Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 24 de outubro de 2023

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET - 24 DE OUTUBRO

 

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET - 24 DE OUTUBRO

HOMILIA - 24.10.23

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET

 

Protetor das pessoas que estão em perigo ou nas mãos de malfeitores

Fundador das Congregações:

Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Padres Claretianos)

Irmãs de Ensino Maria Imaculada (Irmãs Claretianas)

 

Origens

Nascido em dezembro de 1807, num povoado chamado Sallent, perto de Vic e de Barcelona, Espanha, Antônio Claret y Clara foi batizado num dia de Natal. Foi o quinto filho entre dez. Seu pai era tecelão, e seu lar era cristão. Na família, recebeu o exemplo e a doutrina do seguimento de Jesus Cristo, bem como a devoção à Virgem Maria e um grande amor à eucaristia. Ainda criança, aprendeu a profissão de tecelão, com o pai. Depois, a de tipógrafo. A tipografia o influenciaria bastante na ousadia de evangelizar pelos meios de comunicação.

Chamado de Deus

Ainda adolescente, Antônio Claret sentiu um forte chamado para se colocar a serviço de Deus como religioso. Por isso, decidiu acrescentar o nome "Maria" ao seu. Ele queria, com isso, testemunhar que dedicaria sua vida a Nossa Senhora. E ele viveu uma vida extraordinária, dedicada a fazer o bem, à caridade e ao amor próximo.

Discernimento

Antônio Maria Claret trabalhou juntamente com seu pai numa fábrica de tecidos. Por causa de sua competência e dom de comunicação, foi convidado para trabalhos bastante rentáveis. Porém, recusou a todos por causa de sua vocação religiosa. Depois, quando tinha vinte e um anos, entrou no Seminário de Vic. Seu objetivo era se tornar monge cartuxo. Porém, um sacerdote percebeu sua vocação missionária e os dons para ser um homem de ação dentro da Igreja. Dócil ao Espírito Santo, Antônio Maria Claret obedeceu.

Começa a vida de missionário

Antônio Maria Claret foi ordenado em 1835. Em seguida, recebeu a nomeação de pároco de sua terra natal. Ali, ficou durante quatro anos. Depois disso, foi para Roma, mais precisamente para uma entidade da Igreja chamada Propaganda Fides (Propagação da Fé) e passou a ser missionário apostólico. Nesse ministério, viveu anos de árduo trabalho, dedicando-se inteiramente ao serviço pastoral na Espanha. Esse seu trabalho rendeu muitos frutos para a Igreja. Por causa do êxito de seu trabalho, foi enviado para as Ilhas Canárias, uma região difícil no campo da missão, no ano 1848.

Primeira fundação

Porém, o Padre Antônio Maria Claret sentia em seu coração o ardente desejo de iniciar uma obra de alcance mais amplo. Assim, no ano 1849, junto com outros cinco jovens padres, ele fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. Mais tarde, esta congregação passou a ser chamada de Padres Claretianos, por causa da força de seu carisma.

Bispo de Cuba

Pouco tempo depois da fundação da congregação, a longínqua diocese de Cuba vivia um tempo de enorme dificuldade. Estava sem bispo há quatorze anos. Assim, no mesmo ano da fundação da congregação, Padre Antônio Maria Claret foi nomeado seu arcebispo. Novamente, colocou-se a serviço e ficou evidente que Nossa Senhora jamais o abandonava.

Perseguições na ilha de Cuba

Em Cuba, passou a ser vítima constante de toda a sorte de pressões por parte de lojas maçônicas. Essas faziam violenta oposição aos padres, e provocaram vários atentados contra a sua vida. Puseram fogo numa casa em que ele estava, misturaram veneno a seus alimentos, bateram nele várias vezes e o assaltaram à mão armada outras tantas. Porém, Santo Antônio Maria Claret sempre escapava ileso e continuava sua missão sem retroceder.

Missão em Cuba – Congregação feminina

Santo Antônio Maria Claret restaurou o velho seminário cubano, que, por causa de seu exemplo de santidade, passou a receber inúmeras vocações. Apoiou negros e índios tornados escravos, e procurava libertá-los. No ano 1855, com o auxílio de madre Antônia Paris, fundou uma nova congregação religiosa, que passou a se chamar Congregação das Irmãs de Ensino Maria Imaculada. Mais tarde, receberam o apelido carinhoso de Irmãs Claretianas. Por causa de seu empenho missionário, Cuba ganhara várias outras dioceses. Ele fez questão de fazer visitas pastorais a cada uma delas. Nessas visitas, levava força e ânimo para os cristãos que mergulhavam num trabalho sempre mais difícil e sempre mais necessário.

De volta à Europa

Em 1857 Santo Antônio Maria Claret voltou a Madri, deixando a Igreja de Cuba mais fortalecida, unida e resistente. Em sua volta à Espanha, a rainha Isabel II pediu que ele passasse a ser seu confessor. Mesmo sem querer tal cargo, para não se envolver com política, aceitou, vendo também nisso um chamado de Deus. Nessa época, teve tempo para escrever e sua obra literária cresceu bastante. Ele juntou a ela seus incontáveis sermões cheios de sabedoria. No ano 1868, fez-se solidário com a rainha e acompanhou-a no exílio na França. Lá, permaneceu junto com a família real. Porém, continuou sua missão apostólica de grande escritor. Na França, achou tempo e forças para dirigir a fundação de uma academia destinada aos artistas. Essa obra passou a subsistir sob a proteção de São Miguel Arcanjo.

Morte

Santo Antônio Maria Claret morreu com a idade de sessenta e três anos. Foi em 24 de outubro do ano 1870. Ele estava, então, no Mosteiro de Fontfroide, França. Ele deixou uma numerosa e importante obra escrita, que inspira e dirige almas até os dias de hoje. Sua beatificação foi celebrada pelo papa Pio XI. Este, chamou-o de "precursor da Ação Católica do mundo moderno". Sua canonização aconteceu em 1950, pelas mãos do Papa Pio XII.

Oração a Santo Antônio Maria Claret

Ó glorioso santo, vós que em vida sofrestes tantos tipos de violência e perseguições, como atentados, assaltos e ameaças de morte, mas que, pela vossa fé e confiança em Deus e no Imaculado Coração de Maria, todas as vezes vos livrastes desses males, intercedei por mim; e livrai-me do perigo de ser assaltado, roubado ou sequestrado. Afastai de mim e de minha família toda espécie de violência física e moral. Amém. Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós.” (Rezar um Pai-Nosso por todas as pessoas que se encontram em perigo ou nas mãos de malfeitores)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 23 de outubro de 2023

DIA DE SÃO JOÃO DE CAPISTRANO - 23 DE OUTUBRO
 
 

DIA DE SÃO JOÃO DE CAPISTRANO - 23 DE OUTUBRO

HOMILIA - 23.10.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO DE CAPISTRANO

Origens

João nasceu em 24 de junho do ano 1386, na cidade de Capistrano, perto de Áquila, no reino de Nápoles, Itália. Seu pai era um conde alemão, e sua mãe, uma jovem italiana. Estudou direito civil e canônico na cidade de Perugia e formou-se com honras e méritos excepcionais. Lá, tornou-se homem de enorme influência.

Casado, juiz e governador

Em Perúgia, João de Capistrano se casou com uma jovem filha de um nobre membro da comunidade. Por causa de seu brilhantismo no direito, foi aclamado juiz da cidade. Mais tarde, tornou-se governador da cidade, no tempo em que a revolta contra o domínio do rei de Nápoles estava começando. João de Capistrano tornou-se um governador muito respeitado por todos. Por isso, julgava ter amigos verdadeiros até mesmo entre adversários.

Traição e morte da esposa

Por acreditar nessas “amizades”, João de Capistrano assumiu a missão de tentar um diálogo de aproximação com o rei. Porém ele estava muito enganado. Os adversários não acreditaram em suas propostas de paz e, além disso, o prenderam. Para piorar, estando João de Capistrano na prisão, recebeu a triste notícia: sua esposa estava morta. João tinha, nessa época, trinta e nove anos.  

Resgatando a liberdade

O fracasso na diplomacia e a morte de sua esposa levaram João de Capistrano a uma mudança de vida e ele tomou uma decisão. Ainda preso, renunciou a todos os seus cargos políticos, vendeu seus bens, pagou o resgate da sua libertação e pediu para entrar num convento de frades franciscanos.

Franciscano

Porém, também no convento, João de Capistrano deparou-se com a desconfiança dos frades. Eles custaram a crer no seu propósito. Antes de permitir que ele passasse a usar o hábito franciscano, submeteram-no a inúmeras humilhações e dificuldades, para pôr à prova sua determinação. João de Capistrano, porém, superou tudo, dando provas não só de determinação como de verdadeira conversão e busca de Deus. Assim, apenas um ano depois de seu ingresso no convento, ele já era um dos religiosos mais respeitados da comunidade. Mais tarde, ele viria a colaborar para a reforma da Ordem Franciscana.

Missionário cheio do Espírito Santo

São João de Capistrano tornou-se um franciscano exemplar. Durante trinta anos viveu na oração, praticando a penitência, jejum, a caridade e a alegria franciscana. Tornou-se um evangelizador forte e vigoroso da França, Itália, Alemanha, Hungria, Áustria, Rússia e Polônia. Pregador inspirado e arrebatador, multidões viajavam para ouvi-lo. Após ouvi-lo falar, inúmeros jovens decidiam se tornar franciscanos. Por causa de sua santidade e sabedoria, tornou-se conselheiro de quatro papas.

Ameaça muçulmana

Estando já com setenta anos, São João de Capistrano liderou a defesa da Itália na conhecida batalha de Belgrado, contra a invasão dos turcos muçulmanos. O grandioso exército estava prestes a tomar toda a Europa e já tinha dominado acima de duzentas cidades. O papa Calisto III, inspirado por Deus, designou-o pregador e capelão de uma cruzada que tinha como objetivo nada menos que defender o continente europeu. O exército inimigo era dez vezes maior. Humanamente, a guerra estava praticamente perdida. Os soldados quase desfalecendo.

Vencendo batalhas

Então, apareceu São João de Capistrano no meio deles. Ele começou a animar a todos. Percorria todas as fileiras levantando o ânimo de todos, baseando-se no poder da oração e na fé em Cristo. São João fez isso continuamente, durante onze dias e onze noites, sem parar. Espantados com a força espiritual e a atitude do santo, os guerreiros muçulmanos começaram a entrar em confusão. Depois, apavoraram-se. Em seguida, o exército ficou desorganizado. Então, os soldados cristãos começaram a dominar a batalha e chegaram à vitória final.

Retiro e morte

São João de Capistrano preferiu deixar este grande feito no anonimato, mas o exército cristão fez questão de reconhecer e atribuir esta grande vitória a ele. Depois de cumprir essa missão, ele decidiu retirar-se no Convento de Villach, Áustria. Ali, na paz do Senhor, três meses depois, ele veio a falecer. Era o dia 23 de outubro do ano 1456. A partir de então, passou a ser venerado espontaneamente como santo, seu culto se espalhou pelo mundo e chegou forte até os dias de hoje. Sua canonização foi celebrada no ano 1724, pelo papa Bento XIII. Por sua sabedoria e exercício da justiça, especialmente como juiz, São João de Capistrano passou a ser invocado como padroeiro dos juízes.

Oração a São João de Capistrano

“Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, o nosso exemplo de fé, de amor à verdade, à fraternidade, brilhe num mundo descrente, amante da mentira e do egoísmo. Sejamos o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Sejamos luz para este mundo carente de valores espirituais que jaz na treva do isolamento e do individualismo. Aprendamos de Jesus, manso e humilde de coração, a ser compassivos e misericordiosos, fazendo o bem sem olhar a quem. E os homens, vendo o nosso empenho, nossa dedicação em servir, nosso esforço em compartilhar, nossa alegria de viver, nossa esperança nas adversidades, possam crer em vós, Deus de amor, que nos sustentais na vossa bondade. Que, por nossa causa, ninguém se afaste de vós, Deus vivo e verdadeiro. Mas, através de nosso exemplo, possam chegar a vos conhecer e a vos amar de toda a mente e de todo o coração.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 22 de outubro de 2023

DIA DE SÃO JOÃO PAULO II - 22 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO JOÃO PAULO II - 22 DE OUTUBRO

HOMILIA - 22.10.23

 

História de São João Paulo II

 

São João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Foi batizado com o nome de Karol Wojtyła. 

Em outubro de 1942, entrou no seminário de Cracóvia clandestinamente, por causa da invasão comunista em seu país, e, a 1º de novembro de 1946, foi ordenado sacerdote. Em 4 de julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo auxiliar de Cracóvia. Tendo em vista sua espiritualidade marcadamente mariana, Karol escolheu como lema episcopal a conhecida expressão “Totus tuus” (todo de Maria), de São Luís Maria Grignion de Montfort, grande apóstolo da Virgem Maria. A ordenação episcopal de Wojtyla foi em 28 de setembro do mesmo ano. No dia 13 de janeiro de 1964, foi eleito Arcebispo de Cracóvia. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Na tarde de 16 de outubro de 1978, depois de oito escrutínios, foi eleito Papa.

A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus, principalmente os seus mais de 25 anos de pontificado, um dos mais longos da história da Igreja. Olhando para a vida de João Paulo II, esse santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou rapidamente à glória dos altares.

Ainda seminarista, um livro clássico de espiritualidade mariana o ajudou a tirar as dúvidas que tinha em relação à devoção a Nossa Senhora e à centralidade de Jesus Cristo na vida e na espiritualidade católica.

A obra que marcou profundamente a vida e, consequentemente, a espiritualidade de Karol Wojtyla foi o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. São João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado em sua própria vida:

“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura desse livro, no qual encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo. Sob a orientação sábia de São Luís Maria, compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus”.

 

Faleceu a 2 de abril de 2005, no Palácio Apostólico, no Vaticano. No dia 22 de outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como Pontífice, em 1978, iniciando seu pontificado.

São João Paulo II, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 21 de outubro de 2023

DIA DE SANTA ÚRSULA - 21 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTA ÚRSULA - 21 DE OUTUBRO

HOMILIA - 21.10.23

 

História de Santa Úrsula

 

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.

Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso, ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou, então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.

Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nessa época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.

Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.

Santa Úrsula, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 20 de outubro de 2023

DIA DE SANTO ARTÊMIO - 20 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTO ARTÊMIO - 20 DE OUTUBRO

HOMILIA - 20.10.23

 

História de Santo Antêmio

 

Artêmio era um distinto político bizantino e fiel cristão. Constantino, o Grande, reconhecendo seus talentos morais e políticos, o nomeou duque de Alexandria, Egito.

Quando Artêmio soube que Juliano torturava os cristãos em Antioquia, Turquia,  lembrou-se do salmo de David: «Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça». (Salmo 50,14).

Assim foi que Artêmio, com a força que Deus lhe concedeu, foi para Antioquia e, ao chegar, pôde comprovar pessoalmente as perseguições ilegais aos cristãos, censurando a atitude de Juliano. Este, não esperando por uma reação como esta de um alto dignatário, ordena então que seja aprisionado e açoitado, o que lhe fazem com toda a crueldade.

Depois disso, Artêmio foi apedrejado, o que lhe resultou na fratura de vários ossos. Finalmente, decapitado, entregou seu espírito a Deus. As relíquias de Santo Artêmio foram guardadas por uma piedosa senhora de nome Aristi que, mais tarde, as transferiu para a Igreja do Santo Profeta e Precursor João Batista, em Constantinopla.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 19 de outubro de 2023

DIA DE SÃO PAULO DA CRUZ E DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - 19 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO PAULO DA CRUZ E DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - 19 DE OUTUBRO

HOMILIA - 19.10.23

 

História de São Paulo da Cruz

 

Profundo devoto da Sagrada Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundador das Congregações dos Padres e das Irmãs Passionistas.

Origens

Paulo Francisco Nasceu em 03 de janeiro de 1694 na cidade de Ovada, que fica na região norte da Itália. Foi o segundo dentre 16 filhos. Filho de família nobre, de boa posição social, embora sem possuir fortuna. Seu pai era comerciante e vivia de viagens. Quando jovem, Paulo passou a ajudar o pai nas viagens. Sua família era católica, piedosa e praticante. Por isso, desde criança, Paulo dedicava-se à leitura de livros sobre a vida dos santos e sentia-se especialmente atraído pela vida dos eremitas. Dedicava-se também à oração e à penitência. Sempre que podia, ia à igreja para rezar o terço. Conseguiu unir vários amigos para meditarem sobre a Paixão de Cristo. Todas essas experiências ajudaram a amadurecer sua vocação para a vida religiosa.

Eremita e pregador

Ao completar dezenove anos, o jovem Paulo foi tocado por uma pregação de seu pároco e  decidiu entregar sua vida totalmente a Deus. Sua família aceitou com alegria. A princípio, ele foi viver como eremita em lugares distantes dos centros urbanos. Mantendo sempre um diálogo com seu bispo, este o autorizou a fazer pregações aos fins de semana. Assim, ele procurava ir aos povoados pregar para o povo e falar sobre a Paixão de Nosso Senhor.

Os frutos apareceram

Muitas conversões aconteceram quando as pessoas ouviam as pregações do “irmão” Paulo Francisco falando tão ardorosamente sobre a Paixão de Cristo. Muitos corações se voltaram para Deus. Ele passou a ser conhecido como um missionário, um porta voz de Deus. Dessa maneira, foi amadurecendo em seu coração o sonho de iniciar uma comunidade religiosa dedicada a valorizar a Paixão de Cristo, razão de nossa salvação.

Fundador da Congregação dos Padres Passionistas

Vendo os frutos de seu trabalho missionário, o bispo ordenou-o sacerdote. O ministério sacerdotal abriu para ele novos horizontes de apostolado. Por isso, muitos jovens aderiram ao seu trabalho missionário e passaram a ser seus discípulos. Assim, obedecendo ao impulso que o Espírito de Deus lhe dava, o Padre Paulo partilhou com o bispo seu sonho de fundar uma Congregação religiosa dedicada a valorizar no coração dos fiéis o amor à Paixão de Cristo. O bispo lhe deu total apoio e foi à Santa Sé pedir autorização do Papa. O Papa autorizou e o Padre Paulo da Cruz, como passou a ser chamado, fundou a Congregação dos Passionistas, recebendo um grupo de primeiros noviços.

Ramo feminino

Vendo os frutos reluzentes que a Congregação nascente fazia brotar no coração dos fiéis, padre Paulo sentiu no coração a necessidade de fundar também o ramo feminino de Passionistas, dedicadas a uma vida contemplativa e de oração pela missão dos padres. Assim nasceu a Congregação das Irmãs Passionistas.

Penitência, sacrifícios e milagres

São Paulo da Cruz nunca abandonou a vida de oração, sacrifícios e penitências. Usava sempre o hábito preto de sacerdote adornado com uma cruz branca que lembrava sua missão de pregar sobre a Paixão de Cristo. Além disso, dedicou-se ele a escrever várias obras que ajudaram a muitos na fé. Muitos foram os doentes curados milagrosamente após a oração de São Paulo da Cruz. Ele sempre atribuía essas curas à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e à Virgem das Dores.

Morte

Tendo chegado aos 78 anos, depois de uma vida inteira dedicada à evangelização, já desenganado, pediu a bênção do Papa Pio VI. Este, chamou-o até Roma. Com sacrifício, São Paulo foi, melhorou e viveu por mais três anos. Faleceu em 1775, aos 81 anos vendo os frutos de sua missão começarem a se espalhar pelo mundo. Em seus escritos e exemplos, insistiu que as comunidades Passionistas nunca deixassem de ser lugares que promoviam a experiência de Deus e ensinassem os caminhos da oração profunda.

Oração a São Paulo da Cruz

“Glorioso e Eterno Deus, que conferistes a São Paulo da Cruz a graça das grandes iniciativas cristãs, fazendo-o fundador dos Padres Passionistas, concedei-nos a graça de sermos sempre diligentes e fiéis para as coisas de Deus. Isso vos pedimos por Cristo Nosso Senhor. Amém. São Paulo da Cruz, rogai por nós!”

 

História de São Pedro de Alcântara

 

Hoje, 19 de outubro, a Igreja celebra São Frei Pedro de Alcântara.

Frei Pedro nasceu em Alcântara (Cáceres, Espanha) em 1499. Filho de Alonso Garabito e de Maria Vilela, recebeu no batismo o nome de Juan de Sanabria. Depois de três anos de estudos em Salamanca (1511-1515), entrou na Ordem Franciscana, na Custódia do Santo Evangelho (1516), que mais tarde, em 1520, se converteria em Província de São Gabriel. Em Majarretes (Badajoz), lugar de seu noviciado, nasceu um novo homem: Juan de Sanabria se transformou em Pedro de Alcântara.

Pouco depois, em 1519, um pouco antes de ser ordenado sacerdote, foi enviado como superior para fundar o Convento de Badajoz. Completados os estudos de filosofia, teologia, direito canônico, moral e homilética, conforme as determinações da época, foi ordenado sacerdote em 1524. Tornou-se superior em Robledillo, depois em Placencia e novamente em Badajoz, até que, em 1532, obteve permissão para recolher-se a uma vida mais contemplativa no Convento de Santo Onofre da Lapa. Em 1538, foi eleito Ministro Provincial da Província de São Gabriel.

Durante o período em que foi ministro provincial, redigiu para seus religiosos estatutos muito severos, aprovados no Capítulo de Placencia, em 1540. Mas o começo de sua reforma teve lugar em 1544, quando, com o consentimento de Julio III, retirou-se para a pequena igreja de Santa Cruz de Cebollas, próximo de Coira. Em 1555. construiu o célebre convento de Pedroso, seguido de outros. A partir desse momento, a reforma prosperou amplamente e, em 8 de maio de 1559, obteve a aprovação de Paulo IV, que permitiu sua difusão também no exterior.

Pedro de Alcântara, com sua reforma, queria trazer de volta a Ordem Franciscana à genuína observância da Regra. Mediante a suma pobreza, a rígida penitência e um sublime espírito de oração, alcançou os mais altos graus de contemplação e pôde atrair numerosos franciscanos por aquele caminho de reforma que se propunha fazer reviver em seu século o franciscanismo dos primeiros tempos.

Foi confessor e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila e ajudou na reforma da Ordem Carmelita. Santa Teresa escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não é capaz de uma tal perfeição. Esse homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a esse santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.

Depois de uma grande atividade eremítica e apostólica, morreu em Arenas de San Pedro (Ávila), no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos. Em 1622, foi beatificado por Gregório XV e, em 1669, foi canonizado por Clemente IX. Em 1826, foi declarado Padroeiro do Brasil.

O PADROEIRO DO BRASIL

Logo após a Independência, Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Papa, embora ele, Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de Setembro. Assim, solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa concordado.

Com a proclamação da República, São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião. Porém, seu nome ainda continuou, por muito anos a ser lembrado nos missais mais tradicionais. E foi num destes missais mais tradicionais que se encontra a oração transcrita a seguir, a São Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil, conforme consta no índice do missal citado (“Adoremus – Manual de Orações e Exercícios Piedosos” – Por Dom Frei Eduardo, O.F.M. – XX Edição Bahia – Tipografia de São Francisco – 1942).

ORAÇÃO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

Ó Deus, que ilustrastes São Pedro de Alcântara com os donos de admirável penitência e de altíssima contemplação, concedei, por seus méritos, que, mortificados na carne, mereçamos participar dos bens celestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 18 de outubro de 2023

DIA DE SÃO LUCAS E DE NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT - 18 DE OUTUBRO

 

 

DIA DE SÃO LUCAS E DE NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT - 18 DE OUTUBRO 

HOMILIA - 18.10.23

 

HISTÓRIA DE SÃO LUCAS

 

São Lucas é o padroeiro dos médicos e dos pintores, porque ele exercia essas duas atividades. Ele é o grande autor de dois livros do Novo Testamento: o Terceiro Evangelho (ou Evangelho Segundo São Lucas) e o livro chamado Atos dos Apóstolos, o primeiro livro que vem na sequência dos quatro Evangelhos.

Apóstolo São Lucas

São Lucas era um homem sírio, originário da grande cidade de Antioquia. Sua profissão era a medicina. Lucas não conheceu pessoalmente a Jesus. Ele conheceu o Senhor através dos apóstolos. Ele foi discípulo de apóstolos de Jerusalém e, depois, discípulo de São Paulo.

Na sua carta aos Colossenses 4, 14, Paulo chama Lucas de "o Médico Amado". Lucas acompanhou São Paulo até o martírio deste, no ano 68, em Roma.  São Lucas permaneceu firme no Senhor até o fim de sua vida. Ele viveu solteiro, sem filhos e faleceu aos 84 anos de idade.

Referências a São Lucas no Novo testamento

Existem várias referências a São Lucas no novo Testamento. A primeira delas está na carta que São Paulo escreveu a Filemon, versículo 24. Ele aparece também na carta de Paulo  aos Colossenses 4, 14. Vemo-lo mencionado também em 2 Timóteo 4, 11.

Pintor

Uma antiga tradição cristã afirma que São Lucas foi o primeiro artista a pintar a Virgem Maria e os apóstolos Pedro e Paulo. Por isso, São Lucas é considerado também o padroeiro dos pintores. É por isso também que várias associações de artistas receberam o nome de São Lucas.

Historiador

São Lucas não presenciou os fatos que narrou em seu Evangelho (Lc 1, 2). Mas, como ele mesmo diz no começo de seu Livro, ele “estudou acuradamente os fatos, antes de escrever”. É Lucas quem narra mais detalhadamente os fatos da infância de Jesus. Seus relatos sobre a infância de Jesus narram a vida do menino Jesus desde a sua concepção no seio da Virgem Maria até o tempo em que o menino completou 12 anos. Esta parte de seu Evangelho é chamada de “Evangelho da Infância”. Há uma tradição que diz que ele colheu os fatos diretamente de conversas com Nossa Senhora. Por isso, ele é também chamado de “Biógrafo da Virgem Maria”. Toda a narrativa de São Lucas em seu Evangelho é bastante detalhada comprovando que ele “estudou acuradamente” antes de escrevê-los.

Atos dos Apóstolos

O livro dos Atos dos Apóstolos é considerado uma sequência do Evangelho de Lucas. Trata-se de um livro importantíssimo, pois narra os acontecimentos maravilhosos do começo do cristianismo. Narra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos; as grandes viagens missionárias de São Paulo, as quais Lucas acompanhou. Narra também o primeiro concílio da Igreja, o “Concílio de Jerusalém” e uma série detalhada de fatos acontecidos no começo da Igreja. Trata-se de uma narrativa emocionante e coerente que vale a pena ser lida.

Devoção a São Lucas

Uma tradição antiga da Igreja cristã atesta que, após a morte de São Paulo, Lucas partiu como missionário a pregar o Evangelho no sul da Europa, nas regiões da Gália (atual França), Itália, Macedônia e Dalmácia. Criou comunidades e formou discípulos como aprendera com seu grande mestre, São Paulo.

Um antigo documento que São Jerônimo traduziu informava que São Lucas foi martirizado em Patras, Grécia, por causa de sua pregação do Evangelho. Deu a vida por causa de Jesus Cristo. Foi Mártir. Derramou seu sangue por causa do Evangelho que ele imortalizou em seus escritos. Sua festa é comemorada no dia 18 de outubro.

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA, MÃE, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT

O início de uma forte devoção

A devoção a Nossa Senhora de Schoenstatt iniciou no dia 18 de outubro de 1914, quando o padre José Kentenich, ministrou uma palestra para os alunos do Seminário de Schoenstatt, na Alemanha. Recebendo a inspiração divina, ele convidou os alunos para rezarem a Maria e oferecerem sacrifícios a ela, principalmente pela educação. O pedido era para que a pequena capela da Congregação, na época consagrada a São Miguel, virasse um Santuário de graças, centro de um movimento de renovação que, mais tarde, se espalharia pelo mundo todo. Assim, a capelinha estaria destinada a se transformar em um lugar onde as glórias de Nossa Senhora se manifestariam, principalmente seus feitos como Educadora. O objetivo é a educação de um homem novo e a construção de uma nova sociedade.

Significado do nome

Schoenstatt (que significa Belo Lugar) faz parte da cidade de Vallendar, perto de Coblença, situada na margem do Rio Reno, na Alemanha.

Os títulos da Mãe e Rainha

Na capelinha de São Miguel, que virou um santuário mariano, a imagem de Maria é uma cópia do quadro original que foi pintado pelo pintor italiano Crosio, do século XIX. No ano de 1915, a Virgem foi intitulada como “Mãe Três Vezes Admirável”. Título que, no decorrer da história, foi ampliado para “Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt”, e no Brasil, conhecida pelo título: “Mãe e Rainha”.

A tradição das capelinhas

Inúmeras réplicas da capelinha de Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt percorrem as casas dos fiéis e existem milhares relatos de graças alcançadas por quem a recebe em casa ou peregrina aos santuários de Nossa Senhora de Schoenstatt espalhados pelo mundo. A Mãe e Rainha concede para aqueles que a visitam nos santuários a tríplice graça: a graça da transformação interior, a graça do abrigo espiritual, e a da fecundidade apostólica.

A imagem

A pintura original de Nossa Senhora Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi intitulada “Refugium Peccatorum”, que significa Refúgio dos pecadores. Nela, podemos ver Nossa Senhora muito unida com o Menino Jesus segurando Ele com as duas mãos. Com a mão direita ela segura o braço do Menino, apresentando Ele ao mundo e a Deus, e com a esquerda ela O abraça junto a ela.

A coroa na imagem

A coroação de Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt tem uma longa história. Durante a II Guerra Mundial, em meados de 1939, o padre José Kentenich coroou a imagem no Santuário de Schoenstatt. Esse fato deu início a uma corrente de coroações na Obra de Schoenstatt.

A coroação no Brasil

A coroação da Peregrina Original se deu no dia 10 de setembro de 1955, quando a Campanha pela coroação no Brasil fazia 5 anos. O Sr. João Luiz Pozzobon, que iniciou a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, junto às crianças da Escola Humberto de Campos, da cidade de Santa Maria, situada no Rio Grande do Sul, foram os responsáveis pela conquista da coroa. Mais tardem, em 2000, todas as imagens peregrinas receberam uma réplica da coroa que a imagem original recebeu em 1939.

Oração à Mãe e Rainha

“Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável. Mostra-Te Mãe na minha vida. Toma-me nos Teus braços, toda vez que sou frágil. Mostra-Te Rainha e faz do meu coração o Teu trono. Reina em tudo o que eu fizer. Eu Te coroo como Rainha dos meus empreendimentos, dos meus sonhos e dos meus esforços. Mostra-Te vencedora no meu dia a dia, esmagando a cabeça da serpente do mau, nas tentações que me afligem. Vence em mim o egoísmo, a falta de perdão, a impaciência, a falta de fé, de esperança e de amor. Tu és Três Vezes Admirável. Eu sou mil vezes miserável. Converte-me Mãe, para a glória de Teu Filho Jesus. Amém."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 17 de outubro de 2023

DIA DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA - 17 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA - 17 DE OUTUBRO

HOMILIA - 17.10.23

 

HISTÓRI DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA

Bispo e mártir, foi discípulo de São João, sagrado bispo por São Pedro e morto no Coliseu de Roma, devorado por leões.

Origens

Nascido provavelmente na Síria, algumas fontes dizem que ele teria sido a criança que Jesus colocou no meio dos discípulos e disse: “Se não vos tornardes como uma criança não entrareis no Reino dos Céus...” (Mt 18, 1-6). Inácio representa a segunda geração dos Apóstolos, tendo conhecido São Pedro, São Paulo e São João, tendo sido discípulo deste último. Foi sagrado bispo de Antioquia, a terceira maior cidade do império romano, mencionada várias vezes no livro dos Atos dos Apóstolos. Lá, os seguidores de Cristo foram chamados de “Cristãos” pela primeira vez (At 11, 26). Inácio governou a comunidade cristã de Antioquia por 40 anos. Ali, destacou-se pela santidade, pela mística profunda e pela grande liderança que exercia sobre os fiéis.

Perseguição

Pelo fato de Inácio ser uma liderança de grande destaque, o imperador Trajano, grande perseguidos dos cristãos, resolveu prendê-lo, no intuito de fazê-lo negar a fé e, assim, desencorajar o cristianismo crescente. Assim, no ano 106, Inácio foi preso por um destacamento de dez soldados romanos e forçado a negar sua fé em Cristo. Como preferiu a morte a negar Jesus, foi enviado a Roma para ser jogado aos leões no Coliseu.

Viagem gloriosa

Algemado e guardado por 10 soldados romanos, Inácio de Antioquia foi levado de navio. Os cristãos, sabendo a rota dos navios, anteciparam-se e esperaram por ele nos portos onde o navio deveria parar. Por isso, em todos os portos, multidões de fiéis esperavam para ver o bispo santo, receber sua bênção e rezar por ele. Os soldados permitiam esse contato pensando que, com a morte do líder em Roma, o cristianismo fosse perder toda essa força.

Cartas

Durante a viagem, mesmo sendo duramente maltratado pelos soldados, Santo Inácio de Antioquia escreveu sete cartas, ou epístolas que são tidas como verdadeiras preciosidades do cristianismo primitivo. São elas: Epístola a Policarpo de Esmirna (jovem bispo de Esmirna com quem Inácio se encontrou nesta viagem), aos Efésios, aos Magnésios, aos Esmirniotas, aos Filadelfos, aos Trálios e aos Romanos. Essas cartas revelam a espiritualidade profunda de Inácio, baseada na Eucaristia e na união mística com Jesus Cristo. As cartas revelam também um coração apaixonado por Jesus, a ponto de entregar sua vida por Ele. Aos cristãos de Roma, ele pediu que não interviessem por sua libertação, pois queria ser jogado aos leões como testemunha de Jesus Cristo. Inácio chamava a Eucaristia de "o remédio da imortalidade". Também a designou como o "antídoto da morte". Sobre a libertação do mal, ele disse: "Jesus na cruz fisgou o demônio como um peixe, com a isca do seu próprio Corpo".

Martírio

Santo Inácio de Antioquia chegou a Roma no último dia dos jogos que aconteciam no Coliseu. Lá, foi jogado às feras, como pedira. Antes de morrer, testemunhou sua fé dizendo a todos não ter medo da morte porque Jesus Cristo tinha alcançado para ele a vida eterna. Aos romanos, ele escreveu: “Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me será dado desfrutar a Deus. Eu sou o trigo de Deus: é preciso que ele seja triturado pelos dentes das feras a fim de ser considerado puro pão de Cristo”. Assim, diante de um Coliseu lotado de cruéis espectadores, Santo Inácio de Antioquia foi dilacerado e devorado pelos leões. Uma tradição diz que em seu coração encontraram escrito o nome de Jesus. Seus restos mortais foram levados para Antioquia e colocados num sepulcro às portas da cidade. Ali, são venerados até hoje, na atual Antakya, Turquia.

Oração a Santo Inácio de Antioquia

“Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a vossa Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 16 de outubro de 2023

DIA DE SÃO GERALDO MAGELA, SANTA EDWIGES E SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE - 16 DE OUTUBRO
 
 

DIA DE SÃO GERALDO MAGELA, SANTA EDWIGES E SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE - 16 DE OUTUBRO

HOMILIA - 16.10.23 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GERALDO MAGELA

São Gerardo Magela nasceu na cidade de Muro Lucano, sul da Itália, em 23 de abril de 1726. Era filho de Benedetta. Seu pai era alfaiate. Este faleceu quando Geraldo estava com apenas 14 anos. Por causa disso, sua família começou a passar por dificuldades extremas, caindo na pobreza. Para ajudar a família, ele começou a trabalhar numa alfaiataria. Porém, não era bem tratado pelo seu patrão. Depois de quatro anos trabalhando nessa situação, foi trabalhar para o bispo de Lacedônia e lá ficou durante três anos, até a morte do bispo.

Juventude de São Gerardo Magela

Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro e montou sua própria alfaiataria. O negócio prosperou, mas o que ele ganhava era dado para os pobres. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou encomendando missas em sufrágio das almas do purgatório. Desde muito jovem, ele se esforçou para entrar na Ordem dos Capuchinhos. Porém, não foi aceito devido sua fraca saúde. Foi aceito, porém, na Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Lá, foi sacristão, alfaiate, jardineiro, enfermeiro e porteiro.

Vítima de falsa acusação

Em 1754 São Geraldo foi falsamente acusado de ter engravidado uma mulher que se chamava Néria Caggiano. Geraldo, porém, fez apenas uma oração e Néria se arrependeu. Então, ela se retratou e inocentou Geraldo. Foi por isso que o povo começou a associar de São Geraldo Magela à proteção das mulheres grávidas.

São Gerardo Magelae seus dons

São Geraldo também tinha o dom da bilocação, ou seja, pelo poder de Deus, tinha a capacidade de estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. Ele ficou conhecido por causa dos seus dons supernaturais como profecias, visões e êxtases, quando, nesses momentos, podia-se ver seu corpo erguer-se do chão. Ele também tinha notável conhecimento e aprendia com facilidade. Embora não fosse padre, seus conselhos espirituais eram procurados pelos clérigos e comunidades de religiosas nas quais ele dava conferências. Obtinha grande sucesso em converter pecadores e ficou famoso pela sua santidade e caridade.

Ainda em vida, São Geraldo ressuscitou um garoto que tinha caído de um rochedo; abençoou a fraca provisão de trigo de uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que distribuía aos pobres. Certa vez ele andou sobre as águas para levar um barco de pescadores até a segurança da praia em meio a ondas tempestuosas.

"Amar a Deus; estar unido a Deus; fazer as coisas por amor a Deus; amar aos irmãos por amor a Deus; sofrer por Deus. Minha obrigação é fazer a vontade de Deus". São Geraldo escreveu essas palavras, resumindo o seu desejo de servir a Deus e aos irmãos, a pedido do seu diretor espiritual.

Cura e libertação

São Geraldo podia ler a mente e a consciência das pessoas. Enviado a Nápoles, começou a receber muitas visitas de pessoas que desejavam vê-lo e ouvir seus conselhos. Segundo relatos, várias pessoas se converteram graças aos seus conselhos. Ele também curava doenças apenas com a sua benção e oração. Geraldo também contava às pessoas seus pecados secretos, os quais elas tinham vergonha de confessar, levando-as à penitência e ao perdão.

Devoção a São Geraldo Magela

São Geraldo Magela vivia em uma pequena cela do convento, com muita humildade. Seu último desejo foi que escrevessem uma frase na porta de sua cela, que dizia: "Aqui o desejo de Deus é feito como Deus quer, quando e enquanto quiser". Ele morreu em Caposele, na Itália, no dia 16 de outubro de 1755, vítima de uma tuberculose. Rapidamente seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres são creditados à sua intercessão. Em 29 de janeiro de 1893, ele foi beatificado pelo Papa Leão XIII. Foi canonizado no dia 11 de dezembro do ano 1904, através do Papa Pio X. Sua festa é comemoradano dia 16 de outubro.

Proteção de São Geraldo Magela

São Geraldo Magela é o padroeiro dos alfaiates, das pessoas acusadas falsamente, das grávidas, das crianças, das maternidades, das mães, das boas confissões, dos Irmãos leigos, da cidade italiana Muro Lucano, dos porteiros, do parto, dos nascituros e do movimento Pró-vida.

Oração a São Geraldo Magela

Ó São Geraldo, celestial amigo dos infelizes, ao nos lembrarmos dos grandes milagres que operastes em vida, aumentados admiravelmente após a vossa preciosa morte, quer nos parecer que eles nos clamam: Confiança! Confiança! Tenham confiança!

Bem sabemos que é grande o favor que pedimos e muito acima de nossos merecimentos. Reconhecemos até sermos mais dignos de castigos que favores; pois sem dúvida é justa a punição de nossos pecados, o bem que nos falta e as aflições e dificuldades que nos fazem suplicar. De certo, atraímos sobre nós e sobre aqueles que nos são caros a ira de Deus, transgredindo voluntariamente os preceitos divinos e permitindo que outros também o fizessem. Choramos agora todas as nossas culpas.

Pedi, ó carinhoso São Geraldo, pedi ao bom pai celeste que nos perdoe. Ainda que seja justo sermos castigados por nossos pecados, afastai de nós e de nossos queridos os flagelos da justiça divina. Alcançai-nos, pelos méritos das sublimes virtudes que vos fizeram eterno amigo de Deus, a graça que com toda confiança pedimos por esta oração. Ó São Geraldo, nosso amigo, nosso milagroso benfeitor, rogai por nós a Jesus e Maria, e seremos certamente atendidos.

 

HISTÓRIA DE SANTA EDWIGES

 

Santa Edwiges nasceu em berço de ouro, mas se tornou amiga dos pobres e dos endividados. Mãe de seis filhos, ela conheceu a vida de casada, de mãe e de religiosa. Foi canonizada apenas 24 anos após sua morte, tamanha foi a marca que ela deixou em seu tempo. Nascida em 1174 na Alemanha, filha de um duque e de uma duquesa, ela recebeu educação esmerada e sólida formação cristã. Casou-se aos 12 anos com o príncipe de uma região da Polônia e cuidou da formação religiosa do marido e dos filhos. De seus seis filhos, dois morreram precocemente. Quando se casou, Edwiges recebeu uma fortuna como dote, mas não usou o dinheiro para si. Ela começou a ajudar os pobres e endividados, dando um novo destino a vidas que não tinham mais esperança. A imagem de Santa Edwiges tem vários símbolos importantes que ajudam a contar sua história. Vamos conhece-los.

O hábito religioso de Santa Edwiges

Santa Edwiges é representada vestindo um hábito religioso. Isso acontece porque quando ficou viúva e seus filhos criados, ela entrou para o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, e passou a viver a vida religiosa. Porém, mesmo estando no mosteiro, ela não deixou de ajudar os pobres e endividados, usando ainda o dinheiro de seu dote. A caridade foi a grande marca desta santa. Por causa de sua caridade, muitos foram libertados da prisão tendo suas dívidas pagas pela santa.

A coroa na mão de Santa Edwiges

A coroa na mão de Santa Edwiges tem dois significados. Primeiramente, simboliza sua origem nobre e rica. Edwiges nasceu numa família extremamente rica e nobre, mas isso não a fez distanciar-se dos pobres e necessitados. Pelo contrário, ela se tornou o anjo protetor deles. O segundo significado da cora é seu casamento com um príncipe, o que fez dela uma princesa. Uma princesa dona de um dote milionário, que foi usado para o bem dos pobres e endividados. Naquele tempo, os endividados iam para a prisão e suas famílias caiam na miséria. Quando Santa Edwiges saudava uma dívida, ela não só libertava um pai de família da prisão, mas reconstruía uma família, resgatava sua dignidade e a retirava da miséria. A coroa na mão de santa Edwiges representa a fortuna e o dinheiro usados a serviço do Reino de Deus, para o bem do próximo. É o símbolo da riqueza abençoada por Deus.

O livro na mão de Santa Edwiges

O livro na mão de santa Edwiges representa sua formação religiosa e a formação religiosa que ela transmitiu a seu marido e seus filhos. E a coroa de santa Edwiges estando sobre o livro significa que a riqueza de santa Edwiges estava apoiada e fundada sobre a fé, a caridade ensinada na Bíblia e os mandamentos de Deus. Quando a riqueza é apoiada na fé e na obediência à Palavra de Deus, ela se transforma num bem para muita gente. Esse é o testemunho de Santa Edwiges.

A igreja na mão de Santa Edwiges

Santa Edwiges também é representada segurando uma igreja em sua mão direita. A igreja na mão de Santa Edwiges representa algo muito concreto que ela fez: com o dote recebido de seu marido, ela financiou a construção de igrejas e conventos na Polônia e na Alemanha. Financiando essas construções, além de prestar culto a Deus, ela proporcionava empregos e sustento para um incontável número de trabalhadores e pais de família. Por isso, Santa Edwiges é conhecida também como a protetora das famílias.

Oração a Santa Edwiges

"Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o Socorro dos Endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido). Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém."

 

HISTÓRIA DE SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE

Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem.

Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas.

“Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos”. As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade.

Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia agora deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920.

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 15 de outubro de 2023

DIA DE SANTA TERESA D*ÁVILA - 15 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTA TERESA D'ÁVILA - 15 DE OUTUBRO

HOMILIA - 15.10.23

 

História de Santa Teresa D'Ávila –  Teresa de Jesus

Infância e estudos

Teresa de Cepeda e Ahumada, nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515. Filha de Alonso Sanches de Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada. Teve educação esmerada e muito cuidada pelos pais. Gostava de ler histórias de santos, chegando a fugir de casa com seu irmão para dar a vida por Cristo tentando evangelizar os mouros.

Sua mãe faleceu quando Teresa tinha 14 anos. Então, seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Quando leu as "Cartas" de São Jerônimo, disse  a seu pai que iria se tornar religiosa. Seu pai não queria, mas com 20 anos, ela "fugiu" para o Convento Carmelita de Encarnación, em Ávila.

Vida religiosa

Viveu no Convento da Encarnação. Ficando muito doente por 3 anos, seu pai a tirou do convento para ser tratada.

Praticando a oração mental seguida pelo livro, "O terceiro alfabeto espiritual", do padre Francisco de Osuna, recuperou sua saúde e retornou ao Carmelo.

Com muita amabilidade e caridade, conquistava a todos conversando no locutório do Carmelo.

Após 25 anos no Carmelo, pede permissão ao provincial, padre Gregório Fernandez, para fundar novas casas, com uma vida mais austera e com menos irmãs, visto que onde ela morava havia mais de 200 freiras.

Apesar da maioria ter ido contra, Santa Teresa continuou com sua missão, fundando várias casas, com o apoio de 2 frades carmelitas, o superior Antonio de Jesus de Heredia, e Juan de Yepes, (São João da Cruz).

Conseguiu depois de muita luta,  a autorização de Roma para separar a Ordem das Carmelitas Descalças, (por usarem roupas rasgadas e sandálias ao invés de sapatos e hábitos, das Carmelitas Calçadas, ordem a que pertenciam).

Deixou para São João da Cruz a missão de continuar fundando novos conventos, escrevendo também a pedido de Santa Teresa, as regras para os mosteiros masculinos.

Legado para a humanidade

Realizou uma grande reforma na Ordem das Carmelitas Descalças.

Fundou vários conventos, (32 mosteiros, 17 femininos e 15 masculinos), com uma rígida forma de vida, trabalho e silêncio.

Santa Teresa foi considerada muito inteligente e deixou vária obras escritas, como o Livro da Vida, o Caminho da Perfeição, Moradas e Fundações entre outros. Com uma forte doutrina que dirige a alma até uma espiritualidade com Deus, no centro do Castelo Interior, com base na espiritualidade carmelita, que são os quatro degraus da  oração: o recolhimento, a quietação, a união e o arrebatamento.

Um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que é comemorado pelo Carmelo com a festa da Transverberação do coração de Santa Teresa, no dia 27 de agosto.

Tinha o dom de predizer o futuro e de ler as consciências das pessoas.

Falecimento

Oito anos antes de morrer, foi lhe revelado a hora de sua morte, aumentando mais ainda o seu amor a Deus e as orações.

Santa Teresa morreu no dia 4 de outubro de 1582, com 67 anos.

Depois de uma viagem para encontrar com a Duqueza  Maria Henriques, ficou por 3 dias de cama, pois estava bem debilitada, e disse à Beata Ana de São Bartolomeu: "Finalmente, minha filha, chegou a hora da minha morte." E, na hora de sua morte, ela disse: "Oh, Senhor, por fim, chegou a hora de nos vermos face a face."

Foi sepultada em Alba de Tormes, onde estão suas relíquias.

Depois de sua morte e até os dias de hoje, seu corpo exala um perfume de rosas, e se conserva intacto,(incorruptível).

Seu coração, conservado em um relicário, em Alba, na igreja das Carmelitas, tem uma profunda ferida, de quando foi marcado pelo anjo.

Canonização

Santa Teresa foi canonizada  no dia 27 de setembro de 1970, pelo Papa Paulo Vl, que lhe conferiu o título de Doutora da Igreja, e sua festa é comemorada no dia 15 de outubro.

Oração

"Nada te perturbe, nada te amedronte, tudo passa, a paciência tudo alcança.

A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta."

Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus, Pai Filho e Espírito Santo.

Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina.

Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de vossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo de que necessitamos.

Ó Santa Teresa, fazei-nos fiéis a nossa oração da manhã e da noite e a transformar em oração o cumprimento de nossas tarefas de cada dia.

Que a oração seja para nós a porta de nossa conversão e santificação, a chave de ouro que nos abrirá as portas do Céu. Amém.

 Santa Teresa de Jesus, Rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 14 de outubro de 2023

DIA DE SÃO CALISTO I - 14 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO CALISTO I - 14 DE OUTUBRO

HOMILIA - 14.10.23

 

História de São Calisto I – Papa e Mártir

 

Calisto I foi o 16º Papa da história da Igreja Católica.

Nascido em Roma no ano 165, Calisto foi escravo em sua juventude e era responsável por coletar dinheiro entre os fieis para auxílio de órfãs e viúvas. Conta-se que, em determinada ocasião, ele perdeu a coleta e aproveitou para fugir de Roma. Sem muito sucesso, tentou pular de uma ponte para continuar fugindo, mas foi capturado e levado novamente ao seu proprietário. Mais tarde, Calisto foi alforriado graças ao pedido de vários credores que acreditavam que poderiam recuperar o dinheiro de alguma maneira. No entanto, esse não foi o fim da juventude conturbada de Calisto. O jovem chegou a brigar em uma sinagoga onde fazia negócios com judeus. Seu comportamento, agora que não era mais escravo, resultou em prisão.

Explorado como escravo e preso por desordem em local sagrado para os judeus, a juventude de Calisto ainda escondia outra vertente perseguida na época em que viveu. Calisto era cristão. A crença de Calisto foi denunciada e ele foi condenado a trabalhar forçadamente nas minas de Sardenha, de onde só saiu a pedido de Jacinto, um fiel que solicitou a liberação dos cristãos. Mas, neste ponto, a saúde de Calisto já estava muito debilitada em função de todas as explorações e perseguições que sofreu ao longo de sua juventude. Calisto foi enviado para se recuperar em Antium e lá recebeu uma pensão do Papa Vitor I, iniciando sua escalada no cristianismo.

Calisto tornou-se diácono e era muito respeitado pelos papas de sua época. O Papa Zeferino lhe confiou importantes funções na Igreja Católica. Sua atividade fiel e responsável fez crescer sua popularidade entre os cristãos. A vida difícil levada por Calisto representava bem a martirizarão de um cristão em busca da salvação de sua alma. Quando o Papa Zeferino faleceu, Calisto foi imediatamente eleito, no ano 217, para sucedê-lo.

Papa Calisto I não exerceu um papado de tranquilidade. Assim como sua vida, o tempo em que permaneceu como Supremo Pontífice também foi repleto de confusões, perseguições e acusações. Foi perseguido, junto com todos os cristãos, porque naquele momento o cristianismo ainda não era religião oficial do Império Romano. Os imperadores de Roma ainda empreendiam grandes caçadas contra cristãos em favor do paganismo. Seu papado, propriamente dito, foi acusado de ser indulgente na administração das penitências, causando tamanho distúrbio que apareceu a figura de um antipapa com o nome de Hipólito. O desentendimento girava em torno de discórdias com as práticas de Calisto I, especialmente em relação à absolvição que este concedeu a adúlteros, homicidas e apóstatas. A misericórdia de Calisto I com os pecadores, mesmo os reincidentes, desagradava os cristãos mais fervorosos. Por isso, o Papa teve que conviver com um antipapa ao longo de três anos.

Toda a vida do Papa Calisto I foi muito difícil. Quando jovem, foi escravo e esteve preso. Tornou-se Papa e foi muito questionado, a ponto de confrontar um antipapa. E o final de sua vida não foi diferente. Calisto I morreu durante uma rebelião popular no dia 14 de agosto de 222, tornando-se um mártir. Foi enterrado na Via Aureliana, e seus restos mortais foram transferidos no século XIX para Santa Maria in Trastevere. O sucessor do Papa Calisto I foi Urbano I.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 13 de outubro de 2023

DIA DE SANTO EDUARDO - 13 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTO EDUARDO - 13 DE OUTUBRO

HOMILIA - 13.10.23

 

História de Santo Eduardo

 

Rei da Inglaterra, promoveu a paz e combateu a corrupção em seu reinado.

Origens

Eduardo viveu entre 1003 e 1066. Em 1013, com 10 anos, foi exilado na Normandia, Noroeste da França, juntamente com sua mãe, quando inimigos invadiram a Inglaterra. No exílio, o jovem Eduardo continuou a ser educado na fé cristã por sua mãe. Os dois viveram na Normandia durante 29 anos, até à morte do falso rei Hardicanute. Então, Eduardo foi aclamado rei da Inglaterra, aos 39 anos.

Benfeitor

Eduardo tinha feito um voto de ir até Roma em peregrinação, caso assumisse o trono da Inglaterra, que era seu por direito. Após conseguir a graça, quis cumprir sua promessa, mas o Papa o dispensou. Por isso, ele doou todo o dinheiro que gastaria nesta viagem em benfeitorias para os pobres, criando abrigos e asilos onde os mais necessitados encontravam apoio. Durante todo o seu reinado, Eduardo socorreu os pobres, mostrando que os governantes devem colocar-se a serviço dos governados.

Pacificador

A Inglaterra vinha sofrendo grandes tribulações há anos, por causa de brigas entre os partidos Normando e Anglo-Saxão. Sendo ele Anglo-Saxão, mas tendo vivido entre os normandos, conhecendo os dois lados, estabeleceu o diálogo e conseguiu promover a paz entre os inimigos. Além disso, Eduardo aboliu várias leis opressoras e injustas e instaurou um governo que promoveu a paz e a prosperidade na Inglaterra.

Casamento e política

Com a intenção de firmar a paz definitivamente, o rei Eduardo casou-se com Edite Golwin, filha de seu adversário político mais difícil, chamado Barão de Golwin. Casamentos arranjados eram coisa comum naquele tempo, mais ainda entre os governantes. O Barão, por sua vez, como sogro do rei, achou-se na condição de governar o país e começou a fazer armações políticas neste sentido. Quando o rei Eduardo percebeu que suas conquistas corriam o risco de serem perdidas, exilou o sogro e colocou a esposa num convento. Ao ver que o país voltara ao rumo certo, voltou a conviver com sua esposa, por quem era apaixonado.

Obras de gratidão a Deus

O rei Eduardo era homem de oração, meditação da palavra e ascese espiritual. Vendo realizado seu sonho de governar seu país no rumo da paz e da prosperidade, Eduardo sentia-se grato a Deus. Por isso, decidiu restaurar a grandiosa Abadia de Westminster, na qual, anos depois, ele foi sepultado.

Desapego

Santo Eduardo era desapegado dos bens materiais. Certa vez, quando voltava de uma missa, um pobre aproximou-se dele para pedir esmola. Eduardo viu que este pobre representava um grupo de necessitados que estavam ali sofrendo à míngua. Então, ele deu a eles seu precioso anel de rei. Os pobres tiveram suas vidas transformadas por causa disso. Mais tarde criou-se a tradição de que o pobre que tinha lhe pedido esmola era São João Batista. Na verdade, era o próprio Jesus, que disse: “Tudo o que fizerdes ao menos dos pequeninos, por causa de mim, é a mim que o fazeis...” (Mateus 25)

Corpo incorrupto

Santo Eduardo faleceu no dia 5 de janeiro, após cumprir um reinado memorável para a Inglaterra. Cinquenta anos após sua morte, decidiram trasladar seus restos mortais dentro da Abadia e descobriram que seu corpo estava intacto. Assim, ele foi trasladado com toda a solenidade para a igreja principal da Abadia de Westminster. Isso aconteceu um ano após ele ter sido canonizado, em 1162.

Oração a Santo Eduardo

“Ó Deus, que concedestes a Santo Eduardo a graça de governar com justiça, promovendo o verdadeiro bem para seus governados, concede-nos a graça e governar nossas vidas e nossos bens com justiça e procurar verdadeiramente o bem do próximo. Por Cristo, Nosso Senhor, amém. Santo Eduardo, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 12 de outubro de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL - 12 DE OUTUBRO
 

DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL - 12 DE OUTUBRO

HOMILIA - 12.10.23

 

História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

 

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e, dessa vez, abundantes peixes as encheram.

Durante anos, a imagem ficou com Filipe, até que presenteou seu filho que, usando de amor à Virgem, fez um oratório simples e passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública, em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X, em 1904, deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando, em 1929, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

No ano de 2017, a Igreja comemorou os 300 anos em que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por três pescadores nas águas do Rio Paraíba do Sul, no ano 1717.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

 

HINO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - CORO EDIPAUL

DAI-NOS A BÊNÇÃO, OH MÃE QUERIDA

PADROEIRA DO BRASIL - LUIZ GONZAGA


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 11 de outubro de 2023

DIA DE SÃO JOÃO XXIII - 11 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO JOÃO XXIII - 11 DE OUTUBRO

HOMILIA - 11.10.23

 

Historia de São João XXIII

Biografia de João XXIII

João XXIII (1881-1963) foi o 259º papa da Igreja católica. Foi o sucessor do papa Pio XII. Seu trabalho em prol da paz mundial e a adequação da Igreja aos novos tempos despertou a admiração de todos.

Angelo Giuseppe Roncalli, nome de batismo de João XXIII, nasceu em Sotto il Monte, na Lombardia, Itália, no dia 25 de novembro de 1881. Era filho dos agricultores Giovanni Battista Roncalli e de Marianna Mazzola.

Carreira religiosa

Com 11 anos Roncalli ingressou no seminário de Bergamo. Em 1895 começou a escrever suas meditações espirituais. Em 1901 ingressou no Pontifício Seminário Romano onde estudou Teologia. Em 1904 doutorou-se e ordenou-se “sacerdote”.

Entre 1905 e 1914 foi secretário do bispo de Bergamo e professor do Seminário Diocesano. Em 1915 tornou-se capelão do Exército italiano, época em que a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Com o fim da guerra, “João XXIII” voltou a lecionar e logo foi nomeado diretor espiritual do seminário de Bergamo.

Em 1920, o papa Bento XV (1914-1922) o nomeou diretor do “Conselho Italiano da Obra da Propagação da Fé”, à frente do qual mostrou toda a sua capacidade de organização.

Em 1925 Roncalli foi sagrado “bispo” pelo papa Pio XI (1922-1939) e nomeado para representar o papa como “visitador apostólico” na Bulgária, onde desenvolveu relações cordiais com as demais comunidades cristãs búlgaras.

Em seguida, foi núncio pontifício na Grécia e Turquia, onde trabalhou internamente a serviço dos católicos e estabeleceu um respeitoso diálogo com os ortodoxos e os muçulmanos.

Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o futuro “João XXIII” conseguiu salvar muitos judeus das perseguições concedendo permissão de trânsito através da Delegação Apostólica.

Conseguiu também certidões de batismo temporário e certificados de imigração para a Palestina, junto a organizações judaicas, quando salvou inúmeros judeus.

Em 1944, o papa Pio XII (1939-1958) nomeou “João XXIII” como núncio apostólico em Paris. Com a aproximação do fim da guerra ele contribuiu para normalizar a vida eclesiástica francesa.

Cardeal

Em 1953, “João XXIII” foi nomeado “cardeal” e “Patriarca de Veneza”, onde continuou com seu trabalho ecumênico. Criou cerca de 30 paróquias e realizou várias visitas pastorais.

Papa João XXIII

Com a morte do papa Pio XII, em 1958, teve início as eleições. Em meio a vários candidatos, João XXII foi eleito papa no dia 28 de outubro de 1958, na 11ª votação.

 

João XXIII assumiu o papado em 4 de novembro de 1958, data determinada por ele por ser a festa litúrgica de São Carlos Borromeu, que foi profundamente estudado por ele, e escolheu o nome de João XXIII.

Nos poucos anos de seu pontificado, João XXIII desenvolveu intensa atividade em prol da paz mundial. Em 1959 convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II, que se reuniu pela primeira vez em 11 de outubro de 1961 e deu início a uma nova era.

João XXIII procurou promover a modernização da Igreja, determinando sua independência em relação aos poderes estabelecidos, e divulgou a ideia segundo a qual a igreja devia intervir construtivamente em assuntos políticos, econômicos e, sobretudo, sociais.

Os instrumentos dessa modernização foram as encíclicas “Mater et Magistra” (1961) e “Pacem in Terris” (1963), que tiveram imensa repercussão, dentro e fora da igreja.

Apesar de ter um pontificado curto, que durou menos de cinco anos, João XXIII foi considerado um dos mais populares papas admirado pelos católicos e pelos não católicos.

Morte e sucessão

João XXIII morreu em Roma, Itália, no dia 3 de junho de 1963, após longa luta contra um câncer de estômago.

João XXIII faleceu depois de encerrar a primeira das três fases do Concílio Vaticano II. Foi sucedido pelo papa Paulo VI (1963-1978).

Beatificação e canonização

Durante o Concílio Vaticano II o cardeal Leo Joseph Sueneus já defendia a canonização de João XXIII por aclamação conciliar.

Em 1964 foi publicado o livro “Diário da Alma”, que reúne as meditações espirituais e o caminho apostólico, escrito por João XXIII ao longo de sua vida.

O processo de canonização de João XXIII foi iniciado em 1965, com a autorização do papa Paulo VI.

Em janeiro de 2000, a Santa Sé reconheceu oficialmente a cura da freira italiana Caterina Capitani de um tumor no estômago por intercessão de João XXIII, em 1966.

No dia 27 de abril de 2014, o papa João XXIII foi oficialmente canonizado, juntamente com a canonização de João Paulo II.

A cerimônia de canonização foi realizada pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro na presença de uma multidão.

O corpo de João XXIII foi embalsamado e está exposto em um caixão de bronze e vidro, na Capela de São Jerônimo, no interior da Basílica de São Pedro. Sua festa litúrgica é comemorada em 11 de outubro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 10 de outubro de 2023

DIA DE SÃO FRANCISCO DE BORJA - 10 DE OUTUBRO

 

 
 

DIA DE SÃO FRANCISCO DE BORJA - 10 DE OUTUBRO

HOMILIA - 10.10.23

 

História de São Francisco de Borja

 

Vendo no caixão o cadáver da Primeira Dama da Cristandade, a qual possuía imensa majestade, Francisco recebeu insigne graça: abandonou todas as suas glórias terrenas para se tornar um jesuíta.

A respeito de São Francisco de Borja – Presbí­tero, Duque de Gândia e Geral da Companhia de Jesus, no século XVI -, há uma ficha biográfica que assim resume a sua vida:

PIEDOSO E FIEL CUMPRIDOR DOS SEUS DEVERES

No dia 30 de setembro de 1572, São Francisco de Borja, terceiro Geral da Companhia de Jesus, entregava sua alma a Deus com a serenidade confiante do homem que sempre cumpriu seu dever. Esse dever tinha sido muito variado na sua existência movimentada. Filho de João de Borja e Joana de Aragão, neta de Fernando, o Católico, ele foi numa primeira fase um elegante e hábil cavalheiro, confidente do Imperador Carlos V, que o nomeou Vice Rei da Catalunha. Depois ele se tornou jesuíta, Vigário Geral da Companhia para a Espanha. Posteriormente foi sucessor de Santo Inácio e, enfim, legado da Santa Sé. São Francisco de Borja esteve sempre atento em pertencer ao Rei do Céu e de militar sob seu estandarte, de preferência a se comprometer com os poderes da Terra.

Francisco nasceu no dia 28 de outubro de 1510. Sua infância e sua juventude passaram-se numa piedade e numa inocência que foram uma lição para seus pais e seus amigos, mas o exemplo foi maior ainda pela vida cristã e austeridade que ele soube ter na corte do Imperador Carlos V, e depois como Vice Rei da Catalunha.


Em termos lhanos e diretos, e mais ao nosso gosto, isso tudo quer dizer que ele foi uma criança exemplar, mas que, quando se tornou moço e depois homem maduro e ocupou altos cargos públicos, a sua piedade ainda chamava mais a atenção.

 

A GRAÇA DA VISÃO DA MORTE


A morte da Imperatriz e depois a de sua própria esposa lhe mostraram o vazio de todas as coisas da Terra. Ele resolveu, então, abandonar o mundo e entrar na Companhia de Jesus em 1551, ano em que foi ordenado padre.

Esse é um dos episódios célebres da vida de São Francisco de Borja. Ele era cortesão e muito próximo a Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano Alemão e Rei de Espanha. Temos várias vezes tratado de Carlos V, por causa do grande papel que ele ocupa na História do Ocidente. Ele era tão poderoso que o Sol jamais se deitava em seu império. As suas terras iam desde os confins da Rússia até a América do Sul e parte do México até Oceano Pacífico. Era, portanto, um Império imenso que compreendia não só a Espanha e suas possessões na América, mas também possessões que a Coroa da Espanha tinha na Itália, as quais eram de uma grande importância no mundo. O Sul da Itália pertencia a Carlos V; por outro lado, na Lombardia, que tem como capital, Milão, Carlos V também tinha domínios.

São Francisco de Borja, sendo íntimo do Imperador, tinha conhecido muito bem a Imperatriz — que possuía imensa majestade e era a primeira dama da Cristandade no seu tempo — e teve ocasião de ver o corpo dela estendido no caixão. Ao contemplá-la assim aniquilada pela morte, ele recebeu uma graça.

O próprio de certas graças é de darem uma vida extraordinária às verdades que, para nós, são correntes, comuns, sabemos até o que querem dizer, mas impressionam pouco o nosso espírito. Assim é a graça da visão da morte. Uma pessoa pode passar uma noite inteira numa capela, velando um cadáver, sem que isso lhe toque muito especialmente; mas, de repente, por uma graça de Deus, tudo quanto a aniquilação da morte significa vêm ao espírito dela e lhe fala na alma com uma força particular, especialmente a sabedoria. E foi o que se deu com São Francisco de Borja. Ao ver a Imperatriz morta, ele percebeu bem o vácuo de certas grandezas, porque elas passam: a grandeza da Imperatriz, a grandeza do Império, a grandeza dele, que não era senão um adorno do Império; ele, então, se colocou diante da ideia de renunciar a todas as suas grandezas e de se tornar jesuíta.

NOMEADO COMO DIRETOR DA COMPANHIA DE JESUS NA ESPANHA

Para que compreendamos bem, é preciso notar que, além de ser ViceRei da Catalunha, o título de Duque de Gândia lhe dava poder sobre uma certa parte do território espanhol; uma jurisdição feudal, à maneira de um pequeno reino, a qual nem dependia do Imperador, pois ele a possuía por direito próprio. Tudo isso ele abandonou para entrar na Companhia de Jesus, que era naquele tempo uma Ordem religiosa nova, que não tinha nem um pouco a força, a tradição, a base que as outras grandes Ordens possuíam, ou aquela pobreza ilustre da Ordem de São Francisco. Quer dizer, de fato ele entrava para uma obra nova, o que, debaixo de certo ponto de vista, lhe poderia ser uma aventura. Ali ele foi encerrar-se até o fim de seus dias para procurar os bens do Céu, muito certo da vacuidade das coisas da Terra.

Ele ali foi ordenado sacerdote, e Santo Inácio de Loiola, percebendo suas virtudes, deu-lhe a direção da Companhia de Jesus na Espanha. É preciso compreender também o que significa isso, da parte de Santo Inácio.

A Espanha, como vimos, era naquele tempo uma potência imensa. Dentro dos Estados de Carlos V, a Espanha e a Áustria eram os dois países mais importantes, mas para a Religião a Espanha tinha mais importância do que a Áustria. Porque, embora a Áustria fosse muito católica, a Espanha era a nação mais católica da Terra. E era da Espanha que sopravam os ventos da Contra-Reforma, da luta contra o protestantismo, de maneira que agir na Espanha significava atiçar as melhores brasas contra a heresia, movimentar as melhores forças da Igreja contra a Reforma, contra o Humanismo, contra a Renascença. Compreendemos sem esforço a importância que tinha o cargo de chefe dos jesuítas na Espanha. Quer dizer, chefe da Ordem religiosa suscitada especialmente por Nossa Senhora para lutar contra o protestantismo, no país escolhido para combater essa heresia. Ou seja, foi-lhe dada a alavanca fundamental dessa luta.

SORRIR COM QUEM RI, CHORAR COM QUEM CHORA

Em 1566 foi eleito Geral da Companhia de Jesus, sendo o segundo a ocupar este cargo, após Santo Inácio de Loiola. Ele aumentou muito o número de missionários da Companhia de Jesus, enviando-os à Polônia, ao México, ao Peru e à Índia. Suas ocupações numerosas não o impediam de consagrar longas horas à oração. Sua caridade o adaptava a todas as almas. Sua humildade fazia com que ele procurasse os ofícios mais insignificantes e recusasse as honras que lhe quisessem prestar.

Essas palavras são bonitas, mas parecem uns enfeites aos quais se está habituado. Elas comportam, entretanto, uma especificação.

Em primeiro lugar, ele foi Geral da Companhia de Jesus. Tal foi o poder dessa Ordem no passado, que o Geral dos jesuítas era chamado de “O Papa negro”.

Não sei se os presentes neste auditório se dão bem conta do que significa se adaptar a todos.

No tempo em que eu era moço, havia uma cançãozinha que se cantava nas igrejas com muita compostura, quando acabavam os ofícios litúrgicos e o povo ia saindo: “Saudemos a Jesus, saudemos a Maria, a Fé se reanima, nobilita e dá energia”. E a horas tantas, os fiéis cantavam o seguinte a Nossa Senhora: “Vem sorrir com quem ri, chorar com quem chora; sê amparo e sê força, sê guia e sê luz”. Isso sempre me impressionou muito em Nossa Senhora: sorrir com quem ri e chorar com quem chora. Maria Santíssima se afaz a todos estados de espírito do homem: Ela é a quietude dos que descansam, a exaltação dos que lutam, o sorriso dos que estão distendidos, Ela chora com os que choram, e assim por diante.

Há uma qualidade excelente da alma, por onde um santo pode adquirir esta flexibilidade em que ele sabe, com cada um, estar no estado de alma daquele. Mas que elasticidade provavelmente isso significa, que força de adaptação isso deve custar! Porque ninguém quer estar no estado de espírito do outro. Cada pessoa quer estar no estado de espírito próprio e deseja que o outro se adapte a ela. O indivíduo entra alegre numa sala e quer que todo mundo faça cara alegre. Razão? Ele está alegre! E quando está triste, ele tem raiva dos outros que estão alegres. É ou não é verdade que esse indivíduo se julga o centro do mundo? Compreendemos, assim, toda a destreza que está representada nessa virtude de saber afazer-se à alma dos outros.

Santa Teresa, que recorreu aos seus conselhos, chamou-o de santo. Em 30 de setembro de 1572 ele morreu. Numerosos milagres assinalaram sua santidade. Clemente X o canonizou em 1671.

Ele foi conselheiro de Santa Teresa de Jesus. Imaginemos uma sala de um convento e Santa Teresa conversando com São Francisco de Borja! Nós não seríamos dignos de olhar pelo buraco da fechadura… E Santa Teresa conheceu de perto as grandes virtudes dele, e reconhecia nele um verdadeiro santo.

Vimos assim alguns traços da vida de São Francisco de Borja.

Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 10/10/1969)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 09 de outubro de 2023

DIA DE SÃO DIONÍSIO - 09 DE OUTUBRO

 

DIA DE SÃO DIONÍSIO - 09 DE OUTUBRO

HOMILIA - 09.10.23

 

HISTÓRIA DE SÃO DIONÍSIO DE PARIS, OU DENIS

 

São Dionísio, popularmente conhecido como o São Dênis de Paris, foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir Santa Joana d’Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.

De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, ‘Colina do Mártir’. Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.

Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de São Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.

A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas em um único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo Papa São Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.

Não bastasse toda essa confusão, São Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 08 de outubro de 2023

DIA DE SANTA PELÁGIA - 08 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTA PELÁGIA - 08 DE OUTUBRO

HOMILIA - 08.10.23

 

História de Santa Pelágia

 

Originária da Antioquia, Turquia, Pelágia viveu no século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã.

Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, joias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente, com essa finalidade. Com isso, tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social daquela cidade. Além, é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e grande influência.

Sua fama ultrapassava os limites do movimentado polo econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com ela, que, cada vez mais, aumentava suas posses e poder.

De acordo com a estória, durante uma procissão, o Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse à multidão que se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus. Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.

Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte, procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. Depois disso, retirou-se para Jerusalém, vivendo como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras.

Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, passaodo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 07 de outubro de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 07 DE OUTUBRO
 

DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - 07 DE OTUBRO

HOMILIA - 07.10.23

 

História de Nossa Senhora do Rosário

 

Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto, Grécia. Nessa batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos, vencendo-os em combate.

A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim, quero que alcances estas almas endurecidas e as conquistes para Deus, com a oração do meu Saltério”.

Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebeu da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezada praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram essa singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 06 de outubro de 2023

DIA DE SÃO BRUNO - 06 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO BRUNO - 06 DE OUTUBRO

HOMILIA - 06.10.23

 

HISTÓRIA DE SÃO BRUNO


Origens 

São Bruno, filho de uma família nobre de Colônia (Alemanha), nasceu em 1030. Quando alcançou idade, ele foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local e chegou a estudar na escola catedralícia de Reins.

Adquirido o grau de doutor e nomeado Cônego do Capítulo da catedral, foi designado em 1056 escolaster, isto é, Reitor da Universidade. Foi um dos maestros mais renomados de seu tempo : “(…)um homem prudente, de palavra profunda”.

São Bruno encontra-se cada vez menos à vontade numa cidade onde existem muitos motivos de escândalo por parte do alto clero e, inclusive, do Arcebispo. Depois de ter lutado com sucesso contra esses problemas, Bruno experimenta o desejo de uma vida mais entregue exclusivamente a Deus. 

São Bruno possuía o desejo de doar sua vida exclusivamente a Deus

O convite 

Em 1080, Concílio de Lyon, a ordem de Gregório VII, o Papa destitui definitivamente o arcebispo Manasés e ordena a sua expulsão de Reims. Ao voltar para sua cidade, Bruno recebe o convite para o arcebispado, mas recusa o cargo. Tornando-se cinquentenário e cônego, ele amadureceu na inspiração de servir a uma Ordem religiosa. 

O Retiro em Cartuxa

Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se para uma região chamada Cartuxa. Retirou-se com a aprovação e bênção de São Hugo, Bispo de Grenoble, o qual lhe ofereceu um lugar. No mês de junho de 1084, o mesmo bispo conduziu Bruno e seus seis colegas (fundadores da Ordem) ao deserto do maciço montanhoso de Chartreuse (Cartuxa), que dará seu nome à Ordem. Ali constroem seu eremitério formado com algumas casinhas de madeira que se abrem a um corredor largo e comprido, que permite acesso, sem sofrer muito com as mudanças de clima e tempo, aos lugares de vida comunitária: a igreja, o refeitório e o Capítulo.

O sonho

Assim, eles viveriam em quartos chamados celas isolados, mas com esse corredor que dava acesso aos ambientes comuns. São Hugo os levou para esse local por conta de um sonho que ele teve. Nesse sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. 

O sonho e o início da  Ordem dos Cartuxos

Após esse sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno, que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete homens, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras. Nelas, São Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa, com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus.

O lema da Ordem

Com os monges companheiros, observava-se absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e meditação das coisas divinas, nos ofícios litúrgicos comunitários, na obediência aos superiores, nos trabalhos agrícolas, na transcrição de manuscritos e livros piedosos. O lema da Ordem é: “Stat Crux dum volvitur orbis” (A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo dá sua órbita), o que nos faz perceber que tudo passa nessa vida menos a salvação de Cristo na cruz, o mundo gira, mas a cruz permanece.

O Mosteiro de Santa Maria da Torre

Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa (Urbano II), em 1088, logo o chamou para assessor e conselheiro em 1090. Além disso, quis lhe fazer arcebispo, porém, o santo recusou novamente. Um ano depois, pediu com insistência ao Sumo Pontífice e conseguiu voltar à vida religiosa, quando, juntamente com amigos de Roma, fundou, no sul da Itália, o Mosteiro de Santa Maria da Torre, nos bosques da Calábria. 

Páscoa

Lá veio a falecer, no dia 6 de outubro de 1101, tendo suas últimas palavras uma profissão de fé Eucarística: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue, verdadeiros, de Jesus Cristo”. O corpo foi enterrado no cemitério de Nossa Senhora da Torre e foi encontrado incorrupto em 1515. Em 1514, Leão X autorizou aos Cartuxos o culto do fundador. Logo, em 1623, Gregório XV libera o culto a toda a Igreja. 

Legado

São Bruno tornou-se o fundador da Ordem dos Cartuxos com seus seis companheiros. Essa Ordem é considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, pelo exercício do silêncio, solidão, jejuns, penitências e orações, e que atravessou a história sem reformas e perdura até hoje na mesma radicalidade. 

Minha oração

“ Ó mestre da espiritualidade monástica, intercedei pela atuais e novas vocações para a clausura, que seja desperta as almas com o desejo de entrega total. Quanto aos que vivem em meio ao mundo, seja espelho e testemunho de fé e santidade. Amém!”

São Bruno , rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 06 de outubro 

  • Em Laodiceia, na Frígia, na atual Turquia, São Ságar, bispo e mártir. († c. 170)
  • Em Agen, na Aquitânia, atualmente na França, Santa , mártir. († s. IV)
  • Em Sorrento, na Campânia, região da Itália, São Renato, bispo. († c. s. V)
  • Em Auxerre, na Nêustria, na hodierna França, São Romão, bispo. († c. 564)
  • Em Veneza, na Itália, a comemoração de São Magno, bispo.(† c. 670)
  • Na Bretanha Menor, atualmente na França, Santo Ivo, diácono e monge. († c. 704)
  • Em Akrotíri, na ilha de Creta, São João Xenos, que propagou nesta ilha a vida monástica. († s. XI)
  • Em Guéret, no território de Limoges, na Aquitânia, hoje na França, São Pardulfo, abade. († 737)
  • Em Lambach, na Baviera, região da Alemanha, o passamento do Beato Adalbero, bispo de Würzburg, que fundou o mosteiro de Lambach. († 1090)
  • Na Cartuxa de Arvières por ele fundada, na Borgonha, França, Santo Artaldo, bispo de Belley. († 1206)
  • Em Kioto, no Japão, os beatos João Hashimoto Tahyoe, sua esposa Tecla Hashimoto e seus filhos Catarina HashimotoTomé HashimotoFrancisco HashimotoPedro Hashimoto e Luísa Hashimoto, e companheiros mártires.  . († 1619)
  • Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santa Maria Francisca das Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, virgem da Terceira Ordem Secular de São Francisco. († 1791)
  • Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Francisco Hunot, presbítero e mártir. († 1794)
  • Em Longueuil, localidade do Canadá, a Beata Maria Rosa, virgem, fundadora da Congregação das Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria. († 1849)
  • Em An-Hoa, cidade do território do Anam, hoje no Vietnam, São Francisco Tran Van Trung, mártir.(† 1858)
  • Em Kostrijk, na Bélgica, o Beato Isidoro de São José de Loor, religioso da Congregação da Paixão. († 1916)
  • Em Barruelo de Santullán, perto de Palência, na Espanha, o Beato Bernardo religioso da Congregação dos Irmãos Maristas e mártir. († 1934)

Fonte:

  • Chartreux.org
  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano

– Produção e edição:  Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 05 de outubro de 2023

DIA DE SÃO BENEDITO - 05 DE OUTUBRO
 
 
 

DIA DE SÃO BENEDITO - 05 DE OUTUBRO

HOMILIA - 05.10.23

  

 

HISTÓRIA DE SÃO BENEDITO

 

Dia de São Benedito é comemorado anualmente em 5 de outubro no Brasil.

Esta data é celebrada por toda a comunidade católica, como uma homenagem e devoção ao santo considerado o padroeiro dos afro-descendentes, cozinheiros e donas de casa: São Benedito.

O Brasil é o único país que comemora o Dia de São Benedito em 5 de outubro, graças a uma deferência canônica especial concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, pelo Vaticano, em 1983.

Nos demais países do mundo, esta data é celebrada em 4 de abril, data da morte de São Benedito.  

Benedito Manasseri nasceu em 1526, na ilha da Sicília, na Itália, em uma família de escravos africanos. Por ser negro, sofreu muito preconceito durante a infância.

A família de Benedito sempre fora muito fervorosa em sua fé católica. Durante a sua infância, Benedito pastorava ovelhas nas montanhas, mas, ao completar 21 anos, ingressou numa comunidade eremita da Irmandade de São Francisco de Assis.

Benedito era conhecido pela sua humildade e desapego aos bens materiais, vivendo uma vida simples e feliz, seguindo os ensinamentos de Cristo e extremas penitências religiosas.

Vários nobres, teólogos, sacerdotes, ricos e pobres procuraram os conselhos e os direcionamentos religiosos de Benedito, transformando-se numa personalidade de grande influência religiosa na cidade de Palermo, onde residia.

Benedito morreu em 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano na cozinha do convento onde trabalhava, em completo desapego às coisas terrenas.

São Benedito foi canonizado em 1807 pelo papa Pio VII.

Oração de São Benedito

"Glorioso São Benedito, grande Confessor da fé, com toda confiança venho implorar a vossa valiosa proteção. Vós, a quem Deus enriqueceu com os dons celestes, impetrai-me as graças que ardentemente desejo, para maior glória de Deus.

Confortai o meu coração nos desalentos! Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres! Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto!

Assisti-me e guiai-me na vida e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus neste mundo e gozá-Lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes.

Assim seja. Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 04 de outubro de 2023

DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 04 DE OUTUBRO
 

DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 04 DE OUTUBRO

HOMILIA - 04.10.23

 

HISTORIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 

São Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença.  Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Todavia, São Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.

Vida de São Francisco

Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele "servir ao amor e ao Servo". Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.

Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.

O Chamado

Num dia simples, mas muito especial, num momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, ele sentiu que o crucifixo falava com ele,  repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: "Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas". O santo vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Francisco tinha vinte e cinco anos.

Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tens sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.

Renúncia de São Francisco de Assis

Para reparar a Igreja de São Damião, Francisco pedia esmola em Assis. Terminado esse trabalho, começou reformar a Igreja de São Pedro. Depois, ele retirou-se para morar numa capela com o nome de Porciúncula. Ela fazia parte da abadia de Monte Subasio, cuidada pelos beneditinos. Ali, o céu lhe mostrou o que realmente esperava dele.

O trecho do Evangelho da Missa daquele dia dizia: "Ide a pregar, dizendo: o Reino de Deus tinha chegado. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente. Não possuas ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...” A estas palavras, Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão e ficou somente com a túnica.

Milagres de São Francisco de Assis

Deus lhe concedeu o dom da profecia e o dos milagres. Quando Francisco pedia esmolas, com o fim de restaurar a Igreja de São Damião, ele dizia: "Um dia haverá ali um convento de religiosas, em cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja". A profecia se confirmou cinco anos depois, com Santa Clara e suas religiosas. Ao curar, com um beijo, o câncer que havia desfigurado o rosto de um homem, São Boaventura comentou para São Francisco de Assis: "Não se há que admirar mais o beijo do que o milagre?"

Fundação da Ordem dos Frades Menores (O.F.M.)

Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores.

Surgiram assim os primeiros 12 discípulos que, segundo registram alguns documentos, “foram homens de tão grande santidade que, desde os Apóstolos até hoje, não viu o mundo homens tão maravilhosos e santos”. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.

A nova ordem religiosa de São Fracisco de Assis

Em 1210, quando o grupo contava com doze membros, São Francisco de Assis redigiu uma regra pequena e informal. Esta regra era, na sua maioria, os conselhos de Jesus para que possamos alcançar a perfeição. Com ela foram à Roma apresentá-la ao Sumo Pontífice. Lá, porém, relutavam em aprovar a nova comunidade. Eles achavam que o ideal de Francisco era muito rígido a respeito da pobreza. Por fim, porém, um cardeal afirmou: "Não podemos proibir que vivam como Cristo mandou no Evangelho".

Receberam a aprovação e voltaram a Assis, vivendo na pobreza, em oração, em santa alegria e grande fraternidade, junto a Igreja da Porciúncula. Mais tarde, Inocêncio III mandou chamar São Francisco de Assis e aprovou a regra verbalmente. Logo em seguida o papa impôs a eles o corte dos cabelos, e lhes enviou em missão de pregarem a penitência.

São Francisco de Assis, um exemplo de vida

São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.

A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma jovem, filha do Conde de SassoRosso, Clara, de 17 anos. Desde o momento em que o ouviu pregar, compreendeu que a vida que ele indicava era a que Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual. Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas. Depois, Inês, irmã de Clara, a seguia no claustro; mais tarde uma terceira, Beatriz se juntou a elas.

Sabedoria divina

Certa vez, São Francisco de Assis, sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas inclinações carnais.

Sua humildade não consistia simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo.

Uma vez contaram-lhe que um dos irmãos amava tanto o silêncio que até quando ia se confessar, fazia-o por sinais. São Francisco respondeu desgostoso:"Isso não procede do Espírito de Deus, mas sim do demônio; é uma tentação e não um ato de virtude". Francisco tinha o dom da sabedoria. Certa vez, um frade lhe pediu permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus. Ele mesmo, Francisco, era um grande exemplo da sabedoria dessa maneira adquirida.

São Francisco de Assis e os animais

A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden.

Os estigmas de São Franscisco de Assis

Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.

Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.

Devoção a São Francisco de Assis

No verão de 1225, Francisco esteve tão enfermo, que o cardeal Ugolino e o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou o santo.

Em seguida pediu para ser levado a Porciúncula. Morreu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis.

Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.

Oração a São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 03 de outubro de 2023

DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO
 

DIA DE SANTO ANDRÉ DE SOVERAL E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE OUTUBRO

HOMILIA - 03.10.23

 

 

Historia dos Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e Companheiros Mártires

No contexto das invasões holandesas no Brasil, e das guerras de religião entre os cristãos reformados e católicos, no ano de 1645, houve dois grandes massacres no Rio Grande do Norte. Realizados nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, 30 membros da comunidade católica perderam suas vidas em ódio à fé.

Os massacres, perpetrados por Jacob Rabbi, um mercenário alemão a serviço dos holandeses, ocorreram com requintes de crueldade.

Em Cunhaú, no domingo, enquanto os fiéis celebravam a missa junto com seu pároco, o Pe. André de Soveral, Rabbi entrou na igreja acompanhado por sua tropa, composta por índios de várias etnias. Ao fecharem as portas da igreja – era o momento em que o padre elevava a hóstia consagrada, e os fiéis estavam ajoelhados – começaram os assassinatos. Os fiéis, percebendo que não haveria possibilidade de fuga, não reagiram; ao contrário se ofereceram como vítimas. O padre André, um ancião octogenário, exortava seus fiéis a bem morrer. Ele mesmo tombaria vítima de um golpe de adaga desferido enquanto ainda estava no presbitério da igreja.

Três meses após esse massacre, a tropa de Jacob Rabbi avançou e, na localidade de Uruaçu, no dia 3 de outubro de 1645, cometeu outro massacre em ódio à fé da comunidade católica: da mesma forma como haviam feito em Cunhaú, passaram a matar os fiéis com requintes de crueldade. O Padre Ambrósio Francisco Ferro foi duramente torturado.

Outro leigo, Mateus Moreira, ao morrer (seu coração fora arrancado pelas costas!), teria exclamado sua última profissão de fé: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”. No dia 5 de março de 2000, o papa São João Paulo II declarou um grupo de 30 mártires como bem-aventurados. Nessa ocasião, o papa disse:

São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da evangelização no Brasil, que acontece este ano. Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: Louvado seja o Santíssimo Sacramento

No dia 15 de outubro de 2017, o papa Francisco canonizou esse grupo, que é considerado como “os primeiros mártires do Brasil”. Eles, comunidades católicas inteiras, em meio às angústias das torturas e da violência, testemunharam o Cristo nesta Terra da Santa Cruz. Que seu exemplo possa continuar a nos inspirar.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 02 de outubro de 2023

DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA - 02 DE OUTUBRO

 

DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA - 02 DE OTUBRO

HOMILIA - 02.10.23

 

Por que Deus nos deu Anjos da Guarda?

 

Nos dias de hoje, estamos habituados a sermos tratados como se fossemos números… O que nos define é o número do CPF e não o nosso nome, quem somos, etc.

É algo compreensível pois é impossível que um Presidente conheça o nome de todos os brasileiros e tenha o WhatsApp de cada um para desejar um feliz aniversário.

E por isso, podemos acabar por pensar que Deus também é um pouco assim conosco: “Deus não tem tempo para ouvir as minhas orações”, pensam alguns.

Mas a realidade não é essa!

Deus nos ama tanto, que nasceu e morreu em uma cruz por nós! Ele nos quer tanto, que nos quis chamar de irmãos nos dando a sua própria Mãe como nossa mãe. Ele quer tanto que sejamos felizes com Ele no Céu que nos deu um Anjo da Guarda para que fossemos protegidos de todo o mal, principalmente do pecado.

Deus nos deu um Anjo da Guarda, para que nos proteja e nos encaminhe na santidade, até ao dia em que morramos e vejamos a Deus face a face por toda a eternidade.

Jesus disse: “Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem recebe, em meu nome, uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos no céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,1-10)

Por outras palavras, os Anjos nos acompanham e intercedem por nós junto de Deus. Na liturgia da festa dos Santos Anjos da Guarda a 2 de outubro, a Igreja reza pedindo a sua proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio.”

 

Oração para o Anjo da Guarda 


Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém".


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 01 de outubro de 2023

DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS - 01 DE OUTUBRO
 
 

DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS - 01 DE OUTUBRO

 

HOMILIA - 01.10.23

 

História Santa Teresinha do Menino Jesus

 

A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade.

No lugar do medo do “Deus duro e vingador”, ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros “Infância espiritual” e “História de uma alma”, editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu Virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita.

Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”.

Esta “grande santa dos tempos modernos” foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II, em 1997.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 30 de setembro de 2023

DIA DE SÃO JERÔNIMO - 30 DE SETEMBRO

 

DIA DE SÃO JERÔNIMO - 30 DE SETEMBRO

HOMILIA - 30.09.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JERÔNIMO

 

São Jerônimo foi um homem de grande cultura, era doutor nas Sagradas Escrituras, teólogo, escritor, filósofo, historiador. Foi ele quem traduziu a Bíblia pela primeira vez, do hebraico e grego para o latim, a língua falada pelo povo. Sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular.

São Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, no ano de 340. Sua família era rica, culta e de raiz cristã. Ele era filho único e herdou uma pequena fortuna de seus pais. Após a morte deles, Jerônimo foi morar em Roma. Lá, estudou retórica, que é a arte de falar bem, oratória, com os melhores mestres da época. Com isso, adquiriu mais cultura ainda.

Batismo

Apesar de vir de uma família cristã, São Jerônimo ainda não tinha sido batizado. Só aos vinte e cinco anos ele tomou uma decisão madura e pediu o batismo. Então, foi batizado pelo Papa Libério. Depois disso, em oração, sentiu o chamado para a vida monástica. Mas não simplesmente vida monástica. Seu chamado era para a vida monástica dedicada à oração e ao recolhimento e ao estudo. Então, ele descobriu monges que viviam na Gália, atual França, e foi morar com eles. Lá, Jerônimo formou uma comunidade com seus amigos e discípulos. Estes dedicavam-se ao estudo da Bíblia e das obras de teologia.

A vida radical de São Jerônimo

São Jerônimo tinha um temperamento forte e radical. Por isso, foi procurar o deserto. No deserto, entrava num ritmo de orações e jejuns tão rigorosos que quase chegou a falecer. Tempos depois de se fortalecer no deserto, ele foi para Constantinopla, segunda capital do império romano. Lá, onde se encontrou com São Gregório. Este lhe mostrou o caminho do amor pelo estudo das Sagradas Escrituras.

Por isso, São Jerônimo decidiu dedicar sua vida ao estudo da Palavra de Deus, para transmitir o cristianismo em sua máxima fidelidade, ao maior número de pessoas passível. Por causa desse objetivo, e usando sua grande aptidão para aprender línguas, estudou hebraico e grego. Seu objetivo era compreender as escrituras nas suas línguas originais para transmitir um ensinamento seguro aos fiéis..

A Vulgata, primeira tradução da bíblia

A fama da cultura e sabedoria de São Jerônimo se espalhou e chegou até Roma. Por isso, o Papa Damaso o chamou e lhe deu a grandiosa missão de traduzir a Bíblia para o Latim, a língua do povo. Por isso, sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular. O Papa queria uma tradução mais fiel possível do hebraico e do grego para o latim e que, ao mesmo tempo, o povo pudesse compreender.

São Jerônimo reunia todas as condições para fazer este trabalho. Ele se tornou, então, o secretário do Papa. Por causa disso é que temos hoje a Bíblia traduzida para o português e várias línguas. Essas traduções vieram da Tradução Popular de São Jerônimo.

São Jerônimo e os anos de trabalho árduo

Este trabalho de São Jerônimo durou muitos anos, pois ele procurava, em cada versículo, a tradução mais fiel possível, para que o povo conhecesse em profundidade as riquezas da Palavra de Deus. Por isso, a tradução de São Jerônimo se tornou a base da tradução bíblica da igreja, aprovada no Concilio de Trento. Em sua tradução, além da extrema fidelidade aos textos originais, São Jerônimo mostrou uma grande riqueza de informações sobre a história da salvação.

Mudança para Belém

Terminado esse imenso trabalho, São Jerônimo foi morar em Belém, a terra onde Jesus nasceu. Lá, viveu como monge num mosteiro fundado por Santa Paula, sua grande amiga e auxiliadora nos trabalhos de estudo e tradução da Bíblia.

Morte de São Jerônimo

São Jerônimo morreu com quase 80 anos no dia 30 de setembro do ano 420. Ele é o Padroeiro dos estudos bíblicos, dos estudiosos da Bíblia. O dia da Bíblia foi colocado no dia de sua morte. Ele escreveu: Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras, ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto, ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo.

Devoção a São Jerônimo

São Jerônimo é representado sempre escrevendo, com muitos livros à sua volta. Esta imagem, claro, faz referência ao inestimável trabalho de tradução da Bíblia que ele fez. Além disso, ele veste roupas de um monge, em referência a seus últimos anos no mosteiro de Belém. A devoção a ele chegou ao Brasil com os colonizadores. No Rio Grande do Sul há uma cidade com o seu nome.

Oração

Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens através dos séculos pelas  Sagradas Escrituras, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia. São Jerônimo, iluminai e esclarecei a todos os adeptos das seitas evangélicas para que eles compreendam as escrituras e se deem conta de que contradizem a religião católica e a própria Bíblia, porque eles se baseiam em princípios pagãos e supersticiosos.

São Jerônimo, ajudai-nos a considerar os ensinamentos que nos vêm da Bíblia, acima de qualquer outra doutrina, já que é a palavra e o ensinamento do próprio Deus.

Fazei que todos os homens aceitem e sigam a orientação do vosso Pai expressa  nas Sagradas escrituras. Amém. São Jerônimo, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 29 de setembro de 2023

DIA DOS TRÊS SANTOS ARCANJOS SÃO MIGUEL, SÃO GABRIEL E SÃO RAFAEL - 29 DE SETEMBRO
 

DIA DOS TRÊS SANTOS 

HOMILIA - 29.09.23

 

História dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

 

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 28 de setembro de 2023

DIA DE SÃO VENCESLAU - MÁRTIR - 28 DE SETEMBRO

 

DIA DE SÃO VENCESLAU - MÁRTIR - 28 DE SETEMBRO

HOMILIA - 28.09.23

 

História de São Venceslau - Mártir

 

O jovem príncipe, nascido na Boêmia, atual Chéquia, em 907, assume o ideal do herói nacional, corajosamente empenhado na promoção cultural e religiosa do povo eslavo. Ao desabamento do reino morávio, os príncipes boêmios, entrando no jogo diplomático das potências líderes, estabeleceram aliança com o poderoso reino franco. Com a adoção dos princípios estabelecidos pelas antigas civilizações, encaminharam o processo europeizante dos Estados do centro da Europa.

Fator desta política de projeção no futuro foi o príncipe e jovem duque da Boêmia, Venceslau. Fora educado cristãmente pela avó Ludmila, venerada como santa. Apenas teve a idade necessária, sucedeu ao pai, após breve regência da mãe Draomira. Mulher briguenta, Draomira queria dar o trono ao segundo filho, Boleslau, e fomentou, de todos os modos, a rivalidade entre ambos, até levar o segundo a manchar-se com o grave delito de fratricídio. Na manhã de 28 de setembro de 935, enquanto Venceslau saía de casa para ir à missa, Boleslau, que o aguardava num lugar solitário com um grupo de cúmplices, foi-lhe ao encalço para feri-lo pelas costas. O jovem rei, que não tinha ainda trinta anos, defendeu-se do golpe e desembainhou sua espada, mas percebendo que o assassino era seu irmão abaixou a arma, dizendo: “Poderia matar-te, mas a mão de um servo de Deus não deve manchar-se com um fratricídio”. Foi trucidado pelos sequazes de Boleslau.

Este exemplar príncipe cristão antepunha os seus deveres religiosos aos de soberano, a ponto de chegar atrasado a uma importante assembleia de Worms convocada pelo imperador Oto porque esteve na missa. Não era raro ver o jovem rei em trajes comuns misturado com os outros fiéis, descalço, durante as procissões penitenciais. Impôs ao seu corpo a dura disciplina do cilício e diá-rias mortificações.

Foi julgado como rei renunciatário por ter procurado aliança com os poderosos francos, que eram vizinhos; mas o próprio irmão Boleslau, que lhe sucedeu após haver mandado matá-lo, teve de retratar-se e seguir aquela política realista. Boleslau entendeu também o erro em que caiu ao se achar superior em relação a seu mano, para com o qual foi crescendo dia a dia a devoção popular, graças aos prodígios que se operavam no seu túmulo de mártir, logo venerado como santo, o primeiro entre os povos eslavos.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 27 de setembro de 2023

DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO - 27 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO - 27 DE SETEMBRO

HOMILIA - 27.09.23

 

HISTÓRIA DE SÃO VICENTE DE PAULO

 

São Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril do ano 1581, em Pouy, no sul da França e foi batizado no mesmo dia. Faleceu no dia 27 de setembro de 1660, em Paris. Nesse século XVII, São Vicente participou ativamente na Reforma Católica ocorrida na França.

Vicente foi o terceiro filho de Jean de Paul e Bertrande de Moras. Seus pais eram camponeses de fé firme e vigorosa. A própria mãe deu educação religiosa aos seis filhos.

São Vicente de Paulo, o Padre Vicente

Vicente se destacava pela sua inteligência e pelo zelo religioso. Começou a estudar na cidade de Dax, onde mais tarde, foi professor. Estudou teologia na Universidade de Toulouse. Sua ordenação sacerdotal, com apenas dezenove anos, foi no dia 23 de setembro de 1600. Nessa época ele passou por uma forte provação: uma senhora viúva que gostava de ouvi-lo pregar, sabendo que ele era uma pessoa pobre, deixou sua herança para ele, uma propriedade e uma quantia em dinheiro, que estava em posse de um comerciante na cidade de Marselha. O Padre Vicente vai até lá para receber esta herança com a intenção de distribui-la para os pobres.

Grande reviravolta na vida de São Vicente de Paulo

Ao retornar de Marselha, o navio em que ele viajava sofreu um ataque de piratas turcos. Pe. Vicente tornou-se prisioneiro e foi vendido em Túnis como escravo. Depois, foi vendido a outro homem que, ao morrer, o deixou como escravo herança a um sobrinho fazendeiro. Esse tinha sido católico, mas, por medo da perseguição, tornara-se muçulmano.

O escravo volta à liberdade

Uma das três esposas deste fazendeiro ficou encantada com as músicas que Pe. Vicente cantava ao rezar e quis saber o significado daquilo. Ao ser evangelizada por Pe. Vicente, a mulher chamou a atenção do marido dizendo que ele não poderia ter abandonado aquela religião tão linda e séria. O patrão se arrependeu e se converteu. Meses depois, o homem foi com Padre Vicente até à França. Foram escondidos dos muçulmanos, em 1607. Chegando a Avignon encontraram o Vice-Legado do Papa e Vicente recebeu de volta suas credenciais de sacerdote. Seu ex-dono retornou à Igreja Católica, foi admitido num mosteiro e se tornou monge.

São Vicente de Paulo, um homem dos pobres

Em Roma, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. Foi nomeado Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot, pelo rei Henrique IV. Ele fazia a distribuição das esmolas dadas aos pobres e visitava os doentes no hospital. Padre Vicente cumpria sua missão de sacerdote com tanto amor e zelo, que todos já o tinham como santo. Para o Padre Vicente, cada doente e cada pessoa, por mais miserável, era a própria pessoa de Jesus Cristo e tinha que ser tratada como tal. O Cardeal Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, nomeou Vicente de Paulo como vigário de Clichy, um bairro da cidade.

Legado para a humanidade de São Vicente de Paulo

São Vicente fundou a Confraria do Rosário, que se dedicava a visitar e cuidar dos doentes. Por isso, ele se tornou Capelão Geral e Real da França. Depois, ele fundou a Congregação da Missão, dos Padres Lazaristas, que trabalhava para evangelizar os camponeses.

Num apelo feito pelo Pe. Vicente em Châtillon nasceu a Confraria da Caridade, conhecido também como o movimento das Senhoras da Caridade. A primeira religiosa foi uma camponesa, Ir. Margarida Nasseau, que teve orientação de Santa Luísa de Marillac. Depois, oficializou a Confraria das Irmãs da Caridade, atualmente conhecidas como Filhas da Caridade.

Organizador da caridade

Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo organizou muitas obras de caridade, doando-se inteiramente aos irmãos mais necessitados. Ele é considerado o pai dos pobres e também causou muitas mudanças no clero. As Conferências Vicentinas que conhecemos na atualidade tiveram início com Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, no ano de 1833. Essas conferências foram inspiradas por São Vicente de Paulo, e hoje estão espalhadas pelo mundo inteiro. São Vicente estipulou regras e condutas para as visitas aos pobres e doentes, visando à discrição, ao respeito para com os necessitados sem humilhá-los em hipótese alguma, mas, sim, ao contrário, fazendo-se igual a eles.

Devoção a São Vicente de Paulo

Para São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o sacerdote mais santo da época. Ele faleceu e foi sepultado na capela da Igreja de São Lázaro, na cidade de Paris. Sua canonização aconteceu em junho de 1737. Em maio de 1885 o Papa Leão XIII o declara patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana.

Corpo incorrupto

52 anos após a sua morte, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto. Foram testemunhas do fenômeno, dois médicos, autoridades da Igreja e algumas pessoas. Para os dois médicos é impossível este tipo de preservação do corpo ocorrer naturalmente. Seu corpo está exposto na Capela de São Vicente de Paulo, em Paris, aberto à visitação. Seu coração está conservado em um relicário na Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.

Oração a São Vicente de Paulo

São Vicente, que tanto vos compadecestes dos pobres, eu vos peço, olhai para mim! Sou Pobre, mas tenho fé! Há gente mais pobre do que eu: são aqueles que não tem fé; porque esses têm a alma vazia. São Vicente, conservai minha riqueza, que é a fé; mas eu vos peço, aliviai também minha pobreza. Ajudai-me a adquirir ao menos o necessário para me alimentar bem, para me vestir honestamente e comprar os remédios que me conservam a saúde e as forças necessárias par afazer os meus trabalhos e cumprir as minhas obrigações e assim poder ser útil à minha família e a todos os que precisarem de minha ajuda. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 26 de setembro de 2023

DIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - 26 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - 26 DE SETEMBRO

HOMILIA - 26.09.23

 

HISTÓRIA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - SANTOS E ÍCONES CATÓLICOS

 

São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egeia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã. E ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas.

Vida de São Cosme e Damião

Cosme e Damião foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.

São Cosme e São Damião, a medicina que leva para Deus

Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência.

Além disso, eles não cobravam por seus serviços médicos. Por esta razão espalhou-se a ideia de que os dois gêmeos médicos não gostavam de dinheiro. Não era bem isso. Na verdade, os dois eram grandes almas que sabiam dar ao dinheiro o seu devido lugar. Eles queriam curar as pessoas no corpo e na alma, levando a elas também os ensinamentos e a salvação de Jesus Cristo. Por este motivo, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos farmacêuticos

A perseguição contra Cosme e Damião

Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso, eles foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. O imperador odiava os cristãos porque eles desprezavam os deuses romanos e adoravam somente Jesus Cristo.

Cosme e Damião foram tirados violentamente do local onde atendiam os doentes e levados ao tribunal.  Lá, foram acusados de feitiçaria, por curarem os doentes e de pregarem uma seita proibida. Ao serem questionados sobre isso, responderam: Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo seu poder. Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.

Martírio de São Cosme e São Damião

Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas. Tudo foi preparado, então, para a execução da pena. A pena foi executada por carrascos experientes. Os santos irmãos gêmeos, porém, não morreram. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Cosme e Damião não paravam de louvar a Deus por estarem sendo dignos de sofrerem por Jesus Cristo. Os pacientes que eram atendidos por eles, que ainda não tinham se convertido, se converteram ao verem essas coisas. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.

Devoção a São Cosme e São Damião

Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé. A festa de Cosme e Damião é celebrada no dia 26 de setembro.

Oração a São Cosme e São Damião

São Cosme e São Damião, por amor a Deus e ao próximo, consagrastes a vida no cuidado do corpo e da alma dos doentes. Abençoai os médicos e farmacêuticos. Alcançai a saúde para o nosso corpo. Fortalecei a nossa vida. Curai o nosso pensamento de toda a maldade. A vossa inocência e simplicidade ajudem a todas as crianças a terem muita bondade umas com as outras. Fazei que elas conservem sempre a consciência tranquila. Com a vossa proteção, conservai o meu coração sempre simples e sincero. Fazei que eu lembre com frequência estas palavras de Jesus: deixai vir a mim as criancinhas, pois delas é o reino do céu

São Cosme e São Damião, rogai por nós, por todas as crianças, médicos e farmacêuticos. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 25 de setembro de 2023

DIA DE SÃO CLÉOFAS - 25 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO CLÉOFAS - 25 DE SETEMBRO

HOMILIA - 25.09.23

 

HISTÓRIA DE SÃO CLÉOFAS OU ALFEU 

Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de São Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.

A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais um discípulo, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e o discípulo estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: ‘Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas…’

Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria, perceberam tratar-se de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.

Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande Doutor da Igreja, o martírio de São Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.

Já no século IV, a casa de São Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.

Texto: Paulinas Internet

São Cléofas

Cléofas é um dos dois discípulos que no dia da ressurreição de Jesus Cristo, voltando a Emaús ao término das celebrações pascais, foram alcançados na estrada e acompanhados pelo Ressuscitado, que reconheceram somente depois de terem sido advertidos e terem generosamente oferecido hospitalidade.

“Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel; mas…” Nas palavras que os dois discípulos dirigem ao desconhecido há um tom de frustração comum a todos os apóstolos naquela hora de provação. “É verdade que algumas mulheres, que são dos nossos, nos assustaram.”

Deste reflexo de esperança, o desconhecido faz penetrar a luz da Boa Nova, explicando-lhes as Escrituras e depois, aceitando o convite deles: “Fica conosco, porque a noite está chegando e o dia está para acabar”; revela-se “ao partir o pão”, o gesto eucarístico da última ceia, à qual também Cléofas devia estar presente.

Mas não é só este o privilégio do qual podia orgulhar-se. Se dermos uma olhada à etimologia do seu nome, descobrimos que Cléofas e Alfeu são a transcrição e a pronúncia do mesmo nome hebraico Halphai, ou dois nomes usados pela mesma pessoa. Presume-se por isso que Cléofas e Alfeu seja o pai de Tiago, o Menor e José, isto é, primos do Senhor.

No evangelho de João, Maria, mãe de Tiago e José, é chamada de esposa de Cléofas, e irmã, em sentido mais ou menos próprio, da Mãe de Jesus. O historiador palestino Egesipo afirma que Cléofas é irmão de São José e pai de Judas e Simão, eleito, este último para suceder Tiago Menor, como bispo de Jerusalém. Fazendo os cálculos, podemos identificar no emocionado discípulo de Emaús e Cléofas; que João chama de marido da irmã de Nossa Senhora, aquela Maria de Cléofas, presente com as outras piedosas mulheres ao drama do Calvário.

Como Maria de Cléofas é mãe de Tiago Menor, de José, de Judas e de Simão, naturalmente Cléofas é o pai deles. Pai de três apóstolos! Segundo Eusébio e São Jerônimo, Cléofas era natural de Emaús. Em Emaús, conforme uma antiga tradição Cléofas, “testemunha da Ressurreição”, foi trucidado por seus conterrâneos, intolerantes do seu zelo e da sua certeza de fé no Messias ressuscitado.

São Jerônimo nos assegura que já no século IV sua casa tinha sido transformada em igreja. O Martirológio Romano inseriu seu nome na data de hoje e confirmou seu martírio acontecido pelas mãos dos judeus.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 24 de setembro de 2023

DIA DE SÃO GERARDO SAGREDO - 24 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO GERARDO SAGREDO - 24 DE SETEMBRO

HOMILIA - 24.09.23

 

História de São Gerardo Sagredo

 

São Gerardo Sagredo é celebrado pela Igreja a 24 de setembro. Nasceu em 980, em Veneza, Itália, filho de pais ilustres. Tornou-se sacerdote beneditino e foi enviado em missão para a Corte da Hungria. Lá, foi diretor espiritual e professor do rei Estêvão I, também proclamado santo pela Igreja. Ambos trabalharam para a conversão dos húngaros ao cristianismo.

Ao assumir o bispado de Chonad, na Hungria, não cansou de combater as idolatrias aos deuses pagãos, pregando o Evangelho, consolidando a fé e recomendando o povo daquela região à intercessão de Nossa Senhora, “Onipotência Suplicante”. Com a morte do rei Estêvão, o santo passou a ser perseguido pelos opositores do cristianismo. São Gerardo foi preso e apedrejado até a morte em 24 de setembro 1046. As relíquias do santo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. É festejado pela Igreja como o “Apóstolo da Hungria”.

Confira trechos da carta do papa João Paulo II à Igreja da Hungria, redigida em 1980, por ocasião do milênio do nascimento de São Gerardo Sagredo:

“Das suas biografias, a figura de São Gerardo aparece-nos em três sucessivas formas típicas de vida cristã: como monge, como apóstolo e como mártir. O monge é o homem de Deus que, em oração e trabalho, dedica completamente a vida a Deus; o apóstolo, anunciador da alegre nova salvífica do Evangelho, que educa para a santidade de vida o cristão e leva o pagão ao cristianismo; e o mártir que, como extremo testemunho do seu amor, se dá a Deus totalmente a si mesmo, a sua vida orante e a sua atividade apostólica.(…)


São Gerardo com a sua vida deu testemunho de assíduo serviço de evangelização. Não procurou anunciar as próprias ideias, mas a boa nova de Cristo. Compreendeu também que só pode nascer uma ordenada comunidade eclesial desta maneira: procurando a comunhão com Cristo e oferecendo a própria vida em serviço dos irmãos. A comunhão vivida com Cristo e com os irmãos revela o verdadeiro significado da instituição da Igreja: levar à comunhão mediante a fé num Deus que é Amor e está perto. São Gerardo dedicou as suas energias para organizar a Igreja, comunidade local recém-nascida, inserindo-lhe as raízes na comunidade universal, quer dizer, na Igreja de Cristo. Esta unidade, fonte de vida e de fé, é condição indispensável para a frutuosa evangelização; e também nós devemos amar e servir a nossa pátria terrena, a sua cultura e os seus valores, sempre amando e servindo a Deus. Tem porventura a Igreja húngara missão mais importante que seguir o espírito apostólico sobre as pisadas do exemplo e da doutrina do seu grande Apóstolo?

O martírio coroou esta vida dedicada a Deus na oração e na atividade apostólica. Os acontecimentos são conhecidos: o Bispo Gerardo, enquanto se dirige de Székesfehérvár a Buda, para receber Endre e depositar em mãos seguras a herança de Santo Estevão, isto é, o destino da jovem cristandade magiar, é morto por um grupo de pagãos revoltados. Este martírio foi o testemunho derradeiro do amor de São Gerardo à sua nova pátria, ao seu novo povo. ‘Maiorem hac dilectionem nervo habet, ut animam suam ponat quis pro amicis suis’ (Jo 15, 13). Martírio, na língua grega de que veio a palavra, significa exactamente ‘testemunho’.

Se é verdade que a tarefa do cristão de hoje é praticar a harmonia interior da oração e do trabalho, e levar a que se desenvolva o espírito apostólico dedicado aos outros, é também verdade que tudo isto terá crédito e força aos olhos dos homens só se dermos testemunho da nossa convicção com toda a nossa vida, vivida e, se necessário, oferecida pelos irmãos. Exemplo e ensinamento último de São Gerardo mártir é que nós, com a dádiva total do nosso talento, das nossas forças e do nosso esforço, testemunhemos a verdade que acreditamos e professamos. ‘Accipietis virtutem supervenientis Spiritus Sancti in vos, et eritis mihi testes’ (Act 1, 8): este é o testamento de Cristo que regressa ao Pai.

O monumento de São Gerardo, o monge, o apóstolo e o mártir, ergue-se no centro da vossa Capital, dominando o Danúbio, e, com o Crucifixo levantando no cimo, exorta-vos ainda hoje: sede testemunhas da fé em Cristo e do amor fraterno que é distintivo do Cristianismo, no meio do vosso povo.

O Espírito de Cristo vos dê a força, mediante a poderosa intercessão da Santíssima Virgem, ‘Magna Domina Hungarorum’”.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 23 de setembro de 2023

DIA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA - 23 DE SETEMBRO

 

DIE DE SÃO PIO DE PIETRELCINA - 23 DE SETEMBRO

HOMILIA - 23.09.23

 

História de São Pio de Pietrelcina

 
Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de São Francisco de Assis.

Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.
 
Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotondo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinquenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.

Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 22 de setembro de 2023

DIA DE SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ - 22 DE SETEMBRO
 

DIA DE SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ - 22 DE SETEMBRO

HOMILIA - 22.09.23

 

HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ

 

Lourenço Maurício nasceu no dia 05 de junho de 1686, em Santhiá, na Itália. Era o quarto de seis filhos, da rica família cristã. Aos sete anos, ficou órfão de pai. Desde menino, ele cresceu na oração e amadureceu a sua vocação sacerdotal.

Em 1717, torna-se capuchinho e muda seu nome para Inácio. Desde então, foi enviado para vários Conventos, sempre obediente e honrado por poder servir os irmãos da Ordem com a sua humilde pessoa.

Em 1727, passou a residir numa paróquia e tornou-se confessor, tarefa que desempenhou nos últimos vinte e quatro anos de vida. Neste ministério, demonstrou toda sua caridade paterna, sabedoria e ciência, adquiridas nos livros e através das orações contemplativas. A todos recebia com a maior caridade, porque os pecadores eram os filhos mais doentes e necessitados de acolhida e compreensão. Passou a ser chamado de: “padre dos pecadores e dos desesperados”.

Mas em 1731 o seu bom conceito de guia experiente e sábio o levou à ocupar os cargos de mestre dos noviços. Sua intenção era formar os jovens para a vida, a mortificação, a penitência, e instruía, corrigia e encorajava com atenção e palavras amorosas, fazendo o caminho difícil se tornar ameno.

Morreu com sua fama de santidade no dia 22 de setembro de 1770, em admirável tranquilidade. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 21 de setembro de 2023

DIA DE SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA - 21 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA - 21 DE SETEMBRO

HOMILIA - 21.09.23

 

HISTÓRIA DE SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA

 

São Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo. É o autor do primeiro dos três evangelhos sinóticos. Os outros dois são de Marcos e Lucas. No Evangelho, Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa “Deus está conosco”.

Mateus, também chamado de Levi é filho de Alfeu conforme os Evangelhos de Marcos e Lucas (Marcos 2,14) (Lucas 5, 27). Antes de ser chamado para seguir Jesus, Mateus era um coletor de impostos do povo hebreu, durante a dominação romana, por ordem de Herodes Antipa. Ele estava alocado em Cafarnaum, uma cidade marítima no mar da Galileia, na Palestina.

Seu primeiro contato com Jesus se deu enquanto estava trabalhando: “saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coleteria de impostos, e lhe disse”: “siga-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus (Mateus 9, 9). “Depois, Mateus preparou, em sua casa, um grande banquete para Jesus”. “Estava aí uma numerosa multidão de cobradores de impostos e outras pessoas, sentadas à mesa com eles.” (Lucas 5, 27-28-29). 

O nome de Mateus aparece sempre na relação dos 12 primeiros apóstolos de Cristo, geralmente ao lado de São Tomé. Entre as citações consta uma ordem de Jesus: “Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram”. Então, Jesus se aproximou e falou: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra”. “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês”. “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. (Mateus 28, 16-17-18-19-20).

Apóstolo e Evangelista, segundo a tradição, Mateus pregou pela Judeia, Etiópia e Pérsia. Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesareia, em sua História da Igreja, a única referência a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II.

Da sua atividade após o Pentecostes, se conhece somente as páginas do seu Evangelho, primitivamente redigido em aramaico. Denominado de “Primeiro Evangelho”, logo no início, Mateus apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça. Mateus relata a morte e a ressurreição de Jesus. Seu evangelho é organizado em “cinco livrinhos”, cada um contendo uma parte narrativa seguida de um discurso, que reúne e explica o que está contido nas narrativas.

São Mateus morreu na Etiópia, apedrejado, queimado e decapitado. Suas relíquias teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno, onde até hoje se encontram e são consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo. A Igreja Romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro. Seu símbolo como Evangelista é um anjo.

A belíssima conversão de São Mateus

Mateus, coletor de impostos, apóstolo e evangelista: foge do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. O evangelho a ele atribuído nos fala mais amplamente que os outros três do uso certo do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus”. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Foi Judas, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai por trinta dinheiros.

Interessante que, quando falam do episódio do coletor de impostos chamado a seguir Jesus, os outros evangelistas, Marcos e Lucas, falam de Levi. Mateus, ao contrário, prefere denominar-se com o nome mais conhecido de Mateus e usa o apelido de publicano, que soa como usurário ou avarento, “para demonstrar aos leitores — observa São Jerônimo — que ninguém deve desesperar da salvação, se houver conversão para vida melhor”.

Mateus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. No seu evangelho ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 20 de setembro de 2023

DIA DOS SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHÓNG - 20 DE SETEMBRO
 

DIA DOS SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHÓNG - 30 DE SETEMBRO

HOMILIA - 20.09.23

 

História dos Santos André Kim e Paulo Chóng

 

Por muito tempo, o catolicismo foi considerado, na Coreia, uma “religião perversa”. Pois suprimia nos convertidos os laços com o passado e com os cultos tradicionais. A essa questão religiosa somou-se também aquela do expansionismo europeu, visto pelo Estado coreano como ameaça às instituições.

Se, por um lado, isso custou à comunidade cristã cerca de 80 anos (1801-1883) de perseguição, por outro, a exaltou com 103 mártires, entre os quais se destacam o primeiro sacerdote, André Kim e o leigo evangelizador, Paulo Chóng, ambos de origem coreana.

Antes de ser executado S. André Kim escreveu aos seus fiéis: Eu vos peço: não deixeis de lado o amor fraterno, mas ajudai-vos uns aos outros, perseverando, até que o Senhor tenha piedade de vós e afaste a tribulação (cf.liturgia das horas, p.1297, v.Iv).


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 19 de setembro de 2023

DIA DE SÃO JANUÁRIO E DE NOSSA SENHORA DE LA SALETTE - 19 DE SETEMBRO
  

DIA DE SÃO JANUÁRIO E DE NOSSA SENHORA DE LA SALETTE -  19 DE SETEMBRO

 

HOMILIA - 19.09.23

 

 

História de São Januário (São Gennaro) 

 

Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito Bispo de Benevento, Itália. Era uma época em que os inimigos do Cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé através de terríveis torturas seguidas de morte. Segundo a tradição, Januário foi martirizado na época do Imperador Diocleciano no ano de 304.

O Bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era mesmo para ser um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou então que fossem todos degolados ali mesmo.

Segundo antiquíssima tradição, alguns cristãos piedosamente recolheram em ampolas o sangue do Bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica.

O sangue do mártir é guardado cuidadosamente na catedral de Nápoles. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, todos os anos sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, nesta ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. Um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.

Por tudo isto, o povo de Nápoles e todos católicos devotam enorme veneração por São Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, se confunde com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão.

 

História de Nossa Senhora de La Salette

 

Nos belos Alpes da França, existe uma montanha chamada La Salette. Ela fica na Diocese de Grenoble. Em setembro do ano de 1846, duas crianças pastoreavam ovelhas no alto da montanha: um menino chamado Maximim Giraud, de 11 anos, e a adolescente Melanie Calvat, de 15 anos. As duas crianças tinham pouco estudo por causa do difícil e exigente trabalho que faziam.

A aparição de Nossa Senhora

Em uma tarde enquanto esperavam a hora de voltarem para casa, viram uma forte luz e uma bela Senhora sentada numa pedra, com belos trajes de camponesa. Era uma “Belle Dame”, como eles definiram. Ela tinha na cabeça um diadema dourado e pisava sobre lindas flores, que desapareceram quando ela foi embora. A Senhora estava chorando e disse:

“Vinde meus filhos, não tenhais medo! Estou aqui para contar uma grande novidade. Se meu povo não quiser aceitar, vejo-me forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não posso mais segurar. A tanto tempo que sofro por vós”.

E a Virgem continuou num bonito diálogo com os pequenos pastores:

“E vocês, fazem bem as orações?”

Eles responderam: “Não muito bem.”  E Maria continuou:

“Meus filhos, é preciso fazê-las bem, à noite e de manhã. Quando não puderem rezar, recitem ao menos um Pai-Nosso e uma Ave-Maria; mas quando tiverem tempo, é preciso rezar mais”.

As crianças estavam maravilhadas com aquela visão. E Nossa Senhora continuou:

Um alerta da Mãe

“Os que conduzem os carros (de boi), não o fazem sem abusar do nome de meu Filho. Se a colheita se estraga, não é senão por vossa causa. Bem vo-lo mostrei no ano passado com a colheita das batatas e não fizestes caso. Ao contrário, quando encontráveis estragadas, era então que em tom de revolta, pronunciáveis o nome de meu Filho.” As crianças reconheciam que essas coisas realmente tinham acontecido com o povo daquela região.

Um alerta mais grave e um convite à conversão:

“Se tiverdes trigo, não o semeeis, pois os animais comerão tudo. O que semeardes e o que vingar, reduzir-se-á a pó quando for malhado. Sobrevirá uma grande fome. Os outros farão penitências pela fome. As nozes estragar-se-ão; as uvas hão de apodrecer. Porém, se vocês se converterem, até as pedras e as rochas se transformarão em montões de trigo e as batatas aparecerão semeadas por sobre a terra”.

Pedido da Mãe

Nossa Senhora pediu que no local da aparição fosse construída uma Igreja e que se fundasse uma Congregação, para a qual, ela mesma ditou os fundamentos e as regras.

As crianças espalham a notícia

Após alguns momentos, Nossa Senhora foi desaparecendo, a luz diminuindo e ela foi embora. Maximim quis pegar uma das rosas que estavam embaixo dos pés da Virgem, mas elas desapareceram. Os pastores, então, correram para falar com seus pais e seus patrões.

Romarias

Nos dias que se seguiram, muitas romarias começaram a subir a montanha até o local da aparição, e muitos milagres começaram a acontecer.

Um Santuário e uma Congregação

O bispo de Grenoble fundou a Congregação dos Missionários para construírem um santuário no lugar das aparições. O santuário tornou-se a Basílica de Nossa Senhora de La Salete. Isso aconteceu no ano de 1878, por benção papal. Os Missionários tinham ainda a missão de divulgar a mensagem de Nossa Senhora de La Salette, que assim passou a ser chamada, por causa da montanha de La Salette, onde ela apareceu.

Aprovação do Papa

O Papa Pio IX aprovou no dia 19 de setembro de 1851 a carta pastoral do Bispo Grenoble, que instituiu o título de Nossa Senhora de La Salette.

As lágrimas de Maria

Melanie Galvat, que se tornou freira das Irmãs da Providência de Corenc, e morreu no ano de 1904, disse que Nossa Senhora chorava o tempo todo em que falou com eles. Porém, as lágrimas não diminuíram seu ar de Rainha e Senhora, tornando-a a mais bela e amorosa de todas as mães.

Os símbolos de Nossa Senhora de La Salette

Melanie Galvat disse que Nossa Senhora trazia uma cruz em seu peito, de um lado um martelo e de outro um alicate. O martelo representando o pecado de todos que pregavam mais ainda Jesus na cruz, e o alicate, as orações do povo, para que, tirando os pregos, Jesus fosse aliviado um pouco de suas dores.

Mensagem

O tema das aparições da Senhora de La Salette é muito forte e atual. Vale a pena ler a mensagem completa de Nossa Senhora de La salette. Ela falou muito sobre a importância da conversão dos pecadores, de fazer penitência, e que todos devem se livrar dos pecados mortais.

As regras da Congregação

Nossa Senhora citou as regras da nova congregação que queria que fosse fundada, a Ordem da Mãe de Deus, com sacerdotes, religiosos, religiosas e também com leigos. A congregação teria como missão pregar uma grande conversão do Clero daquela época.

Simplicidade e oração

A Bela Senhora veio para mostrar para todos que sáo a simplicidade e a oração os caminhos para se chegar a Jesus Cristo e acabar com o pecado mortal a que o mundo vulgar leva o homem. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 18 de setembro de 2023

DIA DE SÃO JOSÉ DE COPERTINO - 18 DE SETEMBRO
 
 

DIA DE SÃO JOSÉ DE COPERTINO - 18 DE SETEMBRO

HOMILIA - 18.09.23

 

Dia de São José de Copertino

 

O Dia de São José de Copertino comemora-se a 18 de setembro.

José Desa (Guiseppe Desa) nasceu a 17 de junho de 1603, em Copertino, Nápoles, Itália, e faleceu a 18 de setembro de 1663 em Ósimo, Ancona.

História de São José de Copertino, o Santo que Voava

A história de São José de Copertino é uma das mais fantásticas entre o calendário dos santos, tendo dado origem a filmes como “The Reluctant Saint” (1962). O “Santo que Voava”, o “Frade Voador”, o “Irmão Voador” são alguns nomes atribuídos a São José de Copertino.

Nascido num estábulo, como Jesus, José teve uma infância marcada pela pobreza. Já na escola teve os seus primeiros êxtases, onde ficava parado, de olhar perdido, dando-lhe os colegas o nome de “boca aberta”.

Pelo som de um sino da igreja, de uma música sacra, ou da menção do nome de Deus, Cristo ou de Maria, José entrava em êxtase e tinha visões das quais não saía mesmo com beliscões ou queimaduras. Algumas visões conseguia descrever com detalhe, doutras não conseguia ter memória.

Tentou ingressar na vida religiosa por diversas vezes, mas sem sucesso, por clara incapacidade. Com muita insistência foi admitido num convento franciscano onde ficou encarregaso de tomar conta das mulas.

Tão pouco dotado intelectualmente, José era apelidado pelos outros, e até por si mesmo, como o “irmão burro” perante os frades do Santuário de Grottella que o tinham acolhido.

Quando foi avaliado para o sacerdócio, ele foi ajudado sobrenaturalmente nas suas provas, passando com distinção. Apesar das suas limitações, ele conseguia comentar o Evangelho ao pormenor, e quando o Papa Urbano VIII o encontrou, este fez-lhe perguntas complicadas em aramaico às quais José respondeu na mesma língua com naturalidade.

São José era visto regularmente em levitação, erguido nas alturas, e do seu corpo emanava um ligeiro perfume. A ele foram atribuídos muitos milagres de cura e muitos conselhos sábios, sendo o santo procurado por multidões de doentes, teólogos e intelectuais.

A sua fama foi alvo de inveja, com acusações de poderes demoníacos, o que o levou ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. José saiu inocente do processo, mas foi transferido para conventos isolados. Depois de muito sofrimento e de prever a própria morte, o santo faleceu com 60 anos.

Santo Padroeiro

Por toda a sua história, São José de Copertino é o santo padroeiro dos estudantes desesperados que a ele recorrem em oração em altura apertada de exames, assim como dos alunos com alguma deficiência mental e dos alunos mais distraídos.

Ele é também o padroeiro dos passageiros, dos pilotos e dos astronautas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 17 de setembro de 2023

TUDO FOI FEITO PRA GENTE LACRAR, CANÇÃO, COM NEGRO LÉO


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 17 de setembro de 2023

DIA DE SÃO ZYGMUNT FELINSKI E DE SÃO ROBERTO BELARMINO - 17 DE SETEMBRO
 
 

DIA DE SÃO ZYGMUNT FELINSKI - 17 DE SETEMBRO

 

DIA DE SÃO ROBERTO BELARMINO - 17 DE SETEMBRO

HOMILIA - 17.09.23

 

Hisória de São Zygmunt Felinski

Nascido de uma família nobre e cristã, a 1º de novembro de 1822, em Wojutym – Polônia, era filho de Eva e Geraldo Felinski.

Educado em ambiente religioso, onde aprendeu desde a infância o verdadeiro amor a Deus, à Virgem Maria, ao próximo e à Pátria. Sua adolescência foi marcada pela dor e sofrimento. Perdeu seu pai aos onze anos e, aos dezesseis, sua mãe foi exilada para a Sibéria. Estudou na Universidade de Moscou e em Paris, na Sorbone, tornando-se professor de Matemática.

Lutou em defesa da Pátria, onde experimentou a dor da derrota e também sentiu profundamente a morte de seu grande amigo e companheiro de luta, o poeta Júlio Slowacki.

Após essas experiências dolorosas, refletiu sobre sua vida até aquele momento e decidiu entrar no Seminário e, em 1855, na cidade de Petersburgo – Rússia, foi ordenado sacerdote.

Em 1857, observando o sofrimento das crianças e idosos abandonados de Petersburgo, iniciou a fundação da Congregação das Irmãs da Sagrada Família.

Em 1862 foi nomeado Arcebispo de Varsóvia – Polônia, na qual desenvolveu suas atividades pastorais com coragem no serviço de Deus. Mas, por não compactuar com o governo russo e por defender os direitos do povo e da Igreja, foi preso e levado para o exílio na Sibéria – Rússia, onde permaneceu 20 anos exilado. Durante o período de exílio, viveu em profunda sintonia com Deus e exerceu suas atividades de pastor ajudando aos irmãos necessitados, sem esquecer da Congregação que fundara.

Quando regressou do exílio, fixou residência em Dzwiniaczka – Galícia, dedicando todo o seu tempo e suas forças à Igreja, à Congregação que fundara e à Nação. Zelou pela cultura do povo, organizou o ensino elementar nas Escolas e Orfanatos e dirigiu a catequese com o máximo de amor até os últimos dias de sua vida.

Faleceu na cidade de Cracóvia – Polônia, a 17 de setembro de 1895, aclamado por todos, como “Homem Santo”.

No dia 22 de agosto de 2002, na cidade de Cracóvia – Polônia, pelas palavras do Papa João Paulo II, a Igreja reconheceu a samtidade de Zygmunt Felinski, colocando-o entre os Bem Aventurados.

Foi Canonizado no dia 11 de outubro de 2009.

Ele dizia: “A fé nos ensina que somente será glorificado com Cristo aquele que admite ser crucificado com Ele na Terra”.

Antes de falecer abençoou os seus dizendo: “Abençoo-vos para o trabalho interior; para a construção do Reino de Deus em vossas almas, para levardes a cruz em espírito de penitência e em espírito de espontâneo sacrifício a exemplo de Vosso Mestre, Esposo e Senhor.” (Bênção do Fundador)

“Há pessoas semelhantes a estrelas, as quais não vemos, entretanto, aproveitamos da sua luz”. (Zygmunt Felinski)

São Zygmunt Felinski, rogai por nós!

 

História de São Roberto Belarmino

Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.

Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira ideia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.

Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.

Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsia” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.

Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação:

“Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”.

Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: “Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja.

São Roberto Belarmino, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 16 de setembro de 2023

DIA DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO - 16 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO - 16 DE SETEMBRO

HOMILIA - 16.09.23

 

História de São Cornélio e São Cipriano

 

Vítimas ilustres da perseguição de Valeriano, respectivamente em junho de 253 e em setembro de 258, são o papa Cornélio e o bispo de Cartago, Cipriano, cujas memórias aparecem em conjunto nos antigos livros litúrgicos de Roma desde a metade do século IV. Cipriano nasceu em Cartago, Tunísis, mais ou menos no ano 210, era ainda pagão quando ensinou filosofia e advogou. Converteu-se em 246, e três anos depois foi escolhido para o episcopado. Havia apenas tomado posse na diocese de Cartago, quando estourou a perseguição de Décio. Os cristãos deviam apresentar-se ao magistrado e requerer o libellus, isto é, um certificado que os declarasse bons e honestos cidadãos, precedendo naturalmente a simples formalidade de jogar alguns grãos de incenso no braseiro diante de um ídolo.

A essa apostasia obrigatória muitos fugiram com astúcia corrompendo os funcionários, que davam certificados mediante o mercado negro. Estes cristãos foram chamados libelados. Existiram também os que renegaram a fé e foram apelidados lapsi (= decaídos). O bispo Cipriano escolheu o caminho da clandestinidade, refugiando-se no campo. Passada a borrasca, Cipriano concedeu o perdão aos libelados, e não fechou o caminho de volta aos decaídos, que podiam ser absolvidos na hora da morte. Sua atitude moderada foi aprovada pelo papa Cornélio, com quem Cipriano tinha se aliado contra o antipapa Novaciano, escrevendo, na oportunidade, o seu tratado mais importante: A unidade da Igreja. Cornélio fora eleito papa em 251, após longo período de sede vacante, por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi impugnada por Novaciano, que acusava o papa de ser um libelado. Cipriano, e com ele os bispos africanos, ficaram do lado de Cornélio.

O imperador Galo mandou o papa para Civitavecchia, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto. Por sua vez, Cipriano foi exilado para Capo Bom, mas quando percebeu que fora condenado à pena capital, reentrou em Cartago, porque queria dar o testemunho de amor a Cristo na presença do seu rebanho. Foi decapitado a 14 de setembro de 258. Os cristãos de Cartago haviam estendido sob sua cabeça paninhos brancos para depois guardarem, molhados no seu sangue, como preciosas relíquias. O imperador Valeriano fazendo decapitar o bispo Cipriano e o papa Estêvão, pusera fim, involuntariamente, a uma disputa surgida entre os dois sobre a validade do batismo administrado pelos hereges, contestada por Cipriano e afirmada pelo papa.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 15 de setembro de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO
 

DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 15 DE SETEMBRO

HOMILIA - 15.09.23

 

História de Nossa Senhora das Dores

 

Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
 

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist. 

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Na Semana Santa uma das imagens que muitos guardam no coração é de N. Sra. das Dores. Com a influência devocional da península ibérica fomos chamados desde a infância a ter esses momentos de contemplar os vários tipos de sofrimentos durante a semana santa. Uma das imagens marcantes durante esses dias é justamente a figura de Maria, a senhora das dores.

Nossa Senhora sempre guardou e meditou tudo em seu coração, desde quando recebeu a notícia que seria mãe de Jesus, depois durante a sua vida infantil e pública e até a sua Morte na Cruz. Maria não gritou, não tentou impedir que levassem seu filho para a morte de Cruz. No caminho do Calvário, Jesus encontra com sua mãe: é claro que Maria estava com muita dor interna, estava com o coração despedaçado, mas não externava, guardava para si, pois sabia desde o início, com o anúncio do anjo que a missão de ser a Mãe do Filho de Deus não seria nada fácil.

Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.                          

Depois observamos Maria contemplando em pé, ao lado do discípulo amado ao seu filho Jesus crucificado: ela estava ali, acompanhando os últimos momentos da vida de seu filho, em silêncio, guardando tudo em seu coração. Jesus entrega a sua mãe ao discípulo amado e o discípulo amado a sua mãe: “ Filho, aí está a sua mãe. Mulher aí está teu filho”, e partir daí o discípulo amado a acolheu consigo. Com esse gesto Jesus entrega a sua Mãe a toda humanidade, quando João a acolhe consigo e toda a humanidade que a acolhe, para ser a nossa Mãe.

Ao se encontrarem a Mãe e o Filho, um sente a dor do outro, são os olhares que se encontram e nessa troca de olhares um compreende a missão do outro. Com toda certeza veio a memória de Maria tudo aquilo que passou em sua vida desde que aceitou ser a mãe do Salvador, mas em nenhum momento ela se desespera, mas desde o início entendeu qual seria a sua missão. E nos dias de hoje ela continua intercedendo por nós lá do céu, e de lá eles também trocam olhares de amor e compaixão.

É incomensurável a dor da perda de um filho, mas devemos procurar ser sábios e entendedores da Palavra de Deus assim como Maria para compreender os planos de Deus para nossa vida.

A imagem de Nossa Senhora das Dores com espadas cravadas em seu peito, interpreta na imagem o que Maria experimenta na vida, porque expressa a o que ela sentiu ao ver o seu filho crucificado e sofrendo cruelmente por nós, foi como se uma espada atravessasse o seu peito. Maria tem um olhar puro, um olhar de amor, de carinho e através desse olhar ela nos encoraja a superarmos as situações difíceis que passamos. E nos ensina a superar as dores assim como ela superou.

Estamos passando por um momento muito difícil no mundo com a Covid 19 (corona vírus), mas dobrando os joelhos e rezando o Santo Rosário pedindo que ela olhe por nós com o amor de Mãe vamos superar esse momento difícil. Com ela podemos ter confiança na presença do Senhor em nossas vidas que dá sentido às nossas dores. Estamos unindo nossa cruz à Cruz de Cristo. Nesses dias que temos que ficar em casa, podemos rezar o terço e pedir que ela olhe por nós todos. No terço contemplamos também as dores de Nossa Senhora. Podemos acompanhar pelas mídias sociais e pelas televisões de inspiração católica a celebração da Santa Missa e outros atos litúrgicos e devocionais.

Esse título de Nossa Senhora das Dores assim como todos os outros tem um grande significado, esse nasceu da dor, do sofrimento de ver o seu filho sendo morto na Cruz, e nos ensina a lhe dar com o sofrimento, com sabedoria, meditação e oração. Entender que é necessário que passemos por aquele sofrimento para que depois venha a alegria. Que algo tem por trás daquele momento difícil e muitas vezes não conseguimos enxergar. Que ao olhar para trás depois de um tempo possamos entender que foi um momento ruim que passamos, mas depois vem a consolação.

Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Nossa Senhora da Consolação, ou seja, ela consola as nossas lágrimas com seu amor nos momentos difíceis da nossa vida. Eela nos consola também, dando-nos a certeza da ressurreição.

Maria foi fiel a Missão dada por Jesus, após a Morte e Ressurreição de Jesus Ela acompanha os apóstolos em sua Missão e estava no cenáculo quando tiveram a experiência da presença do Espírito Santo que fez os discípulos saírem em missão para anunciar o Reino de Deus. E Ela nos ensina também a sermos fiéis na nossa missão, vivendo o nosso batismo, anunciando o Reino de Deus.

Que Nossa Senhora, a Mãe das dores seja um sinal em todas as situações difíceis de nossa vida e interceda por nós neste tempo de sofrimentos e nos inspire a fé e a coragem para que não desanimemos nas situações de “morte” e nos ajude a crescer e a encontrar a “Ressurreição”.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 14 de setembro de 2023

FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14 DE SETEMBRO
 

FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14 DE SETEMBRO

HOMILIA - 14.09.23

 

 

Festa da Exaltação da Santa Cruz

 

A festa em honra da Santa Cruz foi celebrada pela primeira vez em 335, por ocasião da dedicação de duas basílicas constantinianas de Jerusalém, a do Martyrium ou Ad Crucem no Gólgota, e a do Anástasis, isto é, da Ressurreição. A dedicação se realizou a 13 de dezembro. Com o termo exaltação, a festa passou também para o Ocidente, e a partir do século VII comemora-se a recuperação da preciosa relíquia pelo imperador Heráclio em 628. Da Cruz, roubada 14 anos antes pelo rei persa Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa, perderam-se definitivamente todas as pistas em 1187, quando foi tirada do bispo de Belém que a havia levado na batalha de Hattin.

A celebração atual tem um significado bem maior do que o lendário encontro pela piedosa mãe do imperador Constantino, Helena. A glorificação de Cristo passa através do suplício da Cruz e a antítese sofrimento-glorificação se torna fundamental na história da Redenção. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene. Assim a cruz torna-se o símbolo e o compêndio da religião cristã.

A própria evangelização, efetuada pelos apóstolos é a simples apresentação de Cristo Crucificado. O cristão, aceitando esta verdade, é crucificado com Cristo, isto é, deve carregar diariamente a sua cruz, suportando injúrias e sofrimentos, como Cristo. Este, oprimido pelo peso do patíbulo (“patíbulo” é o braço transversal da cruz, que o condenado levava nas costas até o lugar do suplício onde era encaixado estavelmente com a parte vertical), foi constrangido a expor-se aos insultos do povo no caminho que levava ao Gólgata. Os sofrimentos que reproduzem no corpo místico da Igreja o estado de morte de Cristo são contributo à redenção dos homens, e garantem a participação na glória do Ressuscitado.

Esta é a razão que fez os mártires cristãos suportarem tão grandes sofrimentos: “A minha paixão está crucificada — escreve santo Inácio de Antioquia antes de sofrer o martírio — não existe mais em mim o fogo da carne. Agora começo a ser discípulo … Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar de uma extremidade à outra da terra. Procuro-o, ele que morreu por nós; quero-o, ele que ressuscitou por nós… Concedei-me que eu seja imitador da paixão do meu Deus”.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 13 de setembro de 2023

DIA DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO - 13 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO - 13 DE SETEMBRO

HOMILIA - 13.09.23

 

História de São João Crisóstomo

Hoje, relembramos a história de São João Crisóstomo, nascido em uma família nobre de Antioquia, Turquia, no ano de 348, era muito estudioso, tanto que, após a morte de seu pai, sua mãe providenciou os melhores professores possíveis para o jovem.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 12 de setembro de 2023

DIA DE SÃO GUIDO DE ANDERLECHT - 12 DE SETEMBRO
 
 

DIA DE SÃO GUIDO DE ANDERLECHT- 12 DE SETEMBRO

HOMILIA - 12.09.23

 

História de São Guido de Anderlecht

Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 11 de setembro de 2023

DIA DE SÃO JOÃO GABRIEL PERBOYRE - 11 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO JOÃO GABRIEL PERBOYRE  - 11 DE SETEMBRO

HOMILIA - 11.09.23

 

História de São João Gabriel Perboyre

João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty (França), numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai. Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote.

Ingressou na Congregação da missão fundada por São Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, Padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, Padre Luís, foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, chegou em Macau, deixando assim registrado: “Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe”.

Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé. Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado Santo pelo Papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.

São João Gabriel Perboyre, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 10 de setembro de 2023

DIA DE SÃO NICOLAU DE TOLENTINO - 10 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO NICOLAU DE TOLENTINO - 10 DE SETEMBRO

HOMILIA - 10.09.23

 

História de São Nicolau de Tolentino 

O santo de hoje nasceu em Saint'Angfelo in Pontano, na Itália, em 1245, dentro de uma família muito religiosa. Seus pais, não podendo ter filhos e para conseguir do Céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Mira na cidade de Bari. No ano seguinte, nasceu este menino. Em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do Céu, puseram no filho o nome Nicolau.

Com vinte anos, Nicolau ficou impressionado com a pregação de um monge eremita agostiniano. A partir disso, acolheu o desafio da vida monástica como eremita. Ordenado sacerdote, em 1270, foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável, e dispôs pedir que o deixassem ali, mas, ao chegar à capela, ouviu uma voz que lhe dizia: “A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará”. Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.

Ao chegar a Tolentino, deu-se conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o guelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo: “Oportuna e inoportunamente”. E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.

São Nicolau percorria os bairros mais pobres da cidade consolando os aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos. Passava horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.

São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do Purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde então, dedicou-se a oferecer muitas Santas Missas pelo descanso das benditas almas.

Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte foi encontrado seu corpo incorrupto.

São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 09 de setembro de 2023

DIA DE SÃO PEDRO CLAVER - 09 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO PEDRO CLAVER - 09 DE SETEMBRO

HOMILIA - 09.09.23

 

História de São Pedro Claver

O Papa Leão XIII, ao canonizar São Pedro Claver, declarou: “Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo”.

Nasceu em Verdú, na Catalunha (Espanha), em 1580. Desejando os piedosos pais consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro à Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo de Salsona conferiu-lhe a primeira tonsura e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barcelona. Pedro era devotíssimo da Virgem Maria e um profundo adorador de Jesus Eucarístico. Após os estudos, Pedro foi ordenado sacerdote e enviado como missionário à Cartagena, porto da Colômbia, onde viveu seu apostolado entre os escravos por mais de quarenta anos.

Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três portos negreiros da América Espanhola, onde, a cada ano, chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos.

Os escravos trazidos ou “roubados” da África ficavam durante a viagem nos porões escuros do navio, que não tinham condições para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado do que os animais selvagens, e por fim os que não morriam, eram vendidos.

Sem dúvida, o mercado dos escravos foi a página mais vergonhosa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes nem das autoridades.

Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos.

No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testificando este voto, escreveu de próprio punho: “para sempre escravo dos negros”.

Vítima da caridade, acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste.

Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros.

São Pedro Claver, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 08 de setembro de 2023

DIA DA NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - 08 DE SETEMBRO

 

DIA DA NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - 08 DE SETEMBRO

HOMILIA - 08.09.23

 

 

História da Natividade de Nossa Senhora 

Origens

A festa da Natividade de Nossa Senhora originou-se em Jerusalém. A primeira celebração em honra a Nossa Senhora da Natividade foi realizada no século V como festa da Basílica “Sanctae Mariae ubi nata est”, que é conhecida nos dias atuais como Basílica de Santa Ana. No século VII, o nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria já era celebrado pelas igrejas bizantinas e romanas. A celebração foi adicionada ao calendário tridentino como dia 8 de Setembro, data que permanece até os dias atuais.

O milagre da Natividade de Maria

Reza a tradição que Maria nasceu quando seus pais, Joaquim e Ana, já estavam idosos e estéreis, depois de passarem a vida pedindo a Deus a graça de gerar um filho. Porém, Deus tinha um plano maravilhoso para suas vidas. Este, no tempo oportuno, se cumpriu. Assim, depois de sofrerem arduamente a esterilidade sem murmurações e revoltas, eles tiveram a graça de gerar como filha já na velhice, aquela que mais tarde seria a Mãe de Jesus.

O nascimento de Maria

Joaquim e Ana moravam em Jerusalém, vizinhos da piscina de Betesda, onde hoje se encontra a Basílica de Santa Ana. O nascimento se deu num sábado, dia 8 de setembro do ano 20 a.C. A recém-nascida recebeu o nome “Miriam”, que significa "Senhora da Luz" em hebraico. O nome Maria provém da tradução de seu nome original para o latim.

Consagrada a Deus

Uma tradição antiga conta que Maria foi levada ao Templo de Jerusalém quando tinha apenas três anos, e lá permaneceu até os doze anos. À primeira vista, não ocorreu nenhum fato extraordinário relacionado ao nascimento de Maria e os Evangelhos não mencionam nada sobre a Natividade de Maria. Nada sobre profecias, nem aparições angelicais, nem outros sinais extraordinários foram contados pelos evangelistas. Porém, São João Damasceno diz que a natividade de Maria já é considerada um sinal das bênçãos especiais que recaem sobre ela,  nascida de pais idosos e estéreis.

Uma crença errônea desmentida pela Igreja

Tanto no século IV quanto no século XV foi espalhada a ideia de que Maria também veio ao mundo por uma virgem, abençoada pelo Espírito Santo. Esta ideia foi logo desmentida pela Igreja Católica em 1677. A Igreja afirma categoricamente que Maria veio ao mundo de maneira natural, mas foi milagrosamente preservada do pecado original para dar à luz Jesus Cristo. Esta concepção onde não há pecado original é denominada Imaculada Conceição.

As festas da Natividade de Nossa Senhora

A festa Natividade de Maria, também conhecida como nascimento de Nossa Senhora, é celebrada pelas Igrejas Católica e Anglicana no dia 8 de setembro, nove meses depois de sua Imaculada Conceição, festejada no dia 8 de dezembro. A Natividade também é motivo de celebração pelos cristãos sírios no dia 8 de Setembro e pelos cristãos coptas em 1 Bashans (que equivale a 9 de Maio). A Festa de Theotokos, celebrada pela Igreja Ortodoxa, é uma das doze grandes festas do ano litúrgico. Para as igrejas que seguem o calendário juliano, acontece no dia 21 de Setembro; para aquelas que seguem o calendário gregoriano, ocorre no dia 8 de Setembro.

Oração a Nossa Senhora da Natividade

“Oh, Maria Santíssima, eleita e destinada ao eterno pela augustíssima Trindade para mãe do Unigênito Filho do Pai, anunciada pelos profetas, esperada pelos patriarcas e desejada por todas as gentes, sacrário e templo vivo do Espírito Santo, sol sem mancha, porque fostes concebida sem pecado original, Senhora do Céu e da Terra, Rainha dos céus e dos anjos! Nós, humildemente prostrados, vos veneramos e nos alegramos pela solene comemoração anual de vosso felicíssimo nascimento. E do mais íntimo de nosso coração, nós vos suplicamos que vos digneis, benigna, vir a nascer, espiritualmente, em nossas almas, para que, cativadas estas por vossa amabilidade e doçura, vivam sempre unidas ao vosso dulcíssimo e amabilíssimo Coração. Amém!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 07 de setembro de 2023

DIA DE SANTA REGINA - 07 DE SETEMBRO
 

DIA DE SANTA REGINA  - 07 DE SETEMBRO

HOMILIA - 07.09.23

 

 

História de Santa Regina

 

O Dia de Santa Regina celebra-se a 7 de setembro.

Santa Regina foi uma mártir cristã que viveu no século III na França.

Santa Regina foi criada por uma ama cristã de confiança de sua mãe, que morreu ao dar à luz a santa. Crescendo nos caminhos da fé cristã, Regina foi batizada aos 16 anos, fazendo votos de virgindade.

O pai de Regina, que era pagão, ao saber que a filha seguia o Cristianismo contra a sua vontade, colocou a filha fora de casa. Denunciada e chamada à presença do governador do império romano na Gália, Olíbrio, que se apaixonou pela beleza da jovem, Regina teve a coragem de negar os deuses pagãos e todas as promessas de amor do governador.

Presa e entregue às mãos de torturadores, a jovem sofreu muitos martírios. Diversos mistérios se verificaram junto de Regina: desde terremotos a vozes celestiais que se ouviam, ou a uma pomba branca que a tocou e a curou. A jovem acabaria por morrer decapitada, contribuindo para a conversão de muitos pagãos e entrando na história cristã como uma grande mártir, mulher e santa.

O seu culto espalhou-se pela França, Alemanha e Holanda. As suas relíquias foram transladadas por diversas igrejas. Construiu-se uma capela no local da sua sepultura, o que chamou muitos fiéis, e de seguida um mosteiro, com casas à volta. Aos poucos foi-se formando a vila de Sainte-Reine, em França, em honra da santa. Esta é representada com a palma dos mártires, com uma pomba branca, ou com outros elementos relativos ao seu martírio.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 06 de setembro de 2023

DIA DE SÃO LIBERATO DE LORO - 06 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO LIBERATO DE LORO - 06 DE SETEMBRO

HOMILIA - 06.09.23

 

São Liberato de Loro

Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália, no século XIII. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa. Renunciou às terras e ao título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio, em favor de seu irmão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.

Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Ali vestiu o hábito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. Em “Florzinhas de São Francisco” encontramos o seguinte relato sobre ele: “No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, pousando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração. Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento. Chamando-o por seu nome a Virgem Maria respondeu: “Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta vida””. Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.

No século XV o culto a Liberato de Loro era tão vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.

São Liberato de Loro, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 05 de setembro de 2023

DIA DE SANTA TERESA DE CALCUTÁ - 05 DE SETEMBRO
 

DIA DE SANTA TERESA DE CALCUTÁ - 05 DE SETEMBRO

HOMILIA - 05.09.23

 

Santa Teresa de Calcutá

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade, dedicando-se aos pobres e doentes.

Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.

Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.

Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.

Pequena em estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.

“Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.

Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.

“Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.

Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.

“Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.

Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:

“Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.

Partiu para a Casa do Pai em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do Jubileu dos voluntários e operários da misericórdia.

“Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de setembro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 04 de setembro de 2023

DIA DE SÃO MOISÉS - 04 DE SETEMBRO

 

 

DIA DE SÃO MOISÉS - 04 DE SETEMBRO

HOMILIA - 04.09.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MOISÉS

 

O Dia de São Moisés, o Profeta, festeja-se a 4 de setembro.

Apesar de não ter sido oficialmente canonizado, Moisés é considerado santo pela Igreja Católica, sendo um santo patriarca.

Moisés nasceu em Gósen, no Baixo Egito, e morreu no monte Nebo, com 120 anos, tendo vivido algures entre 1200 e 1400 Antes da Era Comum.

Nascimento de Moisés

Como o faraó egípcio tinha mandado matar os recém-nascidos hebreus, Joquebede, a mãe de Moisés, escondeu o seu bebé numa cesta entre os juncos na beira do rio. A filha do faraó, que passeava pelas margens do rio mais as criadas, encontrou a cesta e o bebé. Tocada pela situação, decide adotar a criança. O nome Moisés significa “retirado das águas”.

Vida de Moisés

Moisés foi criado no palácio do faraó. Ao testemunhar a violência de um egípcio mestre de escravos perante um escravo hebreu, ele próprio usou a violência e acabou por matar o egípcio. Quando a notícia chegou ao faraó, este ordenou a morte de Moisés que teve de fugir. No monte Horeb, Moisés encontrou um anjo do Senhor que lhe disse para voltar ao Egito e para ordenar a libertação dos israelitas.

Após as Dez Pragas que assolaram os egípcios, Moisés liderou o Êxodo do povo israelita do Egito, pelo Mar Vermelho (que se abriu perante Moisés e o seu povo e se fechou perante os egípcios), e pelo deserto, durante 40 anos.

As tribos de Israel se instalaram no Monte Sinai, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, as tábuas da Lei de Deus.

Morte de Moisés

Moisés acabaria por morrer aos 120 anos, depois de contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo. Ainda antes de morrer, Moisés, por indicação de Deus, proclamou Josué como seu sucessor, acabando por ser Josué quem consegue levar o povo israelita à Terra Prometida.

Moisés é descrito na Bíblia como «mais humilde do que todos os homens que havia sobre a face da terra”, sendo um profeta único, com o qual Deus comunicava diretamente. Terá sido sepultado por Deus num túmulo desconhecido num vale de Moabe.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 03 de setembro de 2023

DIA DE SÃO GREGÓRIO MAGNO - 03 DE SETEMBRO
 

DIA DE SÃO GREGÓRIO MAGNO - 03 DE SETEMBRO

HOMILIA - 03.09.23

 

São Gregório Magno

Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.

Gregório (cujo nome significa “vigilante”), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido a sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.

São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, ele, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.

Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”

Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, no qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.

São Gregório Magno, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 02 de setembro de 2023

DIA DE SANTA DOROTEIA - 02 DE SETEMBRO
 

DIA DE SANTA DOROTEIA - 02 DE SETEMBRO

HOMILIA - 02.09.2023

 

HISTÓRIA DE SATA DOROTEIA

Nasceu Doroteia em Cesareia da Capadócia, na Ásia Menor, no quarto século da Era Cristã. Seus pais foram martirizados. Vivia a jovem virgem em jejum e oração, atraindo sempre a afeição dos que eram testemunhas de sua humildade, de sua doçura, de sua prudência e de outras virtudes suas. De educação esmerada, aliava à riqueza invejáveis dotes não só sobrenaturais, como também naturais.

O governador Fabrício recebeu ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Uma das primeiras vítimas foi Doroteia. Embora pouco aparecesse em público, era verdadeira apóstola de Cristo, pela atividade que desenvolvia entre os cristãos, animando-os à constância na luta contra os perseguidores. Denunciada, Doroteia foi intimada, perante o governador, a sacrificar aos deuses. O interrogatório não foi longe; Fabrício, convencido de que a jovem não sacrificaria aos deuses, e grandemente irritado com suas respostas, ordenou que fosse estendida no cavalete. “É inútil contemporizar, disse Doroteia, tenho pressa de chegar a Jesus, meu Senhor, que me chamou à sequela de seus santos”. Fabrício então mandou esbofeteá-la; vendo, depois, que ela continuava a manifestar a sua alegria, formulou assim a sentença: “Ordenamos que Doroteia, jovem repleta de orgulho, que recusou sacrificar aos deuses imortais e conservar assim a sua vida, desejosa de morrer por um homem chamado Jesus Cristo, morra à espada”.

Então Doroteia saiu do pretório. Um dos advogados, chamado Teófilo, espírito folgazão, à sua passagem lhe disse: “Doroteia, esposa de Cristo, envia-me do jardim de teu Esposo frutos ou rosas”. Disse-o em tom de brincadeira, mas ela respondeu seriamente: “Crê de todo o coração no Deus por cujo nome sofro tudo isto, e te enviarei o que pedes”. Chegando ao lugar do martírio, pediu aos carrascos uns instantes para rezar, e percebendo na multidão um menino de seis anos, chamou-o, entregou em suas mãos o lenço com que enxugara o rosto, dizendo: “Toma este lenço, vai à casa do governador, pede para falar com Teófilo, o advogado, e lhe entrega da minha parte este lenço, dizendo: ‘Doroteia, a serva do Senhor, te envia frutos do jardim do Cristo, seu Esposo e Filho de Deus, conforme teu pedido’ ”.

O menino entregou-lho justamente na hora em que Doroteia foi decapitada. Teófilo, pegando entre as mãos o lenço, começou logo a dar graças a Deus. Seus companheiros tentaram fazê-lo calar e um foi dar parte ao governador.

Fabrício mandou vir Teófilo à sua presença e o interrogou, lembrando-lhe como perseguira os que professavam esse nome, que ele agora confessava. “É verdade, diz Teófilo, que ofereci sacrifícios aos deuses; mas reconheço agora que são vãs divindades; desprezo-os e creio no Deus vivo; jamais viveram’’. Estendido no cavalete, não proferiu nenhum gemido; condenado à decapitação, foi alegre para o suplício.

O episódio da conversão de Teófilo inspirou os artistas medievais: Doroteia, sentada aos pés da Virgem Maria tendo ao colo o Menino Jesus; Doroteia tem numa mão um feixe de margaridas, na outra uma cesta cheia de flores e frutos. A cabeça está coroada de rosas. Em outras representações, a cesta está nas mãos de um anjo encarregado de levá-la a Teófilo, estando o mensageiro ao lado direito da Santa.

Doroteia é a santa das flores e faz parte daquela florescência de jovens que, com a sua virgindade e com a sua graça, perfumaram o cristianismo primitivo.

Santa Doroteia, rogai por nós!

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 01 de setembro de 2023

DIA DE SANTO EGÍDIO - 01 DE SETEMBRO
 

DIA DE SANTO EGÍDIO - 01 DE SETEMBRO

HOMILIA - 01.09.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EGÍDIO

Padroeiro das pessoas portadores de deficiência, dos mendigos.

Protetor contra convulsões de febre, contra o medo e contra a loucura.

 

Origens

Egídio era grego, nascido em Atenas, Grécia, por volta do ano 650. Filho de família cristã, rica e nobre, sentiu-se chamado à vida de eremita depois que seus pais faleceram. Seu objetivo passou a ser o de viver na pobreza e dedicar-se totalmente a Deus. Por isso, distribuiu todos os seus bens entre os pobres e os doentes e passou a viver afastado da cidade, em grutas e cavernas, dedicando-se à oração, aos jejuns e sacrifícios. Em vida, ele recebeu os dons da sabedoria, da cura e dos milagres.

Primeiro milagre 

Certa vez, andando pela cidade, Egídio encontrou um mendigo na porta de uma igreja. O tal mendigo estava gravemente doente e quase sem roupas. Egídio teve grande compaixão do pobre. Por isso, cobriu-o com seu próprio manto. No mesmo instante, o homem, que já estava agonizando, levantou-se, percebendo que estava completamente curado. Curas como esta se repetiram algumas vezes. Por causa deste fato, Santo Egídio é considerado o protetor dos pobres e mendigos. E, por isso, Egídio passou a ser considerado santo pela população. Por causa disso, porém, ele perdeu a privacidade e a tranquilidade. Então, ele decidiu partir para uma terra onde não fosse conhecido.

 

Tempestade acalmada

Sabe-se que em 683, Egídio foi para a França. A tradição diz que uma tremenda tempestade caiu sobre o navio em que ele viajava. A tempestade estava tão forte que todos tinham perdido a esperança de sobreviver. Então, Santo Egídio, em oração, elevou suas mãos aos céus. As ondas, então, acalmaram-se e tudo terminou em paz. 

 

Vida nova na França

Na França, Santo Egídio passou a viver numa caverna que ficava numa floresta perto de Nimes. A entrada dessa caverna era escondida por um grande espinheiro. Egídio viveu ali na pobreza, alimentando-se de raízes, de ervas e do leite de uma corça que se acostumou com ele. Muitos diziam que o animal tinha sido enviado por Deus.

A Providência o leva ao rei

Certa vez, o rei dos visigodos caçava perto da caverna de Santo Egídio. E aconteceu que um de seus súditos tentou flechar a corça, amiga de Santo Egídio, que se escondera atrás do espinheiro. Egídio foi tentar proteger o animal e acabou levando uma flechada na perna, o que lhe causou um ferimento grave. Quando compreendeu o que tinha acontecido, o rei quis desculpar-se de toda maneira. Por isso, passou a visitar Santo Egídio levando seus médicos até que o santo ficasse completamente curado. Santo Egídio ficou com uma deficiência na perna. Por isso, passou a ser invocado como padroeiro dos deficientes.

 

Os milagres voltam a acontecer 

Depois deste incidente, o rei tornou-se amigo de Santo Egídio continuou a visitá-lo, pois gostava de ouvir suas sábias palavras. E aconteceu que ali, na caverna, o rei presenciou vários prodígios e passou a falar sobre eles na corte. Por isso, a fama de santidade de Egídio se espalhou por toda a região. Inúmeras pessoas passaram a procura-lo na caverna e vários se tornaram discípulos dele.

 

Um mosteiro e uma igreja

Ao ver o povo e os discípulos procurando Santo Egídio, o rei, construiu um mosteiro e uma igreja para que Santo Egídio pudesse atender a todos com mais comodidade. Santo Egídio foi eleito o abade e escreveu uma regra de vida baseada em sua própria experiência de oração, ascese e mística. Anos mais tarde, um povoado nasceu ao redor do Mosteiro. Este povoado transformou-se na cidade de Santo Egídio. Após a morte do santo, o mosteiro foi confiado aos beneditinos.  

Morte 

Santo Egídio faleceu no dia 1º de setembro do ano 720. Logo após sua morte, o povo fez de sua sepultura um ponto de peregrinação. O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.

 

Oração a Santo Egídio

Deus todo-poderoso e bom, de quem tudo provém, infundi em nós a vossa graça para que, a exemplo de Santo Egídio, saibamos amar nossos irmãos de coração aberto e generoso. Nós vos louvamos e vos agradecemos, Senhor Nosso. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 31 de agosto de 2023

DIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO - 31 DE AGOSTO
 

DIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO - 31 DE AGOSTO

HOMILIA - 31.08.23

 

HISTÓRIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO

Padroeiro dos nascituros (bebês que estão para nascer), das gestantes na hora do parto, das Parteiras e dos Obstetras.

Origens

Raimundo nasceu na cidade de Portell, na região da Catalunha, Espanha, no ano 1200. Sua família era nobre, mas não possuía grande fortuna. O nascimento de Raimundo aconteceu de maneira trágica e dolorosa: sua mãe faleceu durante o trabalho de parto, antes que Raimundo nascesse. Por esta razão Raimundo foi chamado de “Nonato”, cujo significado é “não-nascido de mãe viva”, isto é, ele foi retirado do corpo já sem vida de sua mãe.

Infância e juventude

Raimundo tinha inteligência privilegiada. Por isso, cumpriu seus estudos primários com facilidade. Já na adolescência, apresentou vocação para a vida religiosa. Quando seu pai percebeu isso, enviou para cuidar de um pedaço de terra que pertencia à família. A intenção do pai era fazer com que o filho desistisse da ideia de ser religioso. Porém, a atitude do pai levou a história para onde ele menos queria.

Vocação fortificada

Viver na fazenda, no silêncio, na solidão e em contato com a natureza, só fez fortificar ainda mais a vocação de Raimundo. Ele cuidava da fazenda. Porém, nas horas livres, dedicava-se à oração e à contemplação. Nisso, clareou-se em seu coração o chamado para dedicar-se totalmente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Esta Ordem tinha sido fundada pelo futuro Santo chamado Pedro Nolasco. Este, era amigo de Raimundo. A Ordem religiosa tinha uma missão muito especial no tempo de São Raimundo Nonato: libertar os cristãos que tinham sido presos e escravizados pelos muçulmanos (mouros).

Padre e libertador de escravos cristãos

Com muita dificuldade, Raimundo Nonato conseguiu que seu pai autorizasse seu ingresso na vida religiosa. Isto só aconteceu em 1224. Neste ano, ele ingressou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês e recebeu o hábito religioso do fundador e futuro santo Pedro Nolasco. Algum tempo depois veio sua ordenação sacerdotal. Então, sua vocação missionária desabrochou e ele se dedicou a ela com todas as suas forças. Por causa disso ele foi enviado numa missão às térreas da Argélia, extremo norte da África. Lá, ele conseguiu a façanha de libertar cento e cinquenta cristãos que tinham sido feito escravos dos muçulmanos. E ele não só os libertou como conseguiu que eles fossem devolvidos às suas famílias.

Refém dos muçulmanos

Com o objetivo de libertar outros tantos cristãos da escravidão, o Pare Raimundo Nonato se ofereceu para ficar como refém entre os muçulmanos. Passou mais de ano preso sofrendo humilhações e torturas. Mesmo assim, continuou firme no seu trabalho missionário, levando a consolação do Evangelho e o conforto aos cristãos presos que vacilavam na fé e estavam perto de renunciar ao Senhor Jesus. Por causa disso, muitos cristãos permaneceram firmes e até mesmo muçulmanos se converteram ao cristianismo percebendo a força do testemunho de São Raimundo Nonato e dos cristãos que ele conseguia atingir. Por causa disso, porém, as autoridades muçulmanas mandaram que a boca de São Raimundo Nonato fosse perfurada e fechada com cadeados, a fim de que ele não falasse mais de Jesus Cristo. Porém, nem isso deu certo porque, mesmo no silêncio, o testemunho de fé, de confiança, de oração e de paz no sofrimento converteram a outros tantos.

Libertação

São Raimundo Nonato sofreu todas essas torturas por oito meses. Depois foi libertado. Porém, estava com sua saúde abalada. Voltou para a Catalunha em 1239. Por causa de sua fama de santidade e dos feitos realizados entre os muçulmanos, o papa Gregório IX nomeou-o cardeal e o chamou para que se tornasse seu conselheiro em Roma. São Raimundo Nonato tentou se preparar e recuperar sua saúde com o intuito de mudar-se para Roma e servir ao Papa. No ano seguinte e ele partiu em viagem. Porém, não conseguiu terminá-la por causa da saúde fragilizada. Estando perto de Barcelona, numa cidade chamada Cardona, São Raimundo Nonato começou a sofrer uma febre muito forte e veio a falecer. Era o dia 31 de agosto de 1240. Ele tinha, então, somente quarenta anos de idade.

Culto

São Raimundo Nonato foi velado e sepultado em Cardona. Seu túmulo foi transformado num lugar de peregrinação para os cristãos de toda a região, que reconheciam nele a santidade, a coragem e o amor cristão. No local onde ficava seu túmulo foi construída uma igreja que guarda seus restos mortais até hoje. O culto a São Raimundo Nonato espalhou-se pela Espanha inteira e pela Europa. Em 1681 ele foi canonizado. Por causa da extrema dificuldade vivida em seu nascimento, São Raimundo Nonato passou a ser venerado pelos fiéis como Padroeiro dos nascituros, isto é, dos bebês que estão para nascer, das gestantes na hora do parto, das Parteiras e dos Obstetras.

Oração a São Raimundo Nonato

Glorioso São Raimundo, eu vos tomo por meu especial advogado perante Deus, eu vos rogo vossa proteção a fim de que me alcanceis de Deus todas as graças de que necessito, auxílio nas tentações e misericórdia na fragilidade; principalmente a graça de uma boa morte, para convosco ir gozar e louvar a Deus por todos os séculos dos séculos. Suplico-vos também que alcanceis esta graça (diz-se a graça). E se o que peço não for para a maior alegria de Deus e para o meu bem, alcançai-me o que for mais conforme a uma coisa e outra. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 30 de agosto de 2023

DIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO - 30 DE AGOSTO
 

DIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO - 30 DE AGOSTO

HOMILIA - 30.08.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos, no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo nos narram que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano, no ano 303.

A mais conhecida diz que, Felix era um sacerdote e tinha sido condenado à morte pelo imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho se declarou espontaneamente cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Felix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa “aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio”. Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, em Roma, Itália, próximo à basílica de São Paulo fora dos muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica.

O cemitério de Comodila e o túmulo de Felix e Adauto foram reencontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada descobrindo-se um dos mais antigos afrescos cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos santos: Paulo, Estevão, Félix e Adauto.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 29 de agosto de 2023

DIA DO MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA - 29 DE AGOSTO
 

DIA DO MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA - 29 DE AGOSTO

HOMILIA - 29.08.23

 

A vida de São João Batista

“O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”. Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” Lc. 1,37-38.

Com satisfação, lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas:” Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista. De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11, 11- 14)

Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.

São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito:” Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)

São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.

Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe:”Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” ( Mc 6,25)

Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

 São João Batista, rogai por nós!

 

Martírio de São João Batista

 

29-08

A celebração de hoje, que na Igreja latina tem origens antigas (na França no século V, e em Roma no século VI), está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Cristo. Com o nome de paixão ou degolação a festa aparece já na data de 29 de agosto nos Sacramentários romanos, e conforme o Martirológio Romano essa data corresponderia à segunda vez que encontraram a cabeça de são João Batista, transportada para Roma. Deixando de lado estas referências históricas, temos sobre João Batista as narrações dos evangelhos, em parti-cular de Lucas, que nos fala do seu nascimento, da sua vida no deserto, da sua pregação, e de Marcos que nos refere a sua morte.

Pelo evangelho e pela tradição podemos reconstruir a vida do Precursor, cuja palavra de fogo parece na verdade com o espírito de Elias. No ano décimo quinto do imperador Tibério (27-28 a.C.), o Batista, que tinha vida austera, segundo as regras dos nazireus, iniciou sua missão, convidando o povo a preparar os caminhos do Senhor, pois era necessária uma sincera conversão para acolhê-lo, isto é, uma mudança radical das disposições do espírito. Dirigindo-se a todas as classes sociais, despertou o entusiasmo entre o povo e o mau humor entre os fariseus, a assim chamada aristocracia do espírito, cuja hipocrisia ele reprovava. A estas alturas, figura popular, negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, que apontou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Jordão. Sua figura parece ir se desfazendo, à medida que vai surgindo “o mais forte”, Jesus. Todavia, “o maior dentre os profetas” não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para endireitar os sinuosos caminhos do mal. Reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, mas a previsível suscetibilidade deles custou-lhe a dura prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.

Sabemos que fim teve: por ocasião de uma festa celebrada em Maqueronte, a filha de Herodíades, Salomé, tendo dado verdadeiro show de agilidade na dança, entusiasmou a Herodes. Como prêmio pediu, por instigação da mãe, a cabeça de João Batista, fazendo assim calar o “batedor” de Jesus, a voz mais robusta dos arautos da iminente mensagem evangélica. Último profeta e primeiro apóstolo, ele deu a vida pela sua missão, e por isso é venerado na Igreja como mártir.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 28 de agosto de 2023

DIA DE SANTO AGOSTINHO - 28 DE AGOSTO

 

DIA DE SANTO AGOSTINHO - 28 DE AGOSTO

HOMILIA - 28.08.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO

Origens

Seu nome era Aurélio Agostinho. Nasceu em Tagaste, uma cidade do Norte da África dominada pelos romanos, na região onde hoje fica a Argélia, em 13 de novembro do ano 354. Filho primogênito, seu pai, chamado Patrício, era pagão e pequeno proprietário de terras. Sua mãe, pelo contrário, era cristã fervorosa, tanto que se tornou santa, Santa Mônica, celebrada no dia 27 de agosto, um dia antes da festa de Santo Agostinho. Mônica sempre buscou educar o filho na fé cristã. Agostinho, porém, por causa do exemplo do pai, não se importava com a fé.

Infância

Santa Mônica queria que seu filho se tornasse cristão, mas percebia que a hora de Deus ainda não tinha chegado. Tanto que adiou seu batismo, com receio de que ele profanasse o Sacramento. Aos onze anos, Agostinho foi enviado para estudar em Madauro, perto de Tagaste. Lá, estudou literatura latina e algo que o distanciaria da fé cristã: as práticas e crenças do paganismo local e romano.

Juventude conturbada

Com dezessete anos, foi para Cartago estudar retórica. Lá, embora tenha recebido formação cristã de sua mãe, passou a seguir a doutrina maniqueísta (que enxerga o mundo apenas como bem e mau), negada veementemente pelos cristãos. Além disso, tornou-se hedonista, ou seja, seguidor da filosofia que tem o prazer como fim absoluto da vida. Dois anos depois, passou a viver com uma mulher cartaginense, com a qual teve um filho chamado Adeodato. O relacionamento dos dois durou treze anos. Durante todo esse tempo, Santa Mônica rezava pela conversão do filho.

Passando por várias doutrinas

Agostinho tornou-se um professor de retórica reconhecido. Chegou a abrir uma escola em Roma e conseguiu o posto de professor na corte imperial situada em Milão. Decepcionado com as incoerências do maniqueísmo, aproximou-se do ceticismo. Sua mãe mudou-se para Milão e exerceu certa influência sobre seu comportamento. Nesse tempo, também decepcionado com o ceticismo, Agostinho aproximou-se do bispo Ambrósio (Santo Ambrósio de Milão). A princípio, queria apenas ouvir a retórica excelente do bispo. Antes de se converter, Agostinho separou-se de sua companheira após treze anos de relacionamento e ainda envolveu-se com outras mulheres. Depois, porém, foi se convencendo da verdade sobre Jesus Cristo pelas pregações de Santo Ambrósio. Sua mãe, ao mesmo tempo, não cessava de orar por ele.

Conversão

Depois das buscas incessantes pela verdade e de vários casos amorosos, Agostinho finalmente rendeu-se à coerência da mensagem de Jesus Cristo. Encontrou em Jesus o que não encontrara em nenhuma outra filosofia, em nenhum outro mestre. Assim, ele e seu filho Adeodato, então com 15 anos, foram batizados em Milão por Santo Ambrósio, durante uma vigília Pascal. A partir de então, passou a escrever contra o maniqueísmo, que ele conhecia tão bem. Mas depois disso, escreveu obras tão importantes que o tornaram Doutor da Igreja.

Sofrimentos

Agostinho dedicava grande atenção a Adeodato formando-o na fé e nas ciências humanas. De repente, porém, seu filho veio a falecer. Foi um grande choque. Por causa disso, decidiu voltar para Tagaste. No caminho de volta, aconteceu que sua mãe também faleceu. Agostinho menciona em suas “Confissões” a maravilha e o alimento espiritual que eram os diálogos que ele tinha com sua mãe, Santa Mônica, sobre a pessoa de Jesus Cristo e a beleza da fé cristã. Esses diálogos foram decisivos para sua formação. E agora, com a morte da mãe, muita falta ele sentiu dessas conversas restauradoras.

De volta à terra Natal

Depois de sepultar sua mãe continuou decidido sua volta para a terra natal. Ele chegou a Tagaste no ano 288. Lá, optou pela vida religiosa. Junto com alguns amigos de fé, deu início a uma comunidade monástica cujas regras foram escritas por ele mesmo. Deste embrião nasceram várias ordens e congregações religiosas masculinas e femininas, todas seguindo as regras e a inspiração “Agostiniana”.

Não se coloca uma lâmpada debaixo da mesa

O bispo de Hipona, percebendo a forte inspiração que Deus colocara na alma de Agostinho, convidou-o para ir junto nas missões e pregações. O bispo, já idoso e enfraquecido, vendo confirmada a sabedoria de Agostinho, ordenou-o como sacerdote, o que foi aceito com grande alegria pelos fiéis. E, depois, em 397, logo após a morte do bispo, o povo, em uma só voz, aclamou Santo Agostinho como bispo de Hipona. Ele ocupou o cargo durante 34 anos, derramando toda sua sabedoria nas pregações, nos livros, na caridade para com os pobres, na espiritualidade profunda. Combateu heresias, tornou-se uma dos mais importantes teólogos e filósofos da Igreja, influenciando pensadores até o presente. Foi aclamado Doutor da Igreja e um dos “Padres da Igreja” por causa de seu ministério iluminador. Entre os livros de maior destaque em suas obras, estão “Confissões” e “Cidade de Deus”, livros autobiográficos que se tornaram best-sellers ao longo de vários séculos e até hoje.

Morte

Santo Agostinho faleceu feliz pela força da Igreja de Hipona, mas, ao mesmo tempo, triste, por causa da invasão bárbara em Hipona, motivo de grandes perseguições contra os fiéis. Sua morte ocorreu em 28 de agosto do ano 430. Mais tarde, em 725, seus restos mortais foram exumados e trasladados para a cidade de Pávia, na Itália, onde são venerados na igreja de São Pedro do Céu de Ouro. A igreja fica perto do local onde ocorreu sua conversão.

Oração a Santo Agostinho

“Gloriosíssimo Pai Santo Agostinho, que por divina providência fostes chamado das trevas da gentilidade e dos caminhos do erro e da culpa a admirável luz do Evangelho e aos retíssimos caminhos da graça e da justificação para ser ante os homens vaso de predileção divina e brilhar em dias calamitosos para a Igreja, como estrela da manhã entre as trevas da noite: alcançai-nos do Deus de toda consolação e misericórdia o sermos chamados e predestinados, como Vós o fostes, a vida da graça e a graça da eterna vida, onde juntamente convosco cantemos as misericórdias do Senhor e gozemos a sorte dos eleitos pelos séculos dos séculos. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 27 de agosto de 2023

DIA DE SANTA MÔNICA - 27 DE AGOSTO
 

DIA DE SANTA MÔNICA - 27 DE AGOSTO

HOMILIA - 27.08.23

 

História de Santa Mônica

 

Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã, que a entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.

Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.

Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.

Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.

Santa Mônica, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 26 de agosto de 2023

DIA DE SÃO ZEFERINO - 26 DE AGOSTO

DIA DE SÃO ZEFERINO - 26 DE AGOSTO

HOMILIA - 26.08.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO ZEFERINO

 

Dia de São Zeferino é celebrado em 26 de agosto.

Esta data litúrgica celebra a figura do primeiro papa da Igreja Católica do século III, Zeferino.

Pouco se sabe sobre a vida de Zeferino, porém é conhecida a dificuldade que teve que enfrentar durante o seu papado, pois naquela época a igreja cristã e judaica continuava a sofrer muitas perseguições.

Papa Zeferino era humilde, mas bastante visionário. Foi capaz de executar muitos trabalhos em prol da Igreja durante o seu papado. Também foi de Zeferino o projeto de criação das conhecidas catacumbas de Calisto, em Roma, local este onde foi sepultado após a sua morte. São Zeferino foi martirizado e morreu em 20 de dezembro de 217.

Tradicionalmente, a festa a São Zeferino é celebrada em 26 de agosto, no entanto, desde a década de 70 também é comum ser homenageado em 20 de agosto.

Oração a São Zeferino

"Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Zeferino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Amém. São Zeferino, rogai por nós."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 25 de agosto de 2023

DIA DE SÃO JOSÉ DE CALASANZ - 25 DE AGOSTO

DIA DE SÃO JOSÉ DE CALAZANS - 25 DE AGOSTO

HOMILIA - 25.08.23

 

História de São José de Calasanz

José de Calasanz nasceu num castelo de Peralta de La Sal, em Aragão, na Espanha, em 31 de julho de 1558. De uma família nobre e muito religiosa, ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. Desde cedo, mostrou sua vocação religiosa, mesmo contrariando seu pai, que o queria na carreira militar. José tanto insistiu que foi enviado para estudar teologia na Universidade de Valência, para concluir seu propósito de servir a Deus. Ao terminar os estudos, aplicou-se nos exercícios de piedade e práticas de penitência a fim para manter-se longe das tentações e no seguimento de Cristo.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. Mas seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Assim, dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé.

Em 1592, José de Calasanz encontrou o caminho para a sua vocação: a educação e formação de jovens pobres e abandonados. Inicialmente, como membro da Confraria da Doutrina Cristã, atuando junto aos jovens pobres da paróquia de Santa Doroteia, onde era vigário cooperador. Em 1597, fundou a primeira escola gratuita para crianças pobres, seguindo entusiasmado pelo grande número de voluntários que se agregavam à obra. Assim, em 1621 fundou a Congregação dos Clérigos Pobres Regulares da Mãe de Deus das Pias Escolas, clérigos regulares que têm um quarto voto: o comprometimento com a instrução dos jovens.

O grande reconhecimento das escolas pias de Roma fez com que se espalhassem por toda a Itália, alcançando a Espanha, Alemanha, Polônia e Morávia. Mas, apesar do incontestável sucesso da nova Ordem, nos últimos anos de sua vida José teve de passar por uma terrível provação. Caluniado perante o Santo Ofício, foi julgado, deposto do cargo e a nova Congregação ficou sem aprovação.

Entretanto José, humildemente, aceitou tudo sem revoltar-se. Morreu no dia 25 de agosto de 1648, aos noventa anos de idade, animando os seus sacerdotes para não desistirem da Ordem. Somente oito anos depois de sua morte o papa Alexandre VI reconheceu que ele era inocente e aprovou as regras da Ordem. Como o fundador previra, ela ressurgiu mais vigorosa do que antes.

A ele foram atribuídas muitas intercessões em milagres e graças, sendo canonizado em 1767. O culto a São José deCalasanz ocorre no dia de sua morte. Desde 1948, ele é celebrado em todo o mundo cristão como Padroeiro das Escolas Populares, conforme foi proclamado pelo papa Pio XII.


Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 24 de agosto de 2023

DIA DE SÃO BARTOLOMEU - 24 DE AGOSTO

 

DIA DE SÃO BARTOLOMEU - 24 DE AGOSTO

HOMILIA - 24.08.23

 

História de São Bartolomeu

São Bartolomeu, também chamado de Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus Cristo, junto com Pedro, seu irmão André, Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu, Filipe, Tomé, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu e Judas Iscariotes, o traidor de Jesus.

São Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia distante 14 quilômetros de Nazaré. Filho do agricultor Tholomai era também conhecido como Natanael. É citado na Bíblia tanto como Bartolomeu, tanto como Natanael. Segundo os historiadores se trata de uma só pessoa.

São Bartolomeu era um cético e às vezes irônico com os assuntos de Deus. O momento em que Bartolomeu descobre Jesus é relatado no Evangelho de São João:

"Jesus que estava em Betânia, nas margens do rio Jordão, foi batizado por João. “No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galileia”. Encontrou Filipe e disse: “Siga-me”. Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro. Filipe se encontrou com Natanael e disse: ”Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas: é Jesus de Nazaré, o filho de José”. Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Venha, e você verá” (João 1, 43-44-45-46).

Jesus viu Natanael, aproximou-se dele e comentou:

“Eis aí um israelita verdadeiro, sem falsidade”. Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe chamasse você eu o vi quando você estava debaixo da figueira”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu é o rei de Israel!” Jesus disse: “Você está acreditando só porque eu lhe disse: “Vi você em baixo da figueira” No entanto, você verá coisas maiores do que essas”. E Jesus continuou: “Eu lhes garanto, vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (João 1, 47-48-49-50-51).

São Bartolomeu teve o privilégio de estar na companhia de Jesus durante sua missão na terra. Ouviu seus ensinamentos, presenciou milagres e recebeu diversas missões, entre elas: “Então Jesus chamou os seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidades” (Mateus 10, 1).

São Bartolomeu viu Cristo ressuscitado e sua ascensão ao céu. Pregou o Evangelho em diversas regiões. Esteve na Índia, no Irã, na Síria e na Armênia.

Uma antiga tradição armênia afirma que o apóstolo foi para a Índia e lá pregou a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, sua esposa e muitos outros homens.

Esteve em mais de doze cidades. Essas convenções, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais. No ano de 51, foi perseguido por aqueles que não aceitavam a Boa-Nova de Cristo, São Bartolomeu foi esfolado vivo e em seguida decapitado. A data comemorativa de São Bartolomeu é 24 de agosto.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 23 de agosto de 2023

DIA DE SANTA ROSA DE LIMA - 23 DE AGOSTO

DIA DE SANTA ROSA DE LIMA - 23 DE AGOSTO

HOMILIA - 23.08.23

 

História de Santa Rosa de Lima

Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.

Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.

A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: “O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto”.

Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: “Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco”.

Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.

Santa Rosa de Lima, rogai por nós!

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 22 de agosto de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA RAINHA - 22 DE AGOSTO

DIA DE NOSSA SENHORA RAINHA - 22 DE AGOSTO

HOMILIA - 22.08.23

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA RAINHA 

A festividade de hoje, paralela à de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana do mês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos, ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu (11 de outubro de 1954): Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico.

O latim regina, como rex, deriva de regere, isto é reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria a função de dominadora, ela que se proclamou a serva do Senhor e passou toda a sua vida no mais humilde escondimento. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Onze, após a Ascensão, recolhida com eles em oração; mas não é ela que dá ordens, e sim Pedro. E todavia precisamente naquela circunstância ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia.

Todos os cristãos veem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua corredenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha. Por isso, a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com o reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o duplo diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 21 de agosto de 2023

DIA E SÃO PIO X - 21 DE AGOSTO

DIA DE SÃO PIO X - 21 DE AGOSTO

HOMILIA - 21.08.23

 

História de São Pio X

 

Celebramos, hoje, um Papa que mereceu ser reconhecido por Santo, embora na humildade típica das almas abençoadas, José Sarto respondia àqueles que o chamavam de santo: “Não Santo, mas Sarto”.

Nascido em 1835 ao norte da Itália e de família muito simples e religiosa, o pequeno José, com muito esforço e sacrifício conseguiu – com o apoio dos pais – estudar e entrar para o Seminário. Com sua permanente autodefinição: “um pobre vigário da roça”, José Sarto percorreu com simplicidade o caminho que o Espírito Santo traçou da responsabilidade de vigário de uma pequena aldeia até o Papado.

Tomando o nome de Pio X, chamava a atenção pela modéstia e pobreza que o possibilitava à vivência da sua ideia-força: “Restaurar todas as coisas em Cristo”. São Pio X foi Papa de 1903 a 1914. Ocupado com a pastoral, São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças, sendo que no campo doutrinal rebateu por amor à Verdade o relativismo moderno.

Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu com 79 anos, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato, tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.

São Pio X, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 20 de agosto de 2023

DIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 20 DE AGOSTO

 

DIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 20 DE AGOSTO

HOMILIA - 20.08.23

 

História de São Bernardo de Claraval

 

Com muita alegria celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo.


Nascido no Castelo de Fontaine, perto de Dijon, França, em 1090, pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge da Ordem de Cister.

São Bernardo é considerado pela família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram. Homem de oração destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

Aconteceu que São Bernardo, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.

Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”. Pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.

São Bernardo rogai por nós!


Oração de São Bernardo à Virgem Maria

   Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido a vossa proteção, implorando o vosso auxílio, e reclamando o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, ó Virgem das virgens, como à Mãe recorro e de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas dignai-vos de as ouvir propícia e me alcançar o que vos rogo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

 

Oração a São Bernardo Claraval

 

   Meu santo Abade de Claraval, São Bernardo, fervoroso servo de Maria, a igreja o honra e o invoca universalmente como padroeiro das causas mais difíceis visto dirigir a Maria todo o seu fervor. Assim peço que com Maria venha pedir por mim a Jesus. Eu estou sozinho e desamparado. Faça uso, eu imploro, do seu especial privilégio que Maria deu a vós para trazer um beneficio visível e rápido a esse seu servo desesperado. Venha assistir a este servo que está em grande dificuldade e grande necessidade de consolo e ajuda e atribulado e com sofrimentos.
Assim me consiga a graça (diga aqui o seu pedido) e ainda a graça da salvação da minha alma.
E que isto possa agradar a Deus, a vós, seu eleito para sempre. Eu prometo amado São Bernardo sempre honrar-vos com fervor e, como meu especial padroeiro, encorajar a devoção a vós. Amem.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 19 de agosto de 2023

DIA DE SÃO JOÃO EUDES - 19 DE AGOSTO
 

DIA DE SÃO JOÃO EUDES - 19 DE AGOSTO

HOMILIA - 19.08.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO EUDES 

O Santo deste dia foi definido por São Pio X como “autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos Sagrados Corações de Jesus e Maria”. São João Eudes nasceu na Normandia, França, em 1601, num tempo em que o século XVII estava sendo marcado pelo jansenismo, quietismo e filosofismo.

Ao viver numa família religiosa, João estranhou quando externando seu desejo de consagrar-se a Deus encontrou barreiras com o seu pai, que não foram maiores do que o chamado do Senhor, por isto com 24 anos estava sendo ordenado Sacerdote. Homem de Deus, soube colher e promover os frutos do Espírito para a época, tanto assim que foi importantíssimo para a renovação e formação do Clero, evangelização das massas rurais e difusão da espiritualidade centrada nos Corações de Jesus e de Maria, a qual venceu com o amor afetivo de Deus as friezas e tentações da época.

São João Eudes, com suas inúmeras missões e escritos, influenciou fortemente todo o seu país e o mundo cristão. Depois de fundar a Congregação de Jesus e Maria (Eudistas), ao lado do ramo feminino chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, São João Eudes entrou no Céu em 1680 e foi canonizado em 1925.

São João Eudes, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 18 de agosto de 2023

DIA DE SANTA HELENA - 18 DE AGOSTO
 

DIA DE SANTA HELENA - 18 DE AGOSTO

HOMILIA - 18.08.23

  

 

HISTÓRIA DE SANTA HELENA

Nascida no ano de 255 em Bitínia, Ásia Menor, de família plebeia, no tempo da juventude trabalhava numa pensão, até conhecer e casar-se com o oficial do exército romano, chamado Constâncio Cloro.

Fruto do casamento de Helena foi Constantino, o futuro Imperador, o qual se tornou-seu consolo quando Constâncio Cloro deixou-a para casar-se com a princesa Teodora e governar o Império Romano. Diante do falecimento do esposo, o filho, que avançava na carreira militar, substituiu o pai na função imperial, e, devido a vitória alcançada nas portas de Roma, tornou-se Imperador.

Aconteceu que Helena converteu-se ao Cristianismo, ou ainda tenha sido convertida pelo filho, que decidiu seguir Jesus e proclamar, em 313, o Édito de Milão, o qual deu liberdade à religião cristã, isto depois de vencer uma terrível batalha a partir de uma visão da Cruz. Certeza é que no Império Romano a fervorosa e religiosa Santa Helena foi quem encontrou a Cruz de Jesus e ajudou a Igreja de Cristo, a qual, saindo das catacumbas, pôde evangelizar e, com o auxílio de Santa Helena, construir basílicas nos lugares santos.

Faleceu, em 327 ou 328, em Nicomédia, pouco depois de sua visita à Terra Santa. Os seus restos foram transportados para Roma, onde se vê ainda agora, no Vaticano, o sarcófago de pórfiro que os inclui.

Santa Helena, rogai por nós!

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 17 de agosto de 2023

DIA DE SÃO JACINTO - 17 DE AGOSTO
 

DIA DE SÃO JACINTO - 17 DE AGOSTO

HOMILIA - 17.08.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JACINTO 

O Dia de São Jacinto é celebrado em 17 de agosto.

Pouco se sabe sobre a história deste santo, pois os relatos sobre sua vida somente começaram a ser documentados a partir do século XVI, quando foi canonizado.

São Jacinto nasceu em 1185, na cidade de Cracóvia, na Polônia. Vindo de uma família religiosa, Jacinto (que originalmente se chama Jacó ou Jacek, em polonês), pertenceu à Ordem dos Dominicanos, local onde conheceu São Domingos de Gusmão, e ganhou a denominação de Frei Jacinto.

Ver também: Dia de São Domingos de Gusmão.

De acordo com as raras informações sobre este santo, ele teria pertencido a uma cruzada que pregava contra os Prussianos, por volta de 1238. São Jacinto morreu em 15 de agosto de 1257.

Atualmente, Jacinto é considerado o apóstolo da Polônia. Foi canonizado em 1594, pelo Papa Clemente VIII.

Oração de São Jacinto

"Concedei-nos, Senhor, a proteção para nossos dias, e dai-nos o fervor apostólico como o de Vosso servo, São Jacinto, introdutor da Ordem Dominicana na Polônia. Amém."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 16 de agosto de 2023

DIA DE SANTO ESTÊVÃO DA HUNGRIA - 16 DE AGOSTO

DIA DE SANTO ESTÊVÃO DA HUNGRIA - 16 DE AGOSTO

HOMILIA - 16.08.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ESTÊVÃO DA HUNGRIA

Santo Estêvão nasceu no que hoje é a Hungria, no final do século X, sendo filho do príncipe Geza e da rainha Sarolta. Quando nasceu, recebeu o nome Vajk e, ao ser batizado, foi nomeado Estêvão, o que aconteceu depois que a família real húngara abraçou o cristianismo por sobrevivência política.

Estêvão, quando jovem, aprendeu latim das mãos de Santo Adalberto e recebeu educação cristã. Casou-se com a Beata Gisela da Baviera, irmã do imperador do Sacro Império Romano Germânico, Santo Henrique II. Quando seu pai morreu, sucedeu-o no trono e se tornou rei.

O povo estava acostumado a adorar vários deuses, mas isso não o desanimou em seu trabalho de evangelização e foi obtendo conversões com a dedicação ao seu povo e o exemplo de vida

Estêvão recorreu ao Papa Silvestre II para que o Ocidente reconhecesse seu reino e o Pontífice enviou Santo Anastácio, discípulo de Santo Adalberto, para que o coroasse. Do mesmo modo, organizou a vida política e religiosa da nação, construiu igrejas e mosteiros.

Entre seus colaboradores próximos estavam os monges beneditinos, ordem da qual procederam os primeiros bispos do novo reino como Santo Anastácio, São Beszteréd, São Gerardo Sagredo, o Beato Sebastião de Esztergom, entre outros.

Santo Estêvão e seu filho, Santo Américo, defenderam seu povo do ataque das tropas de Conrado II, que tentava submeter o reino. Um ano mais tarde, seu filho morreu.

Com a ajuda de Deus, conseguiu que muitos se convertessem. Partiu para a Casa do Pai em 15 de agosto de 1038 e foi sepultado na Basílica Székesfehérvár, que ele mesmo tinha mandado construir e que chegou a ser uma das maiores basílicas da Europa.

O santo rei da Hungria foi canonizado pelo Papa São Gregório VII em 1083 e sua festa é celebrada no dia 16 de agosto. Santo Estêvão também é reconhecido como santo pelos ortodoxos.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 15 de agosto de 2023

DIA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA E DE SÃO TARCÍSIO - 15 DE AGOSTO
 
 
 
DIA DA SSSUNÇÃO DE NOSS SENHORA - 15 DE AGOSTO

 

Dia da Assunção de Nossa Senhora é comemorado anualmente em 15 de agosto. Esta data católica celebra a assunção da Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, aos céus.

Segundo a crença, Maria de Nazaré, que esteve presente na vida, perseguição e morte de Jesus, também participou da sua glória por ser erguida em reconhecimento ao mérito de Mãe do filho de Deus.

assunção de nossa senhora

 

História da Nossa Senhora da Assunção

A Assunção de Nossa Senhora é entendida como a glorificação antecipada de Maria para participar da glória de seu filho Jesus, sendo elevada ao céu de corpo e alma por graça e privilégio.

De acordo com a Tradição Oral da Igreja Católica, Maria teria adormecido em 15 de agosto de 43 d.C, e acordado quando já estava sendo levada para o céu pelos anjos de Deus. Por isso, alguns tratados utilizam a expressão "dormição de Maria".

A Assunção de Maria ao Céu é vista como a antecipação da ressurreição dos cristãos e foi proclamada dogma de fé pelo Papa Pio XII em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus.

Na solenidade realizada em 1º de novembro de 1950, o líder da Igreja Católica declarou: “Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma dignamente revelado, que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminando o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

 
 
DIA DE SÃO TARCÍSIO - 15 DE AGOSTO

 

 

Dia de São Tarcísio

Dia de São Tarcísio é comemorado anualmente em 15 de agosto.

Esta data é celebrada pela comunidade cristã católica, que homenageia o Santo considerado padroeiro dos coroinhas e acólitos – auxiliares dos padres, bispos ou diáconos.

História de São Tarcísio

De acordo com os relatos católicos, Tarcísio era um jovem de 12 anos, acólito do Papa Xisto II e que teria sacrificado a sua vida para cumprir uma santa missão: entregar hóstias sagradas aos cristãos presos.

Naquela época, os cristãos romanos sofriam perseguição do imperador Valeriano, sendo capturados, martirizados e presos enquanto esperavam a hora da morte.

Os cristãos desejavam muito receber o “Corpo de Cristo” enquanto passavam por toda essa tortura, mas eram proibidos pelos guardas de fazer qualquer pratica cristã na prisão.

Tarcísio teria convencido o Papa Xisto II que ele seria capaz de levar as hóstias aos prisioneiros.

No entanto, enquanto se dirigia à prisão, foi interceptado por um grupo de crianças que, descobrindo ser ele portador de um objeto cristão, espancaram-no até a morte.

Tarcísio, mesmo apanhando e sofrendo com as dores, não largou o “Corpo de Cristo” em nenhum momento.

Seu corpo foi recolhido por um soldado romano que era simpatizante dos cristãos, que o levou até às catacumbas para ser sepultado, e finalizou a missão do jovem levando as hóstias aos cristãos presos.

Oração de São Tarcísio

“São Tarcísio, nosso padroeiro! Ajudai-nos a consagrar nossa vida a Deus. Ensinai-nos a servir Cristo e ao próximo, com firmeza, alegria, fé e dedicação. Pede por nós, ó São Tarcísio! Concede-nos saúde, vontade de viver e coragem para perseverar. Dá-nos disposição de viver como amigos e irmãos. São Tarcísio, coroinha-mártir, desperta em nós um grande amor a Cristo na Eucaristia. Fortalece nossa união e inspira nossos serviços à comunidade”.

Atualmente, o corpo de São Tarcísio está na Basílica de São Silvestre, em Roma.

 

HOMILIA - 15.08.23

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 14 de agosto de 2023

DIA DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 14 DE AGOSTO
 

DIA DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 14 DE AGOSTO

HOMILIA - 14.08.23

 

São Maximiliano Maria Kolbe

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:

“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”. Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um Padre Católico”.

A 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 13 de agosto de 2023

DIA DE SÃO PONCIANO E SANTO HIPÓLITO E DE SANTA DULCE DOS POBRES - 13 DE AGOSTO

DIA DE SÃO PONCIANO E SANTO HIPÓLITO - 13 DE AGOSTO

HOMILIA - 13.08.23

 

Santos Ponciano e Hipólito, papa e presbítero, mártires

Ponciano, da antiga e nobre família dos Calpurni, foi eleito papa em 230, durante o império do manso e sábio Alexandre Severo, cuja tolerância a respeito de religião permitiu à Igreja reorganizar-se. Mas precisamente nesta trégua de paz foi que aconteceu na Igreja de Roma a primeira funesta cisão que contrapôs ao legítimo pontífice um antipapa, na pessoa de Hipólito, restituído por um provencial martírio à unidade e à santidade. Hipólito, sacerdote culto e austero, pouco inclinado ao perdão e temeroso que em toda reforma houvesse erro, chegou a acusar de heresia o próprio pontífice são Zeferino e o diácono Calisto, e quando este último foi eleito papa em 217, rebelou-se.

Manteve-se no cisma também durante o pontificado de santo Urbano II e de são Ponciano. Enquanto isso o imperador Alexandre Severo era assassinado por seus legionários na Alemanha e lhe sucedia Maximiano, que foi desenterrar os antigos editos de perseguição referentes aos cristãos. Encontrando-se diante de uma Igreja com dois chefes, sem titubear mandou ambos para os trabalhos forçados numa mina da Sardenha. Ponciano foi o primeiro papa a ser deportado. Era fato novo que se verificava na Igreja e Ponciano soube resolvê-lo com sabedoria e humildade: para que os cristãos não ficassem privados do seu pastor, renunciou ao pontificado.

Para lhe suceder veio o grego Antero, que governou a Igreja por quarenta dias apenas. O gesto generoso de Ponciano deve ter comovido o intransigente Hipólito, que morreu de fato reconciliado com a Igreja em 235. Segundo uma epígrafe ditada pelo papa Dâmaso, Hipólito, embora obstinado no cisma por mal-entendido zelo, na hora da prova, “no tempo em que a espada cortava as vísceras da santa Mãe Igreja, fiel a Cristo, ele caminhou para o reino dos santos”. Aos sequazes, que lhe perguntavam qual o pastor que deviam seguir, indicou o legítimo papa como o único guia e “por essa profissão de fé mereceu ser nosso mártir”. Por outro lado, recentes estudos nos levariam a distinguir três personagens distintas: um Hipólito, bispo e escritor, um Hipólito, mártir romano, e um terceiro, autor de ensaios filosóficos, que pode ser identificado com o antipapa em oposição a Calisto e a Ponciano. Os corpos dos dois mártires, transportados com grande honra, foram sepultados em Roma: Hipólito na via Tiburtina e Ponciano nas catacumbas de são Calisto.

 

Irmã Dulce dos Pobres 

 

Irmã Dulce
 

Irmã Dulce nasceu no dia 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, na Bahia. Foi a segunda filha de Augusto Lopes Pontes, dentista e professor universitário de Odontologia, e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Maria Rita foi uma menina alegre, gostava de bonecas, de empinar pipa e de futebol. Torcia pelo Esporte Clube Ypiranga, time dos trabalhadores e dos pobres.

Em 1921, com apenas 7 anos, Maria Rita perdeu a mãe, que só tinha 26. Em 1922, juntamente com os irmãos Augusto e Dulcinha, recebeu pela primeira vez o Sacramento da Eucaristia, na paróquia de Santo Antônio.

A vocação da Irmã Dulce

Sua vocação para trabalhar com pessoas pobres e carentes vem de berço, pelo exemplo do pai. Ela e sua irmã Dulcinha seguiram este exemplo. Assim, com apenas 13 anos de idade ela começa a acolher os doentes e mendigos, transformando sua casa num verdadeiro posto de atendimento, tanto que a casa passou a ser conhecida como A Portaria de São Francisco. Foi quando ela começou a manifestar a vontade de entrar para a vida religiosa.

Maria Rita estudou e se formou professora em 1933. Nesse ano ela entrou na Congregação das Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, com sede em São Cristóvão, no Estado de Sergipe. Passado um ano, no dia 15 de agosto do ano de 1934, com apenas 20 anos, fez os votos perpétuos e recebeu o nome que a marcou para sempre, Irmã Dulce, uma homenagem feita à querida mãe.

Missão

Sua primeira missão como religiosa foi a de ser professora num colégio da congregação, na capital baiana. Mas ela queria mesmo era trabalhar com os mais pobres. Por isso, em 1935, Irmã Dulce começou a trabalhar com os pobres de Alagados, uma comunidade paupérrima que vivia em palafitas, em Itapagipe, um bairro da cidade. Em seguida ela começa a dar assistência aos operários do bairro, criando e organizando um posto médico. Ela funda, em 1936, a União Operária São Francisco, a primeira organização de operários da igreja católica do Estado. Daí nasceu o Círculo Operário da Bahia, fundado pela Irmã Dulce e pelo Frei Hildebrando Kruthaup, em 1936. O grupo se mantinha com doações e com a verba arrecadada dos cinemas Roma, Plataforma e São Caetano. No mês de maio de 1939, ela inaugurou um Colégio que chamou de Santo Antônio, um colégio feito para os operários e seus filhos.

Socorro aos doentes

Nesse mesmo ano, vendo o sofrimento de vários doentes que não tinham onde se abrigar, Irmã Dulce invadiu cinco casas situadas na Ilha chamada dos Ratos. Lá, ela abrigava os doentes recolhidos na rua. Logo, porém, foi expulsa da invasão. Então, ela perambulou com esses doentes por locais diferentes e distantes de tudo, até que no ano de 1949, ela recebeu autorização para ocupar um galinheiro contíguo ao convento, abrigando 70 doentes. Por esse gesto, ela ficou conhecida pelos baianos como a freira que construiu o maior hospital do Estado da Bahia a partir de um pequeno galinheiro.

Expansão e Reconhecimento

Em 1959 foi criada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce. Em 1960 ela inaugura o Albergue Santo Antônio. Os baianos, os brasileiros de outros estados e até personalidades de outros países deram força para que Irmã Dulce construísse suas obras. Em julho de 1980, Irmã Dulce foi incentivada pelo Papa João Paulo II para dar continuidade aos seus trabalhos. Em 1988 ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Segundo encontro de Irmã Dulce com o Papa

No dia 20 de outubro de 1991, ela se encontrou novamente com o Papa João Paulo II, em sua segunda visita ao Brasil. O Papa quebrou os protocolos e foi visitar irmã Dulce no Convento Santo Antônio. Ela estava acamada, bastante doente.

Devoção a Irmã Dulce

Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. Nos últimos 30 anos de sua vida, ela tinha 70% da capacidade respiratória comprometida. Os baianos choraram na despedida do Anjo Bom da Bahia, como ela era conhecida. Seu velório aconteceu na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Uma multidão incontável compareceu à sua despedida.

Todos choravam e queriam prestar sua última homenagem àquela que dera sua vida pelos doentes e pelos mais pobres. Quando ainda em vida, Irmã Dulce já era chamada de santa por causa da evidente santidade de sua vida. A Igreja também reconheceu a santidade de Irmã Dulce declarando-a beata no dia 22 de março de 2011. A declaração foi oficializada pelo Papa Bento XVI. A festa de Irmã Dulce dos pobres é celebrada no dia 13 de agosto.

Oração a Irmã Dulce

Senhor Nosso Deus, recordando a vossa Serva Dulce Lopes Pontes, ardente de amor por vós e pelos irmãos, nós vos agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos. Renovai-nos na fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com simplicidade e humildade, guiados pela doçura do Espírito de Cristo, Bendito nos séculos dos séculos. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 12 de agosto de 2023

DIA DE SANTA HILÁRIA DE AUGSBURGO - 12 DE AGOSTO

DIA DE SANTA HILÁRIA D AUGSBURGO - 12 DE AGOSTO

HOMILIA - 12.08.23

 

HISTÓRIA DE SANTA HILÁRIA DE AUGSBURGO

O Dia de Santa Hilária celebra-se a 12 de agosto.

Santa Hilária foi uma mártir cristã. Era mãe de Santa Afra. Ambas as cortesãs eram pagãs, mas se converteram ao cristianismo, depois de receberem a visita do bispo Narciso e do seu diácono Félix. Elas foram batizadas na mesma altura, juntamente com as suas criadas.

Afra foi presa e condenada à fogueira em Augsburgo, na Baviera, Alemanha, no ano de 304, durante a perseguição de Diocleciano. Sua mãe enterrou o corpo da filha, assim como o corpo das servas Degna, Eumenia e Euprepia.

Santa Hilária recusava-se a deixar o túmulo de sua filha Afra, onde permanecia em oração. Um dia, em 304, enquanto estava a rezar na campa da filha, foi apanhada por pagãos que a prenderam a uma coluna e a queimaram viva.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 11 de agosto de 2023

DIA DE SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO

DIA DE SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO

HOMILIA - 11.08.23

 

 

História de Santa Clara de Assis

Batizada pelo nome de Chiara d’Offreducci, na cidade italiana de Assis, Clara nascera aos 16 de Julho de 1194. Segundo o que diz a tradição, sua mãe teria lhe dado este nome devido a uma inspiração que teve, ela acreditava que sua filha viria para iluminar o mundo.

Clara pertencia a uma família nobre e era muito bela. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres. Ao se deparar com a decisão de São Francisco de Assis em viver uma vida austera e de completa pobreza, Clara foi tomada por uma irresistível decisão de segui-lo na vida religiosa. Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal. No dia 18 de março de 1212, aos dezoito anos de idade, Clara fugiu de casa, decidindo-se radicalmente pela vida religiosa. Apresentou-se, então, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, onde se encontrou com São Francisco e seus frades. Ele, então, cortou seus cabelos e pediu que vestisse um hábito de lã e pronunciasse os votos de pobreza, castidade e obediência. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideias franciscanos em sua vida.

Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Inês, juntou-se a ela. Algum tempo depois Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente elas seriam chamadas “Damianitas”, e depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.

A decisão de Clara foi tamanha que sua mãe e mais uma de suas irmãs, Beatriz, foram também viver ao seu lado, abandonando seus palácios e suas riquezas.

Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Dois anos depois, em 1226, Francisco viria a morrer, e depois disso Clara viveria ainda 27 anos, continuando a vida que havia aprendido com ele.

No dia 11 de Agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu do Papa Inocêncio IV a bula de aprovação canônica da ordem das irmãs Clarissas. Dois anos após a sua morte foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 10 de agosto de 2023

DIA DE SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR - 10 DE AGOSTO

DIA DE SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR - 10 DE AGOSTO

HOMILIA - 10.08.23

 

São Lourenço

Festejamos, neste dia, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?”. E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos… todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”.

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.

A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

São Lourenço, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 09 de agosto de 2023

DIA DE SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ - 09 DE AGOSTO

DIA DE SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ - 09 DE AGOSTO

HOMILIA - 09.08.23

 

  

Santa Teresa Benedita da Cruz 

A santa de hoje também é conhecida pelo nome de Santa Edith Stein. Beatificada em 1 de Maio de 1987, acabou sendo canonizada 11 anos depois, em 11 de Outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II.

Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de Outubro de 1891, no dia em que a família festejava o “Dia da Expiação”, a grande festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção por esta filha. O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: “Com plena consciência e por livre eleição”, ela afirma mais tarde. Edith dedica-se então a uma vida de estudos na Universidade de Breslau tendo como meta a Filosofia. Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca deste casal, ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Em janeiro de 1922, Stein é batizada e, no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano, é crismada pelo Bispo de Espira. Em 1932, foi atribuída a ela uma cátedra numa instituição católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Em 1933, a noite fecha-se sobre a Alemanha.

Edith Stein tem que deixar a docência, e ela própria declarou nesta altura: “Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo”. E no dia 14 de outubro desse mesmo ano, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua. Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Neste período do regime nazista, os bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália a este comunicado, a Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã. Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork. No dia 7 de agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 9 de agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás e depois tem seu corpo queimado. Assim, através do martírio, Santa Teresa Benedita da Cruz recebe a coroa da glória eterna no Céu.

Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 08 de agosto de 2023

DIA DE SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO - 08 DE AGOSTO

DIA DE SÃO DOMINOS DE GUSMÃO - 08 DE AGOSTO

HOMILIA - 08.08.23

 

 

São Domingos de Gusmão

Neste dia lembramos aquele que, ao lado de São Francisco de Assis, marcou o século XIII com sua santidade vivida na mendicância e no total abandono em Deus e desapego material.

São Domingos nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges. Interessante é que antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos.

Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia.

No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul da França com suas heresias. Desta forma, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São Domingos de Gusmão, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora.

São Domingos de Gusmão entrou no Céu com 51 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234.

São Domingos de Gusmão, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 07 de agosto de 2023

DIA DE SÃO CAETANO DE THIENE - 07 DE AGOSTO

DIA DE SÃO CAETANO DE THIENE - 07 E AGOSTO

HOMILIA - 07.08.23

 

São Caetano de Thiene

São Caetano de Thiene ficou conhecido por abrir asilos para os idosos, e hospitais para os enfermos, principalmente os que não tinham mais cura ou se encontravam desenganados.

Caetano teve sua formação em direito na cidade de Pádua onde se formou com 24 anos de idade,  porém sua vida mudaria bastante ao trabalhar como secretário particular do Papa Júlio II.

Durante seu período com o Papa Júlio II, São Caetano de Thiene fez contato com inúmeros cardeais famosos, aprendendo muito sobre eles, devido a sua grande humildade preferia observar antes de reprovar o mal alheio.

São Caetano participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que buscava se manter sempre na prática das Sagradas Escrituras. Então aos trinta e seis anos de idade foi ordenado sacerdote, e celebrou sua primeira missa na Basílica de Santa maria de Maior.

Em 1523 fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero. A nova congregação começou somente com quatro pessoas, depois passou para doze e esse número aumentou em pouco tempo. São de vida ativa, vivendo em obediência, sob uma regra de vida comum.

Morreu aos sessenta e seis anos de idade em Nápoles, no ano de 1547.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 06 de agosto de 2023

DIA DE SÃO JUSTO E SÃO PASTOR E DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS CRISTO - 06.DE AGOSTO

DIA DE SÃO JUSTO E SÃO PASTOR

DIA DA TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS CRISTO


HOMILIA - 06.08.23

 

 

SÃO JUSTO E SÃO PASTOR

Com alegria, toda a Igreja festeja neste dia, a Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual se encontra testemunhada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Neste fato bíblico, nós nos deparamos com o segredo da santidade para todos os tempos: “Este é o meu Filho bem-amado, aquele que me aprouve escolher. Ouvi-o!” (Mc 9,7)

Sem dúvida, os santos que estamos lembrando hoje, somente estão no Eterno Tabor, por terem vivido esta ordem do Pai. Conta-se que eram jovens cristãos e estavam na escola, quando souberam que o perseguidor e governador Daciano acabara de entrar na cidade. Sendo assim, os santos Justo e Pastor, fugiram, mas foram pegos e entregues por pagãos ao grande perseguidor dos cristãos.

Diante do governador que estava sobre o seu cavalo, os corajosos discípulos de Cristo não recuaram diante das ameaças, tanto assim que, frente à possibilidade do martírio, a resposta de São Justo e Pastor foi um canto de felicidade. O governador, ridicularizado pela fé que transfigurava aqueles jovens, mandou que lhes cortassem as cabeças, isto ocorreu em Alcalá de Henares, em Castela, no ano de 304.

 

A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

 

A Transfiguração de Jesus é um dos milagres que se encontram nos Evangelhos. É um dos cinco marcos da vida de Cristo, a par do Batismo, da Crucificação, da Ressurreição e da Ascensão.

Neste milagre, ocorreu a transfiguração de Jesus no topo da montanha Tabor, na Galileia, revelando-se um casamento entre a natureza humana e a divina, sendo Jesus a ponte entre os dois mundos.

Acompanhado de Pedro, Tiago e João, aos quais se juntaram Moisés e Elias, Jesus ouve uma voz no céu que diz “Filho” e as suas roupas brilham, tornando-se extraordinariamente radiante.

Segundo as Escrituras, uma nuvem surgiu e encobriu os apóstolos de sombra, ouvindo-se as palavras: "Este é o meu Filho, o Escolhido; a Ele dai toda atenção!". O milagre reforçou a identificação de Jesus como o Messias e preparou os apóstolos para o que se seguiria.

festa da Transfiguração do Senhor é celebrada desde o século V no Oriente e desde 1457 no Ocidente. O seu significado prende-se na preparação dos cristãos para a permanência na fé, que rasga a escuridão da morte com a sua resplandecência.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 05 de agosto de 2023

DIA DE SANTO APOLINÁRIO - 05 DE AGOSTO

DIA DE SANTO APOLINÁRIO - 05 DE AGOSTO

HOMILIA - 05.08.23

 

SANTO DO DIA 05 DE AGOSTO: SANTO APOLINÁRIO  

 

Hoje é um dia em que comemoramos a dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, na cidade de Roma, mas também nos lembramos com alegria para a santidade deste que foi o mais antigo Bispo de Ravena e que é santo do dia 05 de agosto, Santo Apolinário.

Santo Apolinário nasceu em uma família pagã no século I d.C. Ele foi convertido por Deus em Roma por meio da pregação do apóstolo São Pedro, a ponto de ter se tornado exemplo de testemunho de fé e entrar na lista de santos católicos.

Durante o tempo em que viveu Apolinário, o paganismo e o sincretismo estavam espalhados, dominando a todo o Império. Desta forma, todo e qualquer evangelizador cristão corria muitos riscos de vida. Ainda assim, o santo do dia de hoje, Santo Apolinário, abraçou sua missão que lhe foi indicando a evangelização do norte da Itália.

 

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 04 de agosto de 2023

DIA DO PADRE - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY - 04 DE AGOSTO

DIA DO PADRE - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

HOMILIA - 04.08.2

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO MARIA VIANEY

 

Dia do Padre é comemorado anualmente em 4 de agosto no Brasil.

O padre é um dos membros do clero da Igreja Católica, um sacerdote consagrado por um bispo cuja missão é evangelizar, celebrar a Eucaristia (missa), ouvir confissões, ministrar o batismo, o sacramento da cura, abençoar os fiéis, etc..

Historicamente, a figura do padre é de grande importância, pois era uma pessoa de muita influência junto à comunidade.

Dia do Padre

Um sacerdote deve estudar muitos anos até receber a ordenação. Os padres católicos podem pertencer a uma ordem religiosa, como os franciscanos, vicentinos, jesuítas e um sem número de outras. Essas possuem um "carisma" próprio, seja ele educacional ou de cuidado aos doentes, e vivem sob a supervisão de um superior.

Já os padres diocesanos estão ligados diretamente ao bispo de sua diocese e tem como missão cuidar dos seus paroquianos.

Na Igreja Católica, a figura do padre é considerada semelhante a de um "pai" (padre), que intercede por seus "filhos" (fiéis) em nome de Deus e Jesus Cristo.

Ver também: Dia do Papa.

Mensagem para o Dia do Padre

  • Quem acha que ser padre é para qualquer um, está muito enganado! Os padres são pessoas com personalidade e espírito especial, capazes de abdicar de todas as tentações mundanas para viver uma vida de comprometimento com sua fé. Agradeço muito a sua dedicação e paixão pelo que faz! Feliz Dia do Padre!
  • Padre, foi Deus quem te fez para o mundo, para a nossa igreja, para nós. Tu és amigo, irmão... pastor. Tua vida é exercício de amor. É doação silenciosa. É testemunho eloquente. É vocação vivida todos os dias. Somos felizes por sua existência!
  • O teu jeito de viver é edificante, fala mais que muitas palavras, porque expressa através das obras. Viver assim faz a maior diferença! Que bom que tu existes! Deus seja louvado!

Origem do Dia do Padre

O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, comemorada desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou padroeiro dos padres e das demais pessoas que servem aos ensinamentos de Deus.

João Maria Vianney nasceu na França, em 1786, e foi considerado um dos mais notáveis conselheiros do mundo católico em sua época. O Papa Pio XI o canonizou em 1925.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 03 de agosto de 2023

DIA DE SANTA LÍDIA - 03 DE AGOSTO

DIA DE SANTA LÍDIA - 03 DE AGOSTO

HOMILIA - 03.08.23

 

 

HISÓRIA DE SANTA LÍDIA

Padroeira dos tintureiros e comerciantes. Primeira mulher a se fazer cristã na Europa e uma das primeiras aclamadas santas e veneradas desde o início do cristianismo. Filha espiritual de São Paulo e seus companheiros Lucas, Timóteo e Silas.

Origens

O que se sabe sobre Santa Lídia está escrito no livro dos Atos dos Apóstolos 16, 14-40. Pela descrição de São Lucas, que a conheceu pessoalmente, Lídia era uma mulher rica, influente, líder e empreendedora. Ela era comerciante de púrpura nascida Em Tiatira, Grécia, e estabelecida em Filipos, colônia romana, também na Grécia. O comércio de púrpura era dos mais caros e promissores da época. As roupas na cor púrpura eram usadas somente por reis, rainhas e pessoas da nobreza. A cor púrpura era tirada de um molusco nativo do Mar Mediterrâneo, abundante na região da Fenícia, chamado Mmurici.

Conversão e liderança de uma mulher

Santa Lídia tinha algumas características incomuns para a época: era empresária, dona do próprio comércio e chefe de família. É o que lemos em At 16, 14 e 15. O versículo 15 diz que depois de ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo. ela quis ser batizada juntamente e levou junto toda a sua família. Este fato mostra a liderança que ela tinha sobre os seus, fato notável numa sociedade tão machista quanto a que ela vivia. E, pelo que lemos nos Atos dos Apóstolos, a influência e a posição social de Santa Lídia ajudaram decisivamente a São Paulo e seus companheiros na missão em Filipos.

Busca da verdade

O texto de São Lucas diz que Santa Lídia era prosélita, isto é, ela era de origem pagã (não judaica) e que tinha se convertido ao judaísmo. O fato mostra que Santa Lídia já vinha de uma caminhada de busca da verdade. Abandonou as crenças politeístas gregas e abraçou o monoteísmo pregado pelo judaísmo. Porém, ao ouvir São Paulo, reconheceu prontamente a verdade e abraçou-a. Em seguida, tornou-se evangelizadora, anunciando a Boa Nova para a sua família e ajudando na missão de São Paulo e seus companheiros.

Primeira igreja da Europa

São Paulo e seus companheiros pensavam em ficar em Filipos apenas alguns dias e partir em missão. Porém, Santa Lídia insistiu: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar. (At 16, 15) Então, os Apóstolos mudaram seus planos e ficaram. Em Filipos, São Paulo sofreu várias perseguições. Ele e seus amigos foram presos e soltos milagrosamente por um terremoto. Depois disso, voltaram para a casa de Santa Lídia onde confortaram os irmãos na fé – vários que tinham ouvido Paulo e se fizeram batizar, formando a a comunidade cristã de Filipos, para a qual, mais tarde, São Paulo escreveu sua “Carta aos Filipenses”. A casa de Santa Lídia transformou-se na primeira Igreja da Europa, como vemos em At 15, 14.

Missionária

Santa Lídia influenciou não apenas sua família como também outras mulheres e pessoas de todos os tipos com quem lidava em seu comércio de púrpura. Por isso, ela também foi missionária, mostrando através de seu testemunho, a verdade sobre Jesus Cristo. Ela é uma das grandes responsáveis pela sustentação da Comunidade Cristã de Filipos. Santa Lídia e São Paulo tiveram um profundo laço de amizade cristã, admirado por todos.

Culto

O culto a Santa Lídia faz parte da Tradição cristã desde os tempos mais antigos. Seu nome aparece nas inscrições nas catacumbas. No Livro dos Atos dos Apóstolos seu nome é mencionado duas vezes. Por causa de sua profissão Santa Lídia passou a ser invocada como Padroeira dos Tintureiros e dos comerciantes, sendo comemorada no dia 3 de agosto.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 02 de agosto de 2023

DIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD - 02 DE AGOSTO

DIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD - 02 DE AGOSTO

HOMILIA - 02.08.2023

 

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PEDRO JULIÃO

Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.

Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.

Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.

Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.

Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.

Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.

Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1o. de agosto de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 01 de agosto de 2023

DIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - 01 DE AGOSTO

DIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - 01 DE AGOSTO

HOMILIA - 01.08.2023

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO

Origens

Nascido em 27 de setembro de 1696, na vila de Marianela, na cidade de Nápoles, Itália, Afonso de Ligório era filho de família cristã, nobre e rica. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para ele estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepara-lo nos estudos e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Com apenas dezesseis anos já era advogado, tendo conseguido o doutorado em direito civil e eclesiástico.

O exercício do direito em favor dos pobres

O brilhante e jovem advogado Afonso de Ligório começou a exercer sua profissão no fórum de Nápoles. Ao mesmo tempo, cultivava uma intensa vida espiritual. Por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, ele decidiu nunca advogar em favor da corte. Fora a corte, atendia a todos com a mesma atenção e empenho. Mas fazia questão de dar o primeiro lugar de seus atendimentos aos pobres, àqueles que não teriam como pagar os honorários de um advogado.

Uma decepção muda sua vida

Após dez anos de trabalho intenso, Afonso de Ligório tornou-se um advogado de sucesso, famoso em toda a Itália. Porém, a política lhe reservava uma triste surpresa. Por casa da influência de alguns poderosos, ele perdeu uma causa importante, injustamente. A perda dessa causa teve uma enorme repercussão, prejudicando uma faixa social menos favorecida. Isso fez com ele tivesse uma grande desilusão. Ele já vinha refletindo e escrevendo sobre a corrupção moral de sua época. Assim, depois desse fato, ele abandonou tudo e decidiu entrar para a vida religiosa.

O advogado se torna padre

O pai de Santo Afonso, a princípio, não queria que ele seguisse a vida religiosa. Porém, quando percebeu a alegria do filho ao renunciar aos títulos de nobreza e à herança, aceitou e viu que esta era sua vocação. Afonso estudou teologia e foi ordenado padre aos trinta anos, no ano 1726. Na ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de sua Mãe. A partir daí, todos os seus talentos e inteligência foram colocados a serviço do Evangelho. Logo destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se um grande pregador, mesclando a ciência da oratória com o poder de Deus. Suas palavras reconciliavam inimigos, orientavam os desnorteados, consolavam os aflitos e curava corações.

Funda a Congregação dos Redentoristas

Santo Afonso tinha um poderoso lema de vida, tirado do Evangelho de São Lucas: "Deus me enviou para evangelizar os pobres." Para melhor viver e aplicar este lema, ele fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, que ficou conhecida em todo o mundo o mundo como a Congregação dos Padres Redentoristas. A missão dos Redentoristas é exclusivamente a da pregação aos pobres, procurando regiões de população menosprezada, levando missões e retiros espirituais. O próprio Santo Afonso foi missionário no sul da Itália, reunindo multidões, pregando a Palavra de Deus, ensinando tudo sobre a devoção a Maria. Além disso, ele mesclava sua atividade missionária com a de escritor. Escreveu livros importantes de conteúdo ascético e teológico. Por causa de sua obra falada e escrita, muitas conversões aconteceram.

Sagrado bispo

No ano de 1762, o Papa convidou Santo Afonso para ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos.  Ele aceitou e foi bispo dessa diocese durante treze anos. A final desse tempo, ele se retirou para um convento dos Redentoristas, impossibilitado de continuar à frente da diocese por causa de uma artrite degenerativa deformante. Mas, no convento, ele não ficou parado. Já quase cego, e paralítico, ele completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração".

Falecimento

Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e veio a falecer com noventa e um anos. Era o dia 1º de agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália. Foi Canonizado no ano 1839. Alguns anos mais tarde, em 1871, foi declarado doutor da Igreja. Em 1950, o papa Pio XII declarou-o Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral.

Oração a Santo Afonso

“Senhor, concedei-me pelos méritos de Santo Afonso Maria de Ligório, o dom do verdadeiro amor fraternal. Com Vossa Graça, ajudai-me, pois não quero mais julgar, condenar, desprezar, excluir. Que eu tenha humildade para aceitar os meus defeitos e procurar melhorá-los. Amém. Maria, Espelho da Justiça, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 31 de julho de 2023

DIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 31 DE JULHO

DIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA - 31 DE JULHO

 

HOMILIA - 31.07.2023

 

 

HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Origens

Seu nome de batismo era Iñigo Lopez de Loyola. Nasceu em 1491, numa família rica, nobre e cristã, na cidade de Azpeitia, pertencente à província basca de Guipuzcoa, Espanha. Era o caçula de treze irmãos. Sua educação foi toda voltada para fazer dele um aristocrata. Por isso, ele cresceu no meio do luxo da corte. Era praticante de esportes, dedicando-se mais aos equestres. 

Poder e esportes

No ano 1506, sua família Lopez de Loyola prestava serviço ao tesoureiro do reino de Castela chamado João Velásquez de Cuellar, de quem Iñigo era parente. Um ano depois, Iñigo foi feito cortesão e pagem no grande castelo desse tesoureiro. Lá, estudou e adquiriu grande cultura. Tornou-se excelente cavaleiro e passou a apreciar as aventuras militares. Por seu temperamento, valorizava mais o orgulho que os prazeres da luxúria. 

Militar

Dez anos mais, em 1517, aos 26 anos, Iñigo abraçou a carreira militar. Como tal, foi prestar seus serviços a outro parente muito importante: conhecido como duque de Najera. Este era nada menos que o vice-rei de Navarra. Iñigo defendeu seu parente real em inúmeras batalhas, tanto militares quanto diplomáticas. 

Uma bala de canhão muda sua história

Aconteceu, porém, que no dia 20 de maio de 1521, a bala de um canhão mudou sua história. Esta causou-lhe um grave ferimento na tíbia da perna esquerda, quando ele lutava defendendo a cidade de Pamplona. Por causa desse ferimento, Iñigo teve que ficar um longo tempo em recuperação. Nesse período, por acaso, deixou de ler romances de guerra e infantaria e começou a ler livros sobre a vida de vários santos e sobre a Paixão de Cristo. E assim, a graça de Deus o tocou. Incentivado e poiado por irmã de sangue que cuidava dele, Iñigo abandonou de vez os livros que antes amava e passou a ler apenas e tão somente livros religiosos. Uma vez curado, decidiu trocar a vida militar pela dedicação a Deus.

Uma espada ficou pendurada

Um gesto marcou a decisão de Iñigo. Ele foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat e, lá, deixou sua espada pendurada no altar. Tendo feito isso, deu as costas ao mundo, à corte e às aparências. De 1522 a 1523, retirou-se passando a vier numa caverna em Manresa. Vivia vida de eremita e mendigava para sobreviver. Passou esse tempo em penitência e solidão. Passou por sérias necessidades. Por outro lado, esse período foi bastante fértil. Durante esse tempo ele preparou toda a base de sua obra mais importante: o livro intitulado "Exercícios espirituais". Do campo de batalhas Iñigo assumiu a grande batalha espiritual, indo, depois, estudar filosofia e teologia nas cidades de Paris e Veneza.

Nasce a Companhia de Jesus

Em Paris, Iñigo conheceu seis amigos. Juntos, eles fundaram a Companhia de Jesus em 15 de agosto de 1534. Entre esses amigos estava São Francisco Xavier, um dos maiores missionários da Ordem, grande evangelizador da Ásia e do Japão. Este grupo de irmãos na fé só receberam a ordenação sacerdotal em 1537, ao concluírem os estudos. Na ordenação, Iñigo assumiu o nome de Inácio. Depois de três anos, o papa Paulo III deu aprovação oficial à nova Ordem. Inácio de Loyola foi eleito para assumir o posto de superior-geral. 

Missionário enviando missionários

Santo Inácio de Loyola formou e enviou missionários jesuítas a várias partes do mundo. Eles tinham a missão de implantarem a fé cristã, especialmente entre povos nativos pagãos das terras mais longínquas das Américas e da Ásia. Seus missionários jesuítas levaram o Evangelho de Jesus Cristo de maneira heroica e poderosa aos lugares mais improváveis e desconhecidos. Muitos morreram martirizados por causa da fé em Cristo, deixando maravilhosos testemunhos de coragem, fé e amor a Deus.

Morte

Por outro lado, desde que Santo Inácio assumiu o cargo de superior geral da Ordem, sua saúde só piorou. Muito debilitado, ele veio a falecer em 31 de julho de 1556, em Roma. Tinha, então, 65 anos. Sua canonização foi celebrada pelo papa Gregório XV no ano 1622. Em 1922 o Papa Pio XI o declarou Padroeiro dos Retiros Espirituais. Santo Inácio de Loyola contribuiu enormemente para a Igreja e para a humanidade. Sua busca interior trouxe revelações e afirmações que vem se confirmando sempre atuais. Ele tocou no cerne da pessoa humana.

Oração “Alma de Cristo”

Composta por Santo Inácio de Loyola

“Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que vos louve com os vossos Santos,
por todos os séculos.
Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 30 de julho de 2023

DIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO - 30 DE JULHO

DIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO - 30 DE JULHO

 

HOMILIA - 30.07.2023

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PEDRO CRISÓLOGO

 

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.

Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela Imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 29 de julho de 2023

DIA DE SANTA MARTA - 29 DE JULHO

DIA DE SANTA MARTA - 29 DE JULHO

 HOMILIA - 29.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARTA

Origens

Marta é contemporânea de Jesus. Ela é mencionada treze vezes nos Evangelhos. Era irmã de Lázaro, grande amigo de Jesus e de Maria, aquela que se sentava aos pés do Mestre para ouvi-lo. A família de Marta vivia no vilarejo de Betânia, a três quilômetros de Jerusalém. A casa e Marta era um verdadeiro local de descanso para Jesus e seus discípulos. Convivendo com o Mestre, ouvindo-o e servindo-o, Marta conheceu o Reino dos céus. Ela presenciou a ressurreição de seu irmão Lázaro, operada por Jesus, quatro dias após sua morte.

Repreendida carinhosamente por Jesus

Certa vez Jesus se hospedou na casa de Marta, em Betânia. Para agradar e bem receber Jesus e seus discípulos, Marta mergulhou nos afazeres domésticos, sem perceber, talvez, que Jesus gostaria de ter sua presença, ao lado da irmã Maria, como ouvinte atenta e carinhosa, da mensagem do Reino dos Céus. Tal comportamento lhe rendeu uma repreensão carinhosa de Jesus, que, afinal, tornou-se grande ensinamento para todos nós: o de que as coisas espirituais, a palavra do Senhor, são mais importantes que as materiais. Vejamos na passagem abaixo:

“Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”. (Lucas 10, 38-42)

Padroeira

Apesar da chamada de atenção recebida de Jesus, o serviço que Marta prestava era importante e necessário. E jesus, em momento algum, questiona tal importância. Ele quer apenas colocar as coisas nos seus devidos lugares e valores. Assim, pela preocupação de Santa Marta com a alimentação, a acolhida e o bem estar de Jesus e de seus discípulos, Santa Marta se tornou a Padroeira dos anfitriões, hoteleiros, nutricionistas, cozinheiros e nutrólogos.

Coragem de expressar seus sentimentos a Jesus

No episódio da doença, morte e ressurreição de Lázaro, seu irmão, Marta sofre. Ela manda chamar Jesus e Jesus aparentemente não atende. Seu irmão morre e é sepultado. Fica quatro dias no túmulo e, só então, Jesus chega. Marta corre até ele, ajoelha-se aos pés do Mestre e diz: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Jo 11,21 . Este desabafo mostra a confiança e a intimidade que marta tinha com o Senhor. E a frase que ela diz em seguida, mostra toda a sua fé incondicional em Jesus: “Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". Trata-se de uma das passagens mais emocionantes do Novo Testamento em que, no final, Jesus ressuscita Lázaro e muitos passam a crer nele.

A confissão de Marta

Em todo o episódio da ressurreição de Lázaro, marta tem a oportunidade de fazer uma bela profissão de fé em Jesus. O capítulo 11 do Evangelho de São João conta essa história em detalhes. Destacamos aqui a confissão de Marta. Ela afirma que Jesus é o Cristo, o Enviado de Deus, que devia vir ao mundo:

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu Marta: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo. João 11, 25-27.

Culto a Santa Marta 

Os primeiros a realizarem uma festa dentro da liturgia da Igreja dedicada a santa Marta foram os franciscanos, no ano 1262. Para tal celebração, escolheram o dia 29 de julho. A festa se difundiu e os cristãos passaram a celebrar Santa Marta já como Padroeira dos Anfitriões, Hospedeiros, Cozinheiros, Nutricionistas e Nutrólogos. Mais tarde a Igreja confirmou oficialmente a celebração na mesma data.

Oração a Santa Marta

“Santa Marta, santa minha, acolhe-me a vossa proteção, pois entrego-me ao vosso amparo, e em prova de meu afeto por Vós, ofereço esta luz, que acenderei todas terças-feiras durante esta novena.

Pela felicidade que tiveste em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do Mundo, consolai-me nas minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Todo Poderoso, nas dificuldades de nossa vida.

Suplico-vos que tenhais misericórdia infinita para comigo, concedendo-me a graça que hoje vos peço de todo coração. (Faz-se o pedido). Rogo-vos que me façais vencer os obstáculos da vida, como vós vencestes o dragão que tendes debaixo de vossos pés. Amém Jesus.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 28 de julho de 2023

DIA DE SANTO INOCÊNCIO I - 28 DE JULHO

DIA DE SANTO INOCÊNCIO I - 28 DE JULHO

HOMILIA - 28.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO INOCÊNCIO I

Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito Papa no ano 401 e governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo.

A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu Bispo, São João Crisóstomo, e assim viver em paz.

Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do Papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.

O Papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início.

Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo.

Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo Papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.

Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disso, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos sacramentos da penitência, da unção dos enfermos, do batismo e do casamento.

Durante o seu pontificado difundia-se a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos concílios regionais de Melevi e de Cartago, convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.

O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 27 de julho de 2023

DIA DE SÃO PANTALEÃO - 27 DE JULHO

DIA DE SÃO PANTALEÃO - 27 DE JULHO

HOMILIA - 27.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PANTALEÃO

São Pantaleão era medico e viveu em uma época que não era permitida professar a fé em Cristo Jesus

Segundo a tradição da Igreja e de acordo com manuscritos guardados no Museu Britânico em Londres, São Pantaleão viveu em uma época que o culto pagão era fortemente disseminado e se declarar cristão era sentença de morte. Morreu no início do século IV, justamente por não aceitar negar Cristo.

 

Curiosidades sobre a vida de São Pantaleão:

 

• Nasceu na cidade de Nicomédia, atual Ízmit na Turquia, no ano de 275;

• Os pais de Pantaleão eram cristãos e a mãe o encaminhou na fé;

• O pai o iniciou nos estudos de retórica, filosofia e medicina.

• Teve um amigo de nome Hermolau que lhe falou sobre a grandeza de Cristo Jesus;

• Certo dia, se deparou com uma criança morta por uma víbora (cobra) e decidiu comprovar se Cristo era de fato tudo que o amigo lhe tinha dito. Diante da ordem para que a criança se levantasse e a cobra sofresse o próprio mal que fizera à criança, o menino ressuscitou e a cobra morreu;

• Foi diante do fato citado acima que Pantaleão se converteu e assumiu a fé católica;

• Era medico e em nome de Jesus curou a muitos. O que gerou inveja e revolta em seus colegas de profissão que o acusaram de ser cristão diante das autoridades da época;

• O imperador Diocleciano de Nicomédia, desejou salvar Pantaleão da morte em segredo, pedindo-lhe que renunciasse a fé em Cristo Jesus;

• Ele se negou renunciar a fé e na presença do imperador curou um paralitico para mostrar o poder de Cristo Jesus;

• Foi amarrado em uma árvore seca e degolado com apenas 29 anos;

• Assim que o santo morreu, a árvore floresceu imediatamente;

• No Museu Britânico em Londres, guarda manuscritos do século IV em que São Pantaleão é citado. Tais manuscritos são considerados a única fonte que temos desse santo;

• São Panteleão é considerado padroeiro dos medicos, parteiras e doenças da cabeça;

 

Oração a São Pantaleão:

 

“Deus Pai de amor e bondade, pedimos pela intercessão de São Pantaleão, cristão e mártir que nos ajude a renunciar o caminho do mal e aderir ao chamado do Deus Altíssimo para escolher acima de tudo as coisas do alto. Rogamos para que a mesma ousadia que moveu São Pantaleão, nos impulsione a buscar sempre o bem ao próximo.” Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 26 de julho de 2023

DIA DE SÃO JOAQUIM E DE SANTA ANA - 26 DE JULHO
 

DIA SÃO JOAQUIM E SANTA ANA - 26 DE JULHO

HOMILIA - 26.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOAQUIM E SANTA ANA

Com alegria, celebramos, hoje, a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Santa Ana, ou Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida desses que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Santa Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Santa Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Santa Ana já eram de idade avançada quando receberam essa graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.

A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

O Dia Mundial dos Avós é celebrado em 26 de julho em homenagem à Santa Ana e São Joaquim. A data recorda a canonização de ambos os santos em 1584 pelo Papa Gregório VII.

 

São Joaquim e Santa Ana, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 25 de julho de 2023

DIA DE SÃO TIAGO MAIOR E DE SÃO CRISTÓVÃO - 25 DE JULHO

25 DE JULHO

 DIA DE SÃO TIAGO MAIOR

E DE SÃO CRISTÓVÃO

HOMILIA - 25.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO TIAGO MAIOR

Um dos doze Apóstolos de Jesus, São Tiago é conhecido como Tiago Maior, para diferenciá-lo de Tiago Menor, que era de Nazaré e primo de Jesus. Ele é conhecido também como: São Tiago Apóstolo, Santiago e Santiago de Compostela.

É padroeiro dos cavaleiros, peregrinos, farmacêuticos, veterinários, dos químicos. É também padroeiro da Espanha, Guatemala, Chile e Nicarágua.

Origens

São Tiago era irmão de São João Evangelista, o mais novo dos discípulos de Jesus. Era filho de Zebedeu e Salomé. Nascido em Betsaida, às margens do Mar da Galiléia. Tal como Pedro e André, vinha de uma família de pescadores. Zebedeu, Tiago e seu irmão João eram sócios de Pedro e André no trabalho da pesca. São Tiago foi um dos primeiros discípulos chamados por Jesus e fazia parte dos principais, dos mais íntimos, ao lado de Pedro e João. Nos momentos mais importantes da missão de Jesus, como a Transfiguração, a ressurreição da filha de Jairo, a Santa Ceia entre outros, esses três estavam sempre presentes.

Filho do trovão

São Tiago e seu irmão João foram apelidados por Jesus de “Filhos do Trovão”, como vemos no Evangelho de Marcos 3, 17. Isto aconteceu porque quando Jesus e uma grande comitiva de discípulos se preparavam para atravessar Samaria, os samaritanos recusaram-se a recebe-los. Tiago e João perguntaram a Jesus se poderiam mandar cair fogo do céu sobre os rebeldes. Mas Jesus os repreendeu dizendo que “Não veio para perder, mas para salvar as pessoas”.

Faz um pedido precipitado ao Senhor

O Evangelista Mateus narra uma passagem curiosa. Quando Jesus estava caminhando para seus últimos dias em Jerusalém, Salomé, mãe de Tiago e João, foi até Jesus com os dois filhos, ajoelhou-se e pediu ao Senhor que, quando viesse em sua glória, colocasse um de seus filhos à sua direita e o outro à esquerda. Jesus respondeu que os dois irmãos beberiam o mesmo cálice de sofrimento que Ele (Jesus) beberia. Porém, quanto a estar à direita ou à esquerda, somente o Pai é quem sabe e determina. Os outros discípulos ficaram indignados com o pedido. Jesus, então, deu-lhes uma lição de humildade dizendo que, no Reino dos Céus, o maior é aquele que se coloca a serviço de todos.

São Tiago na Espanha – Santiago de Compostela

São Tiago é o padroeiro da Espanha. Isto se deve a uma tradição que vem desde os primórdios do cristianismo. Conta-se que, logo após receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, São Tiago teria ido para a Espanha anunciar o Evangelho. Depois de ter passados por vários lugares na Península Ibérica, inclusive Portugal, sem obter muito sucesso no seu intento, voltou para Jerusalém, onde foi aclamado o líder da Igreja local. Após sua morte, seus restos mortais teriam sido trasladados para a Espanha e sepultados no local onde hoje se encontra a famosa Catedral de Santiago de Compostela, erguida em sua homenagem.

Primeiro entre os 12 Apóstolos a ser martirizado

A última vez que São Tiago aparece nas Sagradas Escrituras é em Atos 12, 1-2, onde se noticia seu martírio. O texto diz que Herodes Agripa, filho de Herodes, o grande (aquele que mandou matar os bebês inocentes em Belém), rei da região sul de Israel chamada Judéia, “Mandou matar Tiago, irmão de João, pelo fio da espada”. Isso aconteceu perto do ano 44, na cidade de Jerusalém. Esta é a única morte de um dos 12 Apóstolos a ser narrada na Bíblia.

Ordem de Santiago

Por causa de sua coragem em testemunhar Jesus Cristo a ponto de dar a própria vida por Ele, São Tiago tornou-se patrono do Exército Espanhol e também do Exército Português. A tradição conta que ele inspirou um grande número de soldados no combate à invasão muçulmana na Península Ibérica. Por causa disso foi criada a famosa Ordem de Santiago, para valorizar a honra, a lealdade, a coragem e a fé. Durante alguns séculos, pertencer a esta Ordem era uma grande honra.

Peregrinação a Santiago de Compostela

Durante a Idade Média, a Igreja concedeu indulgência plenária a todos aqueles que fizessem peregrinação à Catedral de Santiago de Compostela, com espírito de penitência, de arrependimento e de conversão. Por isso, um grande número de fiéis começou a fazer este caminho de peregrinação. A rota da peregrinação foi se estendendo cada vez mais e, hoje, chega a oitocentos quilômetros. O caminho é feito, na maioria das vezes, a pé. Mas também é feito de bicicleta e outros tipos de veículos movidos pelo esforço humano. A peregrinação sempre transforma o peregrino. É raro o peregrino chegar ao seu destino sem ter sido transformado pela oração, pela penitência e pelo “caminho”, que representa uma elevação espiritual.

Oração a São Tiago Maior

Apóstolo São Tiago, escolhido entre os primeiros, tu foste o primeiro a beber no cálice do Senhor, e és o grande protetor dos peregrinos; faz-nos fortes na fé e alegre na esperança, em nosso caminhar de peregrino seguindo o caminho da vida de Cristo e alenta-nos para que finalmente, alcancemos a glória de Deus Pai. Que Assim seja. Amém.”

 

HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO

São Cristóvão é o padroeiro dos viajantes e dos transportadores. Filho de um rei em Canaã, terra de pagãos, recebeu o nome de Reprobus. Quando cresceu tornou-se um homem muito alto e forte. Por isso, decidiu procurar homens mais fortes do que ele para servi-los. Encontrou um rei poderoso e forte, mas este tinha medo do diabo. Então, Reprobus decidiu servir a outro que dizia ser o próprio satanás. Porém, observou que satanás tinha medo da cruz e de tudo o que dizia respeito a Jesus Cristo. Por isso, Reprobus resolveu servir ao Senhor Jesus. Um monge catequizou-o na fé cristã e Reprobus foi batizado. Decidiu morar à margem de um rio muito perigoso para fazer a travessia de pessoas, as quais levava em seus ombros. Certo dia transportou um menino que ficava cada vez mais pesado à medida que Reprobus o levava. Reprobus sentia estar levando todo o peso do mundo em seus ombros. Ao final da travessia, o menino revelou ser o próprio Jesus, que lhe confirmou a fé e a missão humilde de atravessar pessoas no rio perigoso. Daí o nome "Cristóvão", que significa: "Aquele que carrega Cristo". A partir de então, São Cristóvão via em todos os que atravessava a pessoa de Jesus. O amor com que São Cristóvão passou a exercer seu humilde serviço converteu a muitos na região. Por isso, ele foi preso. Não renegando sua fé, foi martirizado. Porém, São Cristóvão se tornou um dos santos mais conhecidos em todo o mundo. Vamos conhecer sua imagem.

A túnica verde

A túnica verde de São Cristóvão significa a esperança de São Cristóvão de estar a serviço do mais poderoso de todos: Jesus Cristo. A esperança cristã também carrega em si a certeza da vida eterna. Certeza esta que sustentou São Cristóvão na prisão, nas torturas e no martírio. O testemunho de São Cristóvão converteu a muitos.

O avental marrom de São Cristóvão

O avental marrom de São Cristóvão simboliza sua humildade e serviço. Sendo filho de um rei, tornou-se o executor de um serviço simples e humilde: atravessar pessoas num rio perigoso. Esta lição de humildade ajuda-nos a refletir: quem sou eu" Quais são minhas qualidades" O que posso fazer com as qualidades e talentos que Deus me deu" São Cristóvão encontrou na sua altura e força física qualidades que ajudavam os outros. Grande humildade e sabedoria.

O manto vermelho de São Cristóvão

O manto vermelho de São Cristóvão simboliza seu martírio. Tendo conhecido a Jesus Cristo, foi impossível negá-lo diante dos poderosos. Por isso, ele foi morto. O conhecimento de Jesus Cristo excede todo entendimento. Que São Cristóvão interceda por nós a graça de conhecer Jesus.

O menino Jesus

O menino Jesus nos ombros de São Cristóvão significa que cada vez que o santo atravessou alguém no rio, atravessou o próprio Jesus. "Tudo o que fizerdes ao menor dos pequeninos, é a mim que o fazeis" disse Jesus. A caridade e o amor que damos a alguém jamais será esquecido. Todas as vezes que ajudarmos a alguém, saibamos que estamos ajudando ao próprio Jesus. Que São Cristóvão interceda por nós a graça de sempre ajudarmos que quem precisa e com amor.

O globo na mão do Menino Jesus

O globo na mão direita do Menino Jesus simboliza que Jesus é o Senhor. Ele é o dono de tudo e de todos, o mais poderoso. São Cristóvão sentiu em seus ombros uma pequena parte do peso do mundo. Quem realmente tem o mundo em suas mãos é Jesus Cristo. São Cristóvão nos ensina que o cristão também compartilha um pouco do peso do mundo com Jesus. Nossos problemas, às vezes, tem o peso do mundo. Que saibamos leva-lo com a honra de São Cristóvão e com fé no Senhor Jesus.

Oração a São Cristóvão

"Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa do rio com tanta firmeza e segurança, porque carregavas nos ombros o Menino Jesus, fazei com que Deus esteja sempre presente em meu coração, para que eu tenha essa firmeza, segurança e responsabilidade no volante do meu carro, e terei também forças para corajosamente enfrentar todas as correntezas, venham elas dos homens ou do Espírito infernal. São Cristóvão, rogai por nós."

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 24 de julho de 2023

DIA DE SANTA CRISTINA - 24 DE JULHO

DIA DE SANTA CRISTINA - 24 DE JULHO

HOMILIA - 24.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA CRISTINA

Origens

Cristina nasceu no ano 288 d.C., na região da Itália chamada Toscana, vizinha do lago de Bolsena. Era filha de um oficial do exército romano chamado Urbano. Seu pai atuava em Tir, região da Etrúria, que é parte da Toscana. Aproveitando que o império romano perseguia os cristãos, Urbano, que era um homem rude, perseguia os seguidores de Cristo abusando de seu poder militar. Vivendo numa família com tal pai, seria difícil imaginar que Cristina se tornasse cristã. Deus, porém, tem seus caminhos insondáveis.

A força dos cristãos toca o coração da menina

Para tentar sufocar o movimento cristão, que se alastrava no império romano, Urbano submeteu vários seguidores de Cristo a interrogatórios terríveis e humilhantes, no espaço de sua própria casa. Isso aconteceu durante alguns anos. A menina Cristina acompanhava tudo, impressionada com a serenidade e alegria que os cristãos enfrentavam os piores constrangimentos. Através do testemunho dos cristãos, ela começou a conhecer Jesus e quis conhecer mais profundamente esta fé que tantos perseguiam. Vendo a maneira que eles reagiam, ela não conseguia entender porque eles eram perseguidos.

Abraçando a fé contra o próprio pai 

Uma escrava cristã ficou presa na casa de Cristina por um bom tempo. Ao ver que Cristina tinha o coração aberto e queria conhecer Jesus, a escrava preparou-a para receber o batismo. Terminada sua preparação, ela foi batizada sem que o pai o soubesse. A partir de então, seu comportamento mudou. Ela passou a defender os cristãos e a se interessar pela comunidade cristã local.

Perseguida pelo próprio pai

O pai desconfiou e começou a pressioná-la, ordenando-a a cultuar os ídolos romanos, oferecendo incenso a eles. Cristina, porém, disse não. Pressionada pelo pai, ela respondeu: "Tolo é vosso medo, tola a vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo ao clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo, ao Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a este, sim, apresento sacrifícios de verdade e amor".

Testemunho de uma menina em meio à perseguição

O pai, inconformado, ameaçou Cristina, mas pensava que aquilo seria “coisa de criança”. Cristina, porém, seguiu firme, participando da Eucaristia e de reuniões de oração dos cristãos. Além disso, visitava os presos, dava esmola para os pobres e ajudava os doentes. Cheia de coragem, vendeu as imagens de ídolos que tinha em sua casa (e isso valia um bom dinheiro) para ajudar os pobres. Seu pai, ao descobrir tudo isso, ficou furioso. Por isso, ele mesmo chicoteou Cristina. Muitos de sua casa lhe pediram para que ela aceitasse a vontade do pai, mas ela respondia: "Deixar a vida não me custa; abandonar minha fé, isto nunca".

A ira se volta contra o pai

Urbano, pai de Santa Cristina, cada vez mais furioso e inconformado, prosseguiu com as torturas, amarrando a filha e lançando-a ao fogo. A história conta que, nesse momento, um anjo protegeu-a e as chamas não lhe fizeram mal. Mais irado ainda, Urbano mandou prender a filha. Cristina permaneceu em oração, entregando seu coração e sua vida ao Senhor. Urbano, então, mandou amarrá-la a uma pedra de moinho e jogá-la no lago. Conta-se que, milagrosamente, a pedra boiou e Cristina não se afogou. A fúria de Urbano foi tão forte que seu coração não resistiu e ele morreu de infarto.

Morta pelo sucessor do pai

Após a morte do pai, Santa Cristina foi presa, acusada de ser a responsável pela morte de Urbano. O sucessor de Urbano, chamado Dio, submeteu Santa Cristina a terríveis torturas  como jogá-la ao fogo. Porém, mais uma vez, o fogo não a queimou. Ordenou, então, que ela fosse jogada às víboras, mas nenhuma picou a menina. Mandou cortar sua língua mas, mesmo assim,  ela continuou cantando louvores ao Senhor. A essa altura, os cristãos se fortaleceram na fé e vários outros se converteram a Jesus vendo o testemunho inacreditável de uma menina de apenas doze anos. Então, Dio ordenou que ela fosse morta a flechadas. Aprouve ao Senhor Deus chamar Santa Cristina para si através desse tipo de morte. Ela faleceu no dia 24 de julho do ano 300.

Protetora contra a depressão psicológica

O testemunho de Santa Cristina nos lembra, mais uma vez, que Deus escolhe aquele que é pequeno, fraco, indefeso, para confundir os fortes e poderosos. Através da fragilidade física desta menina, o Senhor mostrou que a verdadeira força vem dEle. Por isso, ela é invocada contra os males da depressão psicológica. O deprimido se sente o último, pequeno, sem forças para reagir. O testemunho de Santa Cristina mostra de onde vem esta força da qual tanto precisamos. Santa Cristina conheceu verdadeiramente o Senhor Jesus e não se desfez deste conhecimento ao preço de sua própria vida. Que o Senhor nos dê a graça de conhece-lo nesta profundidade para enfrentarmos a depressão e todos os obstáculos desta vida, perseverando na fé e prontos para testemunhar que pertencemos a Ele.

Relíquias de Santa Cristina no Brasil 

Em 1927, partes de ossos de Santa Cristina foram trazidas de Roma para a cidade de Campinas, SP, pelo segundo bispo da diocese, Dom Francisco de Campos Barreto, fundador da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. As relíquias foram colocadas na capela da Casa Geral da Congregação. Depois, foram trasladadas para a Basílica Nossa Senhora do Carmo, no centro da cidade, no dia 23 de outubro de 2010. Elas foram assentadas no altar do Sagrado Coração de Jesus, junto com a imagem de Santa Cristina. 

Oração a Santa Cristina

“Nós vos suplicamos, Senhor, ouvi as súplicas de Santa Cristina, virgem e mártir que intercede por nós diante de vosso trono. Nós cremos na comunhão dos santos, que nos ajudam porque Vós permitis. Que ela, que sempre vos agradou pelo mérito de sua castidade e pela sua grande fé que a levou a testemunhar vosso poder pelo martírio, possa alcançar de Vós a graça de que tanto necessito: (fazer o pedido). Eu vos peço por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e o Glória ao Pai.

Santa Cristina, virgem e mártir, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 23 de julho de 2023

DIA DE SANTA BRÍGIDA - 23 DE JULHO

DIA DE SANTA BRÍGIDA - 23 DE JULHO

HOMILIA - 23.07.23

 

HISTÓRIA DE SANTA BRÍGIDA

Origens

Brígida, conhecida também como Brigite, nasceu em 1303, princesa do castelo de Finstad, filha do rei da Suécia. Sua família real era tão piedosa, que forneceu vários santos à Igreja. Além disso, sua família real também construiu mosteiros, hospitais e igrejas usando a própria fortuna. Seguindo o exemplo de sua família, Brígida ajudava em obras de caridade desde a infância. Além disso, ela tinha um dom de revelações. Essas revelações foram todas escritas por ela na língua sueca. Mais tarde elas foram traduzidas para o Latim, formando grandes volumes. Tais obras ainda hoje são consultadas por teólogos, historiadores e fiéis como fonte histórica.

Dama de companhia

Durante sua juventude, Brígida foi dama de companhia de uma rainha chamada Bianca, da região de Namur, na atual Bélgica. Por causa dessa função, ela estava sempre presente nas cortes cheias de luxo e riqueza. Contudo, ela não se deixou corromper nestes ambientes de cheios de frivolidades. Pelo contrário, manteve-se fiel à sua consciência cristã e preservou sua fé, nunca se afastando da caridade e da dignidade. 

Casamento

Com dezoito anos de idade, Brígida se casou com um nobre de nome Ulf Gudmarsson. Seu marido era também um cristão fervoroso. Brígida e Ulf tiveram oito filhos. Dentre eles destaca-se uma filha que também foi canonizada: Santa Catarina da Suécia. O casal, e especialmente Brígida, cuidava da educação moral, formal e religiosa dos filhos com toda a dedicação.

Morte de um filho

O casal Brígida e Ulf viveu um duro golpe: a morte de um de seus filhos. Depois disso, eles decidiram ir em peregrinação até o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. Quando voltavam, Ulf ficou gravemente doente. Quando isso aconteceu, Santa Brígida teve uma revelação, em sonho, por intermédio de são Dionísio. No sonho, ela ficou sabendo que seu marido não morreria. E, realmente, ele ficou curado. Logo depois, porém, decidiu ingressar no Mosteiro de Alvastra. Lá, um de seus filhos já vivia como monge. Em 1344 Ulf faleceu, deixando Santa Brígida viúva. 

Fundadora

Uma vez viúva, Santa Brígida retirou-se de uma vez por todas para a vida religiosa. Ela guardava em seu coração um antigo projeto, que era o de fundar um mosteiro duplo, tendo uma área para homens e outra para mulheres. Deste projeto nasceu a Ordem do Santo Salvador. Os religiosos seguiam as Regras de vida de são Agostinho. A própria Santa Brígida passou a viver neste mosteiro até que a Ordem fundada por ela foi aprovada oficialmente pela Igreja. Depois dessa aprovação, ela mudou-se para Roma. 

Influência nos rumos da Igreja

Santa Brígida viveu em Roma durante vinte e quatro anos. Lá, trabalhou pela moralização dos costumes. Também lutou para que o Papa que, na época, por divisões dentro da Igreja, estava em Avignon, na França, voltasse para Roma. Contando com total apoio do rei da Suécia, ela construiu nada menos que setenta e oito mosteiros espalhados pela Europa.

Morte

Santa Brígida faleceu em 23 de julho de 1373. Ela estava numa peregrinação à Terra Santa.  A partir de sua morte, a Ordem do Santo Salvador passou a ser dirigida por Santa Catarina da Suécia, sua filha. A Ordem tornou-se muito famosa alguns anos depois. Santa Brígida foi canonizada logo, apenas dezoito anos depois de sua morte. O culto a ela espalhou-se rapidamente por toda a Europa. O local onde ela morou na cidade de Roma foi transformado numa bela igreja dedicada a ela, situada na praça Farnese.

Orações

Santa Brígida deixou escritas 15 orações que se tornaram famosas entre o povo cristão. Cada uma dessas orações foi escrita para uma necessidade humana. Destacamos aqui a oração pelos doentes.

Oração pelos doentes - composta por Santa Brígida

Ó Jesus, médico celeste, que fostes elevado na Cruz afim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. 

Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos, e entretanto esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-Lhe: 

“PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” 

Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!”

Pai Nosso... Ave Maria ...


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 22 de julho de 2023

DIA DE SANTA MARIA MADALENA - 22 DE JULHO

DIA DE SANTA MARIAA MADALENA - 22 DE JULHO

HOMILIA - 22.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA MADALENA

Santa Maria Madalena 

Padroeira dos pecadores arrependidos, dos convertidos, das mulheres, das pessoas ridicularizadas por sua piedade, dos boticários, dos cabeleireiros, dos curtumeiros, dos fabricantes de perfumes, dos farmacêuticos, dos fabricantes de luvas,  da vida contemplativa e contra a tentação sexual.

Origens

“Madalena”, na verdade, é um apelido e significa “aquela que veio de Magdala”, cidade que ficava às margens do Lago de Genesaré, perto de Cafarnaum, na Terra Santa. Por este apelido sabemos que esta Maria veio de Magdala. No tempo de Jesus, Magdala era uma cidade importante. Para se ter uma ideia, tintureiros e pescadores tinham bairros específicos na cidade. Ali havia indústrias de barcos e de peixes em conserva. Além disso, sabe-se que um excelente tipo de lã era vendida ali em mais de oitenta lojas. A palavra “Magdala” significa “torre”. Achados recentes indicam, de fato, uma torre nas ruínas de Magdala. Os arqueólogos acreditam que se tratava de um farol.

Santa Maria Madalena – mulher de posses

Sabemos que Maria Madalena foi uma pecadora convertida. Além disso, sabemos que ela era uma mulher de posses, contada entre as mulheres que ajudavam o grupo de Jesus e os doze com suas posses, ao lado da mulher de um procurador de Herodes entre outras. (Lucas 8, 2-3). Além disso, antes da ressurreição do Senhor, “Maria Madalena e outras duas mulheres compraram aromas para ungir Jesus". (Marcos 16,1). Estes aromas usados na preparação dos defuntos eram artigos caros e poucos tinham dinheiro para comprá-los.

Dinheiro a serviço do Reino dos Céus

Se Maria Madalena foi, de fato, uma prostituta, deve ter sido famosa e muito bonita, porque poucas mulheres em Israel tinham posses como ela. O admirável nisso tudo é que, após conhecer Jesus e ter sido salva por Ele, Santa Maria Madalena colocou suas posses, conseguidas, talvez, com o dinheiro da prostituição, a serviço do Reino de Deus, mostrando que a conversão chegou a todas as áreas da vida desta grande santa.

Fiel até o fim

Outra característica marcante de Santa Maria Madalena foi a fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo. Três versículos do Evangelho de São Mateus que, por vezes, passam despercebidos, revelam-nos esta fidelidade. Primeiro, aos pés da cruz de Jesus, quando todos os discípulos (menos João) tinham fugido, ela estava lá junto com Maria, Mãe de Jesus:

"Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" ( Mt 27,56). Depois, quando Jesus tinha sido sepultado, "Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo" (Mt 27,61). E, por fim, "Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo" (Mt 28,1). Tudo isso revela o amor e a fidelidade de Santa Maria Madalena. Não é à toa que seu nome figura entre os primeiros da Ladainha de Todos os Santos.

A primeira a ver Jesus ressuscitado

Outro dado marcante sobre Santa Maria Madalena é o fato de ela ter sido a primeira testemunha ocular de Jesus ressuscitado. Sim, segundo os Evangelhos, ela foi a primeira a ver e a falar com Jesus na madrugada do domingo, logo após a ressurreição do Mestre, como vemos no Evangelho de São João 20, 1-18.

A primeira anunciadora da ressurreição de Jesus

Além de ter sido a primeira testemunha de Jesus ressuscitado, ela foi também a primeira a anunciar o milagre da ressurreição de Jesus. Este primeiro anúncio, chamado “Kerigma”, tão prezado pelos Apóstolos, foi, antes de tudo, feito por uma mulher, em contraponto à mentalidade machista da época. O fato evidencia que Nosso Senhor Jesus Cristo preza a fidelidade e o amor, antes das convenções sociais. A Tradição Cristã também atesta que Santa Maria Madalena foi uma grande anunciadora do Evangelho depois de Pentecostes. Seu exemplo é maravilhoso. Ela foi discípula de Jesus e, depois, evangelizadora. Por tudo isso, Santa Maria Madalena é grande e seu exemplo deve ser seguido por todos nós.

Oração a Santa Maria Madalena

“Santa Maria Madalena, o Deus Todo Poderoso, cujo Filho vos purificou de corpo e alma, fostes chamada para ser testemunha da Sua ressurreição. Misericordiosamente vos foi concedida a graça de serdes purificada de todas as enfermidades físicas e morais. Fazei com que também eu, pobre pecador, conheça o poder da vida infinita. Trazei até mim a bênção do Espírito Santo que vive e reina, o poder do Deus único e de Seu Filho Jesus Cristo. Agora, e para sempre. Amem.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 21 de julho de 2023

DIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 21 DE JULHO

DIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI - 21 DE JULHO

HOMILIA - 21.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LOURENÇO DE BRINDISI

Origens

O nome de batismo de São Lourenço de Brindisi era Júlio César Russo. Ele nasceu em 21 de julho de 1559, na cidade de Brindisi, Itália. Com apenas seis anos, o menino já deixava todos encantados memorizando várias páginas de textos e declamando-as perfeitamente. E assim ele cresceu saindo-se brilhante em todos os estudos. Aos quatorze anos, porém, uma reviravolta violenta aconteceu em sua vida: ele ficou órfão. Então, um tio seu o acolheu levando-o para viver na grande cidade de Veneza. Lá, apesar da dor da perda dos pais, teve mais condições de fazer desabrochar seu grande talento para os estudos.

O chamado da fé

Dois anos depois de estar vivendo em Veneza, o jovem Júlio César entrou para a Ordem dos Frades Menores Franciscanos. Depois, entrou para os Capuchinhos de Verona. Estando entre eles, recebeu a ordenação sacerdotal em 1582 e assumiu o nome religioso de Lourenço. Depois de morto, passou a ser chamado de São Lourenço de Brindisi, por causa de sua cidade natal, para diferenciá-lo de São Lourenço mártir. Completou seus estudos na famosa Universidade de Pádua. Em 1586 retornou a Veneza com a missão de ser Mestre de Noviços da Ordem. Seus dons de inteligência afloraram ainda mais e todos se encantavam com sua sabedoria.

Dons a serviço do Reino de Deus

São Lourenço de Brindisi tornou-se um grande orador, especialista e conhecedor de várias línguas. Sua sabedoria e santidade o levaram a ser eleito para vários cargos dentro da Ordem e da Igreja. Ele foi provincial da Ordem em Veneza, Gênova, Toscana e Suíca. Foi comissário de seus confrades na Baviera e no Tirol. Foi um grande e firme pregador da Doutrina Católica contra a reforma protestante. Foi eleito Superior Geral da Ordem dos Capuchinhos e embaixador do Papa Paulo V. Nessa missão, ele intermediou a paz entre poderosos líderes em conflito.

Lutando contra as invasões

Por sua fé firme e conhecimento da doutrina, animou o povo e as autoridades na luta para barrar as invasões muçulmanas. Estas ameaçavam seriamente chegar ao centro da Europa. São Lourenço de Brindisi, porém, não usava uma espada, mas sim a Palavra de Deus e o dom da sabedoria. Suas armas eram a Palavra e uma pequena cruz de madeira. Ele foi Capelão do exército romano e conselheiro general Filipe Emanuel de Lorena. 

Morte

São Lourenço de Brindisi faleceu no mesmo dia em que se comemorava o seu aniversário: 21 de julho de 1619. Este passou a ser o dia de sua festa litúrgica. Aconteceu quando ele voltou pela segunda vez em missão a Lisboa, Portugal. Sua canonização foi celebrada em 1881. Em 1959 o Papa João XXIII conferiu a ele o título de Doutor da Igreja.

Oração a São Lourenço de Brindisi

Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Lourenço de Brindisi, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Lourenço de Brindisi, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 20 de julho de 2023

DIA DE SANTA MARGARIDA - 20 DE JULHO

DIA DE SANTA MARGARIDA - 20 DE JULHO

HOMILIA - 20.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARGARIDA

Margarida nasceu no ano 275, em Antioquia de Pisídia, Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais se aproximar de Deus. Mas algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida seguiu outro caminho.

Cresceu muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo, para participar dos sacrifícios aos deuses. Ele não suspeitava que ela participasse escondida dos cultos cristãos até o dia em que alguém o alertou.

Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro lhe impôs um severo castigo, mandando a jovem para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem a força fazia a filha mudar de ideia, entregou-a as autoridades para que fosse julgada.

O martírio da jovem Margarida foi terrível. Diante das autoridades, negou-se a abandonar sua fé. Começaram então os suplícios físicos e psicológicos. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Diz a tradição que a jovem ainda foi queimada, jogada num rio gelado e finalmente decapitada.

Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos e a fama de sua santidade espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

REFLEXÃO

Outra vez celebramos a memória de uma mártir cristã. Desejosa de unir-se ao Cristo, Margarida suportou os maiores sofrimentos sem desanimar. Soube colocar seu amor a Deus em primeiro lugar. Tantas vezes nós reclamamos diante de qualquer sofrimento e desanimamos no menor sinal de fracasso. Lembremos de santa Margarida e peçamos sua intercessão nos momentos de dor.

ORAÇÃO

Deus de amor e misericórdia, derramai sobre nós, pela intercessão de santa Margarida, as graças necessárias para enfrentarmos as dificuldades do dia a dia. Que o nosso sofrimento se una ao do Cristo Crucificado e nos aproxime cada vez mais das glórias do Reino do Céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 19 de julho de 2023

DIA DE SÃO SÍMACO - 19 DE JULHO

DIA DE SÃO SÍMACO - 19 DE JULHO

HOMILIA - 19.07.23

 

 

HITÓRIA DE SÃO SÍMACO

Neste dia 19 de julho, celebramos um Santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha, Itália,  no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.

Em 19 de julho de 514, ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.

São Símaco, rogai por nós! (Fonte Canção Nova)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 18 de julho de 2023

DIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ - 18 DE JULHO

DIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ - 18 DE JULHO

HOMILIA - 28.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ARNOLFO DE METZ

Origens

Arnolfo nasceu em 582, na região de Metz, antiga Gália e atual França. Filho de família rica, nobre e cristã, ele teve a oportunidade de estudar. Posteriormente, casou-se com uma jovem aristocrata. O casal teve dois filhos. Sua família viveu numa época muito difícil. A Gália estava dominada pelos francos. Além disso, estava dividida em vários reinos menores, que guerreavam uns com os outros. Isso causava enormes tragédias familiares, dor, desejo de vingança e muita corrupção.

Invasão dos Francos

Por causa de sua competência e caráter, Arnolfo foi chamado para trabalhar para um dos reinos da Gália, o chamado Reino da Austrásia, governado pelo rei Teodeberto II. Tudo ia bem no pequeno reino até que o rei faleceu. A partir desse momento, o rei dos francos, chamado Clotário II, invadiu e anexou a região. Além disso, mandou que todos os descendentes de Teodeberto II fossem mortos. Parecia que o futuro de Arnolfo estava destruído.

Reviravoltas da vida

A fama da competência, do caráter, da justiça e da fé cristã de Arnolfo chegou ao conhecimento do rei Clotário II. Por isso, o rei, agora senhor de uma enorme região, chamou Arnolfo para ser seu conselheiro. Percebendo que Arnolfo era realmente digno de confiança, confiou a ele a formação e educação de seu próprio filho, chamado Dagoberto. Santo Arnolfo formou o príncipe de tal maneira, na justiça, na fé e na caridade cristã que, quando se tornou rei, Dagoberto foi um governantes mais justos da história da Gália e França. É notável que, durante seu governo, nenhuma atrocidade tenha sido cometida, coisa que era comum naquela época. Somente pela formação do rei Dagoberto, Santo Arnolfo mereceria ser lembrado na história da humanidade. Mas ele não fez só isso.

Bispo de Metz

Impressionado com a conduta irrepreensível de Santo Arnolfo, o rei Clotário II decidiu nomeá-lo bispo de Metz. Arnolfo, com efeito, não se julgava digno da missão, sabendo que era um homem pecador e limitado. Além disso, sabia que participando da corte real, seria difícil manter-se sem pecados, pois a corte era cheia de corrupção e oportunidades de pecado. Por isso, num momento de decisão espiritual, quando estava propenso a renunciar, jogou seu anel de bispo no rio Mosela e rezou: "Senhor, se me perdoa, faze-o retornar". A tradição conta que, mais tarde, o anel retornou a suas mãos dentro de um peixe que lhe foi servido. Por isso, ele aceitou a missão e se tornou um dos grandes bispos de seu tempo.

Legado para a França

No tempo de Santo Arnolfo, o celibato ainda não era uma regra disciplinar da Igreja, de forma que era comum os clérigos serem pais de família. Aliando sua experiência de tantos anos, como bispo, ele participou dos Concílios de Reims e de Clichy. Anos mais tarde, um de seus filhos, Clodolfo, também veio a se tornar bispo, substituindo o pai na liderança da diocese de Metz. Outro de seus filhos, Ansegiso, herdando a capacidade de formação do pai, passou a ser Mestre do Palácio do tempo Carolíngio.

Morte

Quando a idade não permitiu mais que Santo Arnolfo exercesse a função de bispo com a dedicação que ela exige, ele renunciou ao cargo, deixando-o na mão de seu filho Clodolfo. Em seguida ingressou num mosteiro que tinha sido fundado por um amigo seu chamado Romarico. Ali Santo Arnolfo viveu sua velhice dedicando-se à penitência, à oração e à caridade. Santo Arnolfo faleceu em 18 de julho de 641. Tão logo os habitantes de Metz ficaram sabendo de sua morte, pediram que seu corpo fosse trasladado para a basílica da cidade, que passou a ser dedicada a Santo Arnolfo.

Oração a Santo Arnolfo

Ó Deus, que destes a Santo Arnolfo a graça de permanecer incorruptível numa corte onde reinava a corrupção e o pecado, dai também a nós a graça de permanecermos puros e limpos diante da corrupção moral que invade o nosso tempo. Suscitai também políticos capazes de se manterem honestos, visando o verdadeiro bem do povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santo Arnolfo, rogai por nós.”


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