho de Pontoise, hoje fundação oratoriana , celebra sua festa. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 07 de abril de 2022

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 07 DE ABRIL

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 07 DE ABRIL

HOMILIA - 07.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE LA LA SALLE

 

Origens

João batista de La Salle nasceu no dia 30 de abril de 1651, em Reims, na França. Filho de família nobre e profundamente cristã, ele recebeu a fé cristã pelo testemunho dos pais. Foi o mais velho entre quatro irmãos, que também se tornaram religiosos. Uma foi freira no Mosteiro de Santo Estêvão na cidade de Reims. Outros dois foram padres diocesanos. João Batista, porém, destacou-se por causa de seus dons espirituais.

Formação e arte

Desde criança, João Batista brincava de repetir as celebrações litúrgicas das quais participava com a mãe, num altarzinho montado por ele. Ao mesmo tempo, seu pai despertou nele o gosto pelas artes, especialmente a música clássica e sacra. Seu pai promovia encontros musicais toda semana em sua casa, com os mais renomados músicos da região. João Batista tomava parte nessas apresentações executando sempre músicas sacras. Por isso, seus pais o ajudaram a entrar no Coral dos Cônegos da Catedral. Seu pai imaginava que, pela desenvoltura do menino, ele se tornaria um bom político. Contudo, o desejo que brotava no coração do pequeno João Batista era outro.

Vocação

Chegando o tempo de escolher que profissão seguir, o jovem João Batista de La Salle declarou seu desejo: queria ser padre. O pai se surpreendeu, mas aceitou, entendendo que não poderia, nem deveria, disputar o filho com o Pai Celestial. Assim, o jovem passou a ser coroinha. Ao completar dezesseis anos, recebeu a nomeação de Cônego da Catedral da cidade de Reims. João Batista vinha se dedicando aos estudos desde menino. Por isso, quando completou dezoito anos, tinha uma bagagem enorme, o que o levou a receber o título de Mestre das Artes Livres. Pouco tempo depois, ingressou na Universidade de Sorbonne.

Estudos e vida missionária

Enquanto estudava na Sorbonne, sua residência passou a ser o Seminário São Sulpício, na cidade de Paris. Ele dividia o tempo entre os estudos, a oração, a caridade e o trabalho de catequista. Seu trabalho foi tão frutuoso que ele lecionou para quatro mil crianças, ensinando a elas os rudimentos da fé cristã, preparando-as para receberem a primeira comunhão e formando-as para, no futuro, tornarem-se cristãos fervorosos. Com essa experiência, ele descobriria sua vocação de educador.

Cuidado com os irmãos 

Assim que terminou seus estudos na Sorbonne e saiu do seminário os pais de João Batista de La Salle faleceram. Isso interrompeu os planos do jovem teólogo, mas ele compreendeu que sua missão, no momento, era cuidar de seus irmãos. E foi isso que ele fez. E o fez com tanta profundidade que seus irmãos se tornaram também religiosos. Quando viu que seus irmãos estavam prontos para assumirem suas vidas e caminharem com as próprias pernas, João Batista pôde, então, realizar seu sonho. Ele foi ordenado padre no ano de 1678.

Ministério frutuoso

Exercendo seu talento de educador, o Padre João Batista de La Salle fundou uma escola destinada à formação de professores leigos, para tentar sanar um pouco da falta de formação que via na sociedade. Paralelamente, ele retomou o estudo da teologia visando atingir o doutorado, meta que conseguiu em 1681.

Fundador

Após o doutorado e seguindo sua vocação de educador, São João Batista de La Salle fundou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, cujo carisma é a formação humana e espiritual de crianças e adolescentes pobres. Em pouco tempo, várias casas estavam abertas e cheias de alunos. Em 1700, apenas nove anos depois, a congregação iniciou um seminário. Lá, os alunos aprendiam pedagogia, gramática, leitura, matemática, física, catecismo da Igreja Católica e música litúrgica.

Explosão da obra

São João Batista de La Salle teve a felicidade de ver sua obra crescer como ele jamais sonhara. Ele a viu com mais de setecentos irmãos distribuídos entre cento e quatorze casas e o que é mais importante, atendendo a mais de trinta mil alunos, todos oriundos das classes pobres. Mais tarde, sua congregação se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil em 1907, formando crianças em minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Morte

São João Batista de La Salle faleceu num dia muito especial: uma sexta-feira santa, 7 de abril do ano 1719, na cidade de Rouen. Seu carisma de educador atravessou os séculos e formou milhares de pessoas, dando a elas ensino, formação humana, espiritual e oportunidades de trabalho. O Papa Pio X elevou-o às honras dos altares em 1900. Mais tarde, o Papa Pio XII proclamou-o padroeiro de todos os educadores.

Oração a São João Batista de La Salle

Ó Deus que concedestes inumeráveis Graças ao Vosso filho São João de La Salle, inspirando-o no desenvolvimento do ensino e aprendizagem, concedei-me também a nós, por sua intercessão, a graça de sermos sempre felizes nos meus estudos e aprendizado e também no ensino do próximo, quando este serviço se fizer necessário. Por Cristo Nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho. Amém. São João de La Salle, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 06 de abril de 2022

DIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO - 06 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO - 06 DE ABRIL

HOMILIA - 06.04.22

 

HISTÓRIA DE SÃO MARCELINO DE CARTAGO

 

Origens

São Marcelino viveu por volta do ano 410. Era um alto funcionário a serviço do Império Romano na cidade de Cartago, no extremo Norte da África, a poucos quilômetros da Sicília, na Itália. Era tabelião, ou seja, trabalha com o reconhecimento de assinaturas e escrituras. Além disso, era Tribuno, uma espécie de porta-voz do povo frente às autoridades romanas.

Esses cargos eram bastante valorizados no império romano.

Discípulo de Santo Agostinho

Não se sabe como Marcelino se tornou cristão, mas sabe-se que ele foi um fiel sábio, extremamente dedicado, além de ser discípulo e amigo pessoal de Santo Agostinho, o convertido que se tornou bispo de Hipona, também no Norte da África. Sabe-se também que São Marcelino foi casado, pai de família honrado e respeitado por todos.

Participação nas obras de Santo Agostinho

Santo Agostinho escreveu algumas de suas obras mais importantes após consultas realizadas por São Marcelino. Entre elas estão: "Sobre o Espírito Santo", "Sobre a remissão dos Pecados", e a mais importante, intitulada "Sobre a Santíssima Trindade". Infelizmente, porém, São Marcelino não pôde ler nenhum deles, pelo fato de ter sido martirizado.

Perseguições e heresia

No ano 310, Diocleciano, imperador romano, ordenou que o povo entregasse os livros sagrados contrários às crenças romanas e que estes fossem queimados. Alguns cristãos que entregaram as Sagradas Escrituras passaram a ser considerados traidores da Igreja. Nesse mesmo ano um novo bispo foi eleito em Cartago. Chamava-se Ceciliano. Porém, sua eleição não foi aceita porque contou com o voto de vários bispos traidores. Um desses traidores era um bispo chamado Donato. Ele ensinava que somente pessoas santas podiam administrar os sacramentos. Pessoas comuns, pecadores, não poderiam administrar sacramentos segundo o donatismo. E a igreja de então se dividiu entre donatistas e não donatistas.

São Marcelino assume a posição da Igreja

São Marcelino era contrário ao donatismo, pois defendia que os sacramentos podem ser administrados por pessoas comuns, pois, na verdade, ninguém é santo senão Deus. E São Marcelino estava certo. Pouco tempo depois, a Igreja baniu a heresia donatista. Porém, por ser contrário ao donatismo, São Marcelino foi denunciado como cúmplice de Heracliano, um inimigo do então imperador Honório. Por isso, foi preso e condenado á morte.

Justiça romana reconhece o erro

Somente um ano após a morte de São Marcelino a justiça de Roma reconheceu oficialmente que errou. Assim, a acusação de traição que pesava sobre ele foi anulada. Então, São Marcelino passou a ser venerado como mártir, pois afinal, morreu por defender a posição da Igreja de Jesus Cristo, não cedendo nem para salvar sua vida.

Oração a São Marcelino

Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Marcelino governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 05 de abril de 2022

DIA DE SÃO VICENTE FERRER - 05 DE ABRIL

DIA DE SÃO VICENTE FERRER - 05 DE ABRIL

HOMILIA - 05.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO VICENTE FERRER

 

São Vicente Ferrer nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Era filho de Guilherme Ferrer e Constância Miguel. De família nobre, Vicente foi o quarto filho do casal. Seu irmão, Bonifácio Ferrer, foi Superior dos frades Capuchinhos e realizou importantes missões diplomáticas para o antipapa Bento XIII. Sua vida é um testemunho de que a ciência e a sabedoria não são contrárias à fé, mas sim a complementam.

Vida religiosa

Depois de sua profissão religiosa, que aconteceu em 1368, até chegar o tempo de ele ser ordenado padre, em 1374, São Vicente ensinava filosofia e estudava teologia nas regiões de Lérida, Tolosa e Barcelona. Com um conhecimento da exegese bíblica que chegava à perfeição e, igualmente, possuindo um profundo conhecimento da língua hebraica, ele voltou para Valência em 1373. Lá, lecionou teologia, fez inúmeros pregações,  escreveu suas obras e aconselhou aos que o procuravam. Durante um período de seca na região, São Vicente ficou famoso ao prever que navios carregados de grãos chegariam à região.

São Vicente Ferrer recusa a oferta de se tornar cardeal

Em 1379 Vicente foi trabalhar com o Cardeal Pedro de Luna. Ele era o Núncio Apostólico no palácio de Aragão, e futuro antipapa Bento XIII. São Vicente ensinou teologia na escola que funcionava na Catedral de Valência, de 1385 a 1390. Ele foi convidado para ser o confessor apostólico de Bento XIII, que era, na verdade, um antipapa, na cidade de Avignon, França. Vicente não aceitou o cargo e ainda recusou a chance de se tornar cardeal, percebendo que Bento XIII não tinha realmente a autoridade papal vinda dos apóstolos.

O dom milagroso de São Vicente Ferrer

São Vicente adoeceu e por pouco não morreu durante a invasão de Avignon, mas ele se recuperou milagrosamente. A história diz que ele teve uma visão de Jesus Cristo junto com São Francisco de Assis e São Domingos. Na bendita visão ele teria sido orientado a pregar o Evangelho fervorosamente.

Porém, ele encontrou a resistência do antipapa que relutava em dar a sua permissão para Vicente deixar Avignon. Em 1389, Bento XIII finalmente deu a sua permissão e Vicente saiu em pregação por todas as regiões da Europa do Ocidente. Com muita sabedoria e eloquência ele atraia multidões, ficando bem conhecido no meio cristão.

Ao ouvirem sua voz, as inimizades públicas cessavam, reconciliando-se. Os pecadores sentiam-se movidos ao arrependimento e as pessoas sedentas de perfeição o seguiam. Às vezes mais de 15.000 pessoas se juntavam para ouvi-lo, o que naquela época, era coisa difícil de acontecer. Contemporâneos de São Vicente Ferrer relatam que, mesmo quem não falava sua língua podia entendê-lo.

O milagre de São Vicente Ferrer

São Vicente Ferrer foi um dos santos que mais trabalhou pela conversão dos judeus e dos muçulmanos. E ele fez isso com todo o seu coração. Alguns historiadores chegam a  afirmar que converteu cerca de 25.000 judeus e mais de 8.000 islamitas. Por ocasião do Domingo de Ramos de 1407, estando ele em pregação na igreja de Ecija, Espanha, uma mulher judia, cheia de riquezas e poder, ia assistir os sermões de São Vicente por mera curiosidade. Ela fazia questão de manifestar sarcasmos e desprezo pelas palavras de São Vicente Ferrer. Por fim, ela atravessou no meio do povo para ir embora. Estava claramente cheia de raiva e não se continha.

Todos os rpesentes ficaram indignados. Mas São Vicente disse bem alto: "Deixai-a sair, porém afastai-vos do pórtico". O povo obedeceu. Quando a mulher passou sob o pórtico, este caiu sobre ela, e ela faleceu. Ela permaneceu por vários minutos ali, morta, inerte, sem batimentos cardíacos confirmado por várias testemunhas. São Vicente caminhou até o corpo da mulher e ordenou com voz forte e poderosa: "Mulher, em nome de Jesus Cristo, volte à vida!" E a mulher ressuscitou. Todos ficaram maravilhados. Após o milagre, a senhora se converteu ao catolicismo. Todos os anos, em Ecija, uma procissão comemorava o extraordinário fato da morte e conversão da mulher judia.

Cisma

São Vicente Ferrer foi nomeado como juiz para escolher o sucessor da coroa de Aragon. Ferdinando I foi coroado rei. Seu grande feito foi por fim ao Cisma que dividia a Igreja desde o ano de 1378. Vicente pediu publicamente para que o papa Bento XIII renunciasse ao pontificado para o bem geral da Igreja Católica. Ele pregou no Concílio de Constance, em 1418, para a reconciliação da Igreja.

Devoção a São Vicente Ferrer

Vicente Ferrer faleceu em Vannes Bretanha, em 1419, e foi canonizado na igreja dominicana de Santa Maria Sopra Minerva, em Roma, a 3 de Junho de 1455, pelo Papa Callistus III. Porém, sua festa celebrada no dia 6 de abril só foi autorizada pelo Papa Pio II, em 1458.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 04 de abril de 2022

DIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA - 04 DE ABRIL

DIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA - 04 DE ABRIL

HOMILIA - 04.04.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA

 

Origens

Isidoro nasceu no ano 560, na capital da Andaluzia, Sevilha Espanha. Foi o caçula entre quatro irmãos. Nasceu numa família hispano-romana bastante fiel e praticante da fé católica.

Seu pai se chamava Severiano e exerceu o cargo de prefeito em Cartagena, também na Espanha. O mandato de Severiano foi marcado pela disciplina e pela doutrina católica, que ele procurava exercer na política. A mãe de Santo Isidoro se chamava Teodora. Foi uma santa mulher que educou os filhos na sabedoria e na fé católica. O fruto dessa educação não poderia ser mais expressivo: seus quatro filhos foram elevados aos altares: Isidoro, Leandro, Fulgêncio e Florentina.

Dificuldade de aprendizado

Severiano faleceu quando Isidoro era ainda criança. Por isso, o pequeno Isidoro começou a estudar a religião por influência do irmão mais velho, Leandro, que passou a representar para ele a figura do pai. Quando iniciou na escola formal, Isidoro apresentou grande dificuldade no aprendizado. Por isso, ele mesmo tomou a iniciativa de procurar ajuda com seus irmãos e alguns professores. Procurou também a oração e confiou na Providência Divina. A iniciativa deu certo e ele “aprendeu a aprender”, superando suas dificuldades e revelando grande capacidade intelectual.

Sacerdote

O jovem Isidoro formou-se em latim, grego e hebraico, na cidade de Sevilha. Lá, ele sentiu o chamado para a vida sacerdotal. Por isso, com a aprovação do bispo e da comunidade cristã, ordenou-se sacerdote. Sua formação ajudou para que ele pudesse trabalhar na evangelização dos visigodos arianos, iniciando pela evangelização do rei de então. Mais tarde, o Padre Isidoro trabalhou na evangelização e conversão de muitos judeus espanhóis. Além disso, teve uma vida pastoral intensa e frutuosa.

Arcebispo de Sevilha 

Com o falecimento de seu irmão Leandro, que era o bispo de Sevilha, padre Isidoro foi o nome natural indicado para sucedê-lo. Ele aceitou e governou a arquidiocese de Sevilha por quase quarenta anos. No começo de seu bispado, Santo Isidoro organizou pequenos núcleos de estudo e ensino dentro das casas de religiosos. Esta “instituição” é considerada hoje como que o “embrião” dos seminários como conhecemos hoje.

Influência cultural

A influência cultural que Santo Isidoro exerceu na Espanha e Europa foi muito expressiva. Aquele menino que tinha dificuldade de aprender tornou-se o dono de uma das maiores e melhores bibliotecas da Espanha e Europa. Sua influência neste sentido foi tal, que muitos começaram a se dedicar a leituras boas e ao estudo.

Caridade e oração

Em meio a toda a agitação de dirigir uma arquidiocese como a de Sevilha, Santo Isidoro nunca deixava de lado a oração, que alimentava seu espírito e a caridade para com os necessitados. Atendia a todos os que o procuravam e saia em busca daqueles que tinham se perdido do redil das ovelhas. Ele se dedicava tanto aos pobres que sua casa estava sempre cheia de mendigos e necessitados de todos os tipos.

O Pai dos Concílios

Por causa de sua profundidade teológica e conhecimento, foi convidado a presidir o II Concílio de Sevilha, no ano 619. Presidiu também o IV Concílio de Toledo.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 03 de abril de 2022

DIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER - 03 DE ABRIL

DIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER - 03 DE ABRIL

HOMILIA - 03.04.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO RICARDO DE CHICHESTER

 

Nasceu em 1197, na Inglaterra. Seus pais que eram nobre e ricos, faleceram, mas deixaram como herança muitas dividas e um casal de irmãos. Por isto teve que deixar os estudos no Convento Beneditino em Worcester. Voltou para sua casa, para ajudar a restaurar as finanças. Colocou as finanças em dia e deixou as propriedades aos cuidados de um administrador de sua confiança. Se preocupou também com o futuro de seus irmãos. Todo sobre controle, retornou para o Estudo.

Terminando os estudos secundários, foi estudar na Universidade de Oxford, onde se formou e foi ser professor da Universidade, depois foi eleito reitor. Então começou a trabalhar a favor da Igreja, que vivia anos de grandes corrupção moral. O povo ignorante e supersticioso, aceitava passivamente, o luxo e a vida devassa dos nobres e do clero. A vida monástica estava em decadência. São Ricardo, que levava uma vida correta, começou a procurar um meio de reformar os meios católicos, moralizando, começou a elevar o nível de vida do povo, tanto material como espiritual.

Na Universidades, conheceu Frades Franciscanos e Dominicanos, que começaram a resgatar a disciplina e a humildade entre os religiosos e seus agregados.

Mas, sua atitudes de moralização, não foi bem aceita por todos, a começar pelo rei Henrique III, que passou a perseguir o Bispo de Cantuária, que era quem orientava São Ricardo. O Bispo teve que deixar o pais e se exilou na França, São Ricardo o acompanhou fielmente até a morte do Bispo.

O Bispo insistiu tanto, que São Ricardo, se ordenou sacerdote, quando tinha 45 anos. Um anos depois o Arcebispo de Cantuária, consagrou São Ricardo Bispo de Chichester. Isto irritou muito o rei Henrique III, que apossou-se dos bens da diocese e proibiu São Ricardo de assumir o cargo de Bispo. Mas o Bispo São Ricardo, se disfarçou de mendigo, foi para Chischester, assumindo a diocese na clandestinidade, em dois anos organizou o trabalho pastoral de diocese junto ao povo.

O Papa Inocêncio IV, sabendo da situação, ameaçou excomungar o rei, que foi obrigado a aceitar oficialmente São Ricardo como Bispo de Chischester. Assim pôde comandar diocese, livremente.

Morreu em 3 de abril de 1253, com 56 anos, em Dover, a caminho de uma cruzada. Foi sepultado no cemitério da Catedral de Chichester. Foi Canonizado pelo Papa Ubaldo IV, em 1262.

Em 1276, seu corpo foi transferido para um relicário dentro do altar maior da Catedral de Chichester. Um 1528 o rei Henrique VIII, destruiu o local. Suas relíquias foram pegas pelos fieis, e levadas para várias Igreja da Diocese. Em 1990, suas relíquias, foram reunida novamente na Catedral de Chichester, onde estão em uma urna no mesmo altar, que estava anteriormente. São Ricardo é padroeiro dos cavaleiros e dos cocheiros.

São Ricardo de Chichester, rogai por nós !


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 02 de abril de 2022

DIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA - 02 DE ABRIL

DIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA - 02 DE ABRIL

HOMILIA - 02.04.22

 

 

HISTORIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA

 

São Francisco de Paula nasceu na região da Calábria, Itália, numa cidade chamada Paula. Seus pais se chamavam Viena de Fuscaldo e Giácomo Daléssio. O casal tinha muita devoção a São Francisco de Assis. Por isso, os dois sempre pediam a seu santo de devoção a graça de terem um filho. O casal foi atendido em suas orações. Assim, no dia 27 de março de 1416 o filho deles nasceu e recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis.

O chamado de Deus

Aos 12 anos, o pequeno Francisco foi levado para o Convento de São Marcos. O menino permaneceu lá durante 1 ano, mas não se sentiu tocado pelo tipo de vida que levavam lá. Assim, voltou para sua cidade. Depois disso, Francisco e seus pais fizeram uma bela viagem visitando lugares santos da Itália.  Nessa viagem, o jovem São Francisco de Paula ficou tocado pela graça.

Ao visitar o Monte Cassino (Mosteiro fundado por São Bento), o jovem conheceu a história do patriarca São Bento e se sentiu chamado para a vida de eremita. Assim, ele pediu a seus pais que o deixassem viver isolado, numa vida de rigores, oração e penitência. Sofrendo por um lado e alegrando-se por outro, os pais de São Francisco de Paula permitiram.

O jovem e fundador São Francisco de Paula

O jovem São Francisco de Paula passou a morar isolado numa gruta no deserto. Fazia grandes sacrifícios, orações e jejuns, aos quais ele chamava de quaresmas. Num desses momentos de profunda oração, o próprio Arcanjo São Miguel lhe fez uma visita, entregando a Francisco uma espécie de ostensório, no qual se via escrita a palavra Caridade.

Francisco uniu esta palavra a dois outros lemas que tinha adotado em sua vida: humildade e penitência. Daí em diante, começou a pensar na fundação de uma ordem religiosa. A inspiração foi tomando corpo em seu coração e ele decidiu pedir autorização ao Papa. O Papa concedeu. Assim, tendo somente 19 anos, São Francisco de Paula começou a fundação da ordem que ele chamou de Ordem dos Mínimos.

E este nome tinha um alcance muito claro em toda a filosofia de vida da nova ordem. Para poderem entrar na Ordem dos Mínimos, seria preciso tornar-se pequeno, o menor entre todos, o último, atendendo ao que disse Jesus: os últimos serão os primeiros.  O nome, aliás, foi sugerido pelo Papa Alexandre VI, em 1435.

Construção do mosteiro na cidade de Paula

O Jovem São Francisco de Paula começou, então, a construir um mosteiro numa colina que ficava não muito distante de sua cidade natal, Paula.  Nesse tempo, Deus lhe tinha dado o dom dos milagres. Por isso, sua fama crescia. Os habitantes de Paula vinham ajudá-lo em todas as necessidades da construção.

Depois disso, a Ordem dos Mínimos cresceu. São Francisco de Paula fundou mosteiros em vários outros lugares como na Cicília, na França e na Calábria. Como o movimento que ele iniciou crescia, ele fundou também um mosteiro para mulheres que seguiam as regras da Ordem dos Mínimos.

Milagres de São Francisco de Paula

Vários milagres são relatados na história de São Francisco de Paula. O mais extraordinário é a ressurreição de um sobrinho seu chamado Nicolas. Ele tinha o dom da cura. Por isso, o povo o procurava incessantemente em suas enfermidades. Inúmeras curas são relatadas pela intercessão de São Francisco de Paula. E as curas, através de sua intercessão, continuaram após sua morte. Além disso, ele tinha também o dom de profetizar e o dom da Palavra, que arrebatava a todos em suas pregações.

O santo analfabeto

Por incrível que pareça, São Francisco de Paula era analfabeto. Mesmo assim, rezava e pregava para todos, e todos corriam até ele para ouvi-lo, por causa do dom da Palavra e da grande sabedoria que Deus lhe dera.

Morte de São Francisco de Paula

São Francisco de Paula teve uma vida longa. Ao final de sua vida, percebendo que sua morte era iminente, ele reuniu os monges que estavam no mosteiro de Plessis, na França, e deu a eles as últimas instruções. Depois, pediu que rezassem juntos. São Francisco de Paula faleceu aos 91 anos. Era a sexta feira santa, 2 de abril do ano 1507.

Devoção a São Francisco de Paula

São Francisco de Paula foi canonizado pelo Papa Leão X no ano 1519. Em 1943 São Francisco de Paula foi declarado padroeiro dos marinheiros e dos casais que querem engravidar, pelo fato de ele mesmo ter sido concebido depois de muita oração de seus pais.

Oração a São Francisco de Paula

Ó São Francisco de Paula que vos distinguistes na igreja pelo grande espírito de penitência, e em vida convertestes tantos pecadores com vossa palavra, socorrestes tantos necessitados com os vossos prodígios, alcançai-nos também a versão aos vícios e verdadeira contrição dos nossos pecados. Vós que fizestes tudo por caridade, pela caridade reconciliastes tantos homens fazendo-os abandonar o ódio e a inimizade, concedei a paz a cada um de nós, às nossas famílias e ao mundo inteiro, e fazei que também nós, seguindo o vosso exemplo, nos amemos uns aos outros como irmãos, e amemos a Deus sobre todas as coisas. Amém.

São Francisco de Paula, rogai por nós. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 01 de abril de 2022

DIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE - 01 DE ABRIL

DIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE - 01 DE ABRIL

HOMILIA - 01.04.22

 

HISTÓRIA DE SÃO HUGO DE GRENOBLE

 

Existem uns dezesseis santos com o nome de Hugo. Os dois mais importantes tiveram muitas coisas em comum. Além do nome são quase do mesmo tempo e lugar. Um é  Hugo, abade de Cluny (1024-1109), e o outro, bispo de Grenoble (1053-1132)

Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.

Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lyon, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.

Cinco décadas depois de muito trabalho árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.  Foram cinquenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo Papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 31 de março de 2022

DIA DE SANTO AMÓS - 31 DE MARÇO

DIA DE SANTO AMÓS - 31 DE MARÇO

HOMILIA - 31.03.22

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AMÓS

 

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros.

Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador.

Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus.

Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.

Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções.

Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.

Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.

Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.

No seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade.

Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.

O profeta Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 30 de março de 2022

DIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO - 30 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO - 30 DE MARÇO

HOMILIA - 30.03.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO

 

Origens

João nasceu no ano 579, na Síria. Desde cedo, demonstrou inteligência brilhante. Teve boa formação religiosa e também literária. De família rica e nobre e com um futuro bastante promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, os dezesseis anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica.

Discípulo no Monte Sinai

Por isso, foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos, que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos.

Ascetismo

João levou muito a sério seu chamado para a vida monástica. E sua vocação era para o ascetismo, isto é, a uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese (daí a palavra “ascetismo”. Ascese significa “elevação espiritual”. E era isso que João buscava através da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas.

Situação histórica 

No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Esses mosteiros ficaram famosos na época por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.

Escondido e famoso

Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro, procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procura-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que tratava-se de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações.

Abade geral

Quando completou sessenta anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai. Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado "Escada do Paraíso". Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa "aquele da escada".

Escada do Paraíso

Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São descreve no livro “degrau por degrau” mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.

Morte 

São João Clímaco faleceu no dia 30 de março do ano 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos tanto do Oriente quanto do Ocidente. Logo após sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos, no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso.

Oração a São João Clímaco

“Ó Deus, que destes a São João Clímaco a graça de buscar-vos acima de tudo e em primeiro lugar, dai também a nós a graça de desejar-vos e procurarmos o precioso encontro convosco, para que, a exemplo de São João Clímaco, consigamos viver o amor e a caridade para com todos os que nos rodeiam, por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São João Clímaco, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 29 de março de 2022

DIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO - 29 DE MARÇO

DIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO - 29 DE MARÇO

HOMILIA - 29.03.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JONAS E SÃO BARACHISO

Origens

Jonas e Barachiso eram irmãos, cristãos, cheios de fé. Sabe-se que nasceram na Pérsia, atual Iraque, na cidade de Beth-Asa, no século I. O que se sabe sobre a vida deles resume-se ao porque foram presos e às terríveis torturas que sofreram. Tais torturas, ocorridas no ano 327, contém um dos momentos mais violentos infringidos aos cristãos de todos os tempos. Tudo foi descrito por um pagão, que era comandante da cavalaria do imperador persa chamado Sapor.

Corajosos e misericordiosos

O pouco que se sabe dos dois irmãos antes se serem mortos, é que eles visitaram cristãos presos na cidade de Hubahan. Na época, a Igreja Persa sofria uma das mais terríveis perseguições de que se sabe até hoje. O ódio aos cristãos foi decretado pelo cruel imperador Sapor. Os irmãos Jonas e Barachiso decidiram enfrentar o perigo para levar consolo e força aos cristãos presos. Estes seriam martirizados dali a poucos dias. Somente na prisão daquela cidade, nove condenados aguardavam a morte, pelo simples fato de serem cristãos.

Prisão e mentira

Por causa dessas visitas, os irmãos foram presos e levados a julgamento. O juiz obrigou-os a renunciarem à fé em Cristo e a adorarem o imperador, bem como a outros deuses, ao sol e à lua. Os dois, claro, não obedeceram. Então, começaram as torturas. O juiz separou os irmãos com o fim de enganá-los. Barachiso foi para a masmorra e Jonas foi cruelmente açoitado. Depois, ficou amarrado num rio com água gelada e não se sabe como ele sobreviveu.

Coragem que assombra

O juiz mandou chamar, então, Barachiso. Quando ele chegou, contou detalhadamente as torturas infringidas a Jonas, e completou dizendo-lhe que seu irmão tinha renunciado à fé cristã e oferecido sacrifícios aos deuses persas. Barachiso, conhecendo o irmão, não acreditou. E, em seguida, e fez um discurso tão cheio de força e poder em defesa da fé cristã, que o juiz fez o julgamento continuar somente à noite, sem a presença do público. Com efeito, ele ficou receoso de que as palavras de Barachiso tocassem o povo e convertessem muitos ali mesmo.

Torturas a Barachiso

O juiz mandou que os carrascos queimassem os braços de Brarachiso com ferros em brasa. Além disso, os torturadores derramaram chumbo derretido em suas narinas e em seus olhos. Depois disso, permanecendo ainda vivo, o herói cristão persa foi levado de volta à masmorra e foi pendurado por apenas um dos pés.

Mais torturas e morte de São Jonas

No dia seguinte, descobrindo espantado que Jonas ainda estava vivo, o juiz ordenou que ele fosse tirado das águas geladas e levado à sua presença. Em seguida, disse a Jonas que Barachiso renegara a fé cristã. Mas Jonas também não acreditou e respondeu ao juiz com outras palavras cheias de fervor. Por isso, os torturadores cortaram suas mãos e seus pés. Depois, arrancaram sua língua e seu couro cabeludo. Não satisfeitos com a barbárie, jogaram São Jonas no piche fervendo. Depois, ainda esquartejaram seu corpo e jogaram numa cisterna.

Torturas e morte de São Barachiso

No dia seguinte, os algozes bateram em São Barachiso com ferros pontiagudos. Jogaram enxofre e piche fervendo pela sua boca, e o espancaram-no mesmo depois de morto.

Fé vencedora

A história do martírio desses dois irmãos é, sem dúvida, uma das mais chocantes da história do cristianismo. Porém, ao mesmo tempo em que é chocante, é também edificante. A fé inabalável desses dois irmãos deve ser um testemunho para toso os cristãos de todos os tempos. Preferiram as torturas e a morte a renegar nosso Senhor Jesus Cristo. E o testemunho deles não foi em vão. Por causa desse testemunho, muito se converteram e também deram a vida por Jesus.

Oração aos santos Jonas e Barachiso

“Ó Deus, que destes aos santos irmãos Jonas e Barachiso a coragem e o destemor para enfrentarem a as torturas e a morte por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, dai também a nós a coragem para testemunharmos a fé em vosso Filho, sem temor, para o bem da vossa Igreja, amém. Santos Jonas e Barachiso, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 28 de março de 2022

DIA DE SÃO GONTRÃO - 28 DE MARÇO

DIA DE SÃO GONTRÃO - 28 DE MARÇO

HOMILIA - 28.03.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GONTRÃO

 

Também conhecido como São Gontran e São Guntrammus. Nasceu em 532, Soissons, França. Filho do Rei Clotaire e de Santa Clotilde. Foi coroado rei de Orleans e Burgundy em 561, enquanto seus irmãos Charibert reinavam em Paris e Sigebert em Metz.


Em geral sua vida foi a de um pacificador. Ele protegeu seus sobrinhos contra as maldades das rainhas Brunehault e Fredegunde. Mas ele tinha períodos de intemperança. Divorciou de sua esposa Maercatrude e ordenou a execução de seu medico. Ele teve depois enorme remorso e lamentou por esses pecados pelo resto de sua vida, por si próprio e por sua nação. Ele jejuava, orava, chorava e oferecia-se ao Deus que tinha ofendido.


Seu reinado foi prospero e ele deu exemplos de como as máximas do Evangelho podiam ser usados efetivamente na política.


Ele foi o protetor dos oprimidos, ajudou os doentes, e cuidou dos parentes de seus súditos. Ele abriu a sua fortuna e a da coroa especialmente nos períodos da fome, seca e das pragas. Ele fez seguir as leis de maneira justa e estrita, independente da pessoa mas estava pronto a perdoar ofensas contra ele, incluído duas tentativas de assassinato.


Gontrão construiu magníficas igrejas e vários monastérios. São Gregório de Tours relata vários milagres feitos pelo Rei antes e após a sua morte, alguns que ele mesmo testemunhou. Na época de sua morte, em 28 de marco de 592, Gontrão havia reinado por 31 anos e imediatamente seus súditos o aclamaram como santo. Ele foi enterrado na igreja de São Marcellus, a qual ele havia construído. Os Huguenots queimaram suas relíquias e espalharam suas cinzas no século 16º mas deixaram, em sua fúria, o crânio intocável. Ele está agora em uma caixa de prata na mesma igreja.


Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um rei encontrando um tesouro e dando para os pobres. Algumas vezes ele é mostrado com três bolsas de tesouros perto dele, um globo e uma cruz.


Ele é o padroeiro dos divorciados, dos guardiões e dos assassinos arrependidos.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 27 de março de 2022

DIA DE SÃO RUPERTO - 27 DE MARÇO

DIA DE SÃO RUPERTO - 27 D EMARÇO

HOMILIA - 27.03.22

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO RUPERTO

 

Origens

Ruperto nasceu na Casa Real Merovíngia, como descendente nobre dos Rupertinos, condes que tinham domínio sobre a região da Áustria conhecida como do médio e do alto Reno, o famoso rio que passa pelos Alpes. Os Rupertinos tinham parentesco com os Carolíngios. O centro de atividades dessas famílias ficava em Worms, na atual Alemanha. Lá, Ruperto recebeu sua primeira formação de monges irlandeses. 

Pregador

No ano 700, depois de receber sólida formação dos monges, começou a se manifestar sua vocação de pregador. Por isso, ele foi para a Baviera, Também na Alemanha, com o intuito ardoroso de pregar o Evangelho. Lá, evangelizou e converteu o conde Téodo da Baviera. Este passou apoia-lo em seus objetivos missionários. Assim, com a ajuda do conde, que lhe ofereceu um terreno, Ruperto fundou uma igreja que foi dedicada a São Pedro. O povo acolheu e a missão começou a florescer.

Salzburgo

A Igreja de São Pedro ficava perto do lago Waller. Mas o local ainda não condizia com o objetivo de Ruperto. Por isso, o conde lhe deu outro terreno. Este ficava perto do rio Salzach, não longe de Juvanum, uma velha cidade romana. Nesse terreno São Ruperto construiu um mosteiro, o primeiro da Áustria. Para tal empreendimento, contou com o apoio de doze homens do local. Dois desses, seguindo o exemplo de São Ruperto, foram canonizados: Gislero e Cunialdo. O local se tornou a origem da famosa cidade de Salzburgo. Por isso, São Ruperto é aclamado como o fundador da cidade. Pouco tempo depois, ele foi aclamado o primeiro bispo da Áustria.

Uma obra para as mulheres

Percebendo que muitas mulheres apresentavam vocação para a vida religiosa, São Ruperto fundou também um mosteiro feminino, que foi construído ao lado do primeiro. Sabiamente, ele entregou a direção da obra feminina à abadessa Erentrudes, que era sua sobrinha e mulher que buscava a santidade.

Cidade do sal

O significado de Salzburgo é “cidade do sal”. Por isso, São Ruperto é sempre representado artisticamente segurando um saleiro na mão. Isso mostra sua profunda ligação com a origem e crescimento da cidade.

Morte

São Ruperto foi o responsável pela cristianização de toda a Baviera e também de toda a Áustria. 

Faleceu num domingo de Páscoa, em 27 de março de 718. Teve a graça de falecer logo após celebrar a missa. Estava no mosteiro de Juvavum. Antes disso, porém, pressentiu a morte próxima. Por isso, fez suas últimas recomendações e pedidos de oração a sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Suas relíquias foram sepultadas na lindíssima catedral de Salzburgo, que foi erguida no século XVII.

Oração a São Ruperto

“Senhor, por intercessão de São Ruperto, queremos hoje vos rogar pelas vocações religiosas; para que os jovens vocacionados encontrem apoio em suas famílias e na sociedade para o desenvolvimento da Igreja. Rogamos também por todo o clero, para que, na santidade, governem com sabedoria o Seu povo. Amém. São Ruperto, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 26 de março de 2022

DIA DE SÃO LUDGERO - 26 DE MARÇO

DIA DE SÃO LUDGERO - 26 DE MARÇO

HOMILIA - 26.03.22

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LUDGERO

Origens

Ludgero nasceu Zuilen, Friesland, atual Holanda, no ano 742. Sabe-se que ele descendia de uma família nobre. Por isso, dedicou-se ao estudo da religião católica desde criança. Foi ordenado padre em 777, aos 35 anos, na cidade de Colônia, Alemanha.

Discípulo e apóstolo

Sua missão apostólica começou em sua cidade natal. Depois, expandiu seu apostolado para as regiões pagãs da Holanda, da Suécia e da Dinamarca, onde tinha sido o ponto mais alto da missão de São Bonifácio. O Padre Ludgero foi discípulo de dois discípulos de São Bonifácio: Alcuíno de York e São Gregório.

Defendendo a liberdade cristã

Mais tarde, Padre Ludgero foi requisitado por Carlos Magno, imperador romano que dominava o local. Magno queria evangelizar os povos que dominava. Porém, queria fazer isso à força, obrigando os povos conquistados a se converterem ao cristianismo. Tal obrigação começava pelos soldados vencidos. Se estes não se convertessem e não aceitassem o batismo, eram condenados à morte. Padre Ludgero era totalmente contra essa imposição, sabendo que a adesão à fé cristã deve acontecer por atração, jamais por imposição.

Revolta de Widukindo

Como resultado das imposições de Carlos Magno, estourou uma revolta que ficou conhecida como Revolta de Widukindo. Pelo simples fato de ser padre, Ludgero foi obrigado a fugir para sobreviver. Ele foi, então, para Roma. Em seguida, foi para o mosteiro de Montecassino, que tinha sido fundado por São Bento. Lá, ele aprimorou seu conhecimento sobre a fé católica e vestiu o hábito de monge. Porém, não chegou a emitir os votos. 

Fim da revolta

O próprio imperador Carlos Magno conseguiu, com muito custo, debelar a revolta de Widukindo, no ano 784. Então, o próprio imperador foi até o mosteiro de Montecassino para pedir ao Padre Ludgero que retornasse à sua missão evangelizadora. Desta vez, seguindo o método de Ludgero, de pregar o Evangelho e o amor de Deus sem obrigar ninguém a se converter, a missão produziu inúmeros frutos. Inúmeras conversões aconteciam quando o povo descobria a beleza do amor de Deus e da fé cristã.

Missionário cativante se torna bispo

São Ludgero pregou o Evangelho com força e poder na região da Saxônia e da Vestfália.

Carlos Magno ofereceu-lhe, como recompensa, o bispado da cidade de Treves. São Ludgero, porém, recusou. Ele preferiu emitir seus votos religiosos e vestir o hábito definitivo de monge. Depois, fundou um mosteiro num local deserto. Ao redor dele cresceu uma cidade que passou a se chamar Muester, que significa mosteiro. Ali, ele foi eleito pelos fiéis como o primeiro bispo.

Empreendedorismo pelo Reino de Deus

São Ludgero descobriu também sua vocação de empreendedor e não parou mais. Fundou várias escolas, construiu igrejas, criou paróquias novas. Todas eram entregues aos padres que ele mesmo formava. Além de tudo isso, ainda achou tempo para recomeçar a evangelização na região da Frísia. Conseguiu realizar o sonho de ajudar na conversão de sua pátria, a Holanda. Fundou ainda outro mosteiro na cidade de Werden. Este seguia a regra beneditina, que ele tanto prezava.

Morte

São Ludgero faleceu dia 26 de março de 809. Seu corpo foi sepultado na linda capela do mosteiro de Werden, que ele fundara. O local se tornou alvo de peregrinações de fiéis de várias partes da Holanda e muitas graças foram alcançadas através de sua intercessão. A veneração a São Ludgero é especialmente viva na Holanda, Bélgica, Suécia, Dinamarca, Itália e Alemanha. Todos esses países foram visitados por ele durante seu ministério de evangelizador.

Oração a São Ludgero

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Ludgero, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Ludgero, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 25 de março de 2022

DIA DA ANUNCIAÇÃO DO SENHOR - 25 DE MARÇO

DIA DA ANUNCIAÇÃO DO SENHOR - 25 DE MARÇO

HOMILIA - 25.03.22

 

 

HISTÓRIA DA ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

 

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti’. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de todos, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o ‘sim’ do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário ‘sim’ humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 24 de março de 2022

DIA DE SANTA CATARINA DA SUÉCIA - 24 DE MARÇO

DIA DE SANTA CATARINA DA SUÉCIA - 24 DE MARÇO

HOMILIA 24.03.22

 

HISTÓRIA DE SNTA CATARINA DA SUÉCIA

Origens

Santa Catarina foi filha, companheira inseparável e discípula fiel de sua mãe, Santa Brígida. Esta é santa mais conhecida e venerada da Suécia. Catarina nasceu em berço nobre, rico e cristão, no ano 1331, na Suécia. Em casa, recebeu, especialmente de sua mãe, educação e formação muito sólida com base cristã. Com apenas sete anos, foi levada para as Irmãs do convento de Risberg. Estas, ajudaram a desenvolver a linda vocação religiosa de Catarina, confirmando todo o ensinamento que ela recebera de sua mãe.

Casamento

Terminado, porém, esse tempo de formação, Catarina teve que se casar, como era costume, com um jovem da corte sueca, chamado Edgard. Este, era cristão fervoroso, porém, doente. Por isso, optou por aceitar um voto de castidade que sua esposa Catarina tinha feito antes mesmo de se casar. Edgar adotou também tal voto em sua vida e os dois passaram a viver como irmãos. Mais tarde, a doença de Edgard se agravou e ele ficou paralítico. Catarina continuou a cuidar dele, dedicando ainda mais carinho, amor e generosidade. 

Órfã de pai e viúva

Quando o pai de Catarina faleceu, sua mãe, Brígida, decidiu dedicar-se totalmente à vida religiosa. E quis iniciar esta nova etapa da vida fazendo uma romaria a Roma, visitando os túmulos dos apóstolos. Tendo sua mãe já partido, Catarina obteve autorização de Edgard, seu marido, para ir a Roma encontrá-la. Aconteceu, porém, que, estando as duas em Roma, Edgard faleceu na Suécia.

Mãe e filha religiosas

Brígida e Catarina, então, vestiram o hábito de religiosas, fizeram os votos e não mais se separaram. Catarina acompanhou, trabalhou e incrementou todo o trabalho de evangelização e caridade que sua mãe desenvolvia. As duas fundaram o mosteiro de Vadstena, na Suécia. Nele, criaram e instalaram a Ordem de São Salvador. Santa Brígida foi abadessa e as freiras de lá passaram a ser são chamadas de brigidinas.

Viajantes

Catarina acompanhou sua mãe em todas as suas viagens. Estas, eram cheias de perigos, tanto na Suécia quanto em outros países. As duas muitas vezes foram salvas de graves perigos através de um cervo selvagem que sempre aparecia quando as duas, e especialmente Catarina, precisavam de socorro.

Morte da mãe

Voltando de uma longa peregrinação à Terra Santa, as duas pararam em Roma. Lá, Santa Brígida faleceu. Catarina levou o corpo da mãe de volta para a Suécia. Lá, foi recebida pela população e aclamada, junto ao corpo da mãe. Sua mãe, a essa altura, já era venerada como santa. 

Abadessa e pedidos de casamento

Catarina foi eleita a nova abadessa do convento. Os livros relatam vários fatos milagrosos ocorridos após sua intercessão. Por outro lado, apareceram pretendentes querendo se casar com Catarina depois da morte de Edgard. Propunham que ela abandonasse a vida religiosa e se casasse. Mas ela recusava terminantemente. Um desses pretendentes, audacioso, tentou atacá-la, mas ficou cego. Ele só recuperou a visão quando se ajoelhou aos pés de Santa Catarina e pediu perdão. Nesse momento, narram os livros, ele viu um cervo selvagem ao lado de Catarina. Por isso, nas representações artísticas de Santa Catarina, ela sempre está perto de um cervo.

Canonização da mãe

Após a morte de Santa Brígida, vários prodígios começaram a acontecer no meio do povo por sua intercessão. Por isso, a abadessa Santa Catarina foi para Roma advogar junto ao Papa pela causa de sua canonização, em nome do povo sueco. Ficou em Roma por cinco anos, morando em um convento. Ali, foi comprovada sua grande disciplina, seu senso de amor e caridade fraterna e sua humildade no trato com todos, especialmente necessitados e doentes.


Morte

Santa Catarina voltou para seu país sendo portadora de uma doença grave. Tinha, então, cinquenta anos. Assim, veio a falecer no dia 24 de março do ano 1381. Sua canonização foi celebrada em 1484, pelo Papa Inocente VIII. Antes disso, porém, seu culto já era bastante conhecido na Europa. Conta-se que, por sua intercessão, a cidade de Roma foi livre de uma grande inundação proveniente do rio Tevere.

Oração a Santa Catarina da Suécia

“Senhor, de muitas bênçãos e virtudes cumulastes Santa Catarina. Pelos méritos de tão querida Santa, nós vos rogamos por nossas famílias. Que possamos ser, a exemplo de Brígida e Catarina, modelos de santidade e fidelidade a vossa doutrina perante os nossos. Dai-nos a graça de, com alegria e paz, semearmos o vosso reino entre aqueles que nos recomendastes. Amém.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 23 de março de 2022

DIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO - 23 DE MARÇO

DIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO - 23 DE MARÇO

 

 

HOMILIA - 23.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO

Origens

Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu em 1538 na cidade de Majorca de Campos, Espanha. Era filho de uma família rica e nobre. Fez seus estudos nas cidades de Salamanca, Valadolid e Santiago de Compostela. Formou-se em Direito e, como advogado, teve participações na inquisição. Desde jovem, as grande marca de sua vida eram a honestidade e a justiça.

Numa reviravolta da vida, é lançado na vida religiosa

O rei Felipe II percebeu as qualidades de Turíbio de Mongrovejo pediu ao Papa Gregório XIII que o nomeasse arcebispo da América Espanhola e o Papa atendeu. Por isso, após um discernimento, Turíbio recebeu todas as ordens sagradas de uma só vez, inclusive a ordenação sacerdotal. Assim, em 1580 ele foi sagrado Arcebispo de Lima, no Peru. Foi dessa maneira, aparentemente improvisada, que nasceu um dos maiores apóstolos da América Latina.

Passando para o outro lado

O bispo Dom Turíbio chegou a Lima em 1581 e ficou estarrecido com a miséria material e espiritual em que os índios viviam. Mas isso o fez agir. Começou aprendendo a língua desses índios. Depois, começou a defendê-los das arbitrariedades dos colonizadores, que os tratavam como animais. Por isso, Dom Turíbio passou a ser venerado pelos fiéis. Todos o viam como um defensor da justiça, contra os opressores europeus.

Evangelização

Com o apoio de todo o povo indígena, Dom Turíbio organizou inúmeras comunidades em sua imensa diocese. Depois disso, realizou assembleias e até mesmo sínodos, isto é, reunião com todos os bispos em atividade na América Espanhola. Assim, todos foram convocados para a evangelização.

Visão e organização

Dom Turíbio realizou e coordenou dez concílios da diocese e três concílios provinciais. Esses eventos formaram a principal estrutura organizacional da Igreja Católica da América espanhola. Essa organização dura até hoje. Um Sínodo Provincial realizado em Lima ganhou destaque. Foi o de 1582. Historiadores o comparam ao famoso Concílio de Trento dada a sua importância. Conta-se que neste encontro, Dom Turíbio chegou a desafiar os espanhóis resistentes, que se achavam muito inteligentes, a aprenderem a língua dos índios. Todos se calaram.

Apóstolo incansável

No ano de 1594, Dom Turíbio já tinha percorrido quinze mil quilômetros em missão pela América Espanhola. Ensinava, pregava, convertia, devolvia dignidade e administrava os sacramentos aos índios. Até este ano, segundo os livros das paróquias, tinha administrado a crisma a nada menos que sessenta mil fiéis.

Formando santos. Dom Turíbio teve a graça de formar e crismar três cristãos peruanos que, mais tarde, foram canonizados: Santa Rosa de Lima, São Francisco Solano e São Martinho de Porres. Estes são frutos preciosos de sua grande missão na América Espanhola.


Legado para o futuro

São Turíbio procedeu a fundação do primeiro seminário instituído nas Américas. Ali, vários missionários ardorosos foram formados, o que ajudou sobremaneira no processo de evangelização da América Espanhola.  

Amor e desapego

Pouco tempo antes de sua morte, São Turíbio doou todas as suas roupas, até mesmo as que cobriam seu próprio corpo. Tudo foi para os pobres e àqueles que trabalhavam a seu serviço. Este gesto resumiu o comportamento de toda sua vida. São Turíbio morreu no dia 23 de março do ano 1606. Ele estava na pequenina cidade chamada Sanã, no Peru. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIII, em 1726. Na ocasião, o Papa declarou São Turíbio de Mongrovejo como o Apóstolo e Padroeiro do Peru.

Oração a São Turíbio de Mongrovejo

“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, daí-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 22 de março de 2022

DIA DE SANTA LÉIA - 22 DE MARÇO

DIA DE SANTA LÉIA - 22 DE MARÇO

HOMILIA - 22.03.22

 

HISTÓRIA DE SANTA LÉIA

Origens

Léia era uma jovem romana de origem nobre, que viveu por volta do ano 370. Sabe-se que ela recebeu formação cristã sólida e tinha um coração realmente voltado para Deus. Casou-se bem jovem e não teve filhos, porque logo ficou viúva. A viuvez causou-lhe grande transtorno. Mas, ao mesmo tempo, deu-lhe a oportunidade buscar conhecer a vontade de Deus para sua vida e de seguir um novo projeto.

Descobrindo a vontade de Deus

Por causa de sua vida entre a nobreza, um pretendente bastante influente quis se casar com ela. Era Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano e nomeado prefeito da cidade. Era homem bom, que poderia dar a Léia uma vida mais luxuosa do que ela já tinha. Além disso, ela teria privilégios e grande prestígio ao se casar com o prefeito de Roma. Porém, o coração de Léia pedia outra coisa. Ela já conhecia a Deus e sentia-se chamada a uma vida dedicada à oração e ao serviço ao próximo. Por isso, recusou a proposta de Vécio.

Abandonando o luxo para viver na pobreza

A jovem Léia mantinha estreita amizade com uma abadessa chamada Marcela. A abadessa, com efeito, tinha fundado uma comunidade de monjas na casa onde Santa Léia vivia, em Roma. Léia convivia com as irmãs, participava das orações, da vida em comunidade e decidiu viver aquela vida, sendo também uma monja, atendendo ao chamado do Senhor em seu coração. Ela trocou o luxo pela simplicidade, escolhendo ter por aposento uma cela pequena, simples, onde ela podia se dedicar à oração e à penitência. E, na vida comunitária, ela podia se dedicar à caridade fraterna e ao convívio santo com as irmãs, vindas de todas as partes e classes sociais.

Vida religiosa

Santa Léia vendeu seus vestidos ricos e finos, doou o dinheiro aos pobres e passou a usar uma hábito rústico, feito de saco. No mosteiro, escolhia sempre fazer os trabalhos mais humildes, procurando sempre agir como uma serviçal das outras irmãs. Passava noites rezando, fazia jejuns. Praticava a caridade para com os pobres sempre de maneira escondida, para não receber elogios de ninguém. Por causa de sua vida santa, foi eleita Madre Superiora do mosteiro e permaneceu no cargo até sua morte, sendo sempre um exemplo de amor, de bondade, de sabedoria e de humildade.

Falecimento

O pouco que se sabe sobre Santa Léia foi encontrado nos escritos de São Jerônimo, que a conheceu pessoalmente. Ela faleceu no ano 384. Nesse mesmo ano, faleceu o prefeito de Roma que ela rejeitou. Logo após sua morte, Santa Léia passou a ser venerada por uma multidão de pessoas que foram beneficiadas pela caridade da Santa. E todos admiravam a lição de Santa Léia: ela deixou o luxo para viver na pobreza e era muito feliz por causa disso.

Oração a Santa Léia

“Senhor Jesus, vós nos disseste: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Rogamos, pelo exemplo de Santa Léia, que embora fosse superiora colocou-se como escrava das outras religiosas, saibamos também nós encontrarmos alegria em Vos servir e, em todas as circunstâncias, exercer a verdadeira caridade. Santa Léia, Rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 21 de março de 2022

DIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE - 21 DE MARÇO

DIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE - 21 DE MARÇO

HOMILIA - 21.03.22

 

HITÓRIA DE SÃO NICOLAU DE FLUE

Origens

É o Santo mais popular da Suíça, conhecido lá como Bruder Klaus, ou seja, “Irmão Klaus”. Ele nasceu em 21 de março de 1417, na Suíça. Filho de família pobre, queria ser monge quando jovem. Porém não pôde realizar tal sonho, pois teve que ajudar os pais no trabalho da roça. O sonho ficou escondido num canto de seu coração. Depois, casou-se. Por isso, mais uma vez teve que adiar seu sonho.

Casamento

O casamento de Klaus foi feliz. Sua esposa era também cristã e muito virtuosa. Chamava-se Doroteia. Com ela, Klaus teve dez filhos. Vários deles vieram a se tornar padres. Um de seus netos, aliás, chamado Conrado Scheuber, faleceu com fama de santidade.

Homem público

Nesse tempo, como pai de família, Klaus não podia dedicar-se à oração como gostaria. Além do mais, por causa de seu admirável senso de justiça, retidão e integridade, ele foi solicitado a assumir muitos cargos públicos. Assim, foi juiz, deputado e conselheiro.

Realização do sonho

Quando chegou aos cinquenta anos, Klaus obteve a concordância de sua família para abandonar tudo e viver a vida monástica. Assumiu, então, o nome de Nicolau. Em seguida, construiu uma cabana num lugar deserto, que ficava perto de sua casa, onde foi viver. Lá, seu travesseiro era uma pedra, e sua cama, uma tábua. Ali, Nicolau viveu feliz durante  dezenove anos.

Milagre da Eucaristia

Um fato extraordinário marcou esse período da vida de São Nicolau de Flue. Há provas obtidas por várias testemunhas, em tempos diferentes, de que, durante esses vários anos, ele alimentou-se somente da EUCARISTIA. Não consumia nenhum outro alimento e sobrevivia com saúde e boa disposição física, mental e espiritual. Por outro lado, ele não conseguia permanecer na solidão. Era sempre amável e acolhedor para com todos, não fugia daqueles que o procurassem. E a Suíça, sua pátria, precisou dele inúmeras vezes.

Pacificador

São Nicolau de Flue revelou-se um grande pacificador. Era inimigo das brigas, das guerras e das batalhas. Por isso, foi chamado várias vezes para ser mediador em situações explosivas como, por exemplo, diante da ameaça de guerra iminente da Suíça contra os austríacos. Depois, também foi chamado para impedir a eclosão de uma guerra civil em seu país. Porém, quando não foi possível conquistar a paz através do diálogo, ele não se esquivou de tomar lugar nos campos de batalha. E fez isso como soldado e também como oficial.

Pai da Pátria

O trabalho de São Nicolau de Flue na reconciliação entre partes magoadas, principalmente nos assuntos de guerra, repercutiu sobremaneira entre o povo suíço. Por isso, Nicolau começou a ser venerado pelo povo, que o chamava de "Pai da Pátria". São Nicolau era uma liderança incontestável, conquistada pela retidão, pela justiça, pela ética e pela santidade. E o povo reconhecia essa autoridade que brotava de seu coração.

Eremita de coração, influente em sua nação

Porém, sempre que podia, retornava à cabana que ele tanto amava. Só saía de lá quando precisavam novamente de sua ajuda. São Nicolau de Flue foi um grande conselheiro espiritual e moral de inúmeras pessoas, desde os mais simples até os mais poderosos. Era extremamente respeitado pelos católicos e pelos protestantes. Há um consenso quase geral de que, se a Suíça é hoje um país pacífico, que muito raramente se envolve em conflitos internacionais, isso se deve à sábia e santa influência do "Irmão Klaus", como ele era, e ainda é chamado carinhosamente pelos suíços. 

Morte

São Nicolau de Flue ou “Irmão Klaus”, faleceu no dia 21 de março de 1487. Era dia de seu aniversário, e ele completava setenta anos. Seu corpo foi sepultado na bela Igreja de Sachslen.

Sua beatificação aconteceu em 1669. A canonização foi celebrada pelo Papa Pio XII, no ano 1947. A festa litúrgica de São Nicolau de Flue foi instituída para o dia 21 de março. Ele é também celebrado como herói da pátria no dia 25 de setembro. São Nicolau de Flue, ou Irmão Klaus, passou a ser o Santo mais popular de toda a Suíça.

Oração escrita por São Nicolau de Flue

“Meu Senhor e meu Deus, arrancai de mim mesmo tudo o que me impede de ir a Vos. 
Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo aquilo que me conduz a Vos. 
Meu Senhor e meu Deus, tiraim-me de mim mesmo e entregai-me todo a Vos.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 20 de março de 2022

DIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA - 20 DE MARÇO

DIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA

 

 

HOMILIA - 20.03.22

 

 

 

 

 

HSTÓRIA DE SANTO AMBRÓSIO DE SENA

Origem

Santo Ambrósio de Sena nasceu no ano 1220, em Siena, Itália. Tinha o rosto deformado e sua mãe não aceitava, por isso, deu para os cuidados de uma enfermeira. Há relatos que  a única hora que a criança tinha paz era quando estava dentro da igreja dominicana, especialmente perto das relíquias dos santos.

Vida de Santo Ambrósio de Sena

A enfermeira sempre cobria o rosto de Santo Ambrósio com um lenço. Certo dia, um peregrino que estava por perto disse a ela: “não cubra a face desse bebê. Ele será, um dia, o orgulho desta cidade”. Poucos dias depois, a criança esticou seus membros deformados e pronunciou o nome “Jesus” e toda a deformidade o deixou para sempre.

Ambrósio foi uma criança piedosa, se levantava a noite para orar e meditar. Caridoso, mesmo quando jovem, ele trabalhava com os pobres, os doentes e os abandonados. Quando anunciou que queria se juntar aos frades, seus pais e amigos tentaram dissuadi-lo, mas Ambrósio não mudou sua decisão e entrou para o mosteiro com 17 anos. Ele estudou em Paris com São Tomás de Aquino e com Santo Alberto.

Santidade

Santo Ambrósio queria escrever, mas vendo a grandeza de Santo Tomás de Aquino, decidiu não tentar segui-lo e dedicou-se a pregar. Foi um dos maiores pregadores de seu tempo. Trabalhou em missões de paz com grande sucesso. Evangelizou grande parte da Alemanha, França e Itália. Faleceu em 1287 de causas naturais.

Esse texto é fruto da parceria entre Tenda do Senhor e Todo Santo Dia. Curtam nossos perfis no Instagram e apoiem esse projeto de evangelização. Nosso objetivo é chegar no Céu! Amém? Amém!

Caso queira treinar para chegar ao Céu também, podemos te ajudar! Confira algumas das nossas partilhas espirituais e ditos de santos na Oficina de Santidade!

Santo Ambrósio de Sena, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 19 de março de 2022

DIA DE SÃO JOSÉ - 19 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOSÉ - 19 DE MARÇO

HOMILIA - 19.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ

São José é descendente da Casa Real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos, ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus, Capítulos 1 e 2, e em Lucas, 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento.

Mas teve um sonho com um Anjo, que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém participar do recenseamento. Lá, Maria deu à luz o Menino Jesus, e José estava presente no nascimento.

O Anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o Anjo avisou a José que Herodes queria matar o Menino Jesus e mandou-o pegar o Menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A Sagrada Família foi para o Egito e viveu lá durante quatro anos. Após esse tempo, o Anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré, porque Herodes havia morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

Vida Simples

São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o Menino Jesus no Templo, logo depois que o Menino nasceu. Esse ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, conversando com os doutores da lei. O Menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o Menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nessa ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de Seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores Santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes Santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor dessa declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos, exaltou as virtudes de São José. O Papa Bento XV declarou São José como o Patrono da Justiça Social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José Operário". Essa, acontece no dia primeiro de maio.

São José é invocado também como o Padroeiro dos Carpinteiros. Na Arte Cristã, ele é representado tendo um lírio na mão, simbolizando a vitória dos Santos. Algumas vezes, ele aparece também com o Menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.

Revelações sobreo poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, uma dos Santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o Santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Essa é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra a pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça, para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo, os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade, que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com Seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e, assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 18 de março de 2022

DIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM - 18 DE MARÇO

DIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM - 18 DE MARÇO

HOMILIA - 18.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Origens

Cirilo nasceu em Israel, perto da capital, Jerusalém, no ano 315. Seus pais eram cristãos e bem colocados financeiramente. Por isso, Cirilo foi bem preparado desde a infância. Estudou as Sagradas Escrituras e também as matérias humanísticas. Ainda jovem, sentiu-se chamado para o ministério de evangelizador. No ano 345, aos 30 anos, recebeu a ordenação sacerdotal.

Cirilo viveu num tempo de heresias. Desde o início do Cristianismo várias heresias, isto é, interpretações erradas da fé, se infiltraram na Igreja. Mas no século IV, especialmente, no tempo de São Cirilo, apareceram as heresias chamadas arianismo e nestorianismo. As duas causaram profundas divisões na Igreja.

Bispo perseguido e, depois, reconhecido

No ano 348, o Padre Cirilo foi sagrado Bispo de Jerusalém. Ele exerceu o cargo durante quase trinta e cinco anos. Porém, dezesseis desses anos foram vividos no exílio, em três momentos diferentes.

Primeiro exílio

O primeiro exílio aconteceu porque um Bispo chamado Acácio, muito influente na Igreja, acusou-o de espalhar heresia. Reconhecido o engano, ele voltou afável e sem mágoas.

Segundo exílio

O segundo exílio aconteceu por ordem do Imperador Constâncio. Esse entendeu que Cirílo era simpatizante de hereges e condenou-o ao exílio. Porém, os Bispos Atanásio e Hilário, ambos de autoridade reconhecida e chamados de Padres da Igreja, tal como São Cirilo, saíram em sua defesa, demonstrando que ele não era um herege.

Terceiro exílio

O terceiro exílio foi o mais longo. O Imperador Valente, que era realmente um herege, exilou novamente todos os Bispos que tinha sido anistiados. Por isso, São Cirilo peregrinou por várias cidades da Ásia pelo tempo de onze anos. Esse exílio durou até à morte do Imperador, ocorrida em 378.

Ministério brilhante

O trabalho missionário, catequético e doutrinário de São Cirilo resistiu a todas essas provações e chegou até os dias de hoje. Ele tinha um dom especial de ensinar o Evangelho, e fazia isso como poucos. No começo de seu ministério episcopal, ele era o responsável pela preparação dos catecúmenos, ou seja, dos adultos convertidos, que seriam batizados.

Escritos

Nesse tempo, São Cirilo escreveu dezoito brilhantes discursos catequéticos. Depois, escreveu um maravilhoso sermão, uma carta dirigida ao Imperador Constantino e outros pequenos escritos inspirados e atuais. Outros treze escritos de sua autoria foram dedicados à exposição geral da doutrina cristã. Outros cinco escritos foram dedicados a preciosos comentários sobre os ritos Sacramentais que aconteciam durante a iniciação cristã. Vários de seus escritos dedicam-se a explicar os "como" e os "porquês" de cada uma das orações, do sacramento do batismo, do sacramento da crisma, da confissão, dos sacramentos em geral e dos grandes mistérios da fé cristã, chamados também de dogmas da Igreja.

Não só na teoria

São Cirilo soube como ninguém viver a fé cristã na prática. Num tempo de grande dificuldade, ele não teve dúvidas e vendeu preciosos vasos litúrgicos e outros valiosos objetos eclesiásticos, com o nobre objetivo de matar a fome dos pobres.

Santidade e firmeza na fé

Desde jovem, Cirilo apresentou-se manso, suave e afável. Preferia sempre a catequese a assuntos polêmicos. Aderiu firmemente à Doutrina da Igreja por ocasião do III Concílio de Constantinopla, no ano 382. Ali, ficou clara sua postura de fidelidade à Santa Sé e à Verdade sobre Jesus Cristo. Nesse Concílio, São Cirilo foi chamado por alguns Bispos de "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião". 

Morte

São Cirilo de Jerusalém faleceu no ano 386. Seu culto foi instituído em 1882, pelo Papa Leão XIII. Na ocasião, o Papa conferiu a ele os títulos de Doutor da Igreja, por causa da profundidade de seus escritos, e o de Príncipe dos Catequistas Católicos, por causa da brilhante preparação para os catecúmenos que ele escreveu.

Oração a São Cirilo de Jerusalém

“Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 17 de março de 2022

DIA DE SÃO PATRÍCIO - 17 DE MARÇO

DIA DE SÃO PATRÍCIO - 17 DE MARÇO

HOMILIA - 17.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO PATRÍCIO

Origens

São Patrício escreveu um livro autobiográfico intitulado "Confissão". Através dele, sabemos que Patrício nasceu numa vila que pertencia a seu pai e ficava numa região entre Inglaterra e a Escócia. Ele nasceu no ano 377. Seu pai, Calpurnius, era cristão. E seu avô era Padre (nesse tempo, os padres ainda podiam se casar). Porém, apesar da influência religiosa, somente na adolescência é que Patrício se interessou pela religião e pelos estudos.

Raptado por piratas

Aos dezesseis anos, Patrício foi raptado por um grupo de piratas irlandeses. Em seguida, foi vendido como escravo. Levado à força para a Irlanda, foi submetido a trabalhos forçados num ambiente terrível, entre pessoas rudes, brutas e pagãs. Tentou fugir duas vezes, sem sucesso. Somente na terceira vez, conseguiu a libertação tão sonhada.

Busca da fé

O jovem Patrício conseguiu embarcar para a Grã-Bretanha. Depois, foi para a França. Lá, partilhou a vida em vários mosteiros e conseguiu se habilitar para a vida religiosa, que unia o estilo de vida monástico, pela disciplina e oração, e também missionário, caracterizando-se pelo desejo de anunciar o Evangelho aos pagãos.

Discípulo e missionário

A princípio, o jovem monge Patrício acompanhou um Santo chamado  Germano, que pertencia ao Mosteiro de Auxerre. Ambos empreenderam uma grande missão apostólica nas terras da Grã-Bretanha. Mas o grande desejo de seu coração era evangelizar a Irlanda, aquele povo pagão, que o tinha escravizado. E Patrício entregou a Deus esse santo propósito.

Deus ouviu seu coração

Quando o Bispo responsável pela Missão na Irlanda, chamado Paládio, faleceu, o Papa Celestino I convocou justamente Patrício para dar continuidade à missão. Por isso, ele foi sagrado Bispo e viajou para a Irlanda no ano 432. 

Apóstolo da Irlanda

O que aconteceu na vida de São Patrício e na Irlanda, nas três décadas que se seguiram, foi simplesmente extraordinário. Tanto que a Missão de São Patrício ficou gravada para sempre na História da Irlanda, da Igreja Católica e até mesmo na História da Humanidade. São Patrício fez nada menos do que mudar o destino de um povo através do Evangelho. Sua missão levou à conversão praticamente toda a Irlanda. Tudo isso sem contar com ajuda política e sem jamais usar de violência contra aqueles que preferiam continuar no paganismo. Seu lema era respeitar para ser respeitado.

O respeito é recíproco

Por causa da atitude respeitosa de São Patrício, não aconteceu repressão contra os cristãos na Irlanda. O próprio Rei, chamado Leogário, percebendo a santidade de Patrício, converteu-se e possibilitou que toda a sua Corte se convertesse. A missão de São patrício foi tão eficaz que a fé católica se enraizou na Irlanda. E, de tal forma, que esse país se tornou o berço de um grande número de evangelizadores, missionários e Santos.

Dinamismo

Além de viver uma vida santa, que tocava os corações, São Patrício era um homem de grande visão e dinamismo. Ele fundou incontáveis mosteiros pelo país. Com isso, a Irlanda se tornar um centro que irradiava a fé e a cultura. De lá partiu um grande número de Monges Missionários. Esses peregrinaram por muitas terras estrangeiras anunciando o Evangelho. Alguns exemplos mais famosos são os apóstolos Donato, Columbano, Willibrordo, Galo, Tarásio, entre tantos outros. 

Mitos cristãos

Enquanto outros países têm como ídolos e mestres reis e ditadores que empreenderam guerras e mortandade, a Irlanda passou a ter seus mitos culturais nos monges e missionários evangelizadores e suas histórias de milagres, graças e heroísmo cristão. Esse é um efeito direto da enculturação do Evangelho levada a temo por São Patrício.

Morte

São Patrício faleceu no dia 17 de março do ano 461, na cidade de Down. Hoje, a cidade se chama Downpatrick (Cidade de Patrício) em sua homenagem.  Há séculos, o dia 17 de março é feriado nacional, quando se celebra o dia de São Patrício, conhecido como a glória da Irlanda. Existem hoje, na Irlanda, mais de duzentos santuários construídos em honra a São Patrício, Padroeiro do país.

Oração de São Patrício

Enfrentando a resistência e as armadilhas do paganismo na Irlanda, São Patrício compôs e rezou esta oração por sua proteção e eficácia na missão:

Cristo comigo,
Cristo em minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo sobre mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo quando me sento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada um que pensa em mim,
Cristo na boca de cada um que fala de mim,
Cristo em todo olho que me vê,
Cristo em todo ouvido que me ouve.

Amém!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 16 de março de 2022

DIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC - 16 DE MARÇO

DIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC - 16.03.22

HOMILIA - 16.03.22

 

HISTÓRIA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC

A Santa que lembramos neste dia nasceu em Paris, no ano de 1591, com o nome de Luísa. Recebeu ótima formação humana e cristã. Casou-se com Antônio e tiveram apenas um filho.

Depois de um certo tempo, Antônio morreu, mas Luísa, em Deus, conseguiu superar a dor da perda. Santa Luísa, muito religiosa, começou a fazer direção espiritual com São Vicente de Paulo, que percebendo o coração de Luísa, a envolveu nas confrarias de caridade.

Essa mulher de Deus se identificou e assumiu com tanto amor a obra de caridade para com os doentes e pobres, que não demorou em tomar a liderança deste projeto de Deus, até fundar, no ano de 1634, a Congregação das Irmãs da Caridade.

O lema dessa Congregação era o clamor de São Paulo: “A caridade de Cristo me impele”. Mesmo nos tempos mais difíceis, Santa Luísa viveu plenamente o carisma com suas irmãs, as quais iam crescendo em número e santidade.

Durante uma peste que arruinou Paris, Santa Luísa chegou a atender todas as classes sociais, já que na sua espiritualidade encarnada, via e servia a Cristo no pobre. Entrou no Céu com 70 anos, depois de haver se consumido na caridade para com os irmãos.

Santa Luísa de Marillac, rogai por nós!

 

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 15 de março de 2022

DIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER - 15 DE MARÇO

DIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER - 15 DE MARÇO

HOMILIA - 15.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER

Batizado com o nome de João, ele nasceu num pequeno povoado da Morávia, República Tcheca, em 26 de dezembro de 1751. De família muito cristã e pobre, não pôde se dedicar aos estudos até a adolescência. Seus pais, Paulo Hofbauer e Maria Steer, tiveram doze filhos, e ele tinha apenas sete anos quando ficou órfão de pai. Consta de suas anotações que, nesse dia, sua mãe lhe mostrou um crucifixo e lhe disse: "A partir de hoje, este é o teu Pai". João entendeu bem a orientação, decidindo, a partir de então, que se tornaria Padre e missionário.

Mas as condições em que vivia a família dificultaram a realização de seu sonho. Aos quinze anos de idade, foi morar na cidade de Znaim, onde aprendeu o ofício de padeiro. Três anos depois, conseguiu o emprego que mudou sua vida: padeiro do Convento em Bruk, dos Premonstratenses. A vocação do jovem foi notada pelo Abade, que o deixou estudar, inclusive latim. Quando seu benfeitor morreu, João foi viver como eremita, primeiro na Áustria e, depois, com a permissão do Bispo de Tívoli, próximo à capela de Quintilio. Aí, foi onde mudou o nome para o de Clemente Maria, recebendo o hábito do Bispo que, mais tarde, se tornaria o Papa Pio VII. Certa vez, em outra viagem a Roma, entrou por acaso numa igreja de Redentoristas. Foi o primeiro contato que teve com essa Ordem. Depois de assistir à missa, pediu uma entrevista com o Superior e, impressionado com as Regras e a atuação da Congregação, pediu para ingressar nela e foi admitido.

Um ano depois, tornou-se Sacerdote Redentorista. Seu sonho estava realizado, mas seu trabalho, apenas começando. Fixou residência em Varsóvia, onde fundou casas e recebeu dezenas de noviços. Reformou a igreja de São Benon, que estava caindo aos pedaços, e a pequena casa da igreja tornou-se um grande e espaçoso convento. Durante vinte anos, Padre Clemente atuou nessa Paróquia, convertendo pagãos e atraindo multidões. Tanto que eram necessários vinte e cinco padres para atender aos fiéis, celebrando diariamente duas missas em alemão e duas em polonês. Com a expansão do trabalho, pôde fundar mais três conventos e ativar as paróquias em volta da sua. Como Capelão do convento e da igreja das Ursulinas, teve uma influência extraordinária na cidade inteira e até além da mesma. Fundou também um asilo para abrigar as crianças vítimas das sucessivas guerras da região, uma escola para crianças pobres e outra, de ensino superior, para meninos. Essa atividade ele a continuou até 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e dispersou a comunidade. Enfrentou, com serenidade, com outros Redentoristas, a perseguição na Polônia, o fechamento da Casa da Ordem e até a prisão.

Clemente não desistiu. Foi realizar missões na Alemanha, Suíça e na Áustria, onde fez o clero retomar os conceitos cristãos esquecidos. Principalmente, aconselhou e encorajou alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a renovação católica nos países de idioma alemão. A intensa atividade dele chamou a atenção da polícia.
Mas, só a morte poderia impedir Clemente Maria de atuar, o que se deu em Viena, no dia 15 de março de 1820, cuja população consternada assumiu o luto como o de um parente.

Foi beatificado em 1888, e canonizado pelo Papa Pio X, em 1909. Cinco anos depois, o mesmo pontífice proclamou São Clemente Maria Hofbauer o Padroeiro de Viena e, também, dos padeiros, numa singela lembrança da profissão exercida na sua adolescência. É venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista, fora da Itália.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 14 de março de 2022

DIA DE SANTA MATILDE - 14 DE MARÇO

DIA DE SANTA MATILDE - 14 DE MARÇO

HOMILIA - 14.03.22

 

HISTÓRIA DE SANTA MATILDE

Origens

Matilde era descendente de nobres saxões. Nasceu na região de Westfalia, na Alemanha, por volta de 895. Foi educada por sua avó, que também se chamava Matilde e era Abadessa de um Mosteiro de Monjas Beneditinas em Herford. Por causa dessa educação, ela aprendeu a ler e a escrever. Além disso, estudou Filosofia e Teologia. Isso era raríssimo entre as mulheres, mesmo entre as nobres de seu tempo. Os livros da época atestam que Matilde possuía inteligência brilhante e grande beleza tanto física quanto de alma.

Casamento

A bela Matilde casou-se, com apenas catorze anos, com um Duque da Saxônia, chamado Henrique. Esse, em pouco tempo, veio a se tornar Rei da Alemanha, com o nome de Henrique I. Com o Rei, Matilde viveu um casamento feliz, que durou vinte anos. 

Influente sobre o Rei

O reinado de Henrique I foi justo e bom para o povo. Segundo os livros, a Rainha Matilde teve grande influência nele, lutando pela justiça e pela bondade, sempre nos bastidores do governo. Ela sempre se mostrou cheia de bondade e portadora de grande generosa para com os súditos, especialmente os pobres e doentes.

Obras

Em tempo de paz, a Rainha Matilde passou a assistir à população, erguendo conventos, igrejas, hospitais e escolas. O Rei, por sua vez, fazia da Alemanha o país líder da Europa. Ele salvou seu país da invasão dos húngaros. Depois, regularizou a situação da Alemanha com a França e a Itália. Em seguida, passou a exercer domínio sobre os dinamarqueses e os eslavos. O reinado de Henrique I ficou bastante fortalecido.

Divisão na família

A paz, porém, chegou ao fim quando o Rei Henrique I faleceu. Antes de sua morte, o Rei deixou indicado para sucedê-lo seu filho mais velho, chamado Oton. Porém, um filho mais novo, chamado Henrique, quis o trono, a despeito da vontade do pai. Então, exércitos aliados de cada um desses príncipes começaram a guerrear, para grande tristeza de Santa Matilde. Por fim, Oton venceu e assumiu o trono.

Exilada pelos próprios filhos

Depois de tudo isso, os filhos, surpreendentemente, se voltaram contra a própria mãe. Alegaram que ela vivia esbanjando os bens do reino com os pobres e com a Igreja. Por isso, retiraram toda a fortuna que pertencia a ela e ordenaram que ela fosse exilada. Santa Matilde, com grande sofrimento, foi viver no Mosteiro de Engerm. Lá, dedicou-se à oração e aos sacrifícios, pedindo incessantemente pela conversão dos filhos. 

Os filhos se arrependem

Muitos anos depois, os irmãos Oton e Henrique caíram em si e se arrependeram do terrível gesto de ingratidão que tiveram para com a própria mãe. Por isso, procuraram a mãe, pediram perdão, receberam-na de volta no reino e devolveram a ela tudo o que lhe era de direito. Com autoridade sobre seus bens novamente, Santa Matilde distribuiu tudo entre os pobres, salvando famílias inteiras da miséria e da perdição. Depois disso, voltou para a vida religiosa no Mosteiro. Lá, recebeu o dom da profecia e ajudou a muitos com suas orações, escuta e aconselhamento.

Morte 

A Santa Rainha Matilde faleceu no ano 968. Foi sepultada ao lado do dos restos mortais de seu marido, no mosteiro de Quedlinburgo. Logo, passou a ser venerada pelo povo como Santa. Sua fama se propagou rapidamente pelo mundo católico do Ocidente chegando até ao Oriente. Hoje, ela é bastante celebrada na Alemanha e também na Itália e em Mônaco. Sua festa é celebrada no dia 14 de março. É dessa Santa Matilde que des­cenderam os Reis de Portugal e, por conseguinte, a Família Imperial do Brasil.

Oração a Santa Matilde

“Pai Celeste, pelos méritos de Santa Matilde, que procurou a caridade em tudo e em todos, nunca deixando de ajudar aos mais necessitados, nós Vos rogamos a graça de administrarmos os talentos e bens que Vós nos destes para o bem de Vossos fiéis e da Vossa Igreja. Amém. Santa Matilde, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 13 de março de 2022

DIA DE SANTA EUFRÁSIA - 13 DE MARÇO

DIA DE SANTA EUFRÁSIA - 13 DE MARÇO

HOMILIA - 13.03.22

 

HISTÓRIA DE SANTA EUFRASIA

Origens 

Eufrásia nasceu no ano 380, na Ásia Menor. Era filha única de pais muito ricos e cristãos. Seus pais eram parentes do então Imperador Romano Teodósio. Por isso, Eufrásia foi educada na Corte romana. Sua infância e juventude foram rodeadas de luxo e prazeres. Ela, porém, nunca sentiu-se atraída por nada disso. Tinha o exemplo e a educação cristã recebida de seus pais que, apesar da riqueza que possuíam, viviam na humildade.

Mudança para o Egito

Quando o pai de Eufrásio faleceu, sua mãe passou a ser cortejada por vários interesseiros da Corte. Por isso, resolveu mudar-se para o Egito. Lá, usou de sua fortuna para reconstruir a vida e fazer caridade para com os necessitados. Eufrásia estava sempre acompanhando sua mãe nas visitas aos pobres, aos conventos e aos hospitais que ela ajudava na manutenção. Eufrásio tinha, então, apenas sete anos e gostava muito dessas ações.

Vocação de menina

Numa das visitas que mãe e filha fizeram a um convento, Eufrásia pediu para ficar com as irmãs. Tinha apenas sete anos e já queria ficar no convento definitivamente. Sua mãe permitiu, vendo nisso um chamado de Deus para sua filha. Assim, apesar da pouca idade, Eufrásia conseguia acompanhar as freiras em todas as atividades, mostrando grande disciplina e grande pontualidade, o que deixava as freiras impressionadas pela precoce maturidade da menina.

O tesouro escondido

O tempo passou, e Eufrásia, que continuava no convento, se tornou uma linda jovem. Mantinha uma vida regular, cheia de Deus, praticava o jejum e a vida de oração. Então, sua mãe veio a falecer. Ao vê-la órfã, o Imperador Teodósio, seu parente, quis proteger seu futuro. Por isso, procurou por ela, oferecendo uma proposta de casamento que vinha da parte de um senador. Tal casamento daria a Eufrásia grande status social e aumentaria ainda mais sua fortuna, que já era grande. Santa Eufrásia, porém, recusou a proposta e afirmou que queria continuar virgem, seguindo a vida religiosa. Além disso, pediu a Teodósio que distribuísse todos os bens que ela possuía aos pobres. Santa Eufrásia tinha encontrado um tesouro muito maior.

Dons extraordinários

Os escritos sobre Santa Eufrásia relatam inúmeras graças e acontecimentos milagrosos ocorridos por sua intercessão. Um desses fatos é que um menino que estava à beira da morte foi curado quando ela fez o sinal da cruz sobre ele. Assim, sua fama de santidade se espalhou por toda a região. 

Morte anunciada

No dia 12 de março do ano 412 a Superiora do Convento teve uma visão profética, na qual recebeu um aviso de que a freira Eufrásia morreria e seria proclamada santa. Santa Eufrásia, ainda jovem, nada sentia. Porém, acreditou na mensagem e pediu para receber os Sacramentos. Então, no dia seguinte, 13 de março de 412, como tinha sido previsto, ela teve uma febre muito forte e veio a falecer. Venerada como santa pelo grande exemplo de vida, de fraternidade, de amor e caridade, Santa Eufrásia foi sepultada no mesmo convento onde passou a vida e ao qual tanto amor devotava.

Culto

O culto a Santa Eufrásia passou a ser bastante difundido por todo o Oriente e também no Ocidente. Ela é admirada pela simplicidade da vida que escolheu, pela caridade para com todos e pelas incontáveis graças que até hoje acontecem quando se pede sua intercessão. Sua celebração litúrgica foi instituída para o dia 13 de março, dia de sua entrada no céu.

Oração a Santa Eufrásia

“Pai Santo, Vós nos criastes para Vos amar e servir. Ajudai-nos a viver essa sublime vocação, seguindo os passos de Santa Eufrásia e aprendendo com ela a virtude de servir sem jamais exigir nada em troca. Isso Vos pedimos por Jesus Cristo Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. Santa Eufrásia, rogai por nós.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 12 de março de 2022

DIA DE SÃO LUÍS ORIONE - 12 DE MARÇO

DIA DE SÃO LUÍS ORIONE - 12 DE MARÇO

HOMILIA - 12.03.21

 

HISTÓRIA DE SÃO LUÍS ORIONE

Origens

Luís Orione nasceu em Pontecuore, Itália, no dia 23 de junho de 1872. Era filho de uma família pobre. Seus pais eram camponeses e muito simples. Porém, sua família era bem estruturada, rica em honestidade e sabedoria. Sua mãe, sábia educadora, serviu de inspiração e modelo por toda a vida. Luís Orione recebeu os fundamentos da sua fé no aconchego de seu lar e isso o marcou para o resto a vida.

Contato com um Santo

No início da juventude, Luís Orione já pensa em ser sacerdote. Apoiado por sua família, ele ingressou no Oratório Salesiano em Turim, uma obra dedicada à educação e formação de crianças, adolescentes e jovens pobres. O fundador dessa obra era São João Bosco, ou, simplesmente, Dom Bosco. Esse ainda era vivo quando Luís Orione ingressou no Oratório. Dom Bosco tinha grande estima por Orione e percebeu logo a vocação do jovem. Por isso, dedicou especial atenção na formação de Orione.

Fundador dinâmico 

Em 1892, sendo ainda seminarista, Luís Orione fundou duas escolas dedicadas à formação de crianças e jovens. Ordenado em 1895, passou, então, a se dedicar aos necessitados com todo ardor e devoção. Sua meta era acolher e evangelizar os mais necessitados.

Missionário da caridade

O Padre Luís Orione era incansável na sua luta em favor dos necessitados. Por várias vezes, empreendeu viagem por toda a Itália, pedindo doações e ajuda material para as obras de caridade que ele fundara. Colocava-se como um instrumento nas mãos da Providência Divina, tendo sempre como objetivo o alívio dos sofrimentos e das necessidades humanas.

Terremoto

Em 1908, um terremoto terrível colocou abaixo a região da Sicília e Calábria, na Itália. Luís Orione fez um grande trabalho no socorro das inúmeras vítimas. Tanto que o Papa Pio X pediu que ele ficasse lá por mais tempo. Padre Orione atendeu, permanecendo nd região por três anos.

Fundador

Em 1915, o Padre Luís Orione fundou uma Congregação que ele chamou de “Pequena Obra da Divina Providência”. O objetivo da obra era atender aos pobres, humildes trabalhadores, doentes, necessitados e, principalmente, aos esquecidos pela sociedade. Posteriormente, fundou a Congregação dos Padres Orionitas. Depois, fundou a Congregação das Irmãzinhas Missionárias da Caridade. Mais tarde, fundou a Congregação das Irmãs Sacramentinas. Finalmente, fundou a Congregação dos Eremitas de Santo Alberto. Nessas duas últimas Fundações, um dos objetivos era admitir religiosos cegos, coisa que, na época, era difícil. 

A obra se estende pelo mundo

A Congregação dos Filhos da Divina Providência e a das Missionárias da Caridade se expandiram por vários países da Europa. Depois, pelas Américas e pela Ásia. Hoje, a Obra de São Luís Orione tem milhares de Casas e Instituições espalhadas pelo mundo, atuando principalmente na área assistencial e educativa.

No Brasil

A Obra de São Luís Orione está no Brasil desde 1914. São várias casas que abrigam órfãos, excepcionais, deficientes, idosos. Há também hospitais para os necessitados. A obra da Divina Providência sempre foi e ainda hoje continua recebendo toda a manutenção vinda de esmolas e doações. 

Morte

São Luís Orione faleceu como uma vela que se desgastou, queimando pelo cansaço o missionário. Ele tinha sessenta e oito anos quando entregou sua alma a Deus, na cidade de San Remo, Itália. Era o dia 12 de Março de 1940. Sua canonização foi celebrada em 2004, pelo Papa João Paulo II, em Roma. São Luís Orione foi um sacerdote humilde e gigante no apostolado da caridade. Foi chamado de Pai dos Pobres e Grande Benfeitor da Humanidade aflita e sofredora.

Oração a São Luís Orione

“Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós Vos adoramos e Vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luiz Orione e por ter-nos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da Humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para conVosco, a Santíssima Virgem, a Igreja, o Papa e todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que Vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a Vossa Divina Providência. Amém.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 11 de março de 2022

DIA DE SANTA FLORA E SANTO EULÓGIO - 11 DE DE MARÇO

DIA DE SANTA FLORA E SANTO EULÓGIO - 11 DE MARÇO

HOMILIA - 11.03.22

 

HISTÓIA DE SANTA FLORA

Os mártires são verdadeiros luzeiros que nos iluminam com a luz de Cristo e nos chamam ao testemunho radical da fé. Flora é uma destas pessoas santas, por isso a lembramos neste dia, ela que era natural da cidade de Córdoba.

No época de Santa Flora, os cristãos estavam sendo duramente perseguidos pelo fanatismo árabe da "Guerra Santa de Maomé", que buscava destruir o culto ao Cristo. Flora aprendeu da família o amor e fidelidade ao Cristo e carregava consigo o testemunho de santidade de seu irmão mártir e, por isso, por volta de 851, mesmo presa duas vezes, colocada numa prisão, interrogada e, enfim, torturada , com o auxílio da graça não abandonou a fé no Deus Vivo.

Um Padre santo que a visitou na cadeia testemunhou: "Eu toquei com minhas mãos as cicatrizes de sua cabeça e de seu rosto desfigurado pelo sofrimento". Santa Flora, no século IX, com firmeza e na alegria da fé de quem receberá a Vida Eterna, aceitou martirizações pelos muçulmanos da época, mas não negou seu seguimento ao Cristo.

Santa Flora, rogai por nós!

 

HISTÓRIA DE SANTO EULÓGIO

Nascido em Córdoba, Espanha, no século VIII, descobriu seu chamado ao sacerdócio e fez um ótimo caminho formativo, também nas áreas da ciência, aprofundando-se nas ciências teológicas. Era um homem de muito estudo, oração e amor.

A Espanha foi afetada por invasões, e o Príncipe perseguia cruelmente a Igreja, prendendo e matando a muitos cristãos.

São Eulógio deixou muitos escritos, com testemunhos de mártires e santos, assim como obras apologéticas e a ‘Exortação ao Martírio’, que escreveu na prisão.

Ele foi decapitado no dia 11 de março de 859, recebendo a coroa da vida imortal.

Santo Eulógio, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 10 de março de 2022

DIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE - 10 DE MARÇO

DIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE - 10 DE MARÇO

HOMILIA - 10.03.22

 

HISTÓRIA DOS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE

O martírio dos quarenta legionários ocorreu no ano 320, em Sebaste, na Armênia. Nessa época, foi publicada na cidade uma ordem do Governador Licínio, grande inimigo dos cristãos, afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte. Contudo se apresentou diante da autoridade uma legião inteira de soldados, afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Para testar até onde ia a coragem dos soldados, o Prefeito local mandou que fossem presos e flagelados com correntes e ferros pontudos.

De nada adiantou o castigo, pois os quarenta se mantiveram firmes em sua fé. O Comandante os procurou, então, dizendo que não queria perder seus mais valorosos soldados, pedindo que renegassem sua fé. Também de nada adiantou, e os legionários foram condenados a uma morte lenta e extremamente dolorosa. Foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela. A região atravessava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Ao lado, havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma, e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.

Foi na terceira e última noite que aconteceram fatos prodigiosos e plenos de graça. No meio da gélida madrugada, o sentinela viu uma multidão de anjos descer dos céus e confortar os soldados. Isto é, confortar trinta e nove deles, pois um único legionário desistira de enfrentar o frio e se dirigira à sala de banhos. Morreu assim que tocou na água quente. Por outro lado, o sentinela que assistira à chegada dos anjos se arrependeu de estar escondendo sua condição religiosa, jogou longe as armas, ajoelhou-se, confessou ser cristão tirando as roupas e se juntou aos demais. Morreram quase todos congelados.

Apenas um deles, bastante jovem, ainda vivia quando os corpos foram recolhidos e levados para cremação. A mãe desse jovem soldado, sabendo do que sentia o filho, apanhou-o no colo e seguiu as carroças com os cadáveres. O legionário morreu em seus braços e teve o corpo cremado junto com os companheiros.

Eles escreveram na prisão uma carta coletiva, que ainda hoje se conserva nos arquivos da Igreja e que cita os nomes de todos. Eis todos os mártires: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Heliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 09 de março de 2022

DIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA - 09 DE MARÇO

DIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA - 09 DE MARÇO

HOMILIA - 09.03.22

 

HISTÓRIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA

Origens 

Seu nome de batismo era Francisca Bussa de Buxis de Leoni. Nascida em 1384 numa família nobre e cristã de Roma, desde jovem manifestou-se chamada para uma vida de oração, recolhimento e penitência. Seu desejo era tornar-se freira. Por isso, buscava, cada vez mais, instruir-se na fé e na prática das virtudes cristãs. Desde adolescente, Francisca era vista como um anjo de doçura e delicadeza para com todos.

 Casamento

O pai de Francisca, porém, tinha prometido a filha em casamento ao também nobre Lourenço Ponciano. Assim, em obediência ao pai, ela se casou. Felizmente, Lourenço era cristão e procurava viver a fé. Por isso, tiveram um casamento feliz, apesar dos sofrimentos que a vida impôs ao casal. O casal teve seis filhos e viveu a fidelidade, o amor e a paternidade responsável e evangelizadora. Além disso, sempre que possível, praticava a caridade para com os necessitados. Se Lourenço não podia dedicar-se a essas obras, autorizava Francisca. E a obra se expandiu de tal maneira que a casa rica dos dois foi se transformando num asilo-albergue-hospital para os necessitados.

Sofrimento e amor

Santa Francisca de Roma teve seis filhos com Lourenço. Na época, Roma estava dividida em facções a favor e contra o Papa, e que guerreavam entre si. Era uma verdadeira situação de guerra civil. Além disso, a cidade foi assolada por epidemias, fomes, revoluções. Nessas situações, Santa Francisca assistiu à morte de três de seus filhos. Mais tarde, outro filho foi feito refém, seu marido foi ferido na guerra e, depois, feito prisioneiro. Ainda assim, ela prosseguiu com sua obra de caridade. Vendeu quase tudo o que possuía para mantê-la funcionando. Foi nessa época que o povo, agradecido, deu a ela título de “Mãe de Roma”.

Dinamismo para o amor

Santa Francisca Romana frequentava a abadia de Santa Maria Nova, dos Monges Beneditinos. Lá, em contato com as ricas matronas de Roma, convenceu um bom número delas a se unirem para prestar um serviço social aos pobres, doentes e necessitados. Fundou uma espécie de “instituto das mães de Roma”. Tratava-se de um organismo sem votos, sem regras, sem hábito, formado por mães romanas. Elas viviam seu cotidiano de mães e esposas, mas procuravam tempo para a oração e para a prática da caridade efetiva para com os necessitados acolhidos na casa de Santa Francisca e em outras paróquias de Roma.

Reconciliação

Terminada a guerra, Lourenço, o marido de Francisca, voltou para casa e teve grande parte de seus bens restituídos. Ele apoiava Santa Francisca na caridade e também participava. A santa esposa conseguiu, com muita oração e conselhos, que seu marido se reconciliasse com inimigos surgidos nas guerras de Roma. E ela conseguiu seu intento. Antes de falecer, seu marido tinha se reconciliado com todos os antigos inimigos e estava em paz.

Nasce uma Ordem nova

Após a morte de seu marido, Santa Francisca intensificou seu trabalho junto aos pobres. A essa altura, cinco de seus filhos e filhas tinham falecido. Quando o último filho sobrevivente se casou, ela entregou o governo da casa à sua nora. Essa nora convertera-se à fé cristã por causa de Santa Francisca. Em seguida, Santa Francisca e suas companheiras viúvas de Roma, fundaram a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova. Em 1433, dez oblatas da nova Ordem receberam o hábito religioso e começaram a viver em comunidade. Daí a poucos meses, o Papa Eugênio IV instituiu a Congregação dando-lhe o nome de Congregação das Oblatas da Santíssima Virgem. Mais tarde, após a morte de Santa Francisca, esse nome foi mudado para Congregação das Oblatas de Santa Francisca Romana. A congregação continuou bravamente a obra começada por Santa Francisca.

Humildade

Santa Francisca Romana fez questão de ingressar na Congregação que fundara como qualquer outra, sendo uma simples postulante. Em pouco tempo, porém, foi eleita a Superiora e exerceu seu ministério com humildade e santidade, procurando sempre descobrir e cumprir a vontade de Deus para a Obra.

Dons sobrenaturais

Santa Francisca Romana teve vários dons sobrenaturais e carismas, que serviram para a edificação da Congregação e da Igreja em geral. Ela tinha visões de seu Anjo da Guarda, do combate entre as forças satânicas e as forças celestiais, profecias, êxtases, colóquios com Jesus Cristo e Nossa Senhora. Teve também visões dos sofrimentos do inferno, do purgatório e da felicidade profunda do céu, deixando claro que o maior sofrimento na terra, não tem comparação com a felicidade do céu. Por isso, suportava tudo com amor, paciência e perseverança.  

Falecimento

Santa Francisca Romana viveu apenas três anos no convento. Sua última semana de vida foi de muito sofrimento, mas ela permaneceu firme, sabendo que sua hora estava chegando. Assim, conseguiu dar suas últimas orientações às irmãs. Ela faleceu em 09 de março de 1440, aos 56 anos de idade. Seus funerais precisaram ser estendidos por três dias para que toda a cidade de Roma pudesse se despedir dela. Ela foi canonizada em 1608 e recebeu o título de Santa Mística da Igreja.

Oração a Santa Francisca Romana

Ó Deus, que destes a Santa Francisca Romana a graça de viver o sacramento do matrimônio, a maternidade e a vida religiosa com toda fidelidade e perseverança, dai também a nós a graça de vivermos bem nosso estado de vida (casados, solteiros ou consagrados). Que nossa vida seja abençoada pela intercessão de Santa Francisca Romana e que suas visões do céu nos ajudem a desejar e a procurar de todo o coração a pátria celestial. Amém. Santa Francisca Romana, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 08 de março de 2022

DIA DE SÃO JOÃO DE DEUS - 08 DE MARÇO

DIA DE SÃO JOÃO DE DEUS - 08 DE MARÇO

HOMILIA - 08.03.22

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO DE DEUS

Origens

João Cidade Duarte era seu nome de batismo. Ele nasceu em 08 de março de 1495, em Montemor-o-novo, Portugal. Seu pai vivia de vender frutas na rua. Da sua infância sabe-se apenas que, aos oito anos, fugiu ou foi levado por um viajante que tinha se hospedado na sua casa. Vinte dias após seu sumiço, sua mãe morreu de tristeza. Seu pai foi para um convento de franciscanos, que o receberam. Lá, ele encerrou seus dias. 

Um menino levado pelo vento

Sabe-se que João foi levado a pé para a cidade de Madrid, na Espanha. Caminhou ao lado de saltimbancos e mendigos. Perto da cidade de Toledo, o viajante o entregou a um bom homem, chamado Francisco Majoral. Este administrava os rebanhos do Conde de Oropesa, afamado por ser caridoso. Nessa época, o menino recebeu o apelido de “João de Deus”, porque ninguém sabia ao certo quem ele era e, muito menos, de onde vinha. 

Uma nova família

Durante seis anos, Francisco Majoral educou João como a um filho, juntamente com a pequenina filha que a família tinha. Depois, dos catorze aos vinte e oito anos, João trabalhou para Francisco como um pastor. A relação entre eles era quase como a de pai e filho. Porém, quando a filha de Francisco atingiu idade para casar-se, Francisco quis casá-la com João de Deus. João, sem querer o casamento e sem saber o que fazer, fugiu e começou uma vida errante.

Vida errante

João de Deus alistou-se soldado do Rei Carlos V. Como soldado, lutou na Batalha de Paiva, contra o Rei Francisco I e seu exército. Vencedor, abandonou o exército e ganhou o mundo.

Peregrinou por toda a Europa. Depois, foi para a África. Lá, fez-se vendedor ambulante na cidade de Gibraltar. Então, como um filho pródigo, voltou à cidade onde nascera. Ninguém, porém, o reconheceu. Seus pais já tinham morrido. Por isso, voltou para a Espanha e abriu uma livraria na cidade de Granada.

Conversão

Em Granada, no ano 1538, João de Deus ouviu um sermão inflamado pregado pelo futuro São João D’Ávila. O sermão tocou-o de tal maneira que ele saiu da igreja aos gritos de "misericórdia, Senhor, misericórdia". O povo, sem compreender, ou ria dele ou estranhava. Mas ele não deu importância a isso. Distribuiu os bens que tinha acumulado aos pobres e iniciou uma vida de penitências rigorosas.

Internado como louco

Tido como louco por muitos, João de Deus foi internado num hospício. Lá, recebeu tratamento desumano, conforme a ignorância da época quanto às doenças mentais. Depois de ter sofrido cruelmente, foi acolhido e orientado por São João d'Ávila. Então, ele decidiu fundar o que chamou de “casa-hospitalar”, cujo objetivo era dar tratamento mais adequado aos tidos como “loucos”.

Uma Ordem religiosa para cuidar dos doentes mentais

A Casa Hospitalar de João de Deus começou a dar frutos, curando a muitos doentes mentais, para espanto da sociedade de então. Com isso, nascia uma Ordem Religiosa, que ele chamou de Ordem dos Irmãos Hospitaleiros. Apesar de nunca ter estudado medicina, João de Deus conseguia a cura de vários doentes mentais utilizando sua própria experiência, aliada à fé cristã. Tinha como princípio o fato de que, se a alma for curada, meio caminho estava feito para a cura do corpo.

Loucura? 

Por ter sido tratado como louco, João de Deus conhecia em profundidade a difícil situação dos doentes mentais. Ele dizia que pertencia ao mundo dos loucos. Dizia também que pertencia e ao mundo dos pecadores, dos indignos. Mas isso era o que o entusiasmava a trabalhar pela reabilitação, dignificação e inserção tanto dos doentes mentais quanto dos pecadores. Num mundo onde qualquer distúrbio mental era sumariamente classificado como “loucura”, João de Deus criou um modelo de empatia, de tratamento, de contato e de convicções profundas, que ajudaram a milhares de sofredores e inspirou várias outras instituições. Essas, seguiram suas inspirações e orientações. Muitas ainda seguem nos tempos de hoje. 

São João de Deus, o precursor da psicanálise

Para cuidar dos doentes mentais, São João de Deus usava um processo próprio, que unia a conversa, o acolhimento, a oração, a cura interior. Por tudo isso, ele é considerado o precursor do método de tratamento psicanalítico e da compreensão de que as doenças têm origens psicossomáticas, ou seja, uma alma ou mente perturbada gera doenças físicas. Os traumas, os rancores, as mágoas causam doenças físicas. Freud e seus discípulos chegaram a isso quatro séculos depois.

A obra se espalha

O sucesso, da obra de São João de Deus foi tão grande que, acima de oitenta casas-hospitalares foram fundadas pela Europa. A princípio, elas abrigavam os doentes mentais e os doentes terminais. Depois, São João de Deus e seus seguidores começaram a atender a todos os tipos de doentes. Seu lema resumia uma verdade para toda a vida: "fazei o bem, irmãos, para o bem de vós mesmos".

Morte

São João de Deus faleceu no mesmo dia de seu nascimento, em 8 de março. Era o ano 1550. Ele tinha apenas cinquenta e cinco anos de idade. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão XIII, que, na ocasião, o proclamou padroeiro dos hospitais, padroeiro dos doentes e padroeiro de todos os que trabalham para a obtenção da cura dos doentes.

Legado

Nos dias de hoje, a Ordem Hospitaleira de São João de Deus tem as dimensões de um instituto religioso internacional. Sua sede fica em Roma. O instituo é formado por homens que se consagram à misericordiosa hospitalidade cristã, que visa acolher os doentes e os mais necessitados. A obra está presente em quarenta e cinco países.

Oração a São João de Deus

“Senhor, que inflamastes São João de Deus no fogo da caridade para que fosse na terra o apóstolo dos pecadores, socorro dos pobres e saúde dos doentes; no céu o constituístes alívio dos que sofrem, Padroeiro e Modelo dos profissionais de saúde. Concedei-nos, por sua intercessão, a graça que neste momento Vos pedimos, prometendo imitá-lo nas suas virtudes, na construção do Vosso Reino de Paz, Justiça, Amor e Misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na Unidade do Espírito Santo. Amém.”


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