Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 17 de julho de 2023

DIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 17 DE JULHO
 

DIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 17 DE JULHO

HOMILIA - 17.07.23

 

 

HISTORIA DO BEM-AVENTURADO INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Quarenta mártires, portugueses e espanhóis, entre eles, 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares. Todos pertenciam à Companhia de Jesus.

Inácio de Azevedo nasceu no Porto, Portugal,  em 1526. Aos 23 anos já tinha entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além fronteiras.

Foi quando o Superior-Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar, testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram, por isso, 3 naus missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé católica que queriam a morte de todos.

Por amor pela Igreja, ele aceitou o martírio, exortou e consolou seus filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar, e todos os outros foram martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade. Era o ano de 1570.

Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários. Estamos no tempo das novas missões, a começar na nossa casa. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele.

O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854.

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 16 de julho de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - 16 DE JULHO

DIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - 16 DE JULHO

HOMILIA - 16.07.23

 

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

 

Nossa Senhora do Carmo 

 

Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, Terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.

A palavra Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.

História de Nossa Senhora do Carmo e os carmelitas

A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada a Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.

Posteriormente os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa. Também foi levada para a América Latina, logo no começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais dedicadas a Senhora do Carmo.

Aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão

São Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.

Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.

Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal  da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno. A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

Milagre de Nossa Senhora do Carmo

A partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os dias de hoje.

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tradição do Carmelo

A palavra escapulário, vem do latim, escápula, que significa  armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa, é coberta com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.

O escapulário, segundo o Concilio do Vaticano II é um Sacramental, um sinal sagrado, obtendo efeitos de proteção da Igreja Católica. É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário, era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.

Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa  mercê e poderosa intercessão.

Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 15 de julho de 2023

DIA DE SÃO BOAVENTURA - 15 DE JULHO

DIA DE SÃO BOAVENTURA - 15 DE JULHO

HOMILIA - 15.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO BOAVENTURA

Teólogo, Doutor da Igreja e reformador dos franciscanos

Origens

Seu nome de batismo era João de Fidanza. Ele nasceu em 1218, em Bagnoregio, região de Viterbo, Itália. Seu pai era um médico famoso e bem conceituado na região. Contudo, quando o pequeno João de Fidanza teve uma enfermidade grave, o pai não conseguiu curá-lo. A cura aconteceu quando o pai, a mãe e familiares a pediram pela intercessão de São Francisco. Esta cura foi como um sinal profético, pois, o pequeno João, no futuro, viria a ser um grande reformador dos franciscanos.

Franciscano catedrático

Aos vinte anos, João de Fidanza entrou no convento dos franciscanos. Apenas dois anos depois ele vestia o hábito, adotando o nome de Boaventura. Como seus dotes de inteligência e cultura logo afloraram dentro da ordem, ele foi designado para estudar filosofia e teologia na famosa Universidade de Paris. Mais arde, em 1253, na mesma universidade, foi nomeado professor catedrático nas duas matérias. Sua sabedoria na condução de assuntos difíceis também se destacou.

Amigo de Santo Tomás de Aquino

São Boaventura tornou-se amigo e companheiro de Santo Tomás de Aquino, outro grande nome da intelectualidade católica e também Doutor da Igreja. Esta amizade foi frutuosa para os dois santos e para a Igreja pois, dela, nasceram grandes obras literárias e espirituais que definiram rumos na Igreja pelos séculos vindouros.

Teólogo defensor dos franciscanos

São Boaventura viu que a Ordem dos Franciscanos era como que uma miniatura da Igreja, porque as duas se originaram a partir de homens humildes e simples. Somente mais tarde é que os nobres e intelectuais se juntaram a elas. Por isso, São Boaventura defendeu fortemente os franciscanos e as chamadas “Ordens Mendicantes” (muito combatidas pelas ordens seculares). As mendicantes, dizia, representavam as origens da Igreja e isso tinha que ser preservado, mesmo que estas ordens já estivessem presentes nas grandes cidades e universidades da Europa. A origem tinha que ser preservada.

Superior geral dos franciscanos

São Boaventura ficou famoso como orador e teólogo quando começou a defender as Ordens Mendicantes. Mais tarde, em 1257, o Papa Alexandre IV nomeou-o Superior Geral dos Franciscanos, função que ele exerceu durante dezoito anos. O exercício desta função foi tão inspirado que São Boaventura passou a ser chamado de “Segundo Pai” e “Segundo Fundador” da Ordem Franciscana. Com efeito, ele conseguiu unir de maneira maravilhosa as correntes antigas e novas dentro da Ordem, dando a ela um novo impulso.

Doutor da Igreja

Baseado em Santo Agostinho e Platão, São Boaventura escreveu suas obras teológicas em onze volumes, procurando sempre dar fundamentação racional às grandes verdades de fé. Além de superior geral dos franciscanos e de escritor renomado, São Boaventura recebeu a nomeação de bispo e cardeal por meio do Papa Gregório X. Nesse cargo, ele assumiu a responsabilidade de organizar e liderar o Concílio de Lyon.

Morte

São Boaventura teve papel decisivo no Concílio de Lyon, no ano 1274. Ele conseguiu reconciliar as ordens mendicantes e o clero secular, que a essa altura, ainda viviam em contendas. Este foi um dos grandes legados de São Boaventura para a Igreja. Depois disso, talvez sentindo que sua missão neste mundo estava cumprida, ele veio a falecer, estando ainda na cidade de Lyon. Na ocasião, foi atendido diretamente pelo Papa, que o estimava bastante. Era o dia 15 de julho de 1274. São Boaventura foi canonizado no ano 1482, quando recebeu o título de Doutor da Igreja por causa de suas obras.

Oração a São Boaventura

Ó bondoso São Boaventura, por uma especial graça de Deus, fostes escolhidos para ser zeloso doutor e  pastor da Igreja de Jesus Cristo. Vós sois agradáveis diante de Deus, pela missão de pastor, honrastes e defendestes a Igreja de Jesus, pelo encargo confiado de preparar o segundo concílio de Lyon. Pelo crédito que gozam vossas orações junto de Jesus e Maria, encontrastes no vosso trabalho a expressão generoso da caridade, em favor do bem comum. Soubestes ensinar e vivenciar a caridade, como fundamento da doutrina de Jesus Cristo. Por isso, Deus vos abençoou. Por isso,  lembrados de vossas virtudes, vos pedimos que nos alcanceis de Jesus, o Filho de Deus, viveremos unidos a Ele, pela vida em família, no testemunho de vosso trabalho e pela esperança cristã que os vossos sofrimentos cristãmente assumidos, sejam para nós a garantia da ressurreição. Deus honra, glória e louvor. Amém!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 14 de julho de 2023

DIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS - 14 DE JULHO

 

DIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS - 14 DE JULHO

HOMILIA - 14.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CAMILO DE LÉLIS

Origens

Camilo de Lélis nasceu em 25 de maio de 1550, no vilarejo de Bucchianico, região de Chieti, ao sul da Itália. Seu nascimento lembrou o de São João Batista, pois seus pais já tinham passado da idade de ter filhos. Sua mãe, Camila Compelli, com efeito, tinha quase sessenta anos. Seu pai, João de Lellis, era militar e passava pouco tempo em casa. O parto foi difícil, mas Camilo nasceu saudável e foi a grande alegria de seus pais.

Adolescência conturbada

A mãe foi quem educou Camilo na infância e adolescência. Educou-o na religião, na moral e nos bons costumes. Porém, quando Camilo tinha apenas treze anos, ela faleceu. O baque foi grande. Camilo tornou-se rebelde e passou a detestar os estudos. Então, foi viver com o pai. Foi uma experiência difícil, pois o pai era viciado em jogo. Por isso, não tinha estabilidade. Vivia mudando de quartel por ganhar e perder tudo que tinha nos jogos de azar.

Pai fraco que quer ajudar

Apesar dessa fraqueza, que hoje sabemos ser uma doença (a dependência do jogo) o pai amava Camilo e queria ajuda-lo. Por isso, quando Camilo fez quatorze anos, colocou-o para trabalhar no exército como soldado. A essa altura, Camilo mal sabia ler, mas tinha um corpo atlético. Por isso, sobrava para ele os serviços braçais. Por falta de escolaridade, nunca saiu do posto de soldado.

Um jovem violento e viciado no jogo

Quando Camilo tinha dezenove anos, seu pai faleceu. Como herança, Camilo recebeu apenas a espada e o punhal do pai. Nessa época, Camilo já era famoso por ser um jovem forte, violento, brigador e fanático pelo jogo. A morte do pai acentuou esses desvios de caráter de tal forma que os outros tinham medo dele. Como o pai, ele passou a ganhar e a perder tudo que tinha no jogo.

Uma conversa começa a mudar sua vida

No ano 1570 um frade franciscano não teve medo de Camilo e conversou longamente com ele. Os dois se tornaram amigos. Camilo sentiu que, apesar da violência que ele cultivou, alguém conseguiu enxergar sofrimento e bondade em seu coração. Isso foi tão surpreendente e bom que ele quis entrar para a Ordem dos Franciscanos. Ao chegar no convento, porém, seu ingresso foi barrado por causa de uma enorme ferida no pé.

Tumor incurável

Os franciscanos enviaram Camilo para receber tratamento no hospital de São Tiago, na cidade de Roma. Lá, ele teve um diagnóstico triste: seu tumor era incurável. Como não tinha dinheiro para fazer o tratamento, ofereceu-se para trabalhar como servente e conseguiu trocar sua força de trabalho pelos cuidados médicos. Porém, além da ferida no pé, ele tinha outra doença na alma: o vício no jogo. Por afundar-se no jogo, nas dívidas e em confusões, ele foi demitido.

Uma visão muda seu coração

Na rua, sem trabalho, sem dinheiro, com um tumor incurável, ficou sabendo que os frades capuchinhos estavam construindo um mosteiro. Lá, ele conseguiu o emprego de servente de pedreiro. O contato diário com os franciscanos foi mudando seu coração. Certo dia, quando ia para o trabalho, teve uma visão que mudou sua vida definitivamente. Essa visão nunca foi revelada a ninguém. Porém, depois dela, ele nunca mais voltou a jogar e se converteu profundamente. Ele tinha, então, vinte e cinco anos.

Volta para o hospital

Transformado, Camilo pediu para ingressar novamente na Ordem Franciscana. Porém, por causa de sua ferida, não conseguiu. Os franciscanos, porém, conseguiram que ele fosse internado de novo no hospital de São Tiago. Lá, sua segunda estadia foi bem diferente da primeira. Ele tratava de sua ferida, sim, mas passou a cuidar dos outros doentes fazendo um trabalho de voluntário. Assistia sempre àqueles que eram mais repugnantes, os quais eram simplesmente abandonados pelos funcionários bem remunerados do hospital.

O jovem bizarro se transforma num exemplo de amor

São Camilo de Lélis passou a enxergar nos doentes terminais, rejeitados e repugnantes, o próprio Cristo. Amava-os de todo o coração e passou a viver por eles. Os enfermos que tinham condições de se manifestar, agradeciam emocionados pela atenção e carinho que recebiam daquele jovem forte e cheio de amor cristão. Muitos se converteram ao serem cuidados por São Camilo. Outros tantos faleceram na graça de Deus, pois Camilo os levou ao arrependimento e à confissão.

Nasce a Congregação dos Camilianos

O testemunho de São Camilo de Lélis começou a atrair jovens que se dispunham a segui-lo no cuidado amoroso e gratuito aos doentes. Nesse tempo, uma santa amizade nasceu com um padre, e futuro santo, que foi decisivo em sua vida: São Filipe Neri. Este, percebeu a grande graça que Deus derramara na vida de Camilo. Os dois fundaram, então, a Congregação dos Ministros Camilianos. A princípio, era apenas uma irmandade composta de voluntários dispostos a cuidar dos enfermos pobres, miseráveis, terminais, rejeitados por todos.

A ajuda de São Filipe Néri

São Filipe Néri incentivou e ajudou São Camilo de Lélis a estudar e a vestir o hábito da própria congregação. Em 1591, aprovada pelo Vaticano, a Congregação se tornou uma Ordem Religiosa. São Camilo foi ordenado sacerdote e eleito o superior da Ordem dos Camilianos, conhecida também como a “Ordem dos Padres Enfermeiros”. São Camilo dirigiu a Ordem com firmeza por vinte anos.

Dons extraordinários

Após esse vinte anos, São Camilo de Lélis dedicou os sete restantes de sua vida a ensinar como cuidar e conviver com os doentes. Suportando horríveis dores nos pés, São Camilo ia visitar os doentes nas casas. Quando era preciso, ele mesmo levava-os nas costas para o hospital dando graças a Deus pelo porte físico que tinha. São Camilo teve também o dom da cura pela oração. Por isso, passou a ser procurado por gente de todos os lugares. Tornou-se famoso e amado por toda a Itália. Tido como santo em vida por todos. São Camilo de Léllis faleceu em no dia 14 de julho de 1614, com fama de santidade. Sua canonização foi celebrada em 1746. Ele foi declarado Padroeiro dos Enfermeiros, dos hospitais e dos doentes em 1886.

Oração a São Camilo de Lélis

Senhor, Deus de toda a consolação, Pai rico em misericórdia, vós sois amor. Conheceis nossas necessidades e estais presente em nossos sofrimentos. Escolhestes São Camilo para cuidar dos doentes e ensinar como servi-los. Pedimos, por vossa intercessão, o dom da caridade que ilumina, fortalece e leva à plenitude a nossa vida para amar-vos também em ossos sofrimentos e servir-vos com amor em nossos irmãos e irmãs doentes. Amém. São Camilo de Lélis, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 13 de julho de 2023

DIA DE SANTO HENRIQUE E DE SANTA CUNEGUNDES - 13 DE JULHO

 

DIA DE SANTO HENRIUE E DE SANTA CUNEGUNDES - 13 DE JULHO

HOMILIA - 13.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO HENRIQUE E DE SANTA CUNEGUNDES

Muitos acusam a Idade Média como um “tempo de trevas” na História, e não tem como não pensar nisso, se não abrirmos os olhos e olharmos para o Alto, pois, nesse lugar, é que se encontram as luzes desse período, ou seja, os inúmeros santos e santas.

Henrique e Cunegundes fazem parte desse “lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.

Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia a uma família santa e, por isso, foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.

Conta-se que, espiritualmente, ele preparou-se intensamente para assumir o trono da Alemanha, mas isto sem saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: “Entre seis”; e com isto interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e, em seguida, seis anos até, por Providência, assumir o reinado.

Henrique sucedeu seu pai e, em seguida, também seu primo Otto III, tornando-se, em 1002, rei da Alemanha e, dois anos depois, também da Itália. No entanto, seu irmão Bruno renunciou à vida de corte para se tornar bispo de Augsburg; uma das suas irmãs tornou-se monja, enquanto a outra se casou com aquele que se tornaria Santo Estevão da Hungria. No ano de 1014, o Papa Bento VIII consagrou Henrique Imperador do Sacro Império Romano.

No caso de Henrique, o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher” funcionou, pois, casou-se com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas virtudes e inúmeros dons, ao ponto de ajudar por 27 anos seu esposo na organização do império e implantação do Reino de Deus.

Com a morte de Henrique II e seu reconhecimento de santidade, Cunegundes foi morar num mosteiro, onde cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir ao encontro de Henrique no céu, isso quando tinha 61 anos.

Sendo assim, ambos morreram sob a coroa de Sacro Romano, no império terrestre; e a coroa da Glória, no império celeste.

Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 12 de julho de 2023

DIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO - 12 DE JULHO

DIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO - 12 DE JULHO

HOMILIA - 12.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO GUALBERTO

João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença, Itália. Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.

Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia a procura do homicida. Na sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.

Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.

João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Por causa de divergências internas, João Gualberto resolveu fundar o próprio mosteiro, segundo as regras de São Bento.

Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às regras da ordem, João Gualberto implantou um centro tão avançado e respeitado de estudos, que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos.

Morreu no dia 12 de julho de 1073, na Úmbria. São João Gualberto é o Santo Padroeiro da Guarda e Engenharia Florestal.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

 REFLEXÃO

“Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”. Estas palavras de João Gualberto revelam seu espírito abnegado e dedicado aos mais fracos. Que Deus nos conceda a docilidade deste monge e nos inspire sempre boas ações, sobretudo a virtude do perdão.

ORAÇÃO

Amado São João Gualberto, que soubestes perdoar ao assassino de vosso irmão, intercedei por nossa Igreja. Que a cada minuto de nossas vidas sejamos ajudados pela misericórdia divina e por vós, para que aprendamos também nós a graça do perdão. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 11 de julho de 2023

DIA DE SÃO BENTO - 11 DE JULHO

DIA DE SÃO BENTO - 11 DE JULHO

HOMILIA - 11.07.23

 

HISTÓRIA DE SÃO BENTO

 

São Bento

São Bento nasceu na Umbria, Itália, no ano de 480. Era de família nobre romana. Desde pequeno manifestou um gosto especial pela oração. Realizou os primeiros estudos na região de Nurcia, próximo à cidade de Spoleto. Depois foi morar em Roma para estudar filosofia.

Vida de São Bento

Um eremita chamado Romano encontrou Bento e lhe deu um hábito de monge. Romano ensinou a São Bento tudo sobre a vida de eremita e levando-o para uma gruta escondida, (gruta santa), no monte de Subíaco. Lá, o jovem Bento aprofundava-se na vida de eremita e Romano o ajudava regularmente com alimentos.

São Bento ficou ali por 3 anos só em orações e estudos, sem receber visitas. Um dia, porém, um sacerdote da região, fazendo seu jantar, ouviu uma voz dizendo: estás fazendo seu jantar enquanto meu servo Bento morre de fome no deserto.  O sacerdote, com muito esforço, partiu para o deserto, encontrou a gruta em que Bento estava escondido e após uma oração, disse que era o dia da Páscoa do Senhor e serviu-lhe a comida.

Tempos depois o jovem Bento foi descoberto por pastores e assim passou a receber muitas visitas para conselhos e orações. Logo, sua fama começou a crescer, e ele passou a ser visitado por mais e mais pessoas em busca de aconselhamentos e orações.

Tentativa de assassinato

Por causa de sua fama de santidade, São Bento foi chamado para ser o abade (superior) do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço. Porém, não combinou com a vida que os monges viviam, porque não era incondicional como ele achava que deveria ser o seguimento de Cristo.

Foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra o santo, chegando ao cúmulo de tentarem matá-lo com veneno, mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Assim, Bento disse em seguida que Deus perdoe a vocês, meus irmãos. Depois disso, abandonou o convento e voltou para Subíaco.

A primeira ordem monástica da história

São Bento fundou em poucos anos doze mosteiros. Antes de Bento, os monges viviam como eremitas, isolados, sozinhos. São Bento organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a famosa Regra de São Bento.  As famílias nobres de Roma começaram a mandar seus filhos para estudarem nos mosteiros fundados por São Bento. Santo Plácido e São Mauro estavam entre os educandos de São Bento.

A Regra de São Bento

A Regra de São Bento (Regula Monasteriorum) é um livro escrito por São Bento, com as regras para a vida monástica comunitária. É um livro com 73 capítulos curtos. A regra prioriza o silêncio, a oração, o trabalho, o recolhimento, a caridade fraterna e a obediência. Assim nascia a famosa Ordem dos Beneditinos, ou Ordem de São Bento, que permanece viva e atuante até hoje, seguindo a mesma regra escrita há mais de 1500 anos. A Regra de São Bento foi também adaptada para várias congregações de monges do ocidente.

Milagres de São Bento

No Monte Cassino, Itália, Bento começou a pregar o Evangelho para o povo. Com a pregação e os inúmeros milagres que fazia, inclusive vários exorcismos, o povo começou a se converter. Assim, o povo de Monte Cassino derrubou o templo de Apolo, que fora construído no cume do monte e com suas ruínas construíram dois conventos com as bênçãos de São João Batista e São Martinho. Esta foi a origem do grande mosteiro de Monte Cassino, criado em 529, com a bênção do Papa Felix lll. 

Devoção a São Bento

São Bento morreu no ano de 547, aos 67 anos. Predisse sua morte no mesmo ano da morte de sua irmã Santa Escolástica, fundadora do ramo feminino da ordem de São Bento. Mandou abrir sua própria sepultura e depois de falar aos monges, de pé com as mãos para o céu, morreu. Parte de suas relíquias estão no Mosteiro de Monte Cassino e outras na abadia de Fleury, na França. São Bento foi canonizado no ano de 1220 e sua festa é comemorada no dia 11 de julho.

Imagem de São Bento

Sua imagem é representada com o livro das regras; um sino, que representa a voz de Deus; um copo quebrado e a serpente representando o veneno; um corvo com um pedaço de pão no bico representando o tempo em que ele passou no deserto e uma vara representando a disciplina.

Medalha de São Bento e sua mensagem

A medalha de São Bento foi esculpida primeiramente nas colunas do mosteiro de Monte Cassino. Na frente da medalha lê-se: Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur. Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte.

No verso encontra-se as seguintes inscrições:

CSPB      - Crux Sancti Patris Benedicti     - (cruz do Santo Pai Bento)

CSSML   - Crux Sacra Sit Mihi Lux             - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)

NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux            - (não seja o Dragão o meu guia)

VRS        - Vade Retro Satana                    - (para trás satanás)

NSMV   - Nunquam Suade Mihi Vana    - (Nunca Seduzas minha alma)

SMQL    - Sunt Mola Quae Libas               - (são coisas más que brindas)

IVB         - Ipse Venana Bibas                     - (Bebas do mesmo veneno)

Oração a São Bento

A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É do mal o que tu me oferece. Beba tu mesmo do teu veneno. Rogai por nós Bem Aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 10 de julho de 2023

DIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI E DE SANTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES - 10 DE JULHO

DIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI E DE SANTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES - 10 DE JULHO

 

 

HOMILIA - 10.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA VERÔNICA GIULIANI 

Ela nasceu Orsola [UrsulaGiuliani em Mercatello no Ducado de Urbino, Itália, em 27 de dezembro de 1660. Seus pais eram Francesco e Benedetta Mancini Giuliani. Ela era a mais jovem das sete irmãs, três das quais abraçaram a vida monástica.

Conta-se que, aos três anos de idade, Ursula supostamente começou a mostrar grande compaixão pelos pobres. Ela separava uma parte de sua comida para eles, e até separava suas roupas quando encontrava uma criança pobre vestida com pouca roupa. Sua mãe morreu quando Ursula tinha sete anos de idade [2].

Quando os outros não aderiram prontamente às suas práticas religiosas, ela estava inclinada a ser ditatorial. Na idade de 16 anos, ela experimentou uma visão que corrigiu essa imperfeição de caráter: ela via seu próprio coração como um "coração de aço". Em seus escritos, ela confessa que teve um certo prazer nas circunstâncias mais imponentes que sua família adotou quando seu pai foi nomeado superintendente de finanças em Piacenza. Quando Verônica chegou à maioridade, seu pai acreditava que ela deveria se casar e, por isso, desejava que ela participasse das atividades sociais dos jovens. Mas ela implorou tão fervorosamente ao pai que, depois de muita resistência, ele finalmente permitiu que ela escolhesse seu próprio estado de vida.

Vida no mosteiro

Em 1677, aos 17 anos, Ursula foi recebida no mosteiro das Clarissas Capuchinhas, em Città di Castello, na ÚmbriaItália, levando o nome de Verônica em memória da Paixão. No final da cerimônia de sua recepção, o bispo disse à abadessa : "Recomendo esta nova filha ao seu cuidado especial, pois ela um dia será uma grande santa".

Verônica tornou-se absolutamente submissa à vontade de seus diretores espirituais, embora seu noviciado fosse marcado por extraordinárias provações interiores e tentações para retornar ao mundo. Em seus primeiros anos no mosteiro, ela trabalhou na cozinhaenfermaria e sacristia e também serviu como porteira. Com a idade de 34 anos, ela foi feita amante principiante [3].

Durante cinquenta anos, Ursula Giuliani viveu como Irmã Veronica no convento dos capuchinhos. Com firme determinação moderada pela humildade, ela levou suas irmãs como amante novata por trinta e quatro anos e como abadessa de onze. Santa Verônica governou o convento com óbvio senso comum e guiou os noviços com prudência. Ela não permitiria que lessem livros místicos, exigindo que eles estudassem livros sobre princípios cristãos. Em 1716, ela foi eleita abadessa. Como uma mulher prática, ela melhorou o conforto de suas irmãs ao ampliar as salas do convento e ter água encanada por dentro [4].

Experiências espirituais

Verônica tinha uma devoção ao longo da vida a Cristo crucificado que eventualmente se manifestou em sinais físicos. As marcas da coroa de espinhos apareceram em sua testa em 1694 e as cinco feridas em seu corpo em 1697. Veronica foi humilhada pelos próprios estigmas e pelos testes rigorosos de sua experiência pelo bispo. Ele removeu o santo da vida comum da comunidade e colocou-a sob constante observação. Quando ele determinou que os fenômenos eram autênticos, ele permitiu que ela retornasse à vida normal do convento e continuasse seu serviço para suas irmãs.

Ela morreu em 9 de julho de 1727, em Città di Castello.

 

HISTÓRIA DE SATNTA FELICIDADE E SEUS 7 FILHOS MÁRTIRES

 

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 09 de julho de 2023

DIA DE SANTA PAULINA - 09 DE JULHO

DIA DE SANTA PAULINA - 09 DE JULHO

HOMILIA - 09.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA PAULINA

Santa Madre Paulina
 

Fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição

Origens

Seu nome de batismo era Amábile Lúcia Visintainer. Ela nasceu em 16 de dezembro de 1865, na cidade de Vigolo Vattaro, região de Trento, que fica ao norte da Itália. Foi a segunda filha de Anna e Napoleão. Seus pais eram cristãos fervorosos, porém muito pobres. Durante a infância de Amábile, toda a Itália passava por uma grave crise econômica e pestes contagiosas. Por isso, quando ela tinha nove anos, seus pais decidiram emigrar para o Brasil.

Chegada ao Brasil

Em 1875 a família de Amábile chegou ao Brasil. Foram para o Estado de Santa Catarina, mais precisamente para a região de Nova Trento, onde vários trentinos já estavam morando. Eles foram se estabelecer num vilarejo recém fundado no meio da mata chamado Vigolo. Tudo era muito precário e pobre. As famílias procuravam manter-se unidas para sobreviverem, alimentando o sonho de um dia prosperarem.

Uma grande amizade

No vilarejo de Vigolo, Amábile travou amizade com uma menina que a acompanharia por toda a vida: Virgínia Nicolodi. As duas já tinham uma fé sólida e esta afinidade as fez crescer ainda mais na amizade. As duas eram sempre vistas rezando na capelinha de madeira. Elas fizeram a primeira comunhão no mesmo dia. Nessa época, Amábile já tinha doze anos de idade.

Pequena missionária

O vilarejo de Vigolo crescia aos poucos. Por isso, o padre responsável pela região, chamado Servanzi, iniciou um trabalho pastoral ali. Logo ele percebeu o espírito comprometido e sábio da adolescente Amábile e incumbiu-a de lecionar o catecismo às crianças, além da ajuda aos doentes e de manter limpa a capelinha do vilarejo, que era dedicada a São Jorge. Esta incumbência certamente ajudou a amadurecer a vocação religiosa no coração de Amábile.

Adolescente caridosa

Amábile assumiu a missão de corpo e alma, levando sempre consigo a amiga Virgínia. As duas dedicavam-se totalmente à caridade para com os mais pobres, ajudando aos doentes, conseguindo mantimentos para os necessitados, ajudando aos doentes, idosos, crianças, enfim, a todos que precisassem. Amábile e Virgínia começaram a ser reconhecidas por todo o povo italiano que vivia naquela região distante e abandonada do Brasil.

Sonhos proféticos com Nossa Senhora

Em 1888 Amábile teve o primeiro de três sonhos com a Virgem Maria. Nesses sonhos, Nossa Senhora disse a Amábile: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” Amábile responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante…” Quando acordou após o terceiro sonho, Amábile assim respondeu em oração: “Servir-vos Minha querida Mãe…sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!”

Um hospitalzinho para os pobres

Amábile pediu e seu pai a ajudou a construir uma casinha de madeira, num terreno perto da capela, doado por um barão. O casebre se transformaria num pequeno hospital onde Amábile e Virgínia dedicaram-se arduamente ao cuidado dos doentes, mas, também, ao cuidado e à instrução das crianças. As duas nem sabiam, mas ali estava nascendo a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

A primeira paciente

A primeira pessoa doente que Amábile e Virgínia receberam no pequeno hospital, foi uma mulher que tinha câncer, em estado terminal. A pobre não tinha ninguém que pudesse cuidar dela. Assim, as duas assumiram a mulher no casebre. Era dia 12 de julho de 1890. Mais tarde, Amábile e Virgínia consideraram essa data como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A Obra iniciou no dia em que as duas amigas começaram a atuar como enfermeiras.

Uma Obra inspirada por Deus

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição foi a primeira congregação feminina fundada no Brasil. Pela santidade e necessidade dessa Obra, ela foi aprovada rapidamente pelo bispo de Curitiba, em agosto de 1895. Quatro meses após a aprovação eclesiástica, Amábile, Virgínia e outra jovem chamada Teresa Maule, fizeram os votos religiosos na Congregação. Na ocasião, Amábile adotou o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Além disso, ela foi nomeada superiora da pequena congregação. Por isso, passou a ser chamada de Madre Paulina.

A semente germina e cresce

A santidade, a caridade e a prática apostólica de Madre Paulina e suas coirmãs fizeram por atrair muitas outras jovens. Apesar da pobreza e das imensas dificuldades em que as irmãzinhas viviam, o exemplo que elas davam arrastava. Por isso, muitas jovens ingressaram na Congregação. Elas continuaram a cuidar dos doentes, da paróquia, das crianças órfãs e dos pobres. Além disso, começaram uma pequena indústria da seda para terem como sobreviver e manter as obras de caridade.

Convite para se instalar em São Paulo

Em 1903, apenas oito anos após a aprovação eclesiástica, o reconhecimento da Congregação já era notório no Brasil por causa da santidade de vida das Irmãzinhas e do trabalho extremamente necessário que realizavam. Por isso, nesse ano, Madre Paulina foi chamada para estender sua obra a São Paulo. Ela viu no convite um chamado de Deus e aceitou o desafio.

A obra em São Paulo

Em 1903, Madre Paulina e algumas irmãs chegaram a São Paulo. Lá, foram morar no bairro Ipiranga, ao lado de uma capela. Logo ela iniciou uma obra importante: a obra da "Sagrada Família", que tinha como objetivo abrigar ex-escravos e suas famílias após a abolição da escravatura, que tinha acontecido em 1888. Essas famílias viviam em péssimas condições e a obra de Madre Paulina deu a elas um pouco de dignidade.

Afastamento, humildade e obediência

Algum tempo depois, a obra cresceu em número de irmãs e em ações sociais. Nesse ínterim, Madre Paulina passou a ser perseguida e caluniada por uma rica senhora, chamada Ana Brotero. Esta, ajudava nas obras. A perseguição foi tanta que, em 1909 o bispo Dom Duarte destituiu Madre Paulina do cargo de superiora da congregação e a exilou em Bragança Paulista, SP. Madre Paulina, num exemplo de obediência, acatou a ordem do bispo, mesmo que em lágrimas de dor. Na ocasião, ela disse: Meu  único desejo é que a obra da Congregação continue para que Jesus Cristo seja conhecido e amado por todos.” No “exílio”, Madre Paulina sujeitou-se aos trabalhos mais humildes e pesados, sem murmurar nem reclamar, mas entregando tudo ao Senhor.

Reconhecimento

Nove anos depois do chamado “exílio”, Madre Paulina foi chamada pelo mesmo bispo de volta à casa geral da Congregação em São Paulo. Suas virtudes de humildade e obediência foram reconhecidas, depois dessa prova de fogo. Por isso, ela foi chamada para viver entre as novas irmãs e servir de exemplo e testemunho cristão para todas. Nesse tempo, destacou-se seu espírito de oração e a grande caridade que tinha para com todas as irmãs, especialmente as doentes.

Morte

A partir de 1938 Madre paulina iniciou um período de grandes sofrimentos físicos. Por causa do diabetes, seu braço direito teve que ser amputado. Depois disso, ficou cega. Foram quatro anos de sofrimentos físicos e de testemunho de fé. Ela permaneceu firme, louvando ao senhor por tudo e sendo cada vez mais amada e admirada pelas irmãzinhas. Por fim, após quatro anos de dor, ela entregou sua alma a Deus, na casa geral da congregação fundada por ela. Era o dia 9 de julho de1942. O papa João Paulo II celebrou sua beatificação em 1991, em visita ao Brasil. Sua canonização aconteceu em 2002, pelo mesmo Papa. Assim, ela passou a ser a primeira santa canonizada no Brasil.

Oração a Santa Madre Paulina

Ó Santa Paulina, que puseste toda a confiança no Pai e em Jesus e que, inspirada por Maria, decidiste ajudar o povo sofrido, nós te confiamos a Igreja que tanto amas, nossas vidas, nossas famílias, a Vida Consagrada e todo o povo de Deus.

(Pedir a graça desejada)

Santa Paulina, intercede por nós, junto a Jesus, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre, na conquista de um mundo mais humano, justo e fraterno. Amém.”

Pai-Nosso - Ave Maria - Glória

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 08 de julho de 2023

DIA DE SÃO PROCÓPIO - 08 DE JULHO

DIA DE SÃO PROCÓPIO - 08 DE JULHO

  

HOMILIA - 08.07.23 

 

 

HISTÓTRIA DE SÃO PROCÓPIO

Seu nome completo era São Procopius de Scythopolis.
 
Nasceu na cidade de Jerusalém e faleceu em Systhopolis no dia 7 de julho de 303.
 
Foi uma das primeiras vitimas do imperador Diocleciano, feroz perseguidor dos cristãos na Palestina. Segundo o historiador Euzebius, em seu texto, conta como Procopius sofreu o seu martírio: O primeiro dos mártires da Palestina foi Procopius, um homem cheio da graça divina que desde sua adolescência devotou a castidade e a pratica das virtudes e da humildade ... .
 
Ele vivia apenas com pão e água e somente comia a cada três dias e as vezes prolongava seu jejum por uma semana inteira. ... Enviado com seus companheiros para a Caesarea... - Pois havia ultrapassado os portões da cidade, desrespeitando as leis romanas vigentes na época, que poibiam o acesso de cristãos em Jerusalem, na antiga Palestina, foi preso e julgado sumariamente pelo juiz local Flaviano, pois acreditava piamente em sua fé e dogmas cristãos, recusando-se a ofertar oferendas, mesmo ao imperador.
 
Condenado, foi decapitado, sendo o primeiro martírio executado na Caesarea.
 
Notoriamente, sua conversão é igual a de São Paulo. Quando estava preso converteu seus guardas. Na presença dos juizes deixou-os boquiabertos com sua notável sabedoria e suas citações de Platão, Aristóteles, Galeno , Homero e Sócrates, o que não impediu a sua morte.
 
Popularmente, era originalmente chamado de Neanias. Nasceu em Jerusalém e foi feito Duque de Alexandria por Diocleciano que o enviou para combater os cristãos na Alexandria.
 
A caminho, teve uma visão similar a de São Paulo, tornando-se cristão. Acorrentado é levado de volta Caesarea onde o governador Oulcion mandou torturá-lo. Com a morte repentina de Oulcion, sucedeu-o Flaviano, que mesmo sob tortura e enriquecedouros argumentos foi assim mesmo executado.
 
É venerado em vários locais construídos em sua homenagem.
 
Fonte: Sanctorum

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 07 de julho de 2023

DIA DE SÃO PANTENO - 07 DE JULHO
 
 

DIA DE SÃO PANTENO - 07 DE JULHO

 

HOMILIA - 07.07.23

 

HISTÓRIA DE SÃO PANTENO

 

Panteno (140?, Sicília, - 216, Alexandria) foi um filósofo, teólogo cristão do século II e Pai da Igreja. Considerado santo pelas Igrejas católica e copta.
 
Foi o fundador da escola teológica de Alexandria, Escola Catequética de Alexandria, também chamada de Didaskaleion em 190 d. C., onde, com seus discípulos Clemente (que o chamou de “a abelha siciliana “), Orígenes e Alexandre elaborou a dogmática cristã, desenvolvendo a Regula fidei à luz da razão filosófica.
 
EsSa escola, a primeira do género no mundo, tornou-se muito influente durante o Cristianismo primitivo e no desenvolvimento da teologia cristã.
 
Educado na doutrina estoica, vivendo em Alexandria. Converteu-se ao Cristianismo e procurou conciliar a nova fé com a filosofia grega.
 
O legado de Panteno é conhecido pela influência da escola catequética de Alexandria no desenvolvimento da teologia cristã, em particular nos debates e interpretação da Bíblia, a Trindade e a Cristologia.
 
Foi mestre de Tito Flávio Clemente, conhecido como Clemente de Alexandria, que viria a substituí-lo posteriormente na direção da escola. Clemente havia sido discípulo de outros seis professores antes de conhecer Panteno. Quando o encontrou, disse: “Encontrei finalmente aquilo que procurava.”
 
Homem de grande cultura que pertenceu à seita dos estóicos mas que, depois da sua conversão ao Cristianismo, se tornou um ardente e zeloso pregador da Palavra, o que lhe mereceu ser nomeado professor e mais tarde diretor da famosa escola catequética de Alexandria.
 
As fontes históricas assinalam-nos que nasceu na Sicilia (Itália) ao redor do ano 140.
 
São poucos e inseguros os dados relacionados com a sua vida e actividade. Alguns autores supõem que nasceu na ilha de Sicília; baseiam-se geralmente na alusão do historiador Eusébio de Cesareia à “abelha siliciana” (História Eclesiástica, V,II,2,), pensando que Clemente de Alexandria, discípulo de Panteno, se refere a ele, ainda que sem o nomear expressamente, em Stromata (I,II,2). Se bem que se conheçam mais dados da sua infância e juventude, sabe-se que Panteno era um filósofo estoico.
 
Mas, tendo conversado e travado amizade com alguns Cristãos, ficou tão apaixonado pela doutrina de Jesus Cristo que abriu os olhos à luz da fé e abraçou de todo o coração a lei do Evangelho, deixando definitivamente as superstições dos falsos deuses e os livros da humana filosofia.
 
Antes da sua conversão ao Cristianismo era profissional da filosofia em Alexandria. Ainda que carecemos de escritos pessoais de Panteno, segundo Filipo de Sida, o seu ponto de partida teria sido a doutrina pitagórica. Porém esta opinião não é admitida comummente, e a generalidade dos autores, baseados em citações de contemporâneos de Panteno, ainda que não de todo contundentes, pensam que a sua filosofia de origem teria sido a estoica.
 
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Depois da sua conversão, estudou com grande cuidado as divinas Escrituras, conferenciando sobre elas com alguns varões virtuosos e eruditos que tinham sido discípulos dos santos Apóstolos.
 
Chegado a Alexandria (no Egito), fez-se aluno dessa famosa escola, em que ensinavam os discípulos de São Marcos Evangelista. Em silêncio escutava todas as suas lições e escondia com tão estranha modéstia e humildade os seus grandes talentos, que custou muito trabalho aos seus professores o descobri-los. No ano de 179, no tempo do imperador Cómodo (180-192) por voz comum, foi eleito professor de dogma e de interpretação da Sagrada Escritura, e como sendo o professor mais ilustre entre todos os do seu tempo, foi eleito diretor da escola (Eusébio, Hist. Ecl. V, 10).
 
Como ensinava com excelente método, atraía de muitas e longínquas terras a numerosos discípulos os quais, vendo a grande vantagem que fazia aquela doutrina do Céu às dos outros filósofos, abraçavam a fé Cristã e apregoavam por toda parte a admirável sabedoria do seu professor.
 
Os cristãos da Índia (os escritores gregos e latinos da época aplicavam o nome de “Índia” à Arábia, Etiópia, Líbia, Pártia, Pérsia e às terras dos medos) que estudavam na Escola da Alexandria, rogaram a Panteno que fosse ao seu país “para pregar aos bramanes”, conforme menciona São Jerónimo. Vencido por seus rogos, Panteno encaminhou-se àquelas apartadas regiões, confirmado na sua missão por Demétrio, Bispo de Alexandria, que o nomeou pregador do Evangelho nas nações do Oriente. Foi missionário e evangelizador da Índia (segundo alguns autores teria ido ao Iémen e à Etiópia).
 
Também o historiador Eusébio assinala que Panteno encontrou naquelas terras a semente da fé, posto que achou uma cópia do Evangelho de São Mateus, em carateres hebraicos e aramaicos, levado àqueles lugares por Bartolomeu, um dos doze Apostolo do Senhor Jesus Cristo.
 
De volta a Alexandría, Panteno -já de idade muito avançada- continuou ensinando algumas lições até que cheio de méritos e virtudes foi chamado pelo Pai, em tempos do imperador Antonino Caracalla (211-217). Sucedeu-lhe na direção da escola o seu discípulo, Clemente da Alexandria, que reconheceu em Panteno o melhor dos seus professores e chamou-lhe “a abelha siciliana” pela sua eloquência.
 
Este laico e muito sapiente Doutor da Igreja é lembrado pela Igreja Católica a 7 de julho, e pela Igreja Copta a 22 de junho.
 
Ignora-se a data exata da sua morte, mas supõe-se que terá falecido em 216.
Fonte: Caminho de Jesus
 

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 06 de julho de 2023

DIA DE SANTA MARIA GORETTI - 06 DE JULHO

DIA DE SANTA MARIA GORETTI - 06 DE JULHO

HOMILA - 06.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA GORETTI

Santa Maria Goretti nasceu na cidade de Corinaldo, Itália, a 16 de outubro de 1890. Era filha de Luigi Goretti e de Assunta Carlini. Sua família era muito pobre, porém, temente a Deus. Os pais ensinavam a fé cristã para os filhos. Maria Goretti teve 5 irmãos: Tereza, Ersília, Angelo, Sandrino e Marciano.

Vida de Santa Maria Goretti

Por causa de situações da época, a família de Maria Goretti ficou mais pobres ainda e perdeu a fazenda onde moravam. Por isso tiveram que mudar para uma casa compartilhada com uma outra família chamada Serenelli. O pai de Santa Maria Goretti foi trabalhar para outros fazendeiros e acaba  morrendo de malária quando Maria Goretti tinha 9 anos de idade.

Morando na casa compartilhada, a beleza de Maria Goretti, com apenas onze anos, despertou paixões desequilibradas em Alessandro Serenelli, um jovem de 20 anos. Alessandro assediava Maria Goretti, mas a menina não cedia aos desejos do jovem.

Foi então, que, no dia 5 de julho de 1902, quando Maria Goretti estava costurando e vigiando sua irmã menor, Alessando entrou e a ameaçou de estupro. Ela se defendeu e começou a rezar, dizendo que era pecado e que ele iria para o inferno. Não conseguindo o que queria, ele lutou com Goretti.

Ela continuava rezando e lutando para se proteger. Vendo que nada conseguiria Alessandro lhe deu 11 facadas. Goretti gritou e tentou fugir. Então, ele acertou mais três facadas na pobre menina e fugiu. O pai de Alessandro chegou e levou Maria Goretti para o hospital. Ela foi operada sem anestesia,  mas os médicos nada puderam fazer porque os ferimentos eram muito grandes.

Antes de morrer, para admiração de todos, Santa Maria Goretti perdoou seu agressor, dizendo que queria encontrar com ele no céu. Disse que ele tentou estuprá-la várias vezes, mas que ela se defendeu sempre. Para a comoção de todos, Maria Goretti faleceu no outro dia, olhando para uma pintura da Virgem Maria.

Milagre de Santa Maria Goretti

Seu assassino foi preso logo depois, julgado e condenado a 30 anos de prisão. Três anos mais tarde ele recebeu a visita do Bispo local e se arrependeu, dizendo que teve um sonho com Santa Maria Goretti, no qual ela lhe entregava flores e estas pegaram fogo assim que ele as segurou. Depois escreveu para o bispo agradecendo a visita e pedindo que ele o incluísse em suas orações.

Quando terminou de cumprir sua pena, Alessandro Serenelli foi à casa da mãe de Santa Maria Goretti, implorar seu perdão. A mãe da Santa disse: Se minha filha, em seu leito de morte te perdoou, eu também te dou meu perdão. Depois disso, os dois foram participar juntos da Santa Missa.

Profundamente arrependido, tocado por Deus e pelo perdão de Maria Goretti e de sua mãe, Alessandro entrou para o Mosteiro da ordem menor dos frades Capuchinos. Lá, ele trabalhou como porteiro e jardineiro. Dizia que Santa Maria Goretti, era sua pequena Santa. Alessando viveu ali até o fim de sua vida, em 1970 e teve a graça de participar da Canonização de Santa Maria Goretti. Certamente, Alessandro se encontrou com a Santa Maria Goretti no céu!

Devoção a Santa Maria Goretti

Papa Pio Xll celebrou a Beatificação de Maria Goretti, no dia 27 de abril de 1947. E em 24 de junho de 1950, celebrou a Canonização da Santa. Foi uma das mais jovens santas da Igreja católica. Sua mãe e 4 irmãos estavam presentes na cerimônia, inclusive seu assassino arrependido, Alessandro Serenelli.

Mais de 500 mil pessoas assistiram a celebração na praça se São Pedro, em Roma. Foi um momento inesquecível para a história da Igreja, onde todos puderam ver como a misericórdia de Deus pode transformar tudo, inclusive situações quase sem esperança como o assassinato de uma menina de onze anos.

Festa a Santa Maria Goretti

A festa de Santa Maria Goretti é celebrada no dia 6 de julho. Ela é tida como a Santa da Castidade, da juventude, da pobreza, das vítimas de estupro, da pureza de coração e do perdão. Ela é representada carregando lírios, sinal de pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade.

Oração  a Santa Maria Goretti

Oh Santa Maria Goretti, que, reforçada pela graça de Deus, não hesitou, mesmo com a idade de 11 anos, em derramar teu sangue em sacrifício da própria vida para defender tua pureza virginal, olhai graciosamente para a infeliz raça humana, que se desvia muito longe do caminho da eterna salvação.

Ensinai-nos a todos, e especialmente à juventude, com coragem e presteza, que devíamos fugir, por amor a Jesus, de tudo o que possa ofender ou manchar as nossas almas com o pecado.

Obtenha para nós a partir de Nosso Senhor, vitória na tentação, conforto nas tristezas da vida, e a graça que fervorosamente imploro-te, (fazer seu pedido), e possamos desfrutar um dia da imperecível glória do Céu. Amém. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 05 de julho de 2023

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS - 05 DE JULHO

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS - 05 DE JULHO

HOMILIA - 05.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIAS

Antônio Maria nasceu na rica família Zacarias, da tradicional nobreza italiana, na cidade de Cremona, em 1502. Era o filho único de Lázaro e Antonieta, e seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Nessa ocasião, não faltaram os pretendentes à mão da jovem viúva, que contava com dezoito anos de idade. Mas Antonieta preferiu afastar-se de todos. Tornou-se exemplo de vida austera, séria e voltada para a fé, dedicando-se exclusivamente à educação e formação do filho. E seu empenho ilustra a alma do homem que preparou para o mundo e para a Igreja.

Em pouco tempo, Antônio Maria era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Contam os escritos que era comum chegar do colégio sem seu caro manto de lã, pois o deixava sobre os ombros de algum mendigo que estava exposto ao rigor do frio.

Ao completar dezoito anos de idade, doou toda sua herança para sua mãe, e foi estudar filosofia em Pávia e medicina em Pádua. Ao contrário dos demais estudantes, que pouco aprendiam e mais se dedicavam à vida de diversões das metrópoles, como em todas as épocas, Antônio Maria usava todo o seu tempo para estudar e meditar. Em vez de vestir-se como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.

Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes.

Distribuía os remédios científicos juntamente com o conforto, a esperança e a paz de espírito. Finalmente, sua espiritualidade venceu a ciência e, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote.

Com as bênçãos da mãe, que ficou feliz, mas sozinha, ele foi exercer seu apostolado em Milão. Ali, na companhia de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira Casa da Ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Depois, com apoio da condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, fundou também a Congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Toda a sua Obra se voltou à reforma do clero e dos leigos, reaproximando-os dos legítimos preceitos cristãos.

Tendo como modelo são Paulo, era também um devoto extremado da santa eucaristia. Foi o padre Antônio Maria que instituiu as "quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento", e também o soar dos sinos às quinze horas para indicar a Paixão de Jesus na cruz.

Durante uma de suas numerosas missões de oração e pregação que efetuava na Itália meridional, foi acometido pela epidemia que se alastrava na região. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando isto aconteceu. Como médico que era, sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta.

Ele morreu, sob o teto da mesma casa onde nasceu, em 5 de julho de 1539, e foi canonizado em 1897. Tendo em vista a criação do Grupo de Casais, santo Antônio Maria Zacarias é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 04 de julho de 2023

DIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL - 04 DE JULHO

DIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL - 04 DE JULHO

HOMILIA - 04.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA ISABEL DE PORTUGAL

Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal (1271-1336) foi rainha consorte de Portugal, esposa do rei D. Diniz. Reputada como fazedora de milagres foi beatificada pelo papa Leão X, em 1516, e canonizada pelo papa Urbano VIII, em 1625.

Isabel de Aragão nasceu no Palácio de Aljaferia, em Saragoça, Espanha, no dia 4 de janeiro de 1271. Era filha de D. Pedro III rei de Aragão e de D. Constança de Hohenstaufen. Muito católica, desde pequena, já rezava e fazia jejuns.

Isabel era muito formosa, de grande coração e muita caridade. Ela não gostava de música, passeios, nem de joias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.

Com apenas 12 anos, foi pedida em casamento por três príncipes, mas seus pais escolheram D. Diniz, herdeiro do trono de Portugal, apesar de Isabel estar mais inclinada a encerrar-se em um convento.

Isabel de Aragão teve dois filhos, Constança e Afonso, o herdeiro, mas seu coração era grande, pois dava guarita aos filhos ilegítimos do rei.

Conhecidos eram seus esforços para apaziguar as negociações de paz entre D. Diniz e seu irmão D. Afonso, que reclamava ser o legítimo herdeiro, pelo fato de D. Diniz ter nascido antes de o papa ter reconhecido seu casamento com D. Beatriz de Castela.

Conta-se que D. Isabel tentou mediar uma discórdia entre D. Diniz e seu filho Afonso, mas não conseguindo se interpôs entre os dois exércitos. Comoveu pai e filho e obteve a paz.

Milagres de Santa Isabel de Portugal

D. Isabel costumava dizer:

“Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.”

Com esse espírito, não foi difícil criar em sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres, como a cura de sua dama de companhia e de diversos leprosos.

Diz-se também que fez com que uma criança pobre e cega começasse a ver e que curou em uma só noite os graves ferimentos de um criado.

Um dos mais conhecidos milagres de santa Isabel é o das rosas. Conta-se que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da região de Alvalade quando D. Diniz apareceu.

O rei perguntou a D. Isabel: “O que levas aí, senhora?” Para não desgostar o marido, que era contra essas doações, ela respondeu: “Levo rosas, senhor.” E, abrindo o manto, perante o olhar surpreso do rei, não se viam moedas, mas sim rosas vermelhas.

Em outra versão, conta-se que, certa vez, numa manhã de inverno, D. Isabel, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido uma dobra de seu vestido com pães para distribuir.

Tendo sido apanhada pelo rei, que a questionou sobre onde ia e o que levava, ela exclamou: “São rosas, senhor!” Mas o rei indagou: “Rosas no Inverno?” A rainha mostra ao rei os pães e o que ele vê são rosas.

 

isabel de aragão

As rosas aparecem ainda em outras lendas. Uma na construção de um templo em Alenquer, quando pagou aos operários com rosas que se transformaram em dinheiro. Em outra, estava a pagar com moedas de ouro a construção do Convento de Santa Clara quando apareceu o soberano e ela, outra vez mais, mostrou-lhe rosas.

Com a morte de D. Diniz, em 1325, D. Isabel retirou-se para o Mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde passou a viver como religiosa, sem votos, após ter deposto a coroa real no santuário de Compostela e haver dado todos os seus bens pessoais aos mais necessitados.

Morte

D. Isabel de Aragão passou o resto de sua vida na pobreza voluntária. Fixou residência em Coimbra, junto do Convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana. Mandou construir os hospitais de Coimbra, e Santarém e de Leiria, para receber os pobres.

Quando D. Isabel deixou Coimbra para pacificar o filho D. Afonso IV de Portugal, e o neto, Afonso XI de Castela, que ameaçavam uma guerra, faleceu durante a viagem, vítima de lepra.

isabel de aragão

D. Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal faleceu em Estremoz, Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Seus corpo foi enterrado no Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 03 de julho de 2023

DIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO - 03 DE JULHO

DIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO - 03 DE JULHO

HOMILIA - 03.07.23

 

HISTÓRIA DE SÃO TOMÉ APÓSTOLO

Origens

Tomé foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus (Marcos 3, 18; Mateus 10, 3) Era judeu, da Galiléia e provavelmente pescador. Seu nome aparece onze vezes no Novo Testamento. Tomé ou Tomás, significa “gêmeo”. No grego, a palavra equivalente é Didymus. Isto nos faz supor que ele tinha um irmão gêmeo. Ele acompanhou Jesus como discípulo durante os três anos de vida pública do Mestre. Após a morte de Jesus, Tomé estava entre os Apóstolos que receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Depois disso, sabe-se que ele foi pregar o Evangelho na Índia.

A Dúvida de São Tomé

A memória de São Tomé está fortemente relacionada ao fato de ele ter duvidado de seus companheiros, quando estes lhe afirmaram terem visto Jesus ressuscitado (João 20, 24-29). Ele quis “ver para crer”. Neste sentido, ele representa a cada um de nós quando passamos por momentos de dúvida. Por outro lado, sua dúvida nos ajuda a entender que Deus não rejeita a necessidade de certeza, mas elogia aqueles que “creem sem terem visto”. Porém, que possamos nos inspirar também no seu testemunho de fé quando a verdade se apresenta.

Tomé no Novo Testamento

O nome de Tomé aparece onze vezes no Novo Testamento:

Mt 10,3 - Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.

Mc 3,18 - Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;

Lc 6,15 - Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador;

Jo 11,16 - A isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele.

Jo 14,5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?

Jo 20,24 - Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

Jo 20,26 - Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!

Jo 20,27 - Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé.

Jo 20,28 - Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!

Jo 21,2 - Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.

Atos 1,13 - Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago.

Três passagens

O Evangelho de São João apresenta três passagens importantes onde Tomé se torna protagonista, revelando um temperamento melancólico, pessimista e para quem tudo tem que ser muito esclarecido.

A primeira delas é quando emissários de Lázaro, amigo de Jesus, pede que o mestre vá curar Lázaro que está doente. Jesus estava sendo perseguido pelos líderes judeus. Então Tomé diz: “Vamos também nós, para morrermos com ele” (Jo 11,16).

A segunda intervenção importante de Tomé, mostra, mais uma vez, seu pessimismo, mas dá a Jesus a oportunidade de fazer uma de suas revelações mais importantes: “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Ao que Jesus respondeu: Eu sou o Caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14,5-6)

E a terceira passagem, como vimos, foi quando Tomé duvidou da ressurreição de Jesus e quis “ver para crer” (Jo 20, 24-29). A incredulidade de São Tomé transformou-se numa das provas da ressurreição de Cristo, pois, foi atestada por um cético.

Apóstolo

Após a ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo em Pentecostes, Tomé, como todos os outros apóstolos, saiu para pregar o Evangelho onde Deus o levasse. Sabe-se que ele anunciou a Boa Nova entre os partas, os medos e os persas. A Tradição aponta também que foi ele quem levou o Evangelho pela primeira vez à Índia. Lá, foi perseguido por líderes religiosos

Missionário e mártir na Índia

Os católicos de Malabar, na Índia, cultuam São Tomé há dois mil anos. A Tradição local conservou a história de São Tomé como evangelizador daquele local. Conservam também a história de seu martírio através dos hindus, que o feriram mortalmente com lanças por causa do poder de sua pregação. Com efeito, a pregação de São Tomé converteu a muitos na região e nasceu ali uma fervorosa comunidade cristã que dura dois mil anos.

Comprovação

Documentos antiquíssimos atestavam a ida de São Tomé para a Índia e seu martírio através de lanças. Muito mais tarde, no Século XVI, quando os portugueses chegaram àquele país, descobriram a cripta onde está sepultado o corpo de São Tomé, bem como suas relíquias, um pouco de sangue coagulado e um pedaço de uma lança que o feriu de morte. São Francisco Xavier, também no Século XVI encontrou a herança cristã deixada por São Tomé na Índia.

Milagre da Tsunami

No ano de 2004 um fato mexeu com toda a região. Em dezembro desse ano, como foi noticiado, uma terrível tsunami devastou totalmente a região. Porém, a Igreja de São Tomé onde se conversam suas relíquias, ficou intacta. Uma tradição local conta que São Tomé fincou um poste em frente ao local onde fica a igreja, afirmando que as águas do mar jamais ultrapassariam aquela marca. O poste se conserva até hoje e fica em frente do local onde, mais tarde, construiu-se a igreja dedicada a ele. Por causa disso, alguns sacerdotes hindus da região decidiram não mais perseguir os cristãos do local.

Oração a São Tomé

Ó Apóstolo São Tomé, experimentaste o desejo de querer morrer com Jesus, sentiste a dificuldade de não conhecer o Caminho, e viveste na incerteza e na obscuridade da dúvida, no dia de Páscoa. Na alegria do encontro com Jesus Ressuscitado, na comoção da fé reencontrada, num ímpeto de terno amor, exclamaste: "Meu Senhor e meu Deus!" O Espírito Santo, no dia de Pentecostes, transformou-te num corajoso missionário de Cristo, incansável peregrino do mundo, até aos extremos confins da terra. Protege a tua Igreja, a mim e à minha família e faz com que todos encontrem o Caminho, a Paz e a Alegria para anunciar, com paixão e abertamente, que Cristo é o único Salvador do Mundo, ontem, hoje e sempre. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 02 de julho de 2023

DIA DE SÃO BERNARDINO REALINO - 02 DE JULHO

DIA DE SÃO BERNARDINO REALINO - 02 DE JULHO

HOMILIA - 02.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO BERNARDINO REALINO'

Origens

Bernardino nasceu na ilha de Capri, Nápoles, Itália, em 1 de dezembro ao ano 1530. Era filho de uma família rica e nobre, a família Realino. Na infância, recebeu formação cristã tradicional. Quando jovem, destacou-se pela Inteligência. Seus pais o enviaram para estudar na famosa Academia de Modena e, mais tarde, para a não menos famosa Universidade de Bolonha. Lá, ele se formou em direito civil e eclesiástico, além de filosofia e medicina.

Político

Aos vinte e cinco anos, o brilhante Bernardino ingressou na carreira da administração, por indicação de um cardeal amigo de sua família e governador da cidade de Milão. A partir desse momento, sua carreira decolou e ele passou a ocupar cargos importantes da administração e da política em vários lugares. Em dez anos, ele foi prefeito da cidade italiana de Felizzano de Monferrato, depois, advogado fiscal na famosa Alexandria, prefeito da cidade de Cassine, prefeito de outra cidade chamada Castel Leone e, por fim, foi nomeado auditor e lugar-tenente da grande cidade de Nápoles. Nesse tempo, ele nunca deixou de ajudar os pobres.

Um toque da Virgem Maria

A carreira política de Bernardino ia de vento em popa quando, em 1564, ele caiu gravemente doente. No leito, procurou novamente a oração. Certo dia, teve a visão da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo e ficou curado. O fato causou uma profunda mudança no coração de Bernardino. Ele percebeu que Deus estava lhe dando uma segunda chance e que tinha uma missão muito mais importante para cumprir neste mundo. Por isso, procurou um sacerdote jesuíta, que o acolheu e se tornou seu diretor espiritual.

Vida religiosa

Aos trinta e cinco anos Bernardino ingressou na vida religiosa e foi ordenado sacerdote jesuíta. Como padre, intensificou o trabalho que já realizava junto aos pobres e tornou-se um grande evangelizador. Manifestou-se nele o dom da cura e dom extraordinário do conselho. Por isso, passou a ser procurado por todos, desde os príncipes, as autoridades religiosas e o povo em geral. Todos buscavam seu conselho iluminado. O pala Paulo V e alguns reis escreveram a ele pedindo orientação.

Padroeiro em vida

No ano 1574, o Padre Bernardino foi enviado à cidade de Lecce para fundar ali um colégio da Ordem dos Jesuítas. Lá, ele exerceu seu ministério sacerdotal por quarenta e dois anos. A sua atuação nesta comunidade foi tão marcante, que, quando adoeceu e estava prestes a falecer, o Conselho Municipal se reuniu à sua volta para pedir que ele aceitasse ser o padroeiro da cidade e intercedesse a Deus por ela. De viva voz, São Bernardino aceitou. Trata-se do único fato desse tipo registrado na tradição católica.

Morte

São Bernardino faleceu quanto tinha oitenta e seis anos. Era o dia 2 de julho do ano 1616. Desde então, passou a ser o padroeiro de Lecce mesmo antes de ter sido canonizado. Sua beatificação aconteceu 1m 1895 e a canonização em 1947. Mais tarde, ele se tornou também o padroeiro da cidade de Capri.

Oração a São Bernardino Realino

Ó Deus, que destes a São Bernardino Realino a graça de conhecer-vos a ponto de abandonar as honras, o luxo e as glórias humanas por causa de vós, dai também a nós a graça de conhecer-vos profundamente, para que possamos produzir frutos de santidade e amor como São Bernardino Realino. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bernardino Realino, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 01 de julho de 2023

DIA DE SÃO GALO - 01 DE JULHO

DIA DE SÃO GALO - 01 DE JULHO

HOMILIA - 01.07.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GALO

Filho de pais nobres e ricos, Galo nasceu na cidade de Clermont,  França, no ano 489. Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isto, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de nobre estirpe. Mas Galo desde criança já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se num convento.

Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.

Sua atuação religiosa fez dele uma pessoa querida. Foi designado para atuar na corte de Teodorico. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.

Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Salvou sua cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais e livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região.

Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 30 de junho de 2023

DIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA - 30 DE JUNHO

DIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA - 30 DE JUNHO

HOMILIA - 30.06.23

 

 

HISTÓRIA DOS SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA

A atual celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos protomártires da Igreja de Roma, vítimas da perseguição de Nero, em seguida ao incêndio de Roma, ocorrido a 19 de julho de 64. Por que Nero perseguiu os cristãos? Diz-nos Cornélio Tácito no XV livro dos Anais: “Como circulavam vozes que o incêndio de Roma tivesse sido fraudulento, Nero apresentou como culpados, punindo-os com penas excepcionais, os que, odiados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo cristãos”.

Nos tempos de Nero, em Roma, ao lado da comunidade judaica, vivia a pequena e pacífica comunidade dos cristãos. Sobre estes, pouco conhecidos, circulavam notícias caluniosas. Nero descarregou sobre eles, condenando-os a cruéis sacrifícios, as acusações feitas a ele. Por outro lado as ideias professadas pelos cristãos eram desafio aberto aos deuses pagãos, ciumentos e vingativos. “Os pagãos — lembrará mais tarde o escritor Tertuliano — atribuem aos cristãos toda sorte de calamidade pública, todo flagelo. Se as águas do Tibre saem do leito e invadem a cidade, se ao contrário as águas do Nilo não crescem para inundar os campos, se houver seca, carestia, peste, terremoto, é tudo culpa dos cristãos, que desprezam os deuses, e de todos os lados se grita: os cristãos aos leões!”

Nero teve a responsabilidade de haver dado início à absurda hostilidade do povo romano, que na verdade era muito tolerante em matéria de religião, em relação aos cristãos: a ferocidade com a qual atingiu os presumíveis incendiários não encontra justificação nem no supremo interesse do império. Episódios horrendos como os das tochas humanas, cobertas de piche e incendiadas nos jardins da colina Oppio, ou como o de mulheres e crianças vestidas com peles de animais e abandonadas à mercê dos animais ferozes no circo, foram tais que chegaram a produzir sentimento de piedade e de horror no povo romano. “Então — escreve ainda Tácito — manifestou-se um sentimento de piedade, ainda que se tratasse de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que eram eliminados não pelo bem público, mas para satisfazer a crueldade de um indivíduo”, Nero. A perseguição não se limitou àquele verão fatal de 64, mas se prolongou até 67.

Entre os mais ilustres mártires está o príncipe dos apóstolos, crucificado no circo de Nero, onde surgiu a basílica de são Pedro, e o apóstolo dos gentios, são Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense. Após a festividade conjunta dos dois apóstolos, o novo calendário quis justamente celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 29 de junho de 2023

DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 DE JUNHO

 

DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 DE JUNHO

HOMILIA - 29.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Em 29 de junho é celebrado o Dia de São Pedro e São Paulo.

Estas são festividades típicas da Igreja Católica, em honra ao martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo, principais líderes no surgimento da Igreja Cristã.

A festa de São Pedro é uma das mais comemoradas entre as chamadas “festas juninas”. Normalmente, nestas celebrações são feitas muitas quermesses e grandes fogueiras, assim como acontece no Dia de São João.

Os cristãos ortodoxos também realizam esta festa, mas o fazem no dia 12 de julho.

Origem do Dia de São Pedro e São Paulo

A origem desta celebração é muito antiga e, supostamente, ocorre em 29 de junho, pois teria sido a data do aniversário de morte e do translado das relíquias de ambos os santos.

Acredita-se que essas as festas juninas foram inspiradas nos rituais de comemoração da fertilidade da terra, no período pré-gregoriano durante o solstício de verão na Europa.

Posteriormente, foram adotadas pela Igreja Católica como homenagem aos santos do mês. No Brasil, os registros históricos apontam que desde o século XVII as festas juninas eram comemoradas.

O dia de São Pedro e São Paulo tem como objetivo manter viva na memória dos cristãos as origens da Igreja e, por isso, são celebrados no mesmo dia, pois estavam unidos no mesmo propósito.

Esta data ainda é considerada o Dia do Papa, pois São Pedro, segundo os católicos, foi o primeiro Papa da Igreja, além de ter sido o que permaneceu por mais tempo com esse título (37 anos).

São Pedro e São Paulo: conheça a história dos santos juninos

Pedro era um pescador no Mar da Galileia e largou sua vida para seguir Jesus, sendo apontado como seu sucessor entre os doze apóstolos e teve a missão de construir uma igreja que continuasse a obra do Messias.

Uma das histórias mais conhecidas sobre a vida de Pedro foi a ocasião em que o apóstolo negou Jesus três vezes ao seu mestre ser preso, sendo tomado pelo arrependimento em seguida.

Para os católicos, São Pedro recebeu a missão de ser líder da Igreja de Cristo, assim como diz as escrituras “Tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18).

Por outro lado, Paulo de Tarso, cuja conversão ocorreu quando estava em direção a Damasco, conforme os registros de Atos 9:3-5: “Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

Paulo não esteve entre os doze discípulos que seguiram Jesus mais de perto. No entanto, converteu-se e tornou-se um dos grandes evangelizadores da igreja primitiva, tornando-se um dos grandes responsáveis pela sua expansão.

Ambos morreram martirizados. São Pedro foi crucificado, mas pediu para que a cruz ficasse de cabeça para baixo, pois não se sentia digno de ter a mesma morte que seu mestre. Já São Paulo foi degolado em Roma.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 28 de junho de 2023

DIA DE SANTO IRINEU - 28 DE JUNHO

DIA DE SANTO IRINEU - 28 DE JUNHO

HOMILIA - 28.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO IRINEU

Dia de Santo Irineu é celebrado em 28 de junho.

Esta data homenageia o santo tido como o primeiro teólogo do cristianismo, Irineu ou Ireneu de Lyon.

Não existem muitas informações sobre a vida de Irineu, mas sabe-se que teria nascido na região da Ásia Menor, em Esmirna, por volta de 130 - 135 e de pais cristãos.

Irineu foi discípulo de São Policarpo que, por sua vez, foi seguidor do Apóstolo São João, o Evangelista.

Santo Irineu desempenhou um importante papel para o fortalecimento da Igreja primitiva, além de também ter contribuído para o fortalecimento da Igreja do Oriente. Grande parte dos dados históricos sobre a Igreja cristã do século II, é obra deste bispo.

Versado em idiomas e muito estudioso, Santo Irineu atuou ao lado do primeiro bispo de Lyon, na França, combatendo a heresia dos hereges montanhistas.

Foi bispo da cidade de Lyon e aí faleceu. Os originas de suas obras foram perdidos, mas sobrevivem as traduções de livros como “Contra as heresias” e “Demonstração da pregação apostólica”.

Santo Irineu de Lyon é venerado pela Igreja Católica, Igreja Luterana, Igreja Ortodoxa e pela Comunhão Anglicana. A Igreja Ortodoxa celebra a sua festa litúrgica em 23 de agosto, diferentemente das demais que comemoram o 28 de junho, data do seu martírio.

O nome "Irineu" vem do grego e significa literalmente "pacificador" ou "pacífico", uma característica que faz jus ao trabalho deste santo durante a sua vida.

São Irineu é padroeiro daqueles que combatem as heresias.

Oração a Santo Irineu

"Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Amém."


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 27 de junho de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO E DE SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA - 27 DE JUNHO
 

DIA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORROE DESÃO CIRILO DE ALEXANDRIA

 

HOMILIA - 27.06.23

 

 

HISTÓRIA E NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO 

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone (pintura de Nossa Senhora) milagroso, que foi roubado de uma Igreja na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre a madeira, em estilo bizantino.

Imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Na pintura, Maria é representada segurando o menino Jesus em seu colo. O menino Jesus observa dois anjos que lhe mostram os elementos de sua paixão; Os anjos seguram uma cruz, uma lança e uma vara com uma esponja. O menino se assusta, abraça a Mãe e uma sandália lhe cai dos pés. Arcanjo Gabriel e arcanjo Miguel flutuam acima dos ombros de Maria. O ícone seria uma “cópia do quadro de Maria Pintado por São Lucas”.

História de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título que os cristãos deram a Maria em homenagem e agradecimento à sua atenção constante e perpétua para com a humanidade. Perpétuo socorro quer dizer socorro eterno, socorro sempre. Sempre que precisar. Socorro de Mãe. A mãe nunca esquece o filho, nunca abandona os filhos. Assim é o Perpétuo Socorro de Maria.

Um homem que ganhava a vida como comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma violenta tempestade quase fez o navio naufragar. Após chegar em Roma, ele adoeceu. Arrependido, contou a um amigo sua história e pediu para que ele devolvesse o ícone  a uma Igreja para ser venerado pelos fiéis.

A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu a sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja, ou na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior. No dia 27 de março de 1499 o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.

Esquecimento e reencontro

Quando Roma foi invadida pelos os franceses, no século XVIII, aconteceu algo muito triste: a Igreja de São Mateus foi destruída. Com isso, os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto. Ali ela permaneceu esquecida, por 30 anos. Mas um monge agostiniano que tinha muita devoção a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, antes de morrer, contou a história da imagem e da devoção a um coroinha, que tempos depois se tornou padre Redentorista. Passado um tempo os Redentoristas compraram uma área para fazer a sua Casa Mãe da congregação e o jovem padre ajudou a reencontrar o ícone.

Redescoberta do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

No começo de 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas. Na ocasião, o papa fez a eles esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção.” Fizeram então muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Depois desta missão recebida do papa, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passou a ser oficialmente a Padroeira dos Redentoristas. Sua festa é comemoradaem 27 de junho. Após a restauração da imagem, ela foi devolvidaà Igreja de Santo Afonso. Lá passou a ser venerada pelo povo. O quadro, atualmente, em se tratando de ícone bizantioa, é o mais venerado em todo o mundo.

Oração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Ó mãe do Perpétuo Socorro, nós vos suplicamos, com toda a força de nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de insegurança e sofrimento. Que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos deixar cair em tentação. Que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso coração e fazer a vontade do Pai. Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos. Iluminai nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do povo de Deus.

Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e missionárias, para a maior difusão do reino de filho Jesus Cristo. Enfim derramai nos corações de vossos filhos e filhas a Vossa Benção de amor e misericórdia.

Sede sempre o nosso Perpétuo Socorro na vida e principalmente na hora da nossa morte. Amém. 

 

HISTÓRIA DE SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA

 

Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.

Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.

Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.

O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.

Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as ideias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.

Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 26 de junho de 2023

DIA DE SÃO JOÃO E SÃO PAULO, MÁRTIRES - 26 DE JUNHO

HOMILIA - 26.06.23

 

 

HISTÓRI DE SÃO JOÃO E SÃO PAULO, MÁRTIRES

João e Paulo são dois santos que foram martirizados em Roma no dia 26 de junho. Eles não devem ser confundidos com os Apóstolos de mesmo nome (João e Paulo). O ano da morte deles é incerto, de acordo com os seus Atos, mas se sabe que foi durante o reinado de Juliano, o Apóstata (r. 361-363).

História: Na segunda metade do século IV, Bizâncio, um senador romano, e Pamáquio, seu filho, fizeram de sua casa, no monte Célio, uma basílica cristã. No século V, os presbyteri tituli Byzantii (sacerdotes do titulus de Bizâncio) foram mencionados numa inscrição e aparecem entre os signatários da ata de um concílio em Roma em 499. A igreja era também chamada de titulus Pammachii em homenagem a Pamáquio, um amigo de São Jerônimo. Nos antigos aposentos do piso térreo da casa de Bizâncio, que ainda existe e está sob a basílica, está o túmulo de dois mártires romanos, João e Paulo, um local que já era objeto de veneração no início do século V. Porém, o Sacramentarium Leonianum indica, em seu prefácio à festa dos santos, que seus restos foram depositados nas muralhas da cidade após o martírio, enquanto que em um dos primeiros itinerários de visita às tumbas dos mártires romanos, o túmulo deles estava indicado como estando numa igreja no monte Célio. Seja como for, o titulus Byzantii ou Pammachii ficou conhecido, já há muito, pelo nome dos dois mártires (titulus SS. Joannis et Pauli). Não se discute que os dois foram de fato mártires, mas como e quando seus restos foram transportados para a casa de Bizâncio sob a basílica, só sabemos que ocorreu após o século IV. Os aposentos do térreo da citada casa de Pamáquio foram redescobertos sob a Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma. Eles estão decorados com importantes afrescos e o túmulo original dos mártires (confessio) está coberto de pinturas sobre eles. Os aposentos e a tumba são um dos primeiros e mais importantes memoriais cristãos em Roma.

De acordo com os seus "Atos" (Acta), os mártires eram eunucos de Constantina, filha de Constantino, e conheceram um tal Galicano, que construiu uma igreja em Ostia. Por ordem do imperador romano Juliano, o Apóstata, eles foram decapitados secretamente por Terenciano na casa deles, no monte Célio, local onde uma igreja foi posteriormente erguida e onde eles foram enterrados. 

Desde a construção da basílica, os dois santos são objeto de grande devoção e o seus nomes são parte do Cânone da Missa. A Basílica de Santi Giovanni e Paolo, em Roma, é dedicada a eles, assim como a Basílica de San Zanipolo ("Zanipolo" é o termo para João e Paulo na língua veneziana), em Veneza. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 25 de junho de 2023

DIA DE SÃO GUILHERME DE VERCELLI - 25 DE JUNHO

DIA DE SÃO GUIHERME DE VERCELLI - 25DE JUNHO

HOMILIA - 25.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GUILHERME DE VERCELLI

Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasceu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares, que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.

Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas, devido às turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali permaneceu em silêncio, penitência e oração.

São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E dessa forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.

Combatente contra o mal, durante os 57 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que, diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e, por graça, foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.

São Guilherme morreu no dia 25 de junho de 1142, no mosteiro de Goleto. Em 1942, o papa Pio XII canonizou-o e declarou São Guilherme de Vercelli padroeiro principal da Irpínia.

São Guilherme de Vercelli, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 24 de junho de 2023

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA - 24 DE JUNHO

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA - 24 DE JUNHO

HOMILIA - 24.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA

São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel, que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do Templo de Jerusalé,m chamado Zacarias. Sua mãe foi Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus. São João Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno. Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.

A importância de São João Batista

São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.

Nascimento milagroso de São João Batista

A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o Anjo Gabriel apareceu a Zacarias, quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo, e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.

Isabel e a Ave Maria

Nesse mesmo tempo, o Anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o Anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe, e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem a graça que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Essa saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.

Vida no deserto

Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam, e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão.

O batismo de Jesus

Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista, para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou, e São João Batista batizou Jesus. Assim Jesus começou sua vida pública.

Prisão e morte de João Batista

Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, rei fantoche de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.

São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então, Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)

Devoção a São João Batista

São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da Igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.

Oração a São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão  daquele que vós anunciastes com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém. 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 23 de junho de 2023

DIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO - 23 DE JUNHO

DIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO - 23 DE JUNHO

HOMILIA - 23.06.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ CAFASSO

Origens

José Cafasso nasceu na mesma cidade de Dom Bosco, chamada Castelnuovo d'Asti, Itália, no ano 1811. Era quatro anos mais velho que seu conterrâneo Dom Bosco, o grande evangelizador dos Jovens. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Cafasso ajudou muito a Dom Bosco.

Conselheiro sábio

José Cafasso estudou teologia na cidade de Turim. Foi ordenado padre com apenas vinte e dois anos. Logo, destacou-se por causa de sua serenidade e sabedoria. Por causa disso, era muito procurado por seus colegas sacerdotes, que buscavam nele aconselhamento, oração e discernimento.

Mestre

Depois de ordenado, padre José Cafasso também foi professor. Nessa missão, teve João Bosco, o futuro São João Bosco (Dom Bosco) como um de seus alunos. Conhecendo os ideais de Dom Bosco, passou a apoia-lo em todas as suas ações em favor dos adolescentes e jovens. Até mesmo quando Dom Bosco encheu a escola de meninos pobres da região, aqueles que eram marginalizados do processo de educação.

Amigo dos presidiários

Dom Bosco tornou-se um padre eloquente e carismático em sua lida com os jovens e adolescentes. Já o padre José Cafasso era dado à contemplação. Dedicava muito tempo a ouvir o povo em confissão e a aconselhar com grande sabedoria. Esse amor pela confissão o levou às prisões. Tomou como um dos grandes objetivos de sua vida atender os presos e criminosos que se abriam á confissão. Fora da confissão procurava também orientá-los, instruí-los e confortá-los nesse tempo difícil da vida. Muitos foram os presidiários que se converteram ou se recuperaram por causa de suas orientações e orações.

Suporte para Dom Bosco

Quando Dom Bosco levou um grande número de crianças e adolescentes para sua própria casa, padre José Cafasso prestou fultosa ajuda finanaciera, sem a qual tal ação não seria possível. E São José Cafasso ele fez ainda mais: pouco tempo antes de falecer, doou todos os bens que tinha a São João Bosco, para que este continuasse com sua magnífica obra com os adolescentes e jovens.

Amor e misericórdia

São José Cafasso faleceu ainda jovem, tendo apenas quarenta e nove anos de idade. Era o dia 23 de junho de 1860. O belo título de "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" mostra claramente como ele viveu sua missão apostólica. As visitas que ele fazia ás prisões eram grande consolo para os presos. Ele se fez presente em quase todos os enforcamentos que aconteceram em Turim. Por sua presença constante entre os condenados à morte, recebeu o apelido de Padre da Força; Além disso, socorreu inúmeras famílias necessitadas, evitando que os filhos se desviassem do caminho de Deus. Sua canonização aconteceu em 1947.

Oração a São José Cafasso

“São José Cafasso que fostes tão generoso para com nosso amado são João Bosco, assistindo-o em suas necessidades e que como sacerdote acompanhastes à força a inúmeros condenados à morte, mostrando sempre atenção aos encarcerados, vós que tínheis o dom do conselho, e morrestes tão santamente em oração e na paz, pedimos que intercedais junto a Deus para que nos dê o dom do sábio conselho e nunca deixemos de orar por todos os que estão à beira da morte, principalmente pelos mais abandonados. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 22 de junho de 2023

DIA DE SÃO PAULINO DE NOLA - 22 DE JUNHO

DIA DE SÃO PAULINIO DE NOLA - 22 DE JUNHO

HOMILIA - 22.06.23

 

 

HISTÓIA DE SÃO PAULINO DE NOLA

Paulino nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um alto funcionário imperial, e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte.

Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão.

Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado.
Um ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha.

Pouco tempo depois, Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou ao bispo um pedido para que este o ordenasse sacerdote. O que aconteceu, além de ser convidado a participar do clero local ou, se preferisse, ingressar no de Milão, mas recusou a ambos. Queria, de verdade, uma vida de monge recluso, por isso mudou-se para a Campânia, onde a família ainda tinha como propriedade o túmulo de um mártir, são Félix. Paulino começou a construir ali um santuário para o santo, e ao mesmo tempo fez levantar uma hospedaria para os peregrinos pobres.

Em seguida, transformou um dos andares em mosteiro e deu início a uma comunidade religiosa formada por ele, a esposa e alguns amigos. A principal característica desses monges era a comunicação feita somente por meio de correspondência escrita. Foram cinqüenta e uma cartas dirigidas aos amigos e personalidades do mundo cristão, entre eles Agostinho, o bispo de Hipona.

Paulino revelou-se um grande poeta, escritor e pregador, foi uma figura tão brilhante quanto humilde. Entretanto a vida calma que almejara quando abdicou de sua condição de herdeiro político de bons cargos no Império Romano para levar uma vida pobre em dinheiro e poder, mas rica em fé e dignidade, terminaria em 409.

Na ocasião, foi eleito e consagrado bispo de Nola, diocese de Nápoles, cargo que ocupou até morrer no ano 431, um ano após a morte do amigo e companheiro Agostinho, hoje também santo e doutor da Igreja.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 21 de junho de 2023

DIA DE SÃO LUIZ GONZAGA - 21 DE JUNHO

DIA DE SÃO LUIZ GONZAGA - 21 DE JUNHO

HOMILIA - 21.06.23

 

HISTÓRIA DE SÃO LUIZ GONZAGA

 

Padroeiro da Juventude, dos Estudantes e dos Seminaristas

Seu nome de batismo era Castiglione delle Stiviere (Luiz Gonzaga S.J.). Nasceu em 9 de março de 1568, em Roma, Itália. Primogênito, filho de um príncipe do Sacro Império chamado Ferrante Gonzaga. Seu pai era um nobre comandante do exército imperial, que detinha o título de “Marquês de Castiglione”. Este era irmão do Duque de Mântua e herdeiro do feudo de Castiglione.

Perto dos militares e da nobreza

O desejo natural de seu pai era que seu filho mais velho seguisse seus passos, tornando-se soldado e comandante no exército imperial. Por isso, tendo apenas cinco anos, o pequeno Castiglione já marchava seguindo o exército do pai, habituando-se à crueza da vida militar ao lado de soldados rudes. Por outro lado, sua mãe lhe deu uma educação primorosa e sólida formação cristã. Além disso, frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana.

Um chamado diferente

Aquele menino, porém, surpreenderia a família Gonzaga de maneira muito diferente. Quando tinha apenas dez anos, foi enviado à cidade de Florença para servir como pajem do grão-duque da Toscana. A partir desse momento, Castiglione decidiu fazer um voto perpétuo de virgindade. Serviu como pajem do filho do rei dom Filipe II, na Espanha durante alguns anos. Nesse tempo, procurou e conseguiu estudar filosofia na Universidade de Alcalá. Nas horas vagas, dedicava-se à oração e às leituras espirituais.

Primeira comunhão - uma reviravolta em sua vida

Estando com 14 anos e ainda na Espanha, Luiz recebeu a primeira comunhão das mãos de um Santo: São Carlos Borromeu. Tocado pelas palavras do Santo e pela força da Eucaristia, LuIZ sentiu o grande chamado de sua vida. Nesse momento, ele decidiu se tornar religioso ingressando na Ordem dos Jesuítas. A surpresa foi geral.

Seu pai, mesmo de longe, sentiu que todos os planos que tinha para o filho foram por água abaixo.

Provação por parte do pai

Quando seu pai soube que Luiz desejava se tornar padre, chamou-o de volta a Roma e tentou desaconselhá-lo de todas as maneiras. Vendo que o filho não mudava de ideia, começou a levá-lo a festas e banquetes cheios de ofertas de os tipos de prazeres mundanos. Mas, ao perceber que essas coisas não preenchiam o coração do filho, perguntou a ele se mesmo depois de tudo isso, ainda queria ser padre. Luiz Gozaga respondeu: “É nisso que penso noite e dia.” Então o pai autorizou-o a entrar para a Companhia de Jesus.

Vivendo a aventura da humildade

Castiglione delle Stiviere entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Roma. Neste ato, assumiu o nome de Luiz Gonzaga, renunciou ao seu título de nobreza e à herança a que tinha direito. Seu mestre nesse tempo foi São Roberto Belarmino. Luiz Gonzaga deixou de lado sua origem nobre, escolhendo sempre os serviços mais humildes. Nesta aventura da humildade, ele sabiamente constatou: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas".

De que serve isto para a Eternidade?

São Luiz Gonzaga tinha uma pergunta que norteou totalmente a sua vida e lhe serviu de discernimento nas grandes e pequenas decisões da vida. Sempre, diante de algo a fazer ou decidir, ele se perguntava: "De que serve isto para a Eternidade?" Ou, de forma diferente: “Isso que estou prestes a fazer tem alguma coisa a ver com a eternidade? Vai contribuir para que eu conquiste a vida eterna?” Se compreendia que tal coisa ou atividade não ajudaria a leva-lo para a vida eterna, ele não fazia. Este seu “modelo de discernimento” já ajudou a muita gente ao longo de séculos.

Sentido na vida

Por essas decisões, perseverança amor e fé, São Luiz Gonzaga se tornou modelo para os jovens. Ele encontrou o verdadeiro sentido da vida, que é conhecer, amar e servir a Deus. Quem procura isso, vive uma vida cheia de sentido. Por isso, na cidade de Coimbra, onde ele também estudou, há uma estátua em sua homenagem, pois ele se tornou um modelo e exemplo de pureza de coração, de discernimento e de busca do verdadeiro sentido da vida para todos os jovens.

Morte

Por motivos de estudo, São Luiz Gonzaga precisou ir para Roma. Era o ano 1590. Ao chegar lá, deparou-se com as vítimas de uma doença contagiosa chamada tifo. Ao ver o sofrimento do povo, compadeceu-se de tal forma que passou a ajudar os doentes. Depois de um tempo cuidando dos doentes como podia, ele próprio contraiu a doença e veio a falecer. Era o dia 21 de junho de 1591. São Luiz Gonzaga tinha apenas 23 anos e entregou sua vida em favor da caridade e da pureza de coração. Por isso, São Luiz Gonzaga é o padroeiro da juventude e dos estudantes. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja de Santo Inácio, fundador da ordem Jesuíta, em Roma.

Oração a São Luiz Gonzaga

Ó Luiz, Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 20 de junho de 2023

DIA DE SÃO SILVÉRIO, PAPA E MÁRTIR - 20 DE JUNHO

DIA DE SÃO SILVÉRIO, PAPA E MÁRTIR - 20 DE JUNHO

HOMILIA - 20.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO SILVESTRE, PAPA E MÁRTIR

A data do nascimento deste Papa é desconhecida. Era filho do Papa Hormisdas, que se unira em legítimo matrimónio antes de se tornar alto clérigo. Silvério entrou ao serviço da Igreja, e era subdiácono em Roma quando o Papa Agapito faleceu em Constantinopla, no dia 22 de Abril de 536.

Acontece que a Imperatriz Teodora, esposa de Justiniano, princesa orgulhosa e imperiosa favorecedora do monofisismo – doutrina herética que afirmava que Jesus Cristo possuía apenas a natureza divina – , quis que fosse eleito um Papa que favorecesse os hereges. O seu candidato era o diácono Vigílio, que estava então em Constantinopla, e que lhe tinha dado garantias de proteger os monofisitas. Com efeito, esta foi a mais importante das primeiras heresias, e nenhum grupo de hereges ou de heresias produziu, até o século vi, tão vasta e importante literatura.

Teodora esperava que o novo Papa anulasse o que o seu predecessor, Agapito, tinha feito contra os hereges. Deu, pois, a Vigílio cartas endereçadas ao General Belisário, seu representante em Itália, ordenando-lhe que tudo fizesse para que o seu candidato fosse eleito Papa.

Mas Teodato, Rei dos Ostrogodos, que era o senhor de Roma, quis impedir a eleição de um Papa que fosse conectado com Constantinopla e, por sua influência, o subdiácono Silvério foi eleito. Embora a eleição de um simples subdiácono fosse invulgar, quando Silvério foi consagrado bispo, provavelmente no dia 8 de Junho de 536, todos os presbíteros romanos aprovaram a sua eleição.

Depois da eleição, a Imperatriz Teodora procurou conquistar Silvério para os monofisitas. Desejava especialmente que ele entrasse em comunhão com o Patriarca de Constantinopla, Antimus, que havia sido ganho para a seita, sendo por isso excomungado e deposto pelo Papa Agapito, e com Severo de Antioquia, igualmente monofisita. Como o Papa nisso não consentiu, a imperatriz resolveu derrubá-lo do trono, para entregar a sé papal a Vigilio.

Ordenou então a Belisário, que tinha conquistado Roma aos ostrogodos, que expulsasse o verdadeiro pontífice, colocando o intruso em seu lugar.

Durante o cerco a Roma pelos bizantinos para conquistar a cidade aos ostrogodos, houve muitos tumultos na Cidade Eterna. As igrejas construídas sobre as catacumbas no exterior da cidade foram devastadas, os túmulos dos mártires partidos e violados. Belisário acabou por derrotar os ostrogodos, tornando-se senhor de Roma. E, em Dezembro de 536, o general bizantino recebeu o Papa Silvério amigável e cortesmente.

Foi então que recebeu ordem de Teodora para o depor, no que foi pressionado também por sua esposa, Antonia. Para dar uma aparência de legalidade a essa deposição arbitrária, os inimigos do Papa acusaram-no de alta traição por, durante o cerco de Roma, ter mantido correspondência com o inimigo. Para tal, forjaram uma carta ao rei dos ostrogodos, em que Silvério o convidava a entrar na cidade, comprometendo-se a abrir-lhe as portas.

Como o Papa Silvério permanecesse firme em relação aos hereges, tiraram-lhe o pálio, despojarm-no de todos os ornamentos pontificais e revestiram-no de um hábito monástico. Foi então publicado que Silvério havia sido deposto, tornando-se monge. No dia seguinte, 22 de Novembro de 537, Vigilio foi eleito para o seu lugar. O Papa verdadeiro foi exilado em Pátara, cidade da Lícia, na Ásia.

Um ano depois, São Silvério morria de fome e dos outros incómodos do exílio. Foi enterrado em Palmária, e logo Deus testemunhou, por muitos milagres, que a sua morte era preciosa a seus olhos: todos os doentes que acorriam ao seu túmulo eram curados.

São Silvério ocupou a Sé de Pedro durante dois anos e alguns dias. A sua morte ocorreu no dia 20 de Junho do ano 538.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 19 de junho de 2023

DIA DE SÃO ROMUALDO - 19 DE JUNHO

DIA DE SÃO ROMUALDO - 19 DE JUNHO

HOMILIA - 19.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO ROMUALDO

Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952, numa família rica. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava o jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo.

Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense em 1012, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem, que se tornaram Papas.

Morreu em 1027, aos 75 anos, consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo. Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 18 de junho de 2023

DIA DE SÃO GREGÓRIO BARBARIGO - 18 DE JUNHO

DIA DE SÃO GREGÓRIO BARBARIGO - 18 DE JUNHO

HOMILIA - 18.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GREGÓRIO BARBARIGO

Origens 

Gregório João Barbarigo nasceu na bela cidade de Veneza, Itália, em 16 de setembro de 1625. Era filho de uma família rica e nobre da Itália. Tendo apenas quatro anos, sua mãe faleceu. Por isso, foi educado pelo pai. Este, muito cristão, educou os filhos na fé cristã e na sabedoria de vida.

Jovem promissor

O pai de Gregório desempenhou tão bem sua missão de educador e formador que, tendo apenas dezoito anos, Gregório já exercia a profissão de secretário do embaixador de Veneza. Cargo que exerceu com eficiência e desenvoltura.

Vocação

No ano de 1648, Gregório teve que acompanhar o embaixador numa viagem à Alemanha, onde iriam tratar das negociações sobre o Tratado de Vestefália. Tal tratado se referia à Guerra dos Trinta Anos. Nessa ocasião, Gregório ficou conhecendo Dom Fábio Chigi, que era o núncio apostólico. Dom Fábio ajudou-o a discernir a vocação sacerdotal e orientou-o dali para a frente nos estudos e na ordenação sacerdotal.

Cardeal

Aconteceu que Dom Fábio, seu amigo e orientador espiritual foi eleito Papa e assumiu o nome de Alexandre VII. O Papa nomeou, então, O Padre Gregório Barbarigo como cônego da cidade de Pádua. Depois, em 1655, nomeou-o prelado da Casa pontifícia. Dois anos depois, o mesmo Papa consagrou-o bispo da diocese de Bérgamo. Por fim, no ano 1660, ele foi nomeado Cardeal. 

Imprensa poliglota

O Papa Alexandre VII sabia exatamente o que estava fazendo. Com efeito, as atividades evangelizadoras de São Gregório Barbarigo já tinham deixado marcas profundas na sua época. Enquanto estava no Seminário de Pádua, ele contratou notáveis professores, vindos não apenas da Itália, como também de vários outros países. Com isso, ele capacitou o seminário para o ensino das línguas do Oriente. Depois, fundou o que chamava de “imprensa poliglota”. E esta, foi uma das melhores que já houve na Itália. 

Fundador

Mesmo sendo Cardeal São Gregório Barbarigo nunca deixou de desenvolver seu trabalho pastoral. Fundou escolas para o povo juntamente com instituições dedicadas ao ensino da religião e à orientação dos pais e dos educadores. Quando uma peste assolou a Itália, ele se dedicou ao máximo em favor de todos os doentes e trabalhou para que o cuidado e a ajuda aos doentes atingisse mais de treze mil pessoas. 

Pacificador e fundador

São Gregório Barbarigo ainda fundou vários seminários. estes, ele instituiu sob as regras criadas por São Carlos Borromeu. E não para por aí. Ele fundou também a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antônio. Além de tudo isso, exerceu a nobre função de pacificador. Interviu pessoalmente em graves disputas políticas, fazendo com que as divergências ficassem apenas no campo das ideias, evitando guerras e contendas. 

Morte

Depois de realizar tão grande obra reformista na Igreja, São Gregório Barbarigo faleceu na cidade de Pádua, em 18 de junho de 1697. Sua canonização foi celebrada por um Papa que era seu conterrâneo: João XXIII, no ano 1960.

Oração a São Gregório João Barbarigo

“São Gregório Barbarigo, fundador de escolas e instituições de caridade, que tivestes a graça de nascer em uma família cristã e bem estruturada, nós vos louvamos por vossa vida de santidade e pedimos vossa intercessão: olhai por nossos estudantes e professores, pelos responsáveis por nossa nação e por todas as nações do mundo, para que se voltem a Deus e somente assim cumpram os Mandamentos, as Leis de Deus e assim esta terra se tornará um novo céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 17 de junho de 2023

DIA DE SÃO RANIERI DE PISA - 17 DE JUNHO

DIA DE SÃO RANIERI DE PISA - 17 DE JUNHO

HOMILIA - 17.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO RANIERI DE PISA

Padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa

Origens

Ranieri Scacceri nasceu em Pisa, Itália, no ano 1118. Foi filho único do casal Gandulfo e Emengarda. Seus pais eram mercadores muito ricos, descendentes de famílias nobres e tradicionais. Foi educado pelo bispo de Kinzica, tendo recebido formação religiosa e para os negócios.

Juventude conturbada

Pisa era um cidade “badalada” no começo do primeiro milênio. Por ser um porto importante e grande polo comercial da Itália, tinha uma vasta “vida mundana”, cheia de encantos e tentações especialmente para os mais jovens. O jovem Ranieri tinha vocação para as artes, especialmente para tocar lira e cantar. Por isso, entregou-se às festas e às futilidades, apresentando-se na corte e tornando-se muito popular.

O encontro com a realidade

Quando Ranieri tinha dezenove anos, começou a observar os pobres da cidade e a vida miserável que levavam. Essa observação levou-o a perceber que sua própria vida tinha sido inútil até então. Constatar a inutilidade de sua vida foi um choque para o jovem artista Ranieri. Nesse mesmo tempo, ele se encontrou com um eremita chamado Alberto da Córsega. Este fez Ranieri enxergar que havia uma semente de Deus plantada em seu coração pelo batismo e pela formação que ele tinha recebido, e que, se Ranieri quisesse, esta semente poderia germinar para lhe trazer a verdadeira vida. E Ranieri quis.

Conversão

Tocado pela graça de Deus, Ranieri se confessou e passou a procurar a Deus na oração e na caridade para com os pobres. Esta experi6encia transformou seu coração. Ele, então, decidiu abandonar a vida fútil que levava e entrou no Mosteiro de São Vito, na mesma cidade de Pisa. Quis ele ser apenas um irmão leigo, para dedicar sua vida ao Senhor da verdadeira vida, aquela que não tem futilidade.

Peregrino

São Ranieri de Pisa passou quatro anos no mosteiro, vivendo uma vida de oração, escondido das orgias da nobreza e dos prazeres passageiros do mundo. Então ele doou toda a fortuna que tinha herdado de seus pais aos pobres e partiu para uma peregrinação à Terra Santa. Lá, ele viveu por treze anos. Peregrinou por todos os lugares santos e pregou a Palavra de Deus pela oratória e também pelo seu exemplo de vida.

Milagres

Durante o tempo em que passou na Terra Santa, manifestou-se na vida de São Ranieri o dom dos milagres. Usando sempre roupas pobres e vivendo de doações, ele pregava o Evangelho com poder. Expulsava os demônios, curava os doentes pela oração, libertava pessoas revelando os segredos de seus corações. Por isso, inúmeras eram as conversões entre aqueles que dele se aproximavam.

Volta a Pisa

Treze anos depois, São Ranieri voltou a Pisa. Instalou-se novamente no Mosteiro de São Vito, mantendo-se como irmão leigo. Sua fama de santidade, porém, chegou a Pisa antes dele. Por isso, ele se tornou diretor espiritual de um grande número de fiéis, inclusive dos monges. Todos os procuravam para pedir orações e conselhos e nunca voltavam decepcionados.

Ranieri da Água Benta

Um grande número de relatos atestam que quando São Ranieri abençoava a água e o pão, vários milagres aconteciam. Ele sempre abençoava estes elementos e distribuía-os para o povo. Nesses momentos, muitas graças aconteciam. Por isso, São Ranieri recebeu o apelido do Ranieri da Água.

Morte, Água Benta e os milagres

Quando fazia sete anos da volta de São Ranieri, ele adoeceu e morreu. Era o dia 17 de junho de 1161. E as graças continuaram a acontecer pela intercessão de São Ranieri. Elas aconteciam por meio da oração a São Ranieri e da água benta e também quando se colocava a água benta sobre seu túmulo e se fazia as orações. A canonização de São Ranieri de Pisa foi celebrada pelo papa Alexandre III.

Oração a São Ranieri de Pisa

São Ranieri de Pisa, vós que durante toda a vida realizastes curas e conversões e que ainda hoje atende as preces dos que vos procuram, peço vossa intercessão por todos aqueles a quem amamos, para que encontrem o caminho da cura, da conversão, da libertação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 16 de junho de 2023

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (SEXTA-FEIRA APÓS O SEGUNDO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES)

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 (XEXTA-FEIRA APÓS O SEGUNDO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES)

 

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 

 

HISTÓRIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

O Sagrado Coração de Jesus foi revelado no dia 27 de dezembro de 1673. O próprio Jesus Cristo apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque, freira que pertencia a uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A aparição aconteceu durante uma exposição do Santíssimo Sacramento. Santa Margarida teve a visão de Jesus Cristo mais duas vezes. Nas aparições, o próprio Senhor pediu para que ela divulgasse a devoção a seu Sagrado Coração.

Palavras de Jesus sobre as nove primeiras sextas feiras do mês:

Mostrando o seu Coração transpassado pela espada, Jesus disse a Santa Margarida:

Eis o coração que tanto tem amado os homens e em recompensa não recebe da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por mim nesse sacramento do Amor. E continuou dizendo: Prometo-te pela minha excessiva misericórdia, a todos que comungarem nas primeiras sextas de nove meses consecutivos, a graça da penitência final. Estes não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos. O meu Sagrado Coração lhes será refugio seguro nessa última hora.

As primeiras sextas-feiras, devem ser dias de reparação pela frieza, desprezo e sacrilégios, que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte dos maus cristãos e dos que não acreditam em Jesus Cristo.

Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Nessas aparições Jesus deixou 12 promessas e pediu para que Santa Margarida difundisse essa devoção para o mundo inteiro. Ela foi responsável pelo início da devoção.

A Beata Maria do Divino Coração pediu ao Papa Leão XIII que consagrasse solenemente esta devoção. Em resposta, no dia 11 de junho de 1889 após a publicação de encíclica Annum Sacrum o Papa disse: A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma forma por excelência de religiosidade. Essa devoção que recomendamos a todos, será muito proveitosa. No Sagrado Coração está o símbolo e a imagem expressa do Amor Infinito de Jesus Cristo, que nos leva a retribuir-lhe esse amor. Sua festa é comemorada na primeira sexta-feira após a festa de Corpus Christi, Corpo de Cristo, na oitava da Páscoa e todo o mês de junho, é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.

Em todas as Igrejas nas primeiras sextas-feiras, se fazem atos solenes de reparação, para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor que Jesus fez e faz por toda a humanidade.

Milagres do Sagrado Coração de Jesus

São conhecidos vários milagres no Brasil e no mundo obtidos pela misericórdia do Sagrado Coração de Jesus. Muitos casais passaram a viver em harmonia no lar, filhos foram resgatados de caminhos de perdição, pessoas se converteram, padres e religiosos perseveraram na vocação que Deus lhes deu, doenças foram curadas e infinitas graças foram concedidas. Todos esses milagres do Sagrado Coração de Jesus são obtidos pelas orações fervorosos feitas de acordo com a Vontade de Deus.

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

Jesus pediu para que os fiéis participassem da Santa Missa durante as primeiras sextas-feiras em nove meses consecutivos, com uma confissão reparadora e a sagrada comunhão. E fez as doze promessas aos que atendessem ao seu pedido:

1-  Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado de vida.

2-  Estabelecerei a paz nas famílias.

3-  Abençoarei os lares onde for exposta e honrada a imagem do meu Sagrado Coração.

4-  Hei de consolá-los  em todas as dificuldades.

5-  Serei o seu refugio durante a vida e, em especial, durante a morte.

6-  Derramarei bênçãos abundantes sobre seus empreendimentos.

7-  Os pecadores encontrarão no meu Sagrado Coração, uma fonte e um oceano sem fim de misericórdia.

8-  As almas tíbias (tímidas e vacilantes na fé) tornar-se-ão fervorosas.

9-  As almas fervorosas ascenderão rapidamente a um estado de grande perfeição.

10- Darei aos sacerdotes o poder de tocar nos corações mais empedernidos.

11- Aqueles que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos no meu Sagrado Coração, e dele nunca serão apagados.

E a grande promessa:

12- Prometo-vos, no excesso da misericórdia do meu Coração, que o meu Amor Todo Poderoso, concederá a todos aqueles que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos a graça da penitência final; não morrerão no meu desagrado, nem sem receberem os Sacramentos. O meu divino Coração será o seu refúgio de salvação nesse derradeiro momento.

Oração de consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração, pela tibieza de seus amigos, vos queixastes a Santa Margarida: Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado.

Aqui estou Senhor para vos consolar. Quero adorar vossa Majestade escondida, quero reparar as ofensas minhas e as dos outros.  Quero amar o vosso amor desprezado e abandonado.

Consagro-me inteiramente ao vosso Coração. Sede Vós somente o meu Rei. Ajudai-me Senhor, a difundir nas almas o reino do vosso Coração.

Acendei a chama do vosso amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e portadores das bênçãos do vosso divino Coração.

Fazei que compreendam finalmente, a honra e a obrigação que tem de Vos amar, para que unidos entre si com os laços de vossa caridade, glorifiquem todos, o vosso Divino Coração, que é para nós, fonte de vida e salvação.

Divino Coração de JESUS, reinai em meu coração.

Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 16 de junho de 2023

DIA DE SÃO FRANCISCO RÉGIS - 16 DE JUNHO

DIA DE SÃO FRANCISCO RÉGIS - 16 DE JUNHO

HOMILIA - 16.06.23

 

HISTÓRIA DE SÃO FRNCISCO RÉGIS

Dia de São Francisco Régis é celebrado em 16 de junho.

Francisco de Régis nasceu em 1597, na pequena aldeia de Narbone, na França. Desde pequeno foi educado de acordo com os ensinamentos cristãos.

Ao entrar para a Companhia de Jesus, em 1616, começa oficialmente a sua vida de missionário, que o levaria a fazer inúmeras obras.

Apesar de querer levar a Palavra de Deus aos territórios ultramarinos franceses, seus superiores preferiram que ele ficasse no país. Nessa época, a França tinha terminado as guerras de religião que acabaram por dividir o país em católicos e protestantes.

Dessa maneira, esse santo ficou conhecido por seu intenso trabalho de evangelização em hospitais e prisões, além de construir um abrigo para prostitutas que desejassem mudar de vida.

Ainda intercedeu junto às autoridades da cidade de Toulouse para que os habitantes do município de Puy pudessem continuar a fabricar rendas, o meio de sustento dos mais pobres.

O jesuíta era descrito como um valente missionário, tendo enfrentado duas epidemias da peste que assolaram a sua comunidade.

Foi transferido para a cidade de Lalousvec em pleno inverno e contrai pneumonia. Mesmo assim continua pregando e atendendo confissões, mas não resiste. Aos 43 anos, em 1640, Francisco Régis falece; e mais tarde, pelo seu exemplo de santidade, o Papa Clemente XII o canoniza em 1737.

São Francisco Régis é padroeiro dos jesuítas na França e das rendeiras.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 15 de junho de 2023

DIA DE SÃO VITO - 15 DE JUNHO

DIA DE SÃO VITO - 15 DE JUNHO

HOMILIA  15.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO VITO

 

Vito nasceu no final do século III, na antiga cidade de Mazara, na Sicília ocidental, ItálIa,  numa família pagã, muito rica e de nobre estirpe. Sua mãe morreu quando ele tinha tenra idade e seu pai, Halaz, contratou uma ama, Crescência, para cuidar do pequenino. Ela era cristã, viúva e tinha perdido o único filho havia pouco tempo, era de linhagem nobre, mas em decadência financeira. Ele ainda providenciou um professor, chamado Modesto, para instruir e formar seu herdeiro. Entretanto, o professor também era cristão.

Halaz era um obstinado pagão que encarava o cristianismo como inimigo a ser combatido. Por isso Modesto e Crescência nunca revelaram que eram seguidores de Cristo, contudo educaram o menino dentro da religião. Dessa forma, aos doze anos, embora clandestinamente, Vito já estava batizado e demonstrava identificação total com os ensinamentos de Jesus.

Ao saber do batismo, o pai tentou convencê-lo a abandonar a fé, o que não deu resultado. Halaz partiu para a força e castigou o próprio filho, entregando-o, então, ao governador Valeriano, que o encarcerou e maltratou por vários dias, tentando fazer Vito abdicar de sua fé. Modesto e Crescência, entretanto, conseguiram arquitetar uma fuga e, segundo a tradição, com a ajuda de um anjo, tiraram Vito das mãos do poderoso governador. Fugiram os três para Lucânia, em Nápoles, onde esperavam encontrar paz. Mas depois de algum tempo foram reconhecidos e passaram a viver de cidade em cidade, fugindo dos algozes.

Neste período, Vito, que desde os sete anos havia manifestado dons especiais, patrocinou muitos prodígios. Como o mais célebre deles, lembrado pela tradição, quando ele ressuscitou, em nome de Jesus, um garoto que tinha sido estraçalhado por cães raivosos.

A perseguição a eles teve uma trégua apenas quando o filho epilético do imperador Diocleciano ficou muito doente. O soberano, tendo conhecimento dos dons de Vito, mandou que o trouxessem vivo à sua presença. Na oportunidade, pediu que ele intercedesse por seu filho. Vito, então, rezou com todo fervor e em nome de Jesus foi logo atendido. Porém Diocleciano pagou com a traição. Mandou prender Vito, que não aceitou renegar a fé em Cristo para ser libertado. Diante da negativa, foi condenado à morte, que ocorreu no dia 15 de junho, possivelmente de 304, depois de muitas torturas, quando ele tinha apenas quinze anos de idade.

Esta narrativa é tão antiga que alguns acontecimentos podem ser, em parte, apenas uma vigorosa tradição cristã. Como esta outra que diz que Vito, Modesto e Crescência teriam sido levados diante da multidão no Circo, submetidos a torturas violentíssimas e, finalmente, jogados aos cães raivosos. Entretanto, um milagre os salvou. Os cães, em vez de atacá-los, deitaram-se aos seus pés. Irado, o sanguinário Diocleciano mandou que fossem colocados dentro de um caldeirão com óleo quente, onde morreram lentamente.

O jovem mártir Vito existiu conforme consta no Martirológio Gerominiano, enquanto Modesto e Crescência só foram incluídos no calendário da Igreja no século XI. Suas relíquias, que depois de sua morte foram sepultadas em Roma, em 755 foram enviadas para Paris. Mais tarde, foram entregues ao santo rei da Boêmia, Venceslau, que era muito devoto do santo. Em 958, esse rei fez construir a belíssima catedral que leva o nome de São Vito e que conserva suas relíquias até hoje.

Desde a Idade Média, ele é considerado um dos "quatorze santos auxiliares", os santos cuja intercessão é muito eficaz em ocasiões específicas e para cura determinada. No caso de são Vito, principalmente na Europa, é invocado para a cura da epilepsia da "coréia", doença conhecida popularmente como "doença de São Vito", e da mordida de cão raivoso. Além de ser padroeiro de muitas localidades.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 14 de junho de 2023

DIA DE SANTA CLOTILDE - 14 DE JUNHO

DIA DE SANTA CLOTILDE - 14 DE JUNHO

HOMILIA - 14.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA CLOTILDE

A Santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da França, já que era filha de Rei Ariano.

Santa Clotilde nasceu em Leão – França – no ano de 475, e, ao perder os pais muito cedo, acabou sendo muito bem educada pela tia, que a introduziu na vida da Graça.

Clotilde era ainda uma bela princesa que interiormente e exteriormente comunicava formosura, quando se casou com um rei pagão, ambicioso e guerreiro, tendo com ele cinco filhos, que acabaram herdando o gênio do pai.

Como Rainha, Clotilde foi paciente, caridosa, simples e, como mãe e esposa, investiu tudo na conversão destes que amava de Coração, por amor a Deus. O Soberano se propôs a conversão caso vencesse os alemães que avançavam sobre a França; ao conseguir este feito, cumpriu sua Palavra, pois, tocado por Jesus e motivado pela esposa, entrou na Catedral para receber o Batismo e começar uma vida nova.

O esposo morreu na Graça, ao contrário dos filhos, revoltados e mortos a espada em guerras. Dessa forma, Santa Clotilde se mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas e ajudou na construção de Igrejas e Mosteiros, isso até entrar no Céu em 545.

Santa Clotilde, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 13 de junho de 2023

DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO

DIA DE SANTO ANTÔNIO - 13 DE JUNHO

HOMILIA - 13.06.23

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO

Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença,  nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.

Vida de Santo Antonio

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele  foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.

O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano

Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.

O Encontro de Santo Antonio com São Francisco de Assis

Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho, e os Franciscanos permitem. No meio do caminho, porém, Frei Antônio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é desviado e vai para a Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por trilhas e cainhos diferentes.

A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo, e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.

No capítulo geral da ordem dos franciscanos, ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.

Tinha uma força irresistível com as palavras, e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se as vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres Santo Antonio

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.

Falecimento

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.

Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.

Devoção a Santo Antonio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádua. 

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja.

Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal.

Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Oração  a Santo Antonio

Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para o próximo vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a  graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá  as mercês que pedimos.

Responsório de Santo Antônio.

Se milagres desejais

Recorrei a Santo Antônio

Vereis fugir o demônio

E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido

Rompe-se a dura prisão

E no auge do furacão

Cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão

Foge a peste, o erro a morte

O fraco torna-se forte

E torna-se o enfermo são.

Todos os males humanos

Se moderam e retiram

Digam-no aqueles que o viram

E digam-nos os paduanos.

Rogai por nós Santo Antônio, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 12 de junho de 2023

DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO

DIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO - 12 DE JUNHO

HOMILIA - 12.06.23

 

 

HISTORIA DE SÃO GASPAR DE BÚFALO

Dia de São Gaspar de Búfalo é celebrado em 12 de junho. No entanto, existem alguns calendários litúrgicos que celebram em 28 de dezembro, data da sua morte.

Conhecido como "o anjo da paz", esta data é uma homenagem ao trabalho eucarístico e apostólico de São Gaspar de Búfalo.

Este sacerdote é descrito como um "terremoto espiritual", um homem pacífico e muito caridoso, sendo estas as principais características que marcavam as suas pregações pela Itália.

Biografia

Gaspar de Búfalo nasceu em 6 de junho de 1786, em Roma, Itália, e desde cedo sentiu-se atraído para a vida religiosa. Os tempos, contudo, eram tumultuosos, com a Revolução Francesa e a posterior invasão de Napoleão Bonaparte aos Estados Pontifícios.

Naquele momento, os padres deveriam fazer um juramento de fidelidade ao imperador e quem não o fizesse seria preso e exilado. Quando chegou a hora de Gaspar de Búfulo, ele recusou com essas palavras: “Não devo, não posso, não quero”. A recusa lhe valeu a prisão e ele só voltaria a Roma em 1815, após a derrota de Bonaparte.

Na "Cidade Eterna" atuava como um pregador da palavra de Deus, e seu trabalho e modo como executava-o ajudou a diminuir o banditismo em Roma.

Também é de São Gaspar de Búfalo a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue de Jesus.

O sacerdote faleceu em 1837, sendo canonizado pelo Papa Pio XII, em 12 de junho 1954. Aliás, a celebração do Dia de São Gaspar de Búfalo é uma homenagem à data da sua canonização.

Oração a São Gaspar de Búfalo

Ó S. Gaspar, tu amaste a Igreja perseguida e, para seres fiel a Deus, aceitaste a prisão e o exílio. Pedimos-te que intercedas pela Igreja de hoje e ajuda-nos a saber pregar e viver o Evangelho todos os dias da nossa vida. Aumenta o nosso amor ao Sangue de Jesus Cristo para estarmos também dispostos a arriscarmos as nossas vidas.

Bendizemos e agradecemos ao Pai a tua obra, a fundação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e o exemplo que nos deixaste. Alcança-nos de Deus ... (dizer a graça que se deseja receber) e fortalece a nossa união com Cristo e a Igreja para alcançarmos a salvação eterna. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 11 de junho de 2023

DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO

DIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - 11 DE JUNHO

HOMILIA - 11.06.23 

  

 

HISTÓRIA DE SÃO BARNABÉ APÓSTOLO

Padroeiro de Chipre

Origens – primo de São Marcos

São Barnabé foi um dos primeiros cristãos a serem mencionados nominalmente no Novo Testamento, onde seu nome aparece 29 vezes. Sabe-se que seus pais eram judeus gregos de Chipre e que seu nome original era José. Era descendente da tribo de Levi e sobrinho de Maria, mãe de João Marcos, autor do segundo Evangelho (Colossenses 4, 10). Portanto, Barnabé era primo de São Marcos. Sabemos que Marcos era discípulo de Pedro. Esta proximidade com Apóstolos e Evangelistas certamente influenciou sua vida.

Um homem bom

O Evangelista Lucas menciona Barnabé como um “homem bom”. Ele possuía uma área de terras na ilha de Chipre. Porém, depois de sua adesão total a Jesus Cristo, vendeu tudo e entregou o dinheiro aos líderes da Igreja em Jerusalém. Por causa disso, os Apóstolos lhe deram um nome novo: Barnabé. São Lucas, em Atos 4, 36, dá o significado do nome: “Filho da Consolação ou Filho da Exortação”.

Amigo de Paulo e Apóstolo

Algumas fontes dizem que Barnabé e Paulo estudaram juntos em Chipre, na escola do grande Mestre Gamaliel. Quando Paulo voltou a Jerusalém após converter-se, foi Barnabé quem o apresentou aos Apóstolos (Atos 9, 27). Um detalhe do livro dos atos dos Apóstolos 14, 14 muitas vezes passa despercebido: Barnabé é citado antes de Paulo quando a dupla é mencionada. “Barnabé e Paulo”. Ambos são denominados Apóstolos. Esse detalhe mostra a importância de Barnabé no início do cristianismo. Além disso, Barnabé é mencionado entre os setenta e dois discípulos enviados pelo próprio Jesus a pregar pela Palestina.

Profeta e Mestre

São Barnabé é citado como um dos primeiros profetas e mestres atuando na Igreja de Antioquia (Atos 13, 1). Ele foi enviado para lá por ordem dos Apóstolos de Jerusalém, a fim de supervisionar, orientar e conduzir a comunidade cristã mais próspera da região. Porém, o trabalho era tanto, que ele foi buscar seu amigo Paulo, em Tarso, para que este o ajudasse. Os dois trabalharam juntos durante um ano e meio em Antioquia (At 11, 25-26). Depois disso, foram pra Jerusalém levando uma importante ajuda financeira dos cristãos de Antioquia para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11, 28-30)

Missionário com São Paulo na primeira viagem missionária

Depois disso, Barnabé e Paulo foram enviados em missão pela Ásia Menor. Estiveram anunciando o Evangelho em Chipre, Panfília, Licaônia e Pisídia (At 13, 14). Em Lídia, os dois passaram por uma experiência inusitada. Por causa do dom da palavra e dos milagres, começaram a ser considerados como dois deuses gregos Hermes (Paulo) e Zeus (Barnabé). Os dois tiveram muito trabalho para convencer a população que não eram “deuses”, mas simplesmente enviados em nome do Único e Verdadeiro Deus. (At 14, 12)

No Concílio de Jerusalém

Barnabé e Paulo estiveram presentes na reunião dos Apóstolos que ficou conhecida como Concílio de Jerusalém (Gálatas 2, 1 e Atos 15, 2). A decisão mais importante tomada neste Concílio, certamente por influência de Barnabé e Paulo, foi a de que os gentios, ou seja, os “não judeus”, conhecidos também como “pagãos”, poderiam abraçar a fé em Jesus Cristo e serem batizados. Assim, a fé em Cristo se espalhou pelo mundo fora do judaísmo. Foi um grandioso passo da Igreja nascente.

Separação de Paulo

Voltando a Antioquia, Paulo convidou Barnabé para empreenderem outra viagem missionária. Barnabé quis levar seu primo Marcos. Paulo, porém, não concordou. Por isso, Barnabé e Paulo se separaram e seguiram rotas geográficas diferentes. Barnabé e Marcos foram anunciar o Evangelho na ilha de Chipre, como vemos em Atos 15. Alguns estudiosos atribuem a São Barnabé a autoria da Carta aos Hebreus. Isso pode ser possível porque o conteúdo é de um bom conhecedor do judaísmo e profundo conhecedor do cristianismo. Este era o caso de São Barnabé.

Morte

Relatos indicam que São Barnabé tenha sido morto em Salamina, Chipre, por judeus. Estes não suportaram o grande sucesso que Barnabé alcançou entre os judeus, prenderam-no e depois apedrejaram-no. Marcos, seu primo evangelista, sepultou o corpo numa caverna. Séculos mais tarde, em 488, suas relíquias foram encontradas e um mosteiro foi construído em sua homenagem em Salamina. Por isso São Barnabé passou a ser venerado como Padroeiro de Chipre.

Oração a São Barnabé

Santo Apóstolo, Barnabé, que fostes eleito a levar o Evangelho a Antioquia e orientar os neófitos, tendo a cooperação de são Paulo e posteriormente de Marcos em Salamina e em tantos outros lugares, vós que fostes o primeiro bispo de Milão, que morrestes apedrejado por pagãos impiedosos, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca se desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho, pois elas vos apressaram vosso encontro com Deus: que as nossas nos levem à santidade também, aceitando-as nos sofrimentos, com brandura e paciência. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 10 de junho de 2023

DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS - 10 DE JUNHO

DIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS -  10 DE JUNHO

HOMILIA - 10.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LANDERICO DE PARIS 

São Landerico foi um oficial da chancelaria real de Clovis II, filho de Dagobert. Ele foi eleito bispo na sede episcopal de Paris em meados do século VII, tornando-se o vigésimo oitavo Bispo de Paris.

Não ficou ocioso: entregou-se de coração e sem limites para incorporar a ternura de Deus em um mundo difícil e indiferente. Em seu episcopado, durante uma época de fome, vendeu até seus móveis e vasos sagrados para alimentar os famintos, deixando a memória de uma imensa caridade. 

Ele é, sem dúvida, o fundador do Hôtel-Dieu (Albergue de Deus), por volta de 650. De fato, ele dissocia o palácio episcopal e o Hôtel-Dieu, pois o bispado não podia mais acomodar e cuidar de acordo com a tradição, todos aqueles que chegavam lá pedindo ajuda. Ele então criou um edifício dedicado a acolher os doentes e os pobres.

Na ocasião era o único hospital da cidade. Como tal, o edifício atendia a região toda. Em seu início, o Hôtel-Dieu serviu tanto aos doentes como aos pobres, oferecendo comida e abrigo, bem como cuidados médicos. Seguiria essa tradição até o século 17, quando a elite da sociedade começou a criar instalações separadas para os pobres.

Faleceu por volta do ano 657.  "


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 09 de junho de 2023

DIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO
 

DIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL - 09 DE JUNHO

HOMILIA - 09.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, O APÓSTOLO DO BRASIL

Apesar de ter nascido na Ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, na Espanha, a 19 de março de 1534, padre José de Anchieta ficou conhecido como o “Apóstolo do Brasil” por sua atuação no País. Chegou ao Brasil em julho de 1553, com outros seis jesuítas e, em menos de um ano, dominava o tupi com perfeição. Ao longo dos 43 anos em que viveu no Brasil, participou da fundação de escolas, cidades e igrejas.

Anchieta não só trabalhou como catequista, mas também tornou-se dramaturgo, poeta, gramático, linguista e historiador. Vale ressaltar que foi o autor da primeira gramática brasileira.

Em janeiro de 1554, participou da missa de inauguração do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje Pateo do Collegio, local que deu origem à cidade de São Paulo.

Entre as características marcantes da atuação de Anchieta estão a disseminação dos preceitos cristãos utilizando particularidades locais e, assim como os demais jesuítas, a oposição ferrenha aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os indígenas.

Em 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios rebelou-se contra a colonização portuguesa. Anchieta e Pe. Manuel da Nóbrega, chefe da primeira missão jesuíta no Brasil, viajaram à aldeia de Iperoig (atual cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo) visando conter a revolta. Anchieta ofereceu-se como refém, enquanto Manuel da Nóbrega partiu para negociar a paz. Durante o cativeiro, o jesuíta sofreu a tentação da quebra da castidade, uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos prisioneiros antes de sua morte. Anchieta fez, então, uma promessa a Nossa Senhora: dedicaria o mais belo poema em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro, que durou cinco meses. Com versos escritos na areia, ele deu vida ao Poema à Virgem.

Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. Três anos depois, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597.

A assinatura do decreto de canonização do Apóstolo do Brasil ocorreu 417 anos depois de sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo papa Francisco, em Roma. No relatório final dos postuladores sobre a vida do jesuíta, um documento de 488 páginas, há o registro de 5.350 histórias de pessoas que alcançaram graças rezando a José de Anchieta.

Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 08 de junho de 2023

DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO

DIA DE SANTO EFRÉM - 08 DE JUNHO

HOMILIA - 08.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EFRÉM

Origens  

Efrém nasceu na cidade de Nisibi, situada na Turquia, no ano 306. Sua mãe era cristã e seu pai era um sacerdote pagão. Esta divergência familiar sintetiza o mundo em que Efrém viveu sua infância e juventude. Sua mãe era favorável à liberdade religiosa e educou o filho na fé cristã. Seu pai, porém, não aceitava a fé praticada por sua esposa e seu filho.

Tempo de cismas, conflitos e heresias

No tempo da infância e juventude de Efrém, sua região passava por grandes conflitos religiosos e a Igreja enfrentava heresias que poderiam abalar profundamente a unidade da fé. Em meio a tudo isso, Efrem apegou-se a uma profunda devoção a Nossa Senhora e conservou sua fé pura e cristalina em Jesus Cristo.

Intransigência do pai

O pai de Efrém nunca aceitou a fé cristã que sua esposa e seu filho professavam. Ele tentou, de todas as maneiras, convencer o filho deixar a fé cristã. A princípio, com argumentos, depois, através da força e da violência. Porém, não conseguiu. Por isso, expulsou Efrém de casa. Então, aos dezoito anos, Efrém se fez batizar e vivia do trabalho de suas mãos. Seu trabalho era num balneário que existia na região.

Diácono

Efrém cresceu na prática cristã em sua comunidade de fé e sentiu o chamado de Deus para se tornar diácono. E assim ele fez. Tornou-se diácono e colocou seus dons a serviço da comunidade cristã e dos mais necessitados. Em 338, a cidade de Nisibi sofreu uma grande invasão dos persas. Por isso, Efrém mudou-se para Edessa, que também fica na Turquia.

Professor cristão

Efrém vivia uma vida austera e ensinava a austeridade como forma de autodomínio. Em Edessa, ele assumiu a direção de uma escola que adotava a doutrina cristã e seus princípios. Além de dirigir, Efrém também lecionou e escreveu várias obras sobre os princípios cristãos de conduta. A obra de Efrém ficou praticamente isenta de da influência de teólogos de seu tempo porque ele não sabia a língua grega. Isso o deixou isolado das controvérsias sobre a Santíssima Trindade que invadiam a Igreja de seu tempo. Sua fé, expressa em seus escritos, guardou a pureza e a verdade.

Poeta e compositor cristão

Efrém tinha a veia poética e aplicava isso nos seus sermões. Por isso, multidões o procuravam em sua escola. Sua didática era simples, inspiradora e bela. Ela tocava os corações das pessoas mais simples e humildes. Além disso, Efrém, influenciado pelo famoso bispo Santo Ambrósio de Milão e ainda Diodoro de Antioquia, passou a compor cânticos cristãos na língua nativa de sua região. Seus cânticos passaram a ser usados pela comunidade cristã e espalharam rapidamente por toda a região. Efrém usava a arte e a emoção de suas belas melodias para levar as pessoas a Deus e elevar os corações.

Sucesso

Por causa de sua linguagem poética unidas a canções simples e emocionantes, Efrém recebeu o apelido de “Harpa do Espírito Santo”. Compôs mais de vinte canções que se tornaram hinos a Nossa Senhora. A partir da Síria, seus cânticos passaram a ser conhecidos e cantados por todo o Oriente Médio, tendo sido cuidadosamente traduzidos para a língua grega, para que toda a inspiração fosse conservada. Suas canções tocaram o coração de muitos e muitos fiéis ao longo de muitos séculos.

Morte

Santo Efrém faleceu em 9 de junho de 373, na cidade de Edessa, onde dedicou sua vida a Deus. Ele não foi ordenado padre. Sentiu que sua vocação era o diaconato, aquele que se coloca a serviço de todos. Assim, viveu sua vida. Após sua morte, Santo Efrém passou a ser venerado como santo e muitas graças foram atribuídas à sua intercessão. Ele é venerado hoje pelos católicos orientais e ocidentais. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XV em 1920. Na ocasião, o Papa outorgou a ele o título de Doutor da Igreja.

Oração composta por Santo Efrém

“Não me sepulteis com aromas suaves,  porque essa honra de nada me serve.  Nem useis incensos e perfumes,  porque essa honra não me traz benefícios.

Queimai incenso no lugar sagrado;  quanto a mim, acompanhai-me somente com vossas orações.

Oferecei vosso incenso a Deus;  e enviai hinos para o lugar onde eu estiver.  Em vez de perfumes e aromas, lembrai-vos de mim em vossas orações...

Foi decretado que eu não possa me demorar aqui por muito tempo.  Dai-me como provisão para a viagem  vossas orações, salmos e sacrifícios... Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 07 de junho de 2023

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO

DIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 07 DE JUNHO

HOMILIA - 07.06.23

  

 

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI

Nascido no ano da Revolução Francesa, a 12 de abril de 1789, em Cereta, perto de Chiavari, itália, Antônio Maria Gianelli foi, a seu modo, revolucionário. Ingressou no seminário aos 19 anos e foi ordenado padre quatro anos depois. Professor de letras e de retórica, teve entre seus alunos jovens destinados a brilhar no firmamento cristão, como o venerável Frassinetti. Para recepcionar o novo bispo, dom Lambruschini, o professor Gianelli organizou em Gênova um recital intitulado A reforma do seminário, que teve notável repercussão. Eram os anos da Restauração, após o incêndio napoleônico.

De 1826 a 1838 foi arcipreste de Chiavari. Este período, que ele chamará de “má cultivação”, foi marcado por muitas inovações pastorais na sua paróquia e pela criação de várias instituições, como um seminário próprio e a redescoberta da Suma de santo Tomás na pregação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio. Sob o nome incomum de Sociedade Econômica, encaminhou uma instituição beneficente cultural e assistencial confiada por padre Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade’’ para a instrução gratuita das meninas pobres. Era o esboço da fundação que nasceria em 1829, das Filhas de Maria, conhecidas ainda como irmãs Gianellinas, destinadas a rápida expansão e a profícuo apostolado na América Latina.

Dois anos antes criara pequena congregação missionária, posta sob o patrocínio de santo Afonso Maria de Ligório para a pregação de missões ao povo e organização do clero. Em 1838 foi eleito bispo de Bobbio; ajudado pelos ligorianos, a sua jovem congregação, que ele reconstituiu com o nome de Oblatos de Santo Afonso, reorganizou o tecido eclesiástico da sua diocese, removendo párocos pouco zelosos e expulsando os indignos. Entre os seus ligorianos existiu também um apóstata, padre Cristovão Bonavino, brilhan-tíssima inteligência, mais conhecido com o pseudônimo de Ausônio Franchi; racionalista e ateu, que voltou depois à genuína fé cristã, abjurando suas obras precedentes com Última crítica, e prestando um testemunho público de devoção a Gianelli, que esteve ao seu lado nos momentos mais agudos de sua crise espiritual. O santo das irmãs, como é chamado na América Latina, onde ainda florescem suas instituições femininas, acabou prematuramente sua vida terrena, na idade de 57 anos, a 7 de junho de 1846. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII a 21 de outubro de 1951.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 06 de junho de 2023

DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO

DIA DE SÃO NORBERTO - 06 DE JUNHO

HOMIIA - 06.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO NORBERTO 

Dia de São Norberto é celebrado em 6 de junho.

Esta data homenageia o santo fundador da Ordem dos Premonstratenses, onde os seus membros são popularmente conhecidos como os Monges Brancos, pela cor do hábito que usavam.

História de São Norberto

Norberto nasceu em 1080, em Xanten, numa família nobre e rica da Alemanha. O jovem viveu por muitos anos uma vida mundana, desfrutando unicamente dos prazeres e luxos materiais.

Um dia, no entanto, foi atingido por um raio enquanto cavalgava e, segundo a história, teria visto a sua vida passar diante dos seus olhos. Neste momento, Norberto soube que tinha uma importante missão na vida e não deveria recusá-la.

Estudou no mosteiro de Sieburgo e ali foi ordenado sacerdote. Promoveu uma intensa reforma no clero e na nobreza que apenas praticavam o cristianismo de forma superficial. Norberto os exortava a buscarem um contato mais profundo com Deus e assim alcançarem a santidade.

Em 1121, na localidade francesa de Prémontré, fundou a ordem religiosa que levaria o seu nome e que se espalharia por toda a Europa. Atualmente, a ordem chama-se Premonstratense, em alusão a cidade onde foi criada.

São Norberto

Norberto ainda seria nomeado arcebispo da cidade de Magdeburgo, atualmente na Alemanha. Seu maior desafio aconteceu após a morte do papa Honório II, em 1130, pois dois religiosos se disseram herdeiros do trono de São Pedro: Inocêncio II e Anacleto II.

Por meio da pregação de Norberto, o rei Lotário (1075-1137), do Sacro-Império Romano Germânico, reconheceu a Inocêncio II como verdadeiro pontífice na Igreja.

Em 6 de junho de 1134, Norberto falece e seria canonizado em 1582. É conhecido como são Norberto de Magdeburgo ou de Xanten.

São Norberto é padroeiro da Boêmia (atualmente uma região da Tchecoslováquia).

Oração a São Norberto

"Ó Deus, que fizestes de São Norberto fiel ministro da vossa Igreja, pela oração e zelo pastoral, concedei-nos por suas preces e méritos, alcançar um dia, com a vossa graça, a realização de tudo o que nos ensinou por palavras e exemplos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 05 de junho de 2023

DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 05 DE JUNHO

DIA DE SÃO BONIFÁCIO - 5 DE JUNHO

HOMILIA - 05.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO BONIFÁCIO

Origens

Seu nome de batismo era Winfrid. Filho de uma família de nobres ingleses, nasceu em 673, na região de Devonshire, sudoeste da Inglaterra. Seguindo o costume da época, ainda na infância seus pais o levaram para um mosteiro beneditino para que ele recebesse a melhor educação possível, tanto acadêmica quanto religiosa. No mosteiro Winfrid se adaptou bem e quando chegou à juventude percebeu que tinha vocação para a vida religiosa e um desejo ardente de levar o nome de Jesus Cristo aos lugares mais distantes.

Vida religiosa

Quando completou dezenove anos, Winfrid fez seus votos religiosos na abadia beneditina de Exeter, também na Inglaterra. Lá, ele começou sua vida de professor. Lecionou regras monásticas em Exeter e também na abadia de Nurslig. Este tempo como professor o ajudou a descobrir sua vocação missionária, pois exercitou a oratória e a lida com pessoas de origens diferentes, saindo-se muito bem.

Primeira tentativa missionária frustrada

Dom Winfrid sentia em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho aos povos germânicos que viviam além do rio Reno. Por isso, fez uma primeira tentativa de chegar à Alemanha para levar a fé cristã. Porém, por causa de divergências políticas entre um duque chamado Radbod, que era pagão, e o rei Carlos Martel, cristão, essa tentativa foi frustrada e ele não conseguiu realizar seu sonho.

Uma luz ilumina seu caminho

No ano 718 Dom Winfrid fez uma peregrinação a Roma. Lá, conseguiu uma audiência com o Papa Gregório II e este decidiu apoiar seu intento de evangelização da Alemanha. Na ocasião, o Papa orientou Dom Winfrid a assumir o nome de Bonifácio, em homenagem a um famoso santo e mártir romano. Winfrid obedeceu e partiu para sua grande missão de evangelizar os povos germânicos, que ainda não conheciam Jesus Cristo.

O começo da missão na Alemanha

Em território alemão, Dom Bonifácio chegou primeiramente à Turíngia. Depois, dirigiu-se à Frísia. Nos dois locais suas pregações conquistaram corações que se converteram à fé cristã. Depois disso, ele andou por quase toda a Alemanha levando a Boa Nova de Jesus Cristo e conquistando os corações dos germânicos. Sua missão frutificou e belas comunidades cristãs se firmaram em território alemão.

Bispo de Mains

São Bonifácio voltou a Roma numa segunda peregrinação. O Papa nessa época, já era outro. Porém, ficou muito entusiasmado com o trabalho missionário na Alemanha e nomeou São Bonifácio como bispo de Mains. A partir desse momento, o apostolado de São Bonifácio ganhou nova força. Ele ordenou inúmeros padres e diáconos, fundou vários mosteiros masculinos e femininos, seguindo sua origem beneditina. Dentre esses mosteiros, destaca-se o de Fulda, que se tornou o grande centro da cultura religiosa da Alemanha. Liderou também a construção de várias igrejas e catedrais por todo o país. Para tanto, conseguiu a ajuda de um grande número de monges beneditinos vindos da Inglaterra. Estes ajudavam não só nas construções, mas também na evangelização do povo. Seu trabalho principal, porém, consistia na construção do templo invisível, que é a Igreja de Cristo. Por isso, ele viajou incansavelmente, participou de vários concílios e ajudou na promulgação de leis que tornaram a Alemanha um país melhor.

O Evangelho chega mais longe

Devido ao grande sucesso de sua ação missionária, São Bonifácio estendeu sua missão até a França. Depois, em 754, foi para a Holanda. Lá exerceu também seu frutuoso apostolado, levando milhares de pessoas ao conhecimento de Jesus Cristo.

Morte

São Bonifácio estava na Holanda. No dia 5 de junho de 754, dia de Pentecostes, ele foi celebrar a crisma de um enorme grupo de catecúmenos na cidade de Dokkun. Assim que ele iniciou a santa missa, uma horda de pagãos da Frísia invadiu a Igreja e matou todos os que estavam lá dentro. São Bonifácio recebeu um golpe de espada que partiu ao meio sua cabeça e ele entregou sua alma a Deus. Por isso, São Bonifácio é considerado mártir, pois deu sua vida por causa da fé em Cristo. Mas a semente que ele lançou, ganhou raízes profundas e se firmou para sempre no coração dos povos germânicos. Seus restos mortais foram levados para a igreja do belo mosteiro de Fulda.

Oração a São Bonifácio

Ó Deus, que destes a São Bonifácio o espírito missionário que o fez deixar seu país para evangelizar os povos germânicos, cumprindo a vossa vontade, dai também a nós a graça de um renovado ardor missionário e a bênção de realizar vosso plano de amor em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bonifácio, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 04 de junho de 2023

DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISCO CARACCIOLO- 04 DE JUNHO
V

DIA DE SÃO CRISPIM E SÃO FRANCISDO CARACCIOLO - 04 DE JUNHO

 

HOMILIA - 04.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CRISPIM, O PRIMEIRO SANTO CANONIZADO PELO PAPA JOÃO PAULO II

Neste dia 4 de junho, lembramos o primeiro santo canonizado pelo Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália, em 1668.

Chamado à vida religiosa, recebeu uma formação jesuíta. Porém, acabou entrando para a família franciscana, despertado pela piedade dos noviços. Ocupou cargos de grande simplicidade dentro da comunidade, como a horta, a cozinha, e tantos outros serviços onde ele testemunhava em tudo o amor de Deus.

Falava e vivia a seguinte frase: “Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e morre contente”.

Crispim deixou essa marca da pureza e da alegria. Ele viveu tudo com pureza de coração, foi feliz e morreu contente em 1748.

Que nosso caminho seja marcado pelo amor e pela verdadeira alegria.

São Crispim, rogai por nós!

 

HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO CARACCIOLO

 

Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.

Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu.

Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos “Padres Brancos da Justiça”, que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados.

Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos “Padres Brancos” havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos “Clérigos Regulares Menores”, dando alguns detalhes sobre o carisma que desejavam implantar.

O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois sacerdotes. Depois os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse incluído um quarto voto, além dos três habituais de pobreza, obediência e castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi aceito e incorporado à nova Ordem.

Quando a comunidade contava com doze integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos Regulares Menores tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, no qual se espelhava.

Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém, ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles. Nessa ocasião morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco Caracciolo assumiu com humildade até morrer.

Fiel ao pedido do papa, não desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598, Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio; e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido ao seu rápido crescimento.

Foram atividades intensas de que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608. Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado co-padroeiro de Nápoles em 1840.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 03 de junho de 2023

DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO

DIA DE SÃO CARLOS LWANGA E CONPANHEIROS MÁRTIRES - 03 DE JUNHO

HOMILIA - 03.06.23

 

HISTÓRIA DE SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Neste dia 03 de junho, celebramos a memória destes grandes mártires que, na África, testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização, que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

Decidido a acabar com a presença cristã em Uganda, o rei Muanga apanhou um pajem de dezessete anos, chamado Dionísio, ensinando religião. De próprio punho, o rei atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda a noite, e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou este exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e os 22 mártires de Uganda foram beatificados, em 1920, por Bento XV. Em 1934, São Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana”, e, em 1964, o Papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 02 de junho de 2023

DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO

 

DIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES - 02 DE JUNHO

HOMILIA - 02.06.23

 

 

HISTÓRIA DOS SANTOS MARCELINO E PEDRO, MÁRTIRES

Os santos de hoje foram mártires por causa do amor a Jesus e pertenceram ao clero romano no século IV, quando era grande perseguição contra a Igreja de Cristo por parte do Imperador Diocleciano. Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.

Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.

Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.

Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.

Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.

Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.

Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Erasmo e Blandina.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 01 de junho de 2023

DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO

DIA DE SÃO JUSTINO - 01 DE JUNHO

HOMILIA - 01.06.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JUSTINO 

Filósofo cristão e cristão filósofo, como foi acertadamente definido, Justino (nascido em Flávia Neápolis, na Samaria, Israel, no início do século II) pertence àquela plêiade de pensadores que em cada período da história da Igreja tentaram uma síntese da provisória sabedoria humana e das inalteráveis afirmações da revelação cristã. O itinerário da sua conversão a Cristo passa pela experiência estoica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Daí o desenlace quase inevitável, ou melhor, providencial e a adesão à verdade integral do cristianismo.

Ele mesmo conta que, insatisfeito com as respostas dadas pelas várias filosofias, retirou-se para um lugar deserto, à beira-mar, para meditar e que um velho, a quem tinha confiado sua desilusão, respondeu-lhe que nenhuma filosofia podia satisfazer o espírito humano, porque a razão sozinha é incapaz de garantir a posse plena da verdade sem o auxílio de Deus.

Foi assim que Justino aos trinta anos descobriu o cristianismo, tornou-se seu propagador e para proclamar ao mundo essa sua descoberta escreveu suas duas Apologias. A primeira delas dedicou-a ao imperador Antonino Pio e ao filho Marco Aurélio, ao Senado e ao povo romano. Escreveu outras obras, pelo menos oito, entre as quais a mais considerável é intitulada Diálogo com Trifão e é relembrada porque abre o caminho à polêmica antijudaica na literatura cristã. Mas as duas Apologias permanecem como o documento mais importante, porque destes escritos aprendemos como era explicado o cristianismo naquela época e como eram celebrados os ritos litúrgicos, em particular a administração do batismo e a celebração do mistério eucarístico. Aqui não há argumentações filosóficas, mas comoventes testemunhos de vida da primitiva comunidade cristã, à qual Justino está feliz de pertencer: “Eu, um deles…”. Tal afirmação podia custar-lhe a vida. De fato Justino pagou com a vida a sua pertença à Igreja.

Por ocasião de sua ida a Roma, foi denunciado por um hipócrita e cínico filósofo, Crescêncio, com quem havia disputado por muito tempo. Também o magistrado que o julgou era filósofo estoico, amigo e confidente de Marco Aurélio. Mas para o magistrado, Justino não passava de simples cristão, igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos condenados à decapitação pela sua fé em Cristo. Do martírio de são Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 31 de maio de 2023

DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO

DIA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA - 31 DE MAIO

HOMILIA - 31.05.23

 

 

VISITAÇÃO DA VIRGEM MARIA

Hoje, dia 31 de maio, celebramos a Festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.

O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo o que Ele quer.

Logo depois de ser avisada pelo anjo Gabriel de que sua prima Isabel,apesar da idade avançada, esperava um filho, Maria dirigiu-se à cidadezinha onde residia a futura mãe de São João Batista. Tal viagem, de cerca de cem quilômetros através de região montanhosa, não estava isenta de fadigas e perigos, porém a Virgem Santíssima caminhava alegremente, não apenas pelo desejo de auxiliar a parenta, mas também porque sabia que tinha dentro de suas entranhas o Filho de Deus, o Salvador do Mundo.

Trazendo Jesus em seu seio, ela ia levar a graça à família do sumo sacerdote Zacarias, tornando-se assim, desde então , por vontade de Deus, a medianeira de todas as graças.

No primeiro instante em que Maria saudou a prima, Santa Isabel cheia do Espírito Santo, respondeu-lhe: –“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” e, ao sentir o filho exultando em seu seio, continuou: –“De onde me vem a honra de receber a visita da Mãe do Meu Senhor?” Então, Maria não sabendo mais conter alegria que transbordava em seu coração desde a Anunciação, respondeu-lhe com as belíssimas palavras do “Magnificat”:“Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador”, profetizando em seguida que todas as gerações a chamariam de Bem-aventurada. Maria passou cerca de trêsmeses na casa de sua prima auxiliando-a em todos os serviços.

Nossa Senhora neste dia, quer também nos visitar. Quer estar junto de nós, nos ajudando em tudo o que necessitamos. Ela entra como Mãe amorosa que é, vê nossas aflições e angústias, nossas alegrias e conquistas.

Não permitamos, porém que Ela seja somente mais uma visita, mas sim nossa Mãe. Ela deseja permanecer em nossa casa, participar da nossa família.Se atualiza hoje, o que Jesus nos disse no alto da cruz ao olhar sua Mãe e o discípulo João:“Mulher, eis o teu filho! Depois disse ao discípulo: “Eis a tua Mãe.”diz-nos as escrituras que “A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.” (Jo,9.26-27)


Que possamos acolher a visita da Mãe, pois tudo muda com Sua presença. A tristeza dá lugar à alegria, como aconteceu com Isabel, que, ao receber a visita de Nossa Senhora, ficou cheia do Espírito Santo, assim como a criança em seu ventre.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 30 de maio de 2023

DIA DE SANTA JOANA D*ARC - 30 DE MAIO
 

DIA DE SANTA JOANA D'ARC - 30 DE MAIO

HOMILIA - 30.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA JOANA D'ARC

Origens

Joana nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, pertencente ao Ducado de Lorena, na França. Filha de camponeses trabalhadores e honrados, ela viveu ali sua infância, como qualquer outra menina de sua idade. Ocupava-se de trabalhos domésticos e, às vezes, pastoreava rebanhos de ovelhas do pai.

Chamada desde criança

Desde a infância Joana demonstrava uma piedade singular. Sentia-se atraída à contemplação, gostava de subir a lugares elevados para contemplar o panorama. Gostava muito de participar das celebrações na igreja e teve grande interesse em aprender o catecismo e a doutrina católica.

Um anjo guiando nos caminhos de Deus

Aos treze anos Joana começou a ouvir uma voz, que lhe orientava no caminho de Deus. Veja como ela mesma narrou esses fatos com muita simplicidade: "Quando eu tinha mais ou menos 13 anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar-me a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi esta voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a igreja". Há um detalhe muito importante nessa fala: segundo ela mesma afirma, a voz veio para ajudá-la a governar a si mesma, ou seja, o anjo de Deus ensina a adolescente Joana a ter autodomínio, um fruto do Espírito Santo. Mais tarde ela descobriu que era São Miguel Arcanjo quem falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França.

A França em grande sofrimento

Há setenta e cinco anos a França sofria demasiadamente vivendo a chamada “Guerra dos cem anos”. Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então um dos grandes países católicos, sofria a tentativa de invasão por parte dos ingleses desde 1337. A França, por sua vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420 o rei francês perdeu o trono para o rei inglês e a França corria o risco de deixar de existir como país.

A hora de Santa Joana D’Arc

Ao completar 17 anos, a voz vinda do céu avisou a Joana que sua hora de agir tinha chegado. Então, ela saiu da casa de seus pais e conseguiu convencer um Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a leva-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa e que ela, Joana, tinha sido chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses.

Comprovação na corte real

Depois de superar grandes dificuldades, Santa Joana chegou à corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ele nenhuma importância. Imediatamente passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava escondendo-se em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: "Muito nobre senhor Delfim (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino". Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem e santa Joana.

À frente dos exércitos

Depois de ouvir atentamente a Joana, Carlos VII colocou os exércitos franceses à disposição dela. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença de Santa Joana, virgem, cheia de inocência, sabedoria e força, impunha grande respeito e dava novo ânimo aos soldados. Como medida de união, ela proibiu a bebida alcoólica e os jogos entre os soldados. Além disso, convenceu os soldados a se confessarem e comungarem para enfrentar os ingleses com o poder de Deus.

Grandes vitórias

Os conselhos de guerra de Santa Joana nunca falharam, deixando grandes generais cheios de admiração. Sob sua liderança, os exércitos franceses acumularam vitórias importantíssimas. Em meio às batalhas, ela sempre portava um estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a Santa Joana D’Arc o ideal de unificação renasceu na França, bem como a esperança de reconquistar o que tinha sido perdido para os ingleses. Por isso, o povo não se cansava de manifestar gratidão e apoio a Santa Joana.

O rei francês é coroado

Graças à liderança de Santa Joana D’Arc, Carlos foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob o domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc.

Ingratidão

Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia a Santa Joana D’Arc e abandonou-a. Ela, por sua vez, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos impostos pelos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiègne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada a um falso tribunal de Inquisição, chefiado por um bispo corrupto, que recebera grande soma para condenar a santa. Assim, apesar da defesa feita assombrosa pela própria Joana, inspirada por Deus, sem um defensor do Estado a que tinha direito, ela foi condenada por bruxaria e heresia.

Morte

Assim, Santa Joana D’Arc recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30 de maio de 1431, quando ela tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com os olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela.

Oração a Santa Joana D’Arc

“Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 29 de maio de 2023

DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO

DIA DE SÃO MAXIMINO - 29 DE MAIO

HOMILIA - 29.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO MAXIMINO

São Jerônimo coloca são Maximino entre os homens ilustres de seu tempo e o define como “um dos bispos mais corajosos”.


Conforme a lenda, durante uma viagem a Roma, Maximino teria sido atacado por um urso que devorou o jumento em cuja garupa levava as bagagens. O santo — que assistira, impávido, a essa trágica cena — em seguida teria obrigado o urso a transportar os pesados fardos.

Lendas como essa leem-se em Vida de são Maximino, escrita no século VIII por um monge anônimo do mosteiro de Tréveris, na Renânia, onde o santo deste dia foi bispo, vindo a ocupar a sede que fora de santo Agrício, seu mestre.


Nasceu em Silly, perto de Poitiers, na Aquitânia, França; era irmão de são Maxêncio, bispo de Poitiers.


O urso — contra o qual o santo bispo de Tréveris teve de lutar, metaforicamente falando — era Constâncio, imperador ariano de Constantinopla, que mandara ao exílio os dois grandes campeões da ortodoxia, santo Atanásio, de Alexandria, e são Paulo, de Constantinopla. Em tais circunstâncias mostrou-se corajoso, oferecendo não só hospitalidade e apoio aos dois exilados, como também se empenhou com êxito com o próprio imperador, que por fim cedeu, permitindo que os dois bispos voltassem às suas respectivas dioceses.


Maximino morreu longe da própria sede, provavelmente durante uma estada em sua terra natal. São Paulino, seu sucessor, fez trasladar seu corpo da Aquitânia para a basílica de São João, a qual mais tarde recebeu o nome de São Maximino.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 28 de maio de 2023

DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO

DIA DE SÃO GERMANO DE PARIS - 28 DE MAIO

HOMILIA - 28.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO GERMANO DE PARIS

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 27 de maio de 2023

DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO

DIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - 27 DE MAIO

HOMILIA - 27.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA

Um século após São Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.

A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.

Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604. O corpo de Agostinho foi originalmente sepultado no pórtico do que hoje é a Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária, mas foi posteriormente exumado e recolocado num túmulo dentro da igreja da abadia, que se tornou um local de peregrinação e veneração. Após a conquista normanda, o culto de Agostinho passou a ser ativamente promovido e o seu santuário passou a ter uma posição central entre as capelas laterais, ladeado por santuários de seus sucessores, Lourenço e Melito. O rei Henrique I da Inglaterra concedeu à abadia uma feira de seis dias a ser celebrada na época em que as relíquias foram transladadas para o seu novo santuário, de 8 a 13 de setembro, anualmente.

O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 26 de maio de 2023

DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO

DIA DE SÃO FELIPE NÉRI - 26 DE MAIO

HOMILIA - 26.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO NÉRI 

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Néri pertencia a uma família rica. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar vocação para vida religiosa, mesmo frequentando regularmente a igreja.

Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar Filosofia e Teologia com os agostinianos. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Somente aos trinta e seis anos de idade ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho.

Viveu até o dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado até hoje de: Santo da alegria e da caridade.Filipe se preocupou com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Com bom humor, ele dizia aos que reclamavam do barulho das crianças: “Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça”.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

REFLEXÃO

A alegria é a grande virtude dos santos. Uma alegria serena e confiante no amor do Cristo Ressuscitado. Ser alegre não significa dar risadas o dia todo, mas conservar o semblante calmo e tranquilo. A tristeza enfraquece o coração e provoca desânimo. Peçamos ao bom Deus que nos alimente sempre com a virtude cristã da alegria.

ORAÇÃO

Ó Pai, pela vossa misericórdia São Felipe Néri anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Cristo nosso Senhor. Amém!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 25 de maio de 2023

DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO

DIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL - 25 DE MAIO

HOMILIA - 25.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO BEDA, O VENERÁVEL

O Dia de São Beda, o Venerável comemora-se a 25 de maio.

Conhecido como Venerável Beda, esse bispo e Doutor da Igreja foi autor da “Histórica Eclesiástica do Povo Inglês”, que o eternizou como o “Pai da História Inglesa”.

Esse monge inglês, proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII (único Santo inglês com esse título), foi também um tradutor e um linguista exímio, levando à divulgação e ao desenvolvimento do Cristianismo na Grã-Bretanha mesmo passando quase toda a vida em mosteiros e recusando convites para altos cargos no clero. Estudo, oração e escrita eram os verbos que resumiam a vida e o trabalho de Beda, o Venerável.

São Beda morreu a 25 de maio de 735 em Jarrow, Inglaterra. É o padroeiro dos escritores ingleses, dos historiadores e dos contemplativos.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 24 de maio de 2023

DIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS - 24 DE MAIO

24 DE MAIO, DIA E DE SÃO VICENTE DE LÉRINS

HOMILIA - 24.10.23

 

 

HOSTÓRIA DE SÃO VICENTE DE LÉRINS

As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, França, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 23 de maio de 2023

DIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO

DIA DE SÃOJOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 DE MAIO

HOMILIA - 23.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI

Origens

João Batista de Rossi nasceu em Voltagio, que fica na província de Gênova, Itália, em 22 de fevereiro de 1698. Com apenas dez anos, foi trabalhar em Gênova, como pajem, na casa de uma família muito rica. Ali, conseguia se manter e estudar. Depois de três anos, mudou-se em definitivo para a capital Roma.

Capacidades

Em Roma, foi morar na casa de um primo padre e estudar no Colégio Romano dos Jesuítas. Lá, conseguiu o doutorado em filosofia. Conviveu ali com os mais preparados religiosos de sua geração. Depois disso, concluiu o curso de teologia com os frades dominicanos de Minerva. Juntamente a este esforço acadêmico, João Batista exercia uma extenuante missão evangelizadora. Ajudava, especialmente, os jovens, os pobres e os abandonados.

Epilepsia

Acredita-se que, por causa dessa atividade intensa, João Batista atingiu um esgotamento físico e mental tão grande, que começou a ter crises epiléticas e, depois, uma doença grave nos olhos. Desses males, ele não mais se recuperou, tendo que conviver com isso por toda a sua vida. Mesmo assim, não abandonou a prática da penitência. Alimentava-se pouco. Isso ajudou a enfraquecer ainda mais o seu já frágil corpo. Seu espírito, porém, estava sempre forte e pronto para o amor cristão.

Padre e fundador

Em 1721 São João Batista de Rossi recebeu a ordenação sacerdotal. Uma vez padre, fundou a Pia União de Sacerdotes Seculares. Ele mesmo dirigiu esta obra por alguns anos, empregando ali a experiência que ele adquiriu anteriormente dirigindo grupos de estudantes. No seminário fundado por ele, até 1935, estudaram grandes personalidades do clero de Roma. Alguns desses foram canonizados. Outros, foram eleitos bispos e Papas.

Obras para moços e moças

São João Batista de Rossi, no entanto, ainda não estava satisfeito. Queria obras mais abrangentes. Por isso fundou a Casa de Santa Gala, para moços necessitados e, depois, a Casa de São Luiz Gonzaga, destinada a atender moças carentes. São Luiz Gonzaga era o santo de sua devoção e exemplo de vida que buscava seguir na sua missão apostólica.

Dons carismáticos

São João Batista de Rossi dedicava grande parte de seu ministério sacerdotal aos mais pobres, aos doentes, aos presidiários e aos pecadores. Em favor desses, manifestava o dom do conselho. Era sempre atencioso e cheio de paciência para com todos. Por isso, os formavam grandes filas para se aconselharem e se confessarem com ele. Tinha também os dons da consolação, da exortação e da orientação. Por isso, o povo da região o procurava mais e mais. São João Batista de Rossi era sempre incansável. Agia e dirigia suas obras sempre com delicadeza e firmeza, fervor e espiritualidade forte. 

Morte 

São João Batista de Rossi faleceu em 23 de maio de 1764. Tinha, então, sessenta e seis anos quando a doença o abateu. Pobre, não tinha dinheiro para pagar seus funerais. Esses foram pagos pelos devotos que o amavam e eram eternamente gratos a ele. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão XIII no ano 1881.

Oração a João Batista de Rossi

“São João Batista de Rossi que fostes chamado a tão sublime missão do sacerdócio e que tivestes a graça de servir a Deus nos irmãos mais abandonados, obtende de Deus a nosso favor, esse amor, essa fortaleza de espírito, esta perseverança principalmente aos futuros sacerdotes e a todo o clero para que apenas a presença de cada um deles possa ser o primeiro passo para a conversão dos povos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 22 de maio de 2023

DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO

DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO

HOMILIA - 22.05.23

 

HISTÓRIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena,  perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.

Vida de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou  muita paciência e resignação por tudo que sofreu.

Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.

Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.

No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.

Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.

Deus coloca Santa Rita de Cássia  no convento

Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.

Ela abriu a porta e estavam ali, São FranciscoSão Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.

Milagres de Santa Rita de Cássia

Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.

Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia

Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.

O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.

Morte de Santa Rita de Cássia

No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.

No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.

Devoção a Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.

No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.

Oração a Santa Rita de Cássia

Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 21 de maio de 2023

DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIO

DIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES - 21 DE MAIO

HOMILIA - 21.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES

Nasceu no dia 30 de julho de 1869, em Totatiche, Jalisco, México. Durante sua infância trabalhava com o pastoreio. Entrou no seminário aos 19 anos e, quando ordenado sacerdote, foi enviado para a paróquia de sua cidade natal.

Tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.

Em 1917, foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venustiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

A Igreja se posicionou contra as novas leis e, por isso, foi duramente perseguida gerando a reação da sociedade e dos leigos que se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa. Entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.

Uma década depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elias tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas.

Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. O Papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão de Magalhães.

 São Cristóvão de Magalhães, rogai por nós! 

Oração

Ó Deus, que na tua misericórdia, quiseste enriquecer São Cristóvão Magallanes com grandes virtudes apostólicas para anunciar o Evangelho às gentes, concede-nos, por sua intercessão, de arder no mesmo espírito e de tender unicamente ao serviço da Igreja e à salvação das almas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Reflexão

São Cristóvão tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 20 de maio de 2023

DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO

DIA DE SÃO BERNARDINO DE SENA - 20 DE MAIO

HOMILIA - 20.05.23

 

 

HISTÓRIA  DE SÃO BERNARDINO DE SENA

Origens

Bernardino nasceu de uma família nobre de Sena, de sobrenome Albizzeschi, no dia 8 de setembro do ano 380, na pequenina aldeia de Massa Marítima, em Carrara, Itália. Quando tinha apenas três anos, ficou órfão de mãe. Depois, tendo ainda sete anos, seu pai faleceu. Por isso, ele foi criado duas tias na cidade de Sena. Suas tias eram mulheres de fé e alimentaram no coração de Bernardino a devoção à Virgem Maria e a Jesus Cristo.

Franciscano 

Bernardino estudou na Universidade de Sena, terminado seus estudo com vinte e dois anos. Nessa idade, decidiu abandonar tudo e ingressar na Ordem dos Franciscanos, abraçando as regras de São Francisco com fidelidade e alegria. Na época, apoiou com vigor um movimento chamado “Observância”. Tal movimento vinha se firmando entre os frades da Ordem e buscava um rigor maior na vivência da pobreza. Por seu entusiasmo, os franciscanos o elegeram Vigário Geral de todos os conventos que seguiam a Observância.

Missionário itinerante atual 

Com trinta e cinco anos, Frei Bernardino iniciou sua missão de pregador e seguiu nesse caminho até sua morte. E tornou-se um grande pregador. Viajou pela Itália inteira pregando o Evangelho e convertendo a muitos.

Sermões registrados por taquigrafia

Os discursos e sermões de São Bernardino de Sena foram taquigrafados por um de seus discípulos. O método foi inventado pelo próprio santo. Por isso, seu legado chegou até nós integralmente. Seus discursos com estilo rápido, leve, acessível e contundente, é bastante atual até os dias de hoje. Seus temas preferidos eram a caridade, a concórdia, a humildade, e a justiça. Tinha palavras muito duras para aqueles que, como ele mesmo dizia, "renegam a Deus por uma cabeça de alho". Também denunciava o abuso dos poderosos chamando-os de "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres". 

Mensageiro da paz

Na época de São Bernardino de Sena, a Europa passava por enormes calamidades: a peste e as divisões causadas por das facções políticas e também religiosas, causavam morte de muita gente e destruição. Porém, por onde São Bernardino passava, ele fazia com que a paz fosse restituída. Sua pregação era insuperável, empolgante e cheia de ardor. Muitos se convertiam ao ouvi-lo pregar. Além disso, levava sempre consigo um quadro de madeira com as iniciais JHS, que significam Jesus Salvador dos Homens. Depois de seus sermões, ele o apresentava para que fosse beijado por todos os fiéis.

Morte

Sua vida de missionário itinerante, inúmeras pregações, jejuns e sacrifícios constantes, aliados a uma alimentação fraca e pouco repouso, aos poucos enfraqueciam seu corpo, já velho. Porém, ele quis parar. Pregou o Evangelho enquanto conseguiu. Faleceu aos sessenta e quatro anos, em 20 de maio de 1444. A impressão que São Bernardino de Sena deixou na Igreja foi tamanha, que depois de apenas seis anos de sua morte, ele foi canonizado. Mais tarde, foi declarado padroeiro dos publicitários da Itália e também do mundo inteiro.

Oração a São Bernardino de Sena

“Ó Deus, que destes ao presbítero São Bernardino de Sena ardente amor pelo Nome de Jesus, ascendei sempre em nossos corações a chama da Vossa caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Bernardino de Sena, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 19 de maio de 2023

DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO

DIA DE SANTO IVO - 19 DE MAIO

HOMILIA - 19.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO IVO

Infância

Nasceu em 17 de outubro de 1253, perto de Treguier, na baixa Bretanha, França. Seu nome, Yves Hélory, (Helori ou Heloury) era filho do lorde Helory de Kermartin e Azo Du Kenquis.  Era de família da pequena nobreza, com educação apurada e cristã.

Quando termina os primeiros estudos é enviado em 1267 com 14 anos de idade à Universidade de París, onde estudou teologia, tendo a oportunidade de ser aluno do grande e famoso Santo Tomás de Aquino.

Juventude e estudos

Participou com São Boaventura de várias conferências aprendendo o espírito franciscano, depois foi para Orléans em 1277, onde se especializou em Direito Civil e Direito Canônico, voltando posteriormente para a Bretanha.

A profissão de Advogado

Foi conselheiro jurídico e juiz eclesiástico, trabalhando como juiz episcopal em 1280, na arquidiocese de Rennes, cidade capital de Ducado da Bretanha por quatro anos, depois volta para Tréguier. Julgava todo tipo de litígio, contratos, heranças, casos matrimoniais, menos os processos criminais.

Sacerdote e advogado

Em 1824, foi ordenado Sacerdote a convite de seu Bispo, continuando a trabalhar como advogado e juiz, multiplicando suas atividades, pois naquele tempo ainda era permitido varias atividades para o sacerdote, e muitas pessoas se recorriam a ele. Obteve o título de "Advogado dos Pobres" por sua intransigente defesa dos menos favorecidos, construindo até um hospital onde ajudava a cuidar dos doentes pessoalmente, pois era um Frade Franciscano.

Vida de oração

Gostava de passar a noite em vigília alimentando-se apenas de pão e água. Essas noites ele passava em estudo e orações, mas também saía à procura dos mais necessitados para pregar, orientar, ajudar com seu dinheiro os mais pobres. Com isso, Ivo conseguia o respeito e a admiração de todos.

Falecimento

Santo Ivo de Kemartin (como também era conhecido), morreu aos 50 anos de causas naturais em 19 de maio de 1303. Está sepultado na Catedral de Tréguier, onde é objeto de devoção  dos fiéis até os dias de hoje.

Canonização

No ano de 1347 a pedido de Bispos e autoridades civis, após processo de investigação conduzido pelo Vaticano, o Papa Clemente VI, com a solene Bula de 19 de maio, assinada em Avignon, proclama Ivo inscrito no catálogo dos Santos e confessores, sendo venerado como Santo da Igreja Católica. Sua festa é , anualmente no dia 19 de maio.

Representação

A igreja de Sant’Ivo Allá Sapienza em Roma (Itália) é dedicada a Santo Ivo.

Sua imagem é representada com uma bolsa na mão direita por todo o dinheiro que ofertou aos pobres, e um papel enrolado na outra, por causa de seu oficio de advogado e magistrado. Outra representação do Santo é entre um homem rico e um pobre.

Legado para a humanidade

A criação da Instituição dos Advogados dos Pobres, como a Defensoria Pública dos dias atuais, foi inspiração de Santo Ivo, que sempre defendeu as causas dos pobres, viúvas e menos favorecidos. Por isso, em vários países, na data de seu falecimento comemora-se o dia da Defensoria Pública. A Constituição brasileira em seu artigo 134 e parágrafo único foi uma das pioneiras a instituir no mundo a Defensoria Pública, realizando, de certa forma, o sonho de Santo Ivo.

Devoção

No Brasil existe uma relíquia de Santo Ivo, doada pelo Bispo de Saint-Brieuc em Tréguier, para o Bispo de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Ela está na capela em honra ao Santo, na cripta do Santuário da Medianeira de todas as Graças, com o altar inaugurado em 19 de maio de 1986, local de peregrinação de muitos fiéis e de muitos advogados do Brasil.

Ele é o Patrono dos advogados, dedicando toda a sua vida à defesa dos pobres e fracos contra os poderosos, conquistando o respeito de todos. Umas de suas grandes frases era:

"Jura-me que sua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente."

Oração a Santo Ivo:

Glorioso Santo Ivo, lírio da pureza, apóstolo da caridade e defensor intrépido da justiça. Vós que, vendo nas leis humanas um reflexo da lei eterna, soubestes conjugar maravilhosamente os postulados da justiça e o imperativo do amor cristão, assisti, iluminai, fortalecei a classe jurídica, os nossos juízes e advogados, os cultores e intérpretes do direito, para que nos seus ensinamentos e decisões, jamais se afastem da equidade e da retidão. Amem eles a justiça, para que consolidem a paz; exerçam a caridade, para que reine a concórdia; defendam e amparem os fracos e desprotegidos, para que, posposto todo interesse subalterno e toda afeição de pessoas, façam triunfar a sabedoria da lei sobre as  forças da injustiça e do mal. Olhai também para nós, glorioso Santo Ivo, que desejamos copiar os vossos exemplos e imitar as vossas virtudes. Exercei junto ao trono de Deus vossa missão de advogado e protetor nosso, a fim de que nossas preces sejam favoravelmente despachadas e sintamos os efeitos do vosso poderoso patrocínio. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 18 de maio de 2023

DIA DE SÃO JOÃO I - 18 DE MAIO

DIA DE SÃO JOÃO I - 18 DE MAIO

HOMILIA - 18.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JOÃO I

O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, Itália, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.

Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.

Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio desse contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.

A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.

Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede no ano de 526.

Suas relíquias foram trasladadas para a Basílica de São Pedro, onde São João I é venerado como mártir da fé. Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.

São João I, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 17 de maio de 2023

DIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO - 17 DE MAIO

DIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO - 17 DE MAIO

HOMILIA - 17.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO PASCOAL BAILÃO

Nasceu no munícipio de Torrehermosa, em Aragão, na Espanha no ano de 1540, numa família de origem pobre e humilde. Seus pais, muito religiosos, colocaram nele o nome de Pascoal por seu nascimento ter sido em um domingo de Páscoa.

Trabalhou cuidando dos rebanhos desde menino, não tendo a oportunidade de estudar tão cedo. Tinha o desejo de conhecer a verdade, e quanto mais aprendia a ler, mais lia o Santo Evangelho, os exemplos de Cristo e dos santos.

Por volta dos 20 anos de idade, decidiu abandonar a casa de seus pais e dirigir-se para um convento, onde deu passos largos em direção ao amor e a piedade do Divino Mestre. Chamado à vida religiosa, dirigiu-se para Valência. Renunciou a tudo para seguir a Cristo dentro da família franciscana. E, ali, buscava desempenhar os trabalhos mais humildes, santificando-se cada vez mais.

Entre a Espanha e a França existiam povos que combatiam os cristãos. Ele foi enviado para levar uma carta para a França. E aceitou. Desejando ser mártir da obediência.

Homem de profunda adoração a Jesus Sacramentado. Ficou conhecido como “Teólogo da Eucaristia”, por ter resolvido as questões dos adversários na França e também pela coletânea de escritos que deixou a respeito do Sacramento da Eucaristia, que sempre foi o centro de sua vida espiritual.

Infligia-se penitências e com isto debilitou sua saúde até o limite de sua resistência. Faleceu no convento do Rosário, no dia 17 de maio de 1592, no domingo da Solenidade de Pentecostes.

No ano de 1897, Papa Leão XIII, declarou-o patrono das devoções eucarísticas e também dos Congressos Eucarísticos Internacionais.

São Pascoal Bailão, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 16 de maio de 2023

DIA DE SÃO SIMÃO STOCK - 16 DE MAIO

DIA DE SÃO SIMÃO STOCK - 16 DE MAIO

HOMILIA - 16.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO SIMÃO STOCK

Origens

Simão nasceu no ano 1165, no castelo de sua família, na cidade de Kent, Inglaterra. Filho do governador de Kent, era parente da realeza inglesa. Sua família cristã e cheia de fé, deu a ele a melhor formação religiosa, intelectual e humana. Inteligente e disciplinado, Simão estudou no famoso Colégio de Oxford desde quando tinha sete anos. Os estudos e o desejo da família levavam Simão para uma vida de sucesso social glorioso. Porém, o que ele desejava em seu coração era estar ao serviço de Deus.

Eremita adolescente 

Tendo apenas doze anos, Simão saiu do castelo da família e foi viver vida de eremita. Para sua nova morada encontrou um oco de um velho e grande carvalho na floresta vizinha a Oxford. A notícia do adolescente eremita espalhou-se rapidamente e o povo passou a chama-lo de Simão "Stock" por causa de sua casa no carvalho oco. Ali Simão viveu durante vinte anos, dedicado à oração, à contemplação e à penitência.

Sonho profético

Certa noite, Simão teve um sonho com a Virgem Maria. No sonho, a Virgem lhe disse para unir-se aos monges que viriam do mosteiro de Monte Carmelo. Nossa Senhora lhe falava da Ordem dos Carmelitas, a primeira fundada em homenagem a ela e uma das mais antigas da Igreja. Simão não compreendeu perfeitamente tal sonho, mas obedeceu. Retornou ao castelo e voltou a estudar. Formou-se teólogo e foi ordenado padre.

A profecia se cumpre

Enquanto esperava na fé que os monges prometidos chegassem, Padre Simão Stock percorria as aldeias da região fazendo visitas aos doentes e aos pobres, evangelizando o povo. No ano 1213, finalmente os carmelitas chegaram às terras da Inglaterra. Assim, Padre Simão Stock pôde ingressar na Ordem dos Carmelitas. Depois de dois anos, por causa de suas virtudes, capacidades e amor à ordem, os irmãos nomearam-no colaborador na direção da ordem. Pouco tempo depois, em 1216 ele foi eleito vigário geral de todas as províncias carmelitas da Europa.

Perseguições à Ordem Carmelita

A Ordem Carmelita passava por um período muito difícil e chegou a ser quase extinta. Outras ordens religiosas os perseguiam. Diante disso, o prior geral São Simão Stock, enviou emissários ao papa de então, chamado Honório III.  Estes tinham a missão de informá-lo sobre a situação difícil da Ordem e pedir a proteção do Santo Padre. Ao mesmo tempo, São Simão convocou a todos os carmelitas, pedindo que rezassem a Nossa Senhora pelas intenções urgentes da Ordem. Eles deveriam fazer isso até que chegasse a resposta do Papa.

A primeira resposta

A primeira resposta veio de Nossa Senhora. São Simão, estando em oração profunda, teve uma visão de Nossa Senhora do Carmo rodeada de anjos. Ela mostrou a ele o santo escapulário da Ordem a ele Carmelita e disse-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". A virgem mandou que ele o distribuísse aos monges da Ordem para que eles fossem tranquilizados. Conforme a tradição carmelita, tal aparição aconteceu em 16 de julho de 1251. 

A segunda resposta

A resposta do Papa chegou sete meses depois, numa carta com data de 13 de janeiro de 1252. Na carta, o Papa declarou a existência da Ordem dos Carmelitas era legal e, além disso, autorizava os carmelitas a continuarem com a criação de mosteiros pela Europa. Depois disso, São Simão Stock promoveu uma grande mudança estrutural na Ordem. Esta, da forma de vida monástica oriental, para a forma vivida no Ocidente, dos frades mendicantes ou evangelizadores, chamados apostólicos.

A devoção ao Escapulário

A devoção ao santo escapulário rapidamente se difundiu por toda a cristandade, do Ocidente ao Oriente. Desde o início ele foi tido como sinal da proteção de Nossa Senhora, bem como do esforço próprio em seguir a Jesus Cristo.

Morte

São Simão Stock faleceu quando tinha quase cem anos de idade. Era o dia 16 de maio de 1265. Ele estava, então, no mosteiro da cidade de Bordeaux, França. Lá, ele foi sepultado. A celebração litúrgica de São Simão Stock foi instituída oficialmente pela Igreja para o dia de sua morte.

Oração de São Simão Stock

São Simão rezava esta oração quando recebeu o escapulário de Nossa Senhora:

“Do Carmo a Flor 
vide florida 
do céu esplendor. 
Virgem fecunda, 
singular 
Mãe sem par 
De homem ignorada! 
Ao Carmo vem dar 
a tua ajuda. 
Estrela do mar!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 15 de maio de 2023

DIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR - 15 DE MAIO

DIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR - 15 DE MAIO

HOMILIA - 15.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ISIDORO LAVRADOR

Origens

Isidoro nasceu em Madri, capital da Espanha, no ano 1070. Era filho de uma família de camponeses, pessoas muito simples e fiéis; católicos praticantes seguidores de Jesus Cristo. Isidoro cresceu em paz e feliz. Revelou-se, desde pequeno, ser muito caridoso para com todos. Trabalhava com sua família, numa propriedade que tinha sido arrendada por seus pais.

Oração e casamento

Isidoro costumava levantar bem cedo para ir à missa. Fazia isso sempre, antes de se dirigir para o trabalho no campo. Continuou com essa mesma rotina depois de casado. Sua esposa se chamava Maria Toríbia e os dois tiveram um filho. Depois de casado, suas práticas de fé e caridade se destacaram mais ainda. 

Acusação

Certa vez, Isidoro foi acusado de deixar o trabalho para ficar rezando na parte da manhã. Diziam que ele só queria ficar na igreja ao invés de ir para o trabalho. Ele tinha, realmente, o hábito de dar uma pausa no trabalho, uma vez ao dia, para se dedicar à oração do terço, a qual fazia de joelhos. Isso, porém, não chegava a atrapalhar seu trabalho. Pelo contrário, depois de rezar ele voltava ao trabalho com mais força e vigor. Assim, recuperava sempre o tempo que tinha ficado em oração. O patrão até que tentou impingir-lhe um castigo, mas não teve como fazer isso, por causa da bondade e da eficiência de Isidoro.

Caridade fraterna

Santo Isidoro não se destacava apenas pela oração e pelo trabalho. Destacava-se mais ainda pela solidariedade para com os mais pobres. Com eles, sempre dividia tudo o que ganhava no trabalho. Para si e sua família, deixava apenas o necessário, tanto para a alimentação quanto para uma vida digna. Por isso, todos o tinham como um pai e um amigo para todas as horas.

Morte do filho

Provavelmente o maior sofrimento vivido por Santo Isidoro e sua esposa tenha sido a morte do filho, ainda criança. Porém, apesar da imensa dor, Isidoro e sua esposa Maria não cederam à revolta e à mágoa. Pelo contrário, juntos, os dois se dedicaram ainda mais aos pobres e aos necessitados. Santo Isidoro deixou um rastro de humildade, se simplicidade, de caridade e de amor ao próximo.

Morte

Santo Isidoro Lavrador faleceu pobre e sem ter se tornado conhecido. Sua morte aconteceu em 15 de maio de 1130, na cidade de Madri. Ele foi sepultado de maneira comum, sem nenhuma especial distinção. Os pobres e necessitados, porém, sofridos, compareceram em grande número em seu funeral simples. Somente depois de sua morte é que começou espontaneamente, por esses mesmos pobres, a devoção popular. Muitos milagres foram atribuídos à intercessão de Santo Isidoro Lavrador. Esses milagres se tornaram parte da tradição espanhola.

Reconhecimento

Somente depois da morte de Santo Isidoro é que as autoridades eclesiásticas iniciaram o processo de reconhecimento da santidade de Isidoro. A devoção do povo simples do campo e da cidade de Madri levam a igreja a reconhecer o grande valor de Santo Isidoro: o temor a Deus, a fidelidade aos mandamentos, uma vida justa e reta, alicerçada no seguimento a Jesus Cristo, na oração e na caridade. 

Culto

Filipe II, rei da Espanha, foi curado de uma grave enfermidade quando pediu com fé a intercessão de Santo Isidoro Lavrador. Por isso, ele mesmo formalizou o pedido oficial de canonização do santo junto à Santa Sé. No ano de 1622, o papa Gregório XV, depois de confirmar alguns milagres pela intercessão de Santo Isidoro, celebrou sua canonização. Nesta celebração foram canonizados, juntamente com Santo Isidoro Lavrador, Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, Santa Teresa d'Ávila e São Filipe Néri. Depois disso, Santo Isidoro lavrador foi instituído padroeiro dos trabalhadores rurais, dos desempregados, dos indígenas e também da cidade de Madri.

Oração a Santo Isidoro Lavrador

“O Santo Isidoro, a vossa fé vos levava a esquecer o mundo para contemplar as belezas do Reino de Deus. Dando-vos em oração, os anjos completavam o vosso trabalho de agricultor. Abençoai-me, Santo Isidoro! Abençoai a minha família, a minha terra, a minha horta, as minhas plantações, a minha criação. Pedi aos anjos que sustentem as minhas forças nas horas de cansaço. Abri os meus olhos e fazei-me ver, na semente que nasce, na flor que desabrocha, no fruto que amadurece, a força criadora de Deus onipotente. Santo Isidoro, fortalecei a minha fé, dai-me gosto pela oração, para a minha piedade atraia as bênçãos de Deus e dos anjos do céu sobre o trabalho de minhas mãos e faça frutificar a minha plantação. Amém. Santo Isidoro, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 14 de maio de 2023

DIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO - 14 DE MAIO

DIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO - 14 DE MAIO

HOMILIA - 14.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MATIAS APÓSTOLO

Origens

São Matias é citado pela primeira vez no livro dos Atos dos Apóstolos, 1, 15-26. Matias se tornou um dos doze Apóstolos depois da morte e ressurreição de Jesus. Foi ele quem ocupou o lugar de Judas Iscariotres, que se suicidou depois de perceber o grave erro que cometera. O número 12 era muito importante para o grupo dos Apóstolos, pois simbolizava as 12 tribos de Israel que, por sua vez, simboliza todo o povo de Deus. Os 12 Apóstolos de Jesus simbolizam, assim, a restauração do povo de Deus. Por isso, era importante escolher o décimo segundo Apóstolo. Por ter sido escolhido depois, ele é chamado também de “Apóstolo Póstumo”.

A escolha

Vejamos como aconteceu a escolha deste grande Apóstolo:

"Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena ‘Que outro receba seu cargo’. Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus... E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos". (At 1, 21-26) 

Discípulo fiel

Através deste relato do Livro dos Atos, podemos deduzir que, embora não tenha sido contado entre os doze desde o início, Matias foi um discípulo de Jesus e acompanhou o ministério do Mestre desde o início: “E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus...” Portanto, ele conheceu Jesus pessoalmente. Certamente deve ter sido um dos setenta e dois discípulos que Jesus enviou a pregar pelas cidades conforme Lucas 10, 1-24. Matias era, portanto, um discípulo fiel de Jesus. Tanto que estava lá, presente entre os seguidores do Mestre, após a morte, ressurreição e Ascenção do Senhor.

Evangelizador 

Segundo a Tradição, o Apóstolo São Matias, depois de receber a força do Espírito Santo em Pentecostes, saiu em missão para evangelizar a Judeia, a região da Capadócia e, depois, ainda esteve nas terras distantes da Etiópia. Sua missão foi eficaz e converteu a muitos em todos esses lugares. Por isso mesmo, ele sofreu duras perseguições até o martírio.

Martírio

São Matias sofreu duras perseguições durante toda a sua missão apostólica. Porém, não desanimou. Incansável, anunciou o Evangelho de Jesus Cristo até o fim de sua vida. E entregou sua vida por Cristo. A Tradição conta que São Matias morreu por apedrejamento e que, depois disso, foi decapitado na cidade de Jerusalém. Sabe-se que ele testemunhou até o fim sua fidelidade a Jesus, a despeito das injúrias, das torturas e da morte. Por causa de seu testemunho, muitos se converteram à fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

Relíquias

A Tradição conta que Santa Helena, mãe de Constantino, o imperador romano, ordenou a trasladação das relíquias do Apóstolo São Matias para a cidade de Roma. Uma parte delas permaneceu guardada na famosa igreja de Santa Maria Maior. O restante foi trasladado para a igreja de São Matias, que fica na cidade de Treves, Alemanha. Há uma tradição que diz que esta cidade foi evangelizada por São Matias. Por isso, ele foi instituído como seu padroeiro. 

Oração a São Matias

“São Matias, és agora testemunha do Senhor, como apóstolo chamado em lugar do traidor. Do perdão de Deus descrendo, Judas veio a se enforcar; como o salmo anunciara, passe a outro o seu lugar. Por proposta de São Pedro, que preside a reunião, lançam sorte, e eis teu nome! Quão sublime vocação! E a tal ponto te consagras em levar ao mundo a luz, que proclamas com teu sangue o evangelho de Jesus. Dá que todos nesta vida percorramos com amor o caminho revelado pela graça do Senhor. Uno e Trino, Deus derrame sobre nós a sua luz; conquistemos a coroa, abraçando a nossa cruz!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 13 de maio de 2023

DIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - 13 DE MAIO

DIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - 13 DE MAIO

 

HOMILIA - 13.05.23

 

 

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

 

Tela para Quadro 50x70 - Nossa Senhora de Fátima

 

Nossa Senhora de Fátima teve origem na cidade de Fátima, uma cidade de Portugal, onde três meninos, Lucia de Jesus Santos, com 10 anos e  seus primos Francisco Martos de 9 anos e Jacinta Martos de 7 anos, tiveram a visão de Nossa Senhora.

Aconteceu no ano de 1917. Sete aparições de Nossa Senhora aos três meninos, sempre no dia 13 de cada mês. A primeira foi no dia 13 de maio. Lucia via e conversava com Nossa Senhora de Fátima. Francisco só via e não ouvia os diálogos. Jacinta via e ouvia, mas não falou com Nossa Senhora de Fátima.

História de Nossa Senhora de Fátima

Quando Nossa Senhora de Fátima apareceu aos três, eles descreveram assim a visão: Parecia ter uns 18 anos a Senhora, rodeada de claridade fulgurante, seu vestido era de uma alvura puríssima, assim como o manto ornado de ouro, que lhe cobria a cabeça e grande parte do corpo. O rosto sobrenatural e divino, estava sereno e grave, com uma sombra de tristeza. Em suas mãos, uma cruz de ouro com um terço em contas que pareciam pérolas, e de seu corpo, especialmente do rosto irradiavam feixes de luz, incomparavelmente superior a qualquer beleza humana.

No começo as crianças se assuntaram, mas Nossa Senhora de Fátima as tranquilizaram, dizendo para não terem medo, e que ela era do Céu. Nossa Senhora disse para rezarem o terço todos os dias, para alcançarem a paz e o fim da guerra. A mensagem de Fátima é uma mensagem de conversão e arrependimento.

Nossa Senhora de Fátima insiste na oração do terço. Ela disse que o comunismo só cairia depois de muita oração. E assim aconteceu. A oração e a Igreja, através do Papa João Paulo II tiveram papel decisivo na queda do muro de Berlin e, por conseguinte, do comunismo.

Perseguição contra as crianças de Fátima

Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50 pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes públicos. Chegaram a ser até presas na delegacia de Fátima, mas nunca negaram as aparições.

Oração de Nossa Senhora de Fátima que rezamos até hoje

Em uma das aparições, Nossa Senhora ensinou esta oração aos meninos. Ela foi acrescentada na reza do Rosário: Quando rezarem o terço, digam após cada mistério; ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.

Após a terceira aparição o povo começou a acreditar, e cada vez mais se aglomeravam mais pessoas, chegando a mais de trinta mil na última aparição.

Milagre de Nossa Senhora de Fátima

Na sexta aparição, Maria Santíssima disse a Lucia que naquele local, com o dinheiro das doações, deveria ser construída uma capela com o nome de Nossa Senhora do Rosário. E quando ela se levantava suavemente para ir embora, o sol  apareceu entre as nuvens como um grande disco prateado, brilhando muito, mas sem cegar as pessoas. Começou a girar vertiginosamente e suas bordas se tornaram avermelhadas espalhando raios de fogo, de modo que sua luz refletia nas pessoas nas árvores, e foi vista até quarenta quilômetros de distância do local das aparições.

Por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra, e todos com medo pediam perdão para Deus. O milagre durou cerca de dez minutos. A partir desses acontecimentos, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, aumentou, se difundiu para o mundo todo, e hoje, em seu enorme santuário, todos os peregrinos vão fazer seus pedidos, agradecimentos e orações.

Oração a Nossa Senhora de Fátima

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graça contidos na prática de vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço em que devemos ter com essa devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da Vossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de vossos preciosos frutos e alcancemos a graça, que vos pedimos nesta oração,  se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém.

Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por nós.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 12 de maio de 2023

DIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO - 12 DE MAIO

DIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO - 12 DE MAIO

HOMILIA - 12.05.23

 

HISTÓRIA DOS SANTOS NEREU, AQUILES E PANCRÁCIO

Nereu e Aquiles viveram no século III. Foram severamente torturados e morreram durante a perseguição militar, com a qual deu início a era de Diocleciano, no Império Romano. Uma das marcantes representações de martírio é a gravura de Santo Aquiles atingido pelo verdugo.

Sobre Pancrácio, sabemos que ele herdou dos pais a fé, coragem e admiração pelo imperador. Agora, ao tornar-se órfão, teve de morar com um santo tio chamado Dionísio, que morreu mártir antes do sobrinho. Diante da perseguição promovida pelo imperador, Pancrácio, que era muito jovem, começou a ver pessoas testemunhando Jesus até o sangue, como o seu tio e amigo.

Persuadido pelo próprio imperador, que recordava o amor aos pais, São Pancrácio manteve-se fiel a Jesus, mesmo diante das promessas e ameaças de morte.

Portanto, com apenas 15 anos, São Pancrácio soube dizer ‘não’ ao poder opressor e ‘sim’ à vida eterna, na qual entrou depois de ser decapitado, ou seja, martirizado com Nereu e Aquiles.

Santos Nereu, Aquiles e Pancrácio, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 11 de maio de 2023

DIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI - 11 DE MAIO

DIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI - 11 DE MAIO

HOMILIA - 11.05.23

 

HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LACONI

Origens

Francisco Inácio Vincenzo Peis, nasceu em Laconi, Itália, em 17 de novembro de 1701. Filho de uma família pobre e muito cristã, ele foi o segundo entre nove filhos. Seus pais eram ricos na prática das virtudes tanto humanas quanto cristãs. Por isso, educaram seus filhos na doutrina e no seguimento fiel de Jesus Cristo. 

Vocação e carismas

Desde a infância Inácio demonstrou sentir importante chamado para seguir na vida religiosa. Foi agraciado com dons especiais da cura e da profecia. Além disso, tinha um forte carisma e era querido por todos. Por outro lado, praticava penitências bastante severas. Mesmo assim, mantinha-se sempre sereno e alegre. Procurava, em tudo, estar em comunhão com Jesus Cristo. 


Vocação e doença

Aos dezenove anos, Inácio caiu gravemente enfermo. Em duas ocasiões esteve á beira da morte. Essas experiências levaram-no a decidir que sua vocação era seguir os mesmos passos de São Francisco de Assis, dedicando-se aos pobres e aos doentes. E ele prometeu que, se ficasse curado, assim seria sua vida. E a cura chegou.

Franciscano

Curado, Inácio de Laconi dirigiu-se para a cidade de Cagliari. Seu objetivo era entrar no convento dos freis capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Porém, por causa de sua saúde ainda frágil, não pôde ser recebido no convento. Ele, então, decidiu dar o devido tempo para a sua recuperação total. Então, depois de recuperar-se totalmente, ele fez os votos e vestiu o hábito dos franciscanos. Era o ano 1721.

Peregrinação franciscana

Frei Inácio de Laconi, foi enviado em missão para inúmeros conventos. Depois de quinze anos peregrinando a serviço da ordem, voltou para o Convento Capuchinho do Bom Caminho em Cagliari. Lá, ele viveu até a morte. Assumiu a função de porteiro do convento e desempenhou-a até o fim de seus dias.

Espírito Franciscano

Santo Inácio de Laconi vivia entre os irmãos o verdadeiro espírito franciscano. Amava a pobreza e o desprendimento; estava sempre disponível para os pobres, para os doentes, para os desamparados. Atendia sempre e com todo amor aos doentes do corpo e aos doentes da alma. Muitos desses, tidos como pecadores, recolocaram no caminho da fé depois de conhecerem frei Inácio.

Cegueira e morte

Nos últimos cinco anos de sua vida, Santo Inácio de Laconi ficou totalmente cego. Isso, porém, não o impediu de continuar a cumprir rigorosamente os regulamentos da vida no convento e as práticas da vida alegre em comunidade. Santo Inácio de Láconi faleceu em 11 de maio de 1781. Logo, sua fama de santidade se espalhou por causa de vários milagres conseguidos mediante sua intercessão. Ele foi beatificado em 1940 por Pio XII e canonizado em 1951 pelo mesmo Papa.

Oração a Santo Inácio de Laconi

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Laconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 10 de maio de 2023

DIA DE SANTO ANTONINO - 10 DE MAIO

DIA DE SANTO ANTONINO - 10 DE MAIO

HOMILIA - 10.05.23

 

HISTÓRIA DE SANT ANTONINO 

Santo Antonino nasceu em Florença, Itália, no ano de 1389. Era filho único de Nicolau e Tomazina Pierrozi. Foi educado na fé cristã e costumava ir todos os dias à igreja de São Miguel quando tinha apenas 10 anos de idade. Lá, ele rezava sempre diante do crucifixo e do altar de Nossa Senhora. Mal sabia aquele menino frágil que sua marca ficaria para sempre na grande e importante cidade de Florença.

Vida de Santo Antonino

Em 1404, quando tinha 15 anos, na mesma igreja de São Miguel, Antonino teve o desejo de entrar para a ordem dos Dominicanos. Procurou, então, o frei Giovanni Dominici e expôs a ele seu desejo. Frei Giovanni era o superior do convento, (posteriormente, junto com Santa Catarina de Siena e São Raimundo de Cápua, tornou-se um dos mestres da reforma Dominicana e Cardeal Arcebispo da Ragusa). 

Perseverança surpreendente

Frei Giovanni, porém, viu que Antonino era muito jovem e muito frágil. Por isso, e achando que ele não suportaria as exigências da vocação, perguntou-lhe por qual matéria tinha mais afeição.  Antonino lhe respondeu que era pelo Direito Canônico. Então, frei Giovanni, disse que quando ele soubesse de cor todo o Direito Canônico, voltasse a procurar o mosteiro. Depois de um ano estudando, Antonino voltou ao mosteiro com todo o texto do Direito Canônico, na ponta da língua. Vendo que era quase impossível tal façanha, o frei Giovanni admitiu Antonino no mosteiro com apenas 16 anos de idade. Era o ano de 1405.

Noviciado de Antonino

Antonino foi, então, para Cartona iniciar o seu noviciado, fazendo enorme progresso nas virtudes do saber. Depois de um ano de estudos, fez a profissão dos votos definitivos.

Conheceu ali o frei Angélico, expoente da pintura sacra.

Grande na Reforma Dominicana

Após o noviciado, Santo Antonino voltou para Florença com mais três professores. Tornou-se ali um grande teólogo, nunca parando de estudar. Não querendo participar do Cisma, (divisão) da igreja que se estava anunciando, foi morar no mosteiro da cidade de Foligno, onde a vida religiosa era muito austera, como queria o Frei Giovanni.

Santo Antonino, superior da ordem

Houve em Foligno uma peste devastadora que os obrigaram a voltar para Cartona e no ano de 1418, com 29 anos, Antonino se torna Prior, (superior) da ordem Dominicana. A reforma dominicana estava muito debilitada pelo Cisma e pela peste, mas, com seus estudos e orações, Antonino, que tinha a reputação de ciência, prudência e santidade deu vida nova à reforma dominicana.

Mostrava sempre o que deveria ser feito com seus exemplos, e dizia: o primeiro dever é o de dar exemplo. O mestre deve prestar contas a Deus de todos aqueles que lhe são submissos, e merece a morte cada vez que lhes oferece um mau modelo.  Foi considerado um alicerce da teologia moral.

Antonino, o Arcebispo de Florença

Com o falecimento do Cardeal Bartolomeu Zarabella, Florença ficou por nove meses sem seu Arcebispo. Foi então, que, após uma conversa de Frei Angélico com o Papa Eugênio IV e depois do Papa meditar na oração que seria o melhor Arcebispo que Frei Antonino foi nomeado Arcebispo de Florença. Ele não queria tal cargo e só aceitou quando o Papa o ameaçou de excomunhão caso não aceitasse. Quando foi nomeado, disse: Senhor, aceito este cargo contra a minha vontade, para não resistir àquela de vosso Vigário. Assisti-me, pois, Senhor, porque sabes que necessito.

Frei Antonino tinha  56 anos e todo o povo festejou sua nomeação, pois achavam que ele já era um Santo. Ficou em Florença por 13  anos como Arcebispo da cidade.

O conselheiro Santo Antonino

Santo Antonino manteve a vida austera que levava antes, não mudando em nada sua maneira de viver. Por causa de sua sabedoria e grande conhecimento do direito canônico, todos vinham se aconselhar com ele. Assim, ele ficou conhecido como Antonino dos Conselhos.

Milagre de Santo Antonino

Devido à sua fé inabalável, sua vida de trabalho e oração, todos recorriam a ele para pedir conselhos e orações. Um dia recebeu um homem desesperado, pois havia perdido seu filho único. Santo Antonino, que era filho único, entendeu o sofrimento daquele pai e começou a rezar. Em seguida disse ao homem: Volta para tua casa, pois teu filho está te esperando! O homem voltou e encontrou seu filho vivo e bem, para o espanto de todos as testemunhas oculares, que viram o menino morto durante horas.

Devoção a Santo Antonino

No ano de 1459, ao 70 anos, Dom Antonino ficou doente. Foi levado para a casa de campo de Santo Antonio Del Vescovo. Todos tentavam encoraja-lo mas, ele disse: Fiat voluntas tua. (seja feita a vossa vontade). No dia 30 fez um simples testamento pedindo para ser enterrado em Florença, na igreja de São Marcos. Faleceu na madrugada do dia 2 de maio, após uma longa agonia. Seu velório durou 8 dias por causa da multidão que queria se despedir do santo arcebispo. Durante o velório, de seu corpo exalava um agradável perfume.

Por causa dos vários milagres ocorridos em sua sepultura, o Papa Adriano VI, no ano de 1523, realizou a canonização de  Santo Antonino. Seu corpo foi encontrado incorrupto cem anos após sua morte no ano de 1559.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 09 de maio de 2023

DIA DE SÃO PACÔMIO - 09 DE MAIO

DIA DE SÃO PACÔMIO - 09 DE MAIO

HOMILIA - 09.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO PACÔMIO

Origens

Pacômio nasceu no ano 287, em Tebaida, Egito. Seus pais eram pagãos, bastante supersticiosos e prestavam culto a vários deuses. Pacônio, por sua vez, desde a infância, rejeitava tudo isso. De forma que seus pais nunca conseguiram que ele se comportasse como eles.

Soldado e prisioneiro

Aos vinte anos, Pacômio foi convocado para servir o exército do imperador. Neste serviço, foi preso na cidade de Tebes. Na prisão, Pacômio encontrou-se pela primeira vez com um grupo de cristãos. Ele nunca tinha ouvido falar de Jesus Cristo nem do cristianismo. Mas, o que ele presenciou nesse primeiro contato, transformou sua vida para sempre.

O encontro com os cristãos

Estando à noite naquela prisão, passando fome, Pacômio recebeu uma porção de alimento da parte de alguns cristãos. Estes, tinham conseguido entrar escondidos na prisão. Tal gesto vindo de pessoas que ele não conhecia, o comoveu. Por isso, ele quis saber quem os tinha enviado àquele lugar tão ruim para ajudar a quem não conheciam. Os cristãos responderam simplesmente: "quem nos enviou foi Deus que está no céu".

Toque de Deus

Na noite abençoada, Pacômio se pôs em oração com aqueles cristãos, rezou a esse “Deus que é Pai” e viveu uma experiência singular. A partir das primeiras palavras que ouviu sobre Jesus Cristo e o Evangelho, sentiu em seu coração que esta era a fé que ele tanto procurava sem o saber. O Evangelho tocou seu coração de tal maneira que ele se converteu à fé cristã e agradeceu a Deus por ter sido preso.

Batismo e deserto

Depois de libertado da prisão, Pacômio retornou ao Egito e procurou os cristãos. Lá, foi batizado e se uniu à comunidade. Depois, conheceu um eremita chamado Palemon. Este já era idoso e vivia afastado, dedicando-se à oração. Pacômio quis se tornar discípulo do ancião. A princípio, porém, Palemon não quis recebê-lo, sabendo que a solidão, os sacrifícios e a vida de oração dos eremitas eram para poucos. Pacômio, porém, queria e estava determinado. Tanto que convenceu o ancião de que poderia ficar.

Chamado de Deus

Certo dia, enquanto caminhava e rezava, Pacômio ouviu em seu coração uma voz. Esta voz lhe dizia para construir naquele lugar, um mosteiro e que, tal obra, iria acolher muitos religiosos chamados para a vida monástica. Depois disso, um anjo apareceu a ele e o ensinou a maneira como deveria proceder a organização do mosteiro. 

Obediência e resultado

Pacômio começou, então, a trabalhar arduamente para cumprir a missão que recebera de Deus. Foi um ato de fé. Construiu tudo na fé e deixou tudo pronto. Então, depois, as profecias se cumpriram. Muitos que foram chamados para a vida monástica começaram a chegar se uniram a ele. Eremitas, religiosos e monges, vindos de várias localidades pediram para ingressar no mosteiro de Pacômio.

Aprovação e desenvolvimento

O mosteiro floresceu e o famoso bispo Atanásio, que, mais tarde, tornou-se santo e doutor da Igreja, deu aprovação eclesiástica à obra de São Pacômio. O próprio irmão do bispo, chamado João, distribuiu sua riqueza aos pobres, uniu-se a Pacômio.

Novidade

São Pacômio inaugurou uma forma de vida monástica diferente no Egito. Ao invés de pequenos grupos ligados a um líder carismático, os mosteiros fundados por ele eram verdadeiras comunidades cristãs com regras detalhadas para a convivência em comum, para a oração e para o trabalho.

Florescimento e morte

São Pacômio conseguiu, em vida, fundar outros oito mosteiros masculinos e ainda um feminino. A fama de sua santidade propagou-se por todo o país do Egito e também pela Ásia Menor. Deus deu a ele, em favor da comunidade, o dom da profecia. São Pacômio faleceu aos sessenta anos, em 347, atingido por uma peste que assolou todo o Egito. Sua obra perdurou de tal forma que, no século XII, ainda havia mais de quinhentos monges da Ordem que ele fundara. Sua celebração litúrgica foi instituída para o dia 9 de maio.

Oração a São Pacômio

“Ó Deus, que destes a São Pacômio a graça de conhecer-vos e de se entregar a vosso serviço de tal forma que que toda a Igreja se beneficiou, dai também a nós a graça de conhecer a vossa vontade e de cumpri-la, servindo-vos de todo o coração. Por nosso Senhor jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Pacômio, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 08 de maio de 2023

DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO

DIA DE SÃO VÍTOR - 08 DE MAIO

HOMILIA - 08.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO VÍTOR

Origens

Vítor, era apelidado de “o Mouro” porque era nascido na Mauritânia, de língua árabe, que fica no Norte da África. Vitor nasceu num lar cristão e recebeu fé sólida desde criança. Depois de adulto ingressou nas legiões romanas, tomando parte no exército do então imperador Maximiano. Progrediu na carreira militar e se tornou centurião, isto é, comandante de um destacamento de cem soldados.

Transferido para Milão

Aconteceu que o imperador Maximiano quis acabar com uma rebelião que estava acontecendo na Gália, hoje França. Para tanto, o imperador recrutou um enorme contingente de soldados das legiões que ficavam no Oriente e das que ficavam no norte da África. O centurião Vitor deslocou-se para Milão, no norte da Itália.

Heroísmo cristão

O imperador, entretanto, exigia que os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses romanos antes de partirem para as batalhas. Quem se recusasse, recebia como castigo a morte. Quando chegou a vez do centurião Vitor, este recusou. Não cultuou deuses pagãos e afirmou perante todo o destacamento sua fé no Deus único, Jesus Cristo. E as consequências vieram.

Prisão

Por causa de sua recusa, Vitor foi levado a um tribunal e passou por um interrogatório. Diante do juiz, confessou sua fé em Cristo e argumentou que isso não ia contra sua lealdade ao imperador. Assim, prometeu lealdade ao imperador no que diz respeito às ordens militares e laicas. Quanto à fé, reafirmou que não renegaria sua fé em Cristo. Por isso, ele foi preso e permaneceu por seis dias sem água nem comida. A cadeia onde São Vitor ficou preso fica ao lado da Porta Romana. Até os dias de hoje ela é conhecida como o “cárcere de São Vítor”.

Torturas e testemunho

Terminados os seus dias, o centurião Vítor foi cruelmente arrastado pelas ruas de Milão, sendo levado para o hipódromo do Circo, junto a onde é hoje a Porta Ticinense. Lá, foi interrogado novamente. Dessa vez, pelo próprio imperador. Vitor não renegou sua fé em Jesus Cristo. Então, por ordem do imperador, foi duramente flagelado. Porém, para a admiração de todos, manteve-se firme. De volta à prisão, os carrascos cobriram suas feridas com chumbo derretido. Mesmo assim, por milagre, saiu ileso do horrendo castigo.


Fuga e morte

Vítor recuperou-se extraordinariamente rápido e todos os que presenciaram ficaram espantados. Na primeira chance que teve, fugiu da prisão. Refugiou-se em uma estrebaria que ficava junto a um teatro. Hoje, neste local, encontra-se a Porta Vercelina. Por fim, foi descoberto. Levaram-no a uma floresta perto dali e o decapitaram. Aconteceu no dia 8 de maio do ano 303.

Corpo guardado por feras

A Tradição conta que o corpo de São Vitor ficou jogado, sem sepultura, durante uma semana. Ele foi achado por um bispo santo, chamado São Materno. Este encontrou o corpo de São Vitor intacto e sendo incrivelmente vigiado por dois animais ferozes. Quando o bispo chegou, as feras se foram. No mesmo local construída uma grande igreja dedicada a São Vitor. Depois, várias outras igrejas foram construídas em Milão dedicadas a São Vitor. Construíram também monumentos em sua homenagem. O mais significativo, porém, é o cárcere onde ele ficou preso.

Santo amado

São Vítor é um dos santos mais venerados, respeitados e amados pelos moradores de Milão. O fato de ele ter sido preso, torturado e martirizado ali, permanece vivo para o ovo. A maioria dos habitantes conhece a história do santo e sabe conta-la com todos os detalhes. O culto a São Vítor, o Mouro, se tornou famoso no mundo católico. Ele passou a ser invocado o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

Oração a São Vitor

“Deus, nosso Pai, ouvi esta prece que a vós elevam todos os aflitos, prisioneiros e exilados: Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara de seu furor. Ele me guiou e me fez andar na treva e não na luz; só contra mim está ele volvendo e revolvendo sua mão todo o dia. Consumiu minha carne e minha pele, despedaçou os meus ossos. Edificou contra mim e envolveu minha cabeça de tormento. Fez-me habitar nas trevas como os que estão mortos para sempre. Cercou-me com um muro, não posso sair; tornou pesadas minhas cadeias. Por mais que eu grite por socorro ele abafa minha oração. Murou meus caminhos com pedras lavradas, obstruiu minhas veredas … Os favores do Senhor não terminaram, suas compaixões não se esgotam; elas se renovam todas as manhãs, grande é a sua felicidade!” (Lamentações 3,1ss).


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 07 de maio de 2023

DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO

DIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA - 07 DE MAIO

HOMILIA - 07.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA FLÁVIA DOMITILA

Origens

Santa Flávia Domitila era uma nobre dama da Roma antiga, esposa de um cônsul chamado Flávio Clemente. De linhagem nobre, era sobrinha de um dos mais famosos imperadores romanos, Vespasiano, pai de Domiciano. O pouco que se sabe hoje sobre Santa Flávia Domitila foi encontrado numa inscrição que data aproximadamente do ano 100 e está conservada na basílica italiana dos santos Nereu e Aquiles. Estes dois ficaram conhecidos como eunucos de Flávia. Nereu e Aquiles são considerados santos e mártires, pois morreram decapitados por causa da fé em Cristo.  

Conversão ao cristianismo

Por volta do ano 100, Santa Flávia Domitila já era casada com Flávio Clemente. O casal era simpatizante do cristianismo, enxergando na fé nascente os valores mais nobres. Nereu e Aquiles eram dois eunucos que serviam diretamente a ela. Eles conquistaram sua confiança, amizade e fé. Os dois eram cristãos fervorosos e conseguiram conquista-la de vez para a fé em Cristo.

Correndo os riscos de assumir a fé

Encantada com a beleza da fé cristã e com o conhecimento de Jesus Cristo, Flávia Domitila assumiu sua fé diante da corte romana. As consequências não demoraram a aparecer. Santa Flávia Domitila foi presa, julgada e, como não renunciasse à fé cristã, foi condenada ao exílio na ilha de Ponza. Quanto ao seu marido Flávio Clemente, alguns escritos dizem que ele foi decapitado.

Morte lenta e sofrida

A ilha de Ponza, no Mar Tirreno, era um lugar inóspito, abandonado, sem nenhuma condição de vida para um ser humano. Ali, Santa Flávia Domitila passou seus últimos dias vendo sua vida definhar de forma lenta e sofrida. Porém, manteve sua fé e sua esperança no encontro definitivo com Jesus Cristo. Ali, ela entregou sua alma a Deus. Ela e seu marido tiveram a coragem de enfrentar o imperador romano por causa da fé em Jesus Cristo.

Celebração conjunta

O calendário tridentino mantinha uma festa conjunta de Nereu, Aquiles e Flávia Domitila no dia 12 de maio, por serem os dois eunucos os responsáveis pela conversão de Santa Flávia. Nos primeiros tempos do cristianismo o nome de Santa Flávia Domitila ficou muito conhecido por causa de sua coragem de levar a fé até as últimas consequências. Ela se tornou um exemplo para muitos cristãos de sua época.

Oração a Santa Flávia Domitila

Ó Deus, que destes a Santa Flávia Domitila a graça do conhecimento de Jesus Cristo, vosso Filho e, a partir deste conhecimento, a graça da perseverança até o fim, dai também a nós o mesmo conhecimento de Cristo e a perseverança na fé, mesmo em meio às adversidades da vida e perseguições. Amém. Santa Flávia Domitila, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 06 de maio de 2023

DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO

DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - 06 DE MAIO

HOMILIA - 06.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO

São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, no vilarejo chamado Riva, pertencente a Castelnuovo d'Asti, na Itália. Era um dos três filhos de Carlos Sávio, ferreiro, e Brígida Agagliate, costureira. Uma família simples, mas rica na fé. São Domingos Sávio foi aluno de um mestre muito especial: São João Bosco. Sabe-se hoje que toda a sua vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.

A maturidade precoce de São Domingos Sávio

Domingos Sávio foi um jovem cheio de grande sensibilidade, São João Bosco disse em citação que ele era “de boa índole e muito piedoso”. Ele teve uma vida curta, mas sempre traçada em direção à santidade que muitos idosos não conseguiram. Isso foi obra do Espírito de Deus. Pode-se dizer também que foi fruto da maravilhosa pedagogia criada por São João Bosco.

Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.

Primeira comunhão

A infância de Domingos Sávio teve uma grande marca: a Primeira Eucaristia. Naquele tempo, ela era feita somente aos doze anos. Mas o pequeno Domingos, a recebeu aos sete anos, cheio de fervor se distinguiu pelo cumprimento de um lema de vida criado por ele mesmo: “Antes morrer que pecar”. Percebia-se facilmente o amadurecimento espiritual do pequeno Domingos nos propósitos por ele mesmo estabelecido quando fez a Primeira Comunhão. Nessa ocasião, ele escreveu seus propósitos conservados até hoje. Veja os escritos de Domingos Sávio:

1) Confessar frequentemente e receber a Eucaristia quando o confessor permitir;

2) Santificar os dias de festa;

3) Serei amigo de Jesus e de Maria;

4) Prefiro morrer que pecar”.

Esses propósitos revelam maturidade na vida espiritual e mostram que, para Deus, a idade é um fator relativo quando se trata amor a Deus e vida virtuosa.

Imitação de Cristo

São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que domingos não tinha feito aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os colegas forjaram.

O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.

O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.

Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas. O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos diante de toda a classe.

O encontro de São Domingo Sávio com Dom Bosco

Aos doze anos de idade São Domingos Sávio se encontrou com São João Bosco e passou a fazer os estudos secundários, como eram chamados na época. Domingos era inteligente, sempre com boas notas. E ele nunca deixou de lado sua meta de alcançar a santidade. Por isso, ele reza e empenha-se nos estudos.

Tocado pelo carisma de São João Bosco, e pelo grande ideal que se resumia na expressão “Dai-me almas”, Domingos quis, mais do que nunca, salvar mais e mais pessoas. Por isso, ele fundou a Companhia da Imaculada Conceição. Dessa entidade simples saíram os melhores ajudantes de São João Bosco

Ele não pensava só em si. Várias vezes disse a Dom Bosco: “Quantas almas esperam nosso auxílio na Inglaterra! Oh! Se eu tivesse forças e virtude, quisera ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo, convertê-las todas, a Deus”.

Dons extraordinários de São Domingo Sávio

São Domingos Sávio  tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.

Devoção a São Domingo Sávio

Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais, onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão linda! Que lindo!”

Domingos Sávio foi beatificado em 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. Ele é o padroeiro das pessoas que sofrem falsas acusações, dos jovens delinquentes e dos cantores do coro da igreja. Sua festa é celebrada no dia 5 de março.

Oração a São Domingos Sávio

Querido São Domingos, vós que ofereceu sua curta vida totalmente ao amor de Jesus e de Sua Mãe. Ajudai a juventude de hoje a compreender a importância de Deus em suas vidas. Vós tornastes um santo através de permanente participação nos sacramentos, iluminai os meus parentes e filhos da importância da frequente Confissão e da Santa Comunhão. Quando jovem vós meditastes no sofrimento da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, obtenha para nós a graça de um ardoroso desejo de sofrer por amor a Ele. Nós desesperadamente necessitamos de sua intercessão para proteger as crianças de hoje das tentações e das zombarias do mundo. Olhai por eles e guiai-os na estrada para o Paraíso. Peça a Deus que nos dê a graça de santificar nossos deveres diários fazendo-os por amor a Ele. Nos lembre sempre da necessidade de praticar as virtudes em tempos de atribulações e dificuldades. São Domingos Sávio, preservai a vossa inocência em nossos corações e rogai ao Senhor por nós e pela salvação de nossa alma. Amem.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 05 de maio de 2023

DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO

DIA DE SANTO ÂNGELO - 05 DE MAIO

HOMILIA - 05.05.23

 

HISTÓRIA DE SANTO ÂNGELO

Origens

Ângelo nasceu no ano1185, em Jerusalém, Israel. Seus pais, judeus de religião, se chamavam José e Maria. Esses nomes eram comuns na região. Eles se converteram ao catolicismo depois que Ângelo recebeu um aviso de Nossa Senhora quando estava em oração. O aviso é seus pais teriam outro filho. Acontece que isso, humanamente, não seria possível porque os pais de Ângelo já estavam em idade avançada.

Conversão dos pais

Aconteceu que a profecia dita por Ângelo se cumpriu. Seus pais tiveram outro filho ao qual puseram o nome de João. Encantados com a misericórdia de Deus, converteram-se e foram batizados juntamente com o novo filho, que recebeu o nome de João. Mais tarde, João também se tornou um frade carmelita.

Carmelita

Ângelo ingressou na Ordem Carmelita com dezoito anos. Passou cinco anos no monte Carmelo, em Israel. Este é o mesmo lugar o profeta Elias onde viveu. Viveu também em vários conventos carmelitas instalados na Palestina e na Ásia Menor. Recebeu vários dons carismáticos, especialmente o da profecia e o dom dos milagres.

Ordenação e peregrinação

No ano 1213, frei Ângelo foi ordenado padre na Ordem dos Carmelitas. Ele foi um dos carmelitas que saíram do Monte Carmelo e foram até Roma para pedirem ao papa Honório III que a Regra do Carmelo fosse por ele aprovada. Depois disso, os carmelitas instalaram-se na Sicília. 

Encontro com santos

Na Sicília, Padre Ângelo e os carmelitas visitaram a basílica de São João. Lá, providencialmente se encontraram com dois santos: Padre Domingos de Gusmão e frei Francisco de Assis. Nesse encontro, Santo Ângelo recebeu o aviso de que morreria como mártir de Jesus Cristo.

Vivendo entre os hereges

Entre as grandes realizações de Santo Ângelo, a que mais cama a atenção foi a missão evangelizadora que realizou entre os hereges chamados cátaros, na Sicília. Inúmeras foram as conversões que aconteceram quando o povo o ouvia pregar e via os milagres que se operavam por sua intercessão. Dentre essas conversões, destaca-se a de uma mulher que vivia uma relação de incesto com um homem bastante rico do lugar.

Uma conversão que lhe custou a vida

Era o dia 5 de maio de 1220. O Padre Ângelo acabava de fazer uma linda pregação na igreja dedicada a São Tiago de Licata, na Sicília. Pouco depois dessa pregação ele foi assassinado por um estranho. Depois se soube a morte de Santo Ângelo tinha sido encomendada por aquele senhor rico, que não tinha se conformado com a conversão da amante e queria continuar com a relação incestuosa que mantinham.

Venerado pela população

Logo após sua morte, o povo começou a venerá-lo como santo. Uma igreja foi construída no local onde ele foi assassinado. Ali também seu corpo foi sepultado. Sua canonização aconteceu em 1498. Em 1662 seus restos mortais foram transladados para a igreja dos carmelitas. O culto a Santo Ângelo passou a ser bastante difundido entre dos fiéis e na Ordem dos Carmelitas. A devoção a Santo Ângelo mantém-se viva até os dias de hoje. Ele é invocado pelos devotos nas dificuldades da vida.

Oração a Santo Ângelo

“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir Santo Ângelo destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santo Ângelo, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 04 de maio de 2023

DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO

DIA DE SÃO FLORIANO - 04 DE MAIO

HOMILIA - 04.05.23

 

HISTÓRA DE SÃO FLORIANO

São Floriano é o padroeiro dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os que combatem o fogo. É também protetor dos limpadores de chaminés. Ele viveu no século III d.C. Sua festa é celebrada no dia 4 de maio. Sua imagem conta a história de sua vida. Vamos conhecê-la.

A farda de São Floriano

A farda de São Floriano, com detalhes em dourado e azul, revela que ele foi oficial do exército romano, ocupando um cargo acima do de centurião. De fato, ele atuou numa legião fixada na região da atual Áustria, no vale do rio Danúbio. Devido à sua inteligência, perspicácia e coragem, foi designado administrador militar numa vila chamada Noricum, onde sua legião se fixara.

A cruz na mão esquerda

A cruz na mão esquerda de São Floriano simboliza a fé cristã que ele professava mesmo sendo um oficial do exército romano. Fixado numa legião romana distante de Roma foi mais fácil para ele e para milhares de soldados viverem a fé cristã. Com efeito, um grande número de mártires cristãos dos séculos II e III eram soldados romanos.

O balde de São Floriano

O balde de São Floriano, às vezes segurado por ele, ou, às vezes, por um anjo, retrata a missão que ele assumiu em sua legião. Em determinada época do ano a região de Noricum era assolada por incêndios que ameaçavam seriamente a vila. Por isso, São Floriano treinou e coordenou um grupo de soldados que se tornaram especialistas no combate ao fogo. Este grupo passou a se chamar "Combatentes do Fogo". Certa vez, um grande incêndio surpreendeu a vila de madrugada. O fogo se alastrou tão rapidamente que os soldados não tiveram tempo para combatê-lo. Por isso, São Floriano fez uma oração pedindo a Deus um milagre. Em seguida, sentiu no coração o impulso de pegar um balde de água e atirá-la ao fogo. Quando fez isso, o fogo cessou imediatamente, para espanto de todos. Por causa disso, muitos soldados de sua legião se tornaram cristãos. E, também por causa disso, ele é o protetor dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os combatentes do fogo.

O anjo ao lado de São Floriano

O anjo ao lado de São Floriano significa o Mensageiro que levou seu pedido até Deus. Significa também a proteção de Deus para com todos aqueles que dedicam suas vidas pelo bem do próximo.

O estandarte branco com a cruz vermelha

O estandarte branco com a cruz vermelha sustentado pelo braço esquerdo de São Floriano significa que, além de ser cristão, ele propagou a fé cristã onde estava, principalmente entre os soldados de sua legião, sob seu comando. A cruz vermelha também simboliza o sangue de Cristo e dos mártires. São Floriano passará por esta dura prova de fé.

A pedra de moinho

A pedra de moinho ao lado de São Floriano nos fala de seu martírio. Por ordem do Imperador Diocleciano, o comandante da legião à qual São Floriano pertencia começou a agir contra os cristãos. Assim, ele prendeu São Floriano e mais quarenta soldados liderados por ele sob a acusação de terem se tornado cristãos. O comandante exigiu que eles renunciassem à fé em Jesus Cristo e adorassem ao imperador, que era visto em todo o império como um "deus". São Floriano e os demais soldados recusaram-se a obedecer, alegando que: 1) o imperador não era um "deus", mas Jesus Cristo, sim; 2) a fé em Cristo era um bem precioso demais; 3) a fé não atrapalhava o império e não era incompatível com a função dos soldados, mas, pelo contrário, enobrecia tal função. O comandante, porém, não aceitou tais argumentos e mandou torturar São Floriano e os quarenta soldados. Como eles permaneceram firmes, sem renunciar a Cristo, o comandante mandou mata-los. São Floriano foi amarrado a uma pedra de moinho e atirado no rio Ens, que banhava a vila. Assim, ele deu sua vida pelo fogo abrasador que é a fé em Jesus Cristo. Isso aconteceu em 4 de maio do ano 304 e este dia tornou-se o dia da festa de São Floriano.

Oração a São Floriano

"Ó Deus, que envia ao mundo homens e mulheres para nos lembrar que o seu amor está acima de todas as coisas, dai-nos, pela intercessão de São Floriano, buscar sempre a união convosco e com todas as pessoas de boa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 03 de maio de 2023

DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO

DIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO - 03 DE MAIO

HOMILIA - 03.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO

Filipe nasceu em Betsaida, Galileia, hoje Israel, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.

Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).

Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!

São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, Galileia, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos, nós o encontramos como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta, e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.

O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.

São Filipe e São Tiago, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 02 de maio de 2023

DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO

DIA DE SANTO ATANÁSIO - 02 DE MAIO

HOMILIA - 02.05.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ATANÁSIO 

Nascido no Egito, Atanásio foi diácono ao lado do bispo S. Alexandre, a quem acompanhou ao Concílio de Niceia (325), no qual foi reafirmada a divindade de Cristo.

Depois das perseguições, a Igreja de Alexandria tivera uma ativíssima vida intelectual, mas não sem desvios perigosos. Ario, logo seguido de grande número de bispos e princípes, ensinava que Jesus Cristo não era verdadeiro filho de Deus, mas simples criatura, em certo sentido divina. Anulava assim nossa divinização em Cristo.

Atanásio, feito bispo de Alexandria, em 328, foi o principal e incansável defensor da doutrina transmitida pelos Apóstolos. Perseguido pelos imperadores e arianos é mandado quatro vezes ao exílio, viu por fim triunfar a verdadeira fé.

Por sua doutrina e ardente amor a Cristo, é honrado como um dos quatro grandes doutores da Igreja Oriental.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 01 de maio de 2023

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO
DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO - 01 DE MAIO

HOMILIA - 01.05.23

 

HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO

São José é descendente da casa real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento

Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém participar do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.

O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

Vida Simples

São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos,exaltou as virtudes deSão José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José operário". Esta, acontece no dia primeiro de maio.

São José é invocadotambémcomo o padroeiro dos carpinteiros. Na arte cristã ele é representadotendo um lírio na mão, representando a vitória dos santos. Algumas vezes ele aparece também com o menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.

Revelações sobreo poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, uma dos santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Esta é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 30 de abril de 2023

DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL

DIA DE SÃO PIO V - 30 DE ABRIL

HOMILIA - 30.04.23

 

HISTÓRIA DE SÃO  PIO V

Nascido no ano de 1504 na província de Alexandria, Egito, São Pio V, tinha o nome de Antonio Miguel, logo aos 14 anos ingressou na congregação dos Dominicanos, logo após isso sendo ordenado sacerdote, e passando por todas as etapas rapidamente.

 

São Pio V se tornou professor, prior, e bispo, e anos mais tarde se tornaria finalmente o Papa, sendo um grande reformador da Igreja.

Após assumir São Pio V apesar de ter sido procurado por parentes, não os deu sequer um emprego, com a afirmação de que ainda que parente do Papa, se não estiver miserável, já é rico o suficiente.

 

São Pio V era um homem muito rígido, e implantou várias mudanças no campo pastroal, como a obrigação de residência para os bispos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, e visitas as pastorais.

 

Mais que um Papa, Pio V também uniu a Europa, acabando com várias guerras internas, excomungando a rainha da Inglaterra Elizabeth Primeira.

Durante muitos anos fez um belo trabalho, porém no dia 1 de maio de 1572 o Papa Pio V faleceu, deixando um legado de renovação, e santidade na igreja seguido até hoje.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 29 de abril de 2023

DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL

DIA DE SANTA CATARINA DE SENA - 29 DE ABRIL

HOMILIA - 29.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA CATARINA DE SENA

Origens

Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Siena (Sena), na Itália. Filha de uma família muito pobre, ela foi uma entre os vinte e cinco filhos que seus pais tiveram. Por causa de toda essa situação, Catarina teve uma infância conturbada. Não teve condições de estudar e, além disso, cresceu fraca e franzina. Vivia sempre doente.

Chamada desde criança

Com apenas sete anos, a pequena Catarina quis consagrar a Deus sua virgindade. Já nessa idade, relatava visões em seus momentos de oração. Também já fazia penitências rigorosas, mesmo que sua família se opusesse a isso. Obedecendo ao chamado de seu coração, ela seguia em frente.

Um exemplo que converte

Tendo apenas quinze anos, a jovem Catarina decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, ou, Dominicana. Também como religiosa, em seus momentos de oração contemplativa, entrava em êxtases. A simples observação desses fatos levou à conversão centenas de pessoas durante a juventude da Santa.

Analfabeta e mestra

Depois de adulta, Catarina de Sena continuou sua vida de oração e atuação na sociedade. Com o intuito de orientar o povo, e como não sabia escrever, ela passou a ditar cartas para as pessoas. Nessas cartas, ela orientava as atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz.

Influenciando os destinos da Igreja

Então, apareceu a primeira grande dificuldade na vida de Catarina e da Igreja: o cisma católico. Fazia já setenta anos que a sede da Igreja estava em Avignon, na França, e não em Roma. Com isso, a autoridade da igreja sofria influência da política francesa. Muitos na igreja pensavam que seria impossível superar essa adversidade, porque dois papas estavam disputando a Cátedra de São Pedro. Com isso, o povo católico, em todo o mundo, sofria. Santa Catarina, porém, inspirada por Deus, começou a agir. Viajou pela Itália inteira e também por outros países, falando, pregando, ditando cartas aos reis, aos príncipes e aos governantes católicos. Também ditou cartas aos cardeais e aos bispos. Por fim, ela conseguiu que Urbano VI, o verdadeiro papa, voltasse para Roma e assumisse o legítimo governo da Igreja.

Heroína durante a peste negra

Outra grande dificuldade enfrentada por Santa Catarina de Sena, foi a peste negra. Para muitos, essa barreira seria intransponível. Santa Catarina, porém, enfrentou com serenidade e firmeza. A peste, com efeito, dizimou quase um terço de toda a população da Europa. Santa Catarina colocou-se ao lado dos doentes, lutando por eles e curando a muitos através de ações diretas e de suas orações. Seu exemplo de amor e misericórdia converteu centenas de pagãos e deixaram seus contemporâneos perplexos.

Analfabeta e Doutora da Igreja

Em meio a todas essas turbulências em sua vida, Santa Catarina de Sena conseguiu deixar obras literárias extraordinárias, ditadas por ela, escritas e editadas por vários copistas. Sua obra é de grande valor histórico, espiritual, religioso e místico. Um de seus livros mais importantes é o "Diálogo sobre a Divina Providência". Esta obra é lida, estudada e respeitada até os dias de hoje. No seu tempo, teólogos famosos viajavam de longe para ouvir as pregações e meditações de Santa Catarina de Sena, por causa de sua grande sabedoria, profundidade teológica e poder da Palavra.

Humildade e estigmas de Cristo

Santa Catarina de Sena não era nem mesmo uma religiosa com votos perpétuos. Era apenas uma simples irmã leiga da Ordem Terceira dos Dominicanos. Porém, apesar de analfabeta, ela é considerada a mulher cristã mais impressionante do segundo milênio. Frágil, simples, além de toda a sabedoria de Deus, ela portava em seu corpo franzino os estigmas, ou seja, as chagas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Morte

Catarina de Sena faleceu em 29 de abril de 1380, dia de sua festa. Foi vítima de um derrame quando tinha apenas trinta e três anos de idade. Em tão pouco tempo de vida, esta mulher admirável realizou muito pela Igreja e pela humanidade. A cabeça de Santa Catarina está na cidade de Sena. Lá se conserva a casa onde ela viveu. Seu corpo foi trasladado para Roma. Fica na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. O Papa Paulo VI declarou-a "doutora da Igreja" em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra.

Oração a Santa Catarina de Sena

“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.

Volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição e suplica a ti que obtenha pelas tias preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).

Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.

Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Santa Catarina de Sena, rogai por nós!”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 28 de abril de 2023

DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL

DIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT - 28 DE ABRIL

HOMILIA - 28.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT 

Louis-Marie Grignion de Montfort Nasceu em Montfort-Sur-Meu (França) em 31 de Janeiro de 1673, aos 12 anos foi estudar no colégio dos Jesuítas de Rennes. E terá sido já no colégio Saint-Thomas-Becket da mesma cidade, durante seus estudos de teologia e filosofia, que sua grande devoção a Maria Santíssima começou a desabrochar, transformando-o, mais tarde, num dos mais eminentes mariólogos da Igreja. Autor de vários livros de espiritualidade, entre eles o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, o mais conhecido e difundido no mundo. Fundou várias congregações religiosas para continuar a sua obra. Entre eles destacam-se a Companhia de Maria e as Filhas da Sabedoria. Louis Le Crom, missionário da Companhia de Maria, é historiador e consagrou dez anos da sua vida a escrever esta biografia completíssima do grande apóstolo mariano.

 

Hoje celebramos a festa litúrgica de Luís Maria de Montfort. A festa é mais uma vez uma ocasião para recordar com afeto e gratidão um santo, que não é uma figura desvanecida do passado, mas um ícone sempre luminoso do presente.

 

Grignion de Montfort morreu a 28 de abril de 1716, durante a missão em Saint-Laurent sur-Sèvre, após o seu último sermão sobre a doçura e ternura do amor de Jesus. Morreu jovem, aos 43 anos, após dezesseis anos de vida missionária, viveu intensamente, cheio de zelo pelo Evangelho, saindo sempre de si mesmo - diria o Papa Francisco - para o Senhor e para as periferias existenciais do seu tempo. O desejo de tornar Jesus conhecido e de trazer os corações de volta para Ele é a paixão que o consumiu! Era um vagabundo nas estradas do Reino de Deus, com um cajado numa mão e o Evangelho e o terço na outra.

 

A inscrição então colocada no seu túmulo diz: "como ele viveu, assim ele morreu"! O contrário também é verdade: ao contemplar como São Luís Maria morreu, descobrimos para quem e pelo que viveu, quais foram os batimentos do seu coração!

 

É assim que os seus biógrafos relatam os seus últimos momentos: " Pegou na sua mão direita o crucifixo que tinha trazido consigo de Roma... e na sua mão esquerda pôs a estátua da Santíssima Virgem que normalmente levava sempre consigo. E, uma após outra, beijou ternamente estas imagens, invocando Jesus e Maria". Toda a sua vida está aqui, sempre colocada entre Jesus e Maria! Uma vida totalmente dada a Jesus, em primeiro lugar! Ele procurou e desejou apenas a Sabedoria, o amável Jesus, e encontrou-o a viver em Maria. Para que o seu coração nunca deixasse de bater com amor por ela, deixou escrito: "Quero que o meu corpo seja enterrado no cemitério e o meu coração debaixo do altar de Nossa Senhora"!

 

Os biógrafos continuam: "Algumas horas antes da sua morte, as pessoas foram reunidas à porta do seu quarto, pedindo para serem autorizadas a entrarem para receber a sua bênção. Ao ouvir o barulho, perguntou porquê. Disseram-lhe, e ele implorou a todos os que estavam perto dele que os deixassem entrar no quarto, todos se ajoelharam para pedir a sua bênção, chorando e soluçando". Luís Maria de Montfort foi o padre de compaixão para com todos aqueles que a sociedade do seu tempo fez e chamou de desperdício humano. Ensinou catecismo a mendigos pobres, visitou e exortou prisioneiros nas prisões, consolou os doentes nos hospícios. Com os seus gestos deu testemunho da misericórdia de Deus e não teve vergonha de tocar a carne de Cristo na carne dos pobres. E eles vieram à sua procura....

 

O que é que São Luís Maria de Montfort nos deixa? O convite a fazermo-nos peregrinos nos caminhos do Evangelho para conquistar para Cristo aqueles que esqueceram o tesouro do batismo, para cultivar uma intensa e verdadeira devoção a Maria, para "sair" para a "periferia existencial" do nosso tempo, para sermos convencidos e, sobretudo, testemunhas convincentes da vida cristã!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 27 de abril de 2023

DIA DE SANTA ZITA, PADROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS - 27 DE ABRIL

DIA DE SANTA ZITA, PADROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS - 27 DE ABRIL

HOMILIA - 27.04.23

 

HISTÓRIA DE SANTA ZITA, PAROEIRA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS

Origens

Zita nasceu no ano 1218, no pequeno povoado chamado Monsagrati, que ficava perto da cidade de Luca, Itália. Sendo de família pobre e com muitos filhos, com apenas doze anos, Zita foi levada para trabalhar na casa de uma família rica e nobre da cidade de Luca. Esta era a única maneira de uma moça não passar a ser mais um peso para a família.

Semiescravidão

Trabalhando para os nobres, Zita não tinha salário. Vivia quase como uma escrava. Em troca, recebia comida e vestimenta. Se a família gostasse dela e quisesse lhe dar um futuro mais seguro, era possível que lhe dessem um dote para poder se casar. Mas isso não era, de maneira alguma, uma obrigação. Muitas moças continuavam no regime de semiescravidão, sem conseguirem casamento, vivendo como eternas dependentes da família para a qual trabalhava.

Sofrimentos

A família para a qual Zita foi trabalhar, não tinha o costume de tratar seus criados com dignidade. Por isso, Zita sofreu muito. Nos primeiros anos, principalmente. Ela foi maltratada por seus patrões e também pelos outros empregados da casa. Zita, porém, era cristã e buscava na oração a força para suportar todas as humilhações que sofria. E a história conta que ela conseguiu suportar tudo com fé e humildade. Destacava-se, no meio dos sofrimentos, pela oração e pela prática da caridade para com os menos favorecidos que ela.

Famosa entre os mais pobres

A caridade cristã fez com que Zita se tronasse bastante conhecida entre os mais pobres que viviam perto da casa ode trabalhava. Tudo aquilo que ela ganhava de seus patrões, a saber, roupas, alimentos a mais, e algum trocado, ela doava aos que mais precisavam.

Reconhecimento

A caridade de Zita foi notada e considerada por seus patrões. Percebendo seu espírito cristão e sua eficiência no trabalho, eles passaram para as mãos da jovem Zita o comando da casa e de todos os criados. Os patrões ficaram satisfeitos com os resultados. Porém, os criados começaram a se morder de inveja e ciúme.

Falsa acusação e milagre

Cheia de inveja e querendo assumir o posto de Zita, uma das criadas da casa acusou-a de distribuir alimentos da despensa da casa entre os mendigos sem autorização dos patrões. Isto seria uma falta bastante grave. Por sua vez, Zita teria muita dificuldade para provar que estava sendo vítima de uma falsa acusação. Quando Zita vinha carregando um grande volume de algo em seu avental, o grande patriarca da casa chegou e, influenciado pela criada invejosa, perguntou a Zita o que ela estava levando escondido no avental. Zita respondeu: "são flores". Então, ela soltou o avental um grande volume de flores caiu e cobriu os pés da santa. Sua inocência ficou provada. Ela foi defendida por Deus.

Amor pelos pobres

A vida de Santa Zita foi de uma linda dedicação aos mais pobres e aos doentes. Ela conseguiu manter essa dedicação até pouco antes de sua morte, que aconteceu em 27 de abril do ano 1278. Tinha ela, então, sessenta anos. Entretanto, o amor e intercessão de Santa Zita em favor dos pobres não terminou com sua morte. Pelo contrário, graças e mais graças começaram ser derramadas sobre todos os que invocavam sua intercessão com fé.

Corpo incorrupto

Por causa dos milagres, o corpo de Santa Zita foi levado para a basílica de São Frediano, em Luca. Na última exumação, feita em 1652, foi constatado que seu corpo estava inteiro, incorrupto. Por isso, o local se tornou um lugar de peregrinação, bênçãos, graças e de vários milagres inexplicáveis pela ciência e aceitos pela Igreja. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Inocêncio XII em 1696. A vida e o exemplo de Santa Zita marcaram tanto a cidade de Luca, que ela foi proclamada padroeira da cidade. Mais tarde, o Papa Pio XII proclamou-a como Padroeira dos empregados domésticos.

Oração a Santa Zita

“Ó Santa Zita, que no humilde trabalho doméstico soubestes ser solícita como foi Marta, quando servia a Jesus, em Betânia, e piedosa como Maria Madalena, aos pés do mesmo Jesus, ajudai-me a suportar com ânimo e paciência todos os sacrifícios que me impõem os meus trabalhos domésticos: ajudai-me a tratar as pessoas da família a que sirvo como se fossem meus irmãos.

Oferecimento: Ó Deus, recebei o meu trabalho, o meu cansaço e as minhas tribulações, e pela intercessão de Santa Zita, dai-me forças para cumprir sempre meus deveres, para merecer o reconhecimento dos que sirvo e a recompensa eterna no céu. Santa Zita, ajudai-me. Santa Zita, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 26 de abril de 2023

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANACLETO - 26 DE ABRIL

HOMILIA - 26.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANACLETO 

Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como consequência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de São Pedro.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 25 de abril de 2023

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA - 25 DE ABRIL

HOMILIA - 25.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO MARCOS EVANGELISTA

Origens

João Marcos era judeu, da cidade de Jerusalém. Era ainda menino quando os fatos da morte e ressurreição de Jesus aconteceram. Seu pai não é conhecido. Sua mãe, ao contrário, é citada no livro dos Atos dos Apóstolos 12, 12. Por causa da importância de seu filho, ela ficou conhecida como Maria, mãe de João Marcos e, também, Maria de Jerusalém. A Tradição diz que São Marcos foi batizado por São Pedro, de quem ele era discípulo.

Seu lar, uma igreja

São Marcos pertencia a uma das primeiras famílias cristãs da cidade de Jerusalém. Ele não chegou a ser discípulo de Jesus, mas conheceu o Mestre. Segundo a Tradição, foi em sua casa que Jesus celebrou a ceia Pascal e onde instituiu a Eucaristia. Foi também em sua casa que cerca de cento e vinte pessoas, contando com a Virgem Maria e os discípulos, receberam a efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Por isso, sua casa passou a ser conhecida como Cenáculo, que significa “local de reunião”. Pela casa mencionada no livro dos Atos, pode-se imaginar que sua família era bem situada economicamente. Ainda criança, Marcos viu seu lar ser transformado no ponto de encontro dos cristãos de Jerusalém. Ali, com efeito, passou a ser o local de reunião dos apóstolos e de todos os cristãos primitivos.

Discípulo de Pedro e Paulo

Mais tarde, quando jovem, Marcos tornou-se discípulo de Pedro e foi com ele para Roma. Lá, ainda jovem, começou a preparar seu escrito sobre a vida de Jesus, que viria a se tornar o Segundo Evangelho. Em Roma, Marcos também prestou serviços a são Paulo, quando este estava preso pela primeira vez. Seus préstimos foram de tão grande ajuda que, quando foi preso novamente, Paulo escreveu uma carta a Timóteo pedindo que este levasse seu precioso colaborador, Marcos, até Roma, para ajudá-lo na missão apostólica. 

O Evangelho de Marcos

O Evangelho escrito por São Marcos é mais curto que os demais (Mateus, Lucas e João). Porém, traz uma visão muito especial, aquela de quem acompanhou a paixão e os sofrimentos de Jesus quando era apenas um menino. A tônica do Evangelho de Marcos está em demonstrar a glória de Deus que nos foi revelada em Jesus e sua missão. Marcos escreveu atendendo ao pedido dos fiéis de Roma. Com efeito, ele tinha todo o conteúdo sobre a vida de Jesus, recebido diretamente de São Pedro. E, Pedro, além de aprovar o manuscrito, ordenou que sua leitura fosse feita em todas as igrejas. Assim começou a se espalhar o Evangelho segundo São Marcos. 

Sobrinho de Barnabé

Marcos tinha a fé cristã em seu DNA. Além de ser filho de Maria, que cedeu sua enorme casa para a Igreja nascente, era também sobrinho de São Barnabé, que foi grande companheiro de São Paulo em viagens missionárias pelo Oriente Médio e Europa. Por isso, ele certamente conheceu todos os apóstolos e todos os grandes evangelizadores da igreja primitiva.

Simbolizado pelo Leão

São Marcos é simbolizado por um leão e isso tem um motivo muito especial. É que ele começa seu Evangelho apresentando missão do profeta João Batista. João Batista, ficou conhecido como a "voz grita no deserto". Ora, nos tempos primitivos, o leão habitava os desertos e seus rugidos impunham temor e respeito. Por isso, São Marcos é representado pelo leão.

Missionário evangelizador

Levando seu manuscrito do Evangelho, São Marcos partiu em missão apostólica, depois da morte de São Pedro e de São Paulo. Segundo a Tradição, ele foi pregar na ilha de Chipre. Em seguida, foi para a Ásia Menor e, depois, ao Egito. Lá, pregou especialmente em Alexandria. Nesta cidade, ele fundou uma das igrejas que mais cresceram.

Morte

A Tradição nos conta que São Marcos foi martirizado numa festa de Páscoa, justamente quando celebrava o “partir do pão”, que era como os primeiros cristãos chamavam a celebração da Santa Missa. Anos depois, suas relíquias foram levadas para Veneza, por mercadores italianos. Hoje, elas estão guardadas na famosa Catedral de São Marcos, na mesma cidade. A partir do ano 828, Veneza assumiu São Marcos como padroeiro.

Oração a São Marcos

“Deus Eterno e Todo Poderoso, nós vos pedimos as bençãos e graças necessárias, para a nossa Salvação, pela intercessão poderosíssima do evangelista São Marcos. Tudo isto vos pedimos Pai Celeste, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo. Amém. São Marcos, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 24 de abril de 2023

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA - 24 DE ABRIL

HOMILIA - 24.04.23

 

 

DIA DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA

Origens

Fidélis nasceu na cidade de Sigmaringen (Sigmaringa) na Alemanha, em 1577. Filho de uma família nobre e cristã, seu nome de batismo era Marcos Reyd. Demonsrando inteligência brilhante e vocação para os estudos, quando jovem foi enviado para estudar na Universidade de Friburgo, Suíça. Lá, graduou-se em filosofia, bem como em direito civil e canônico. Além disso, formou-se, na mesma universidade, como professor e advogado, no ano 1601. 

Advogado dos pobres

Durante alguns anos, Marcos Reyd exerceu a advocacia na cidade de Colmar, na região Alsácia. Nesse tempo, ele recebeu o apelido carinhoso de "advogado dos pobres". Isso aconteceu porque ele jamais se negava a prestar seus serviços advocatícios de graça para todos aqueles que não tinham condições de lhe pagar os honorários.

Vocação tardia

Apesar de ser um advogado brilhante, até completar trinta e quatro anos de idade, Marcos Reyd ainda não tinha descoberto sua verdadeira vocação, aquele caminho definitivo que seguiria feliz pelo resto de sua vida. Foi, então, que, em 1612, decidiu abandonar tudo para se tornar sacerdote. Para tanto, pediu seu ingresso na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos da mesma cidade de Friburgo. Quando fez os votos perpétuos e vestiu o hábito, adotou o nome de Fidelis, que significa “Fiel”.

Mestre franciscano

Depois de encontrar seu lugar neste mundo, sua verdadeira vocação, São Fidelis escreveu muito. O grande volume de escritos e a profundidade espiritual e teológica dos mesmos, fizeram com que São Fidelis se tornasse um dos grandes mestres espirituais da Ordem Franciscana. Tanto que, até hoje, sua obra é bastante valorizada entre os frades franciscanos.

Perseguição

Por causa de sua santidade, sabedoria e grande capacidade intelectual, São Fidelis de Sigmaringa assumiu importantes missões na Igreja. Numa dessas missões, atendendo a um pedido pessoal do Papa Gregório XV, São Fidelis foi para a Suíça, com o objetivo de combater, por argumentos irrefutáveis, a heresia calvinista. Por isso, foi acusado de ser espião a serviço do imperador da Áustria. Os calvinistas, então, passaram a persegui-lo e a tramar sua morte. São Fidelis enfrentava a tudo com fé, perseverança, sabedoria e muita oração.

Morte

Percebendo que São Fidelis era muito forte na argumentação, os calvinistas decidiram, por fim, mata-lo. Seu assassinato aconteceu logo após ele ter celebrado uma missa na cidade de Grusch. Nessa missa, São Fidelis pronunciou um sermão cheio de fervor e poder da Palavra, motivando e explicando porque os cristãos deveriam prestar obediência à Santa Sé. Terminada a missa, porém, ele foi ferido por um certeiro golpe de espada. No mesmo instante, caiu de joelhos e disse que perdoava seus assassinos. Depois, abençoou a todos e entregou seu espírito a Deus. Era o dia 24 de abril de 1622.

Bilhete revelador

Após a morte de São Fidelis, os frades encontraram entre seus pertences um bilhete, com a letra de São Fidelis. O manuscrito datava de dez dias antes de seu assassinato. Para espanto e admiração de todos, ele escreveu ali que sabia que seria morto em breve, pelas mãos de seus perseguidores. Mas afirmou que entregaria sua vida com alegria e a oferecia por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Bento XIV, em 1724.

Oração a São Fidelis de Sigmaringa

“Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Fidélis de Sigmaringa destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Fidelis de Sigmaringa, rogai por nós.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 23 de abril de 2023

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

DIA DE SÃO JORGE - 23 DE ABRIL

HOMILIA - 23.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JORGE 

São Jorge nasceu em 275, na antiga região chamada Capadócia. Hoje, esta região é parte da Turquia. O pai de Jorge era militar e faleceu numa batalha. Após a morte do pai, Jorge e sua mãe, chamada Lida, mudaram-se para a Terra Santa. Lida era originária da Palestina. Era uma mulher que possuía instrução e muitos bens. Ela conseguiu dar ao filho Jorge uma educação esmerada.

Ao atingir a adolescência, Jorge seguiu a carreira de muitos jovens da época e entrou para a carreira das armas, pois tinha um temperamento naturalmente combativo. Tanto que logo ele se tornou capitão do exército romano. Jorge tinha grandes habilidades com as armas e muita dedicação. Por causa dessas qualidades o imperador Diocleciano deu a ele o título nobre de conde da Capadócia. Assim, com apenas 23 anos, Jorge passou a morar na alta corte de Nicomédia. Nesse tempo, ele exerceu o cargo de Tribuno Militar.

Conversão e morte de São Jorge

Quando sua mãe faleceu, Jorge recebeu a herança que lhe cabia e foi enviado para um nível mais alto ainda: a corte do imperador. Lá, porém, quando começou a ver a crueldade com que os cristãos eram tratados pelo império romano que ele servia, mudou seu pensamento. Ele já conhecia o cristianismo por causa da influência de sua mãe e da Igreja de Israel. Então, ele deu um primeiro passo de fé: distribuiu todos os seus bens aos pobres. Mesmo sendo membro do alto escalão do exército, ele quis a verdadeira salvação prometida pelo Evangelho que ele já conhecia.

Porém, o imperador Diocleciano tinha outros planos. Sua intenção era eliminar os cristãos. Assim, no dia em que o senado confirmaria o decreto do imperador que autorizaria a eliminação dos cristãos, Jorge levantou-se na tribunae se declarou espantado com esta decisão, que julgava absurda. Ele ainda disse diante de todos que os romanos é que deveriam assumir o cristianismo em suas vidas. Todos ficaram muito surpresos quando ouviram palavras como essas vindas da boca de um membro da suprema corte de Roma.

Questionado por um cônsul sobre o porquê dessas palavras, Jorge respondeu-lhe que estava dizendo aquilo porque acreditava na verdade e, por ser esta a verdade, a defenderia a todo custo. Mas, “o que é a verdade?”, perguntou o cônsul. Jorge respondeu: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade".

O Imperador, furioso ao ver o cristianismo infiltrado no império, tentou obrigá-lo a desistir da fé cristã. Por isso, enviou-o a sessões de torturas violentas e terríveis. Assim, depois de cada tortura, Jorge era levado de volta ao imperador. Este lhe perguntava se, depois da tortura,abandonaria a fé cristã.Jorge, Porém, reafirmava sua fé, cada vez com mais coragem. Muitos romanos ao presenciarem estes fatos, tomaram as dores de Jorge, até mesmo a própria esposa do imperador. Aliás, mais tarde, ela se converteu à fé em Jesus Cristo. Por fim, Diocleciano, vendo que não conseguiria dissuadir Jorge de sua fé, mandou que ele fosse degolado. Era o dia 23 de abril do ano 303. Aconteceu na cidade de Nicomédia, na Ásia Menor.

Devoção a São Jorge

Os cristãos recolheram o corpo de São Jorge e veneraram seus restos mortais como relíquias. Isso porque, todo mártir, ou seja, aquele que é morto por causa da fé em Jesus Cristo, se torna santo. Mais tarde, os cristãos levaram as relíquias de São Jorge para a antiga cidade de Dióspolis, onde ele crescera. Lá, seu corpo foi sepultado. Anos mais tarde o primeiro imperador cristão chamado Constantino,conhecendo a bela história de São Jorge, mandou que fosse construído um oratório. Sua intenção era que a devoção a São Jorge se espalhasse por todo o império.

Por volta do século V, já se contavam cinco igrejas dedicadas a São Jorge na capital do império no Oriente, chamada Constantinopla. Mais tarde, no vizinho país do Egito, foram construídas quatro igrejas e mais quarenta conventos dedicados a São Jorge. São Jorge passou a ser venerado como sendo dos maiores santos da Igreja Católica em várias regiões como na Armênia, em Bizâncio e no Estreito de Bósforo, na Grécia.

São Jorge e o Dragão

De acordo com uma lenda, São Jorge fez acampamento com sua legião romana numa região próxima a Salone, Líbia, no norte da África. Lá, diziam haver um enorme dragão com asas. O animal devorava pessoas da cidade como cordeirinhos. Diziam que o hálito daterrivel criatura era tão venenoso que qualquer um que se aproximasse poderia morrer por envenenamento. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, eles ofereciam ovelhas como alimento. Ao acabarem, começaram a oferecer crianças.

O sacrifício caiu então sobre a filha do Rei de 14 anos, Sabra. A menina foi em direção à seu cruel destino e deixou a muralha da cidade, ficou ali à espera da criatura. São Jorge, ao ficar sabendo da história, decidiu por fim a tudo isso. Montou seu cavalo branco e partiu para a batalha. Antes, porém, exigiu que o rei desse sua palavra: se trouxesse sua filha de volta, o rei e todo o reino se converteria ao cristianismo.

O rei aceitou e deu sua palavra. Jorge, então, partiu para a luta com tal "dragão". Depois de muita luta e oração, Jorge acertou a cabeça do dragão com sua poderosa espada que era chamada de Ascalon. Depois, São Jorge cravou sua espada debaixo da asa do dragão, num local que tinha escamas. Assim, o dragão foi ferido mortalmente e caiu sem vida. São Jorge amarrou a fera e a levou arrastadaaté a cidade, levandoconsigo a princesa. Lá, São Jorge, sendo observado pela multidão, cortou a cabeça do dragão e fez com que todas as pessoas da cidade se tornassem cristãs.

Simbolismo

O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é destruída pelas armas da Fé. A jovem que São Jorge salvou representaria a região da qual ele combateu heresias e instalou a fé cristã.

Oração a São Jorge

“Eu  andarei  vestido  e  armado, com as armas  de  São Jorge. Para  que  meus  inimigos tendo  pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o  meu corpo não alcançarão, facas  e  lanças  se  quebrem  sem  ao  meu corpo chegar, cordas  e correntes se quebrem sem ao meu corpo,  amarrar.       

      São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor;  abre os meus caminhos.  ajuda-me a  conseguir  um  bom emprego;   fazei com  que   eu  seja  bem  visto  por  todos:   superiores,  colegas  e subordinados. Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes  no  meu  coração ,  no  meu lar e  no meu serviço;  vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre ,  abrindo e iluminando os nossos caminhos ,  ajudando-nos também a  transmitirmos  paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Amém.”

 ( rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.)


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 22 de abril de 2023

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

 

 

 

DIA DE SANTA MARIA DO EGITO - 22 DE ABRIL

HOMILIA - 22.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MARIA DO EGITO

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.

Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.

Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 21 de abril de 2023

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANSELMO - 21 DE ABRIL

HOMILIA - 21.04.23

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANSELMO

Origens

Anselmo nasceu em 1033 na cidade de Aosta, que fica no norte da Itália. Seu pai era um nobre e frequentava as altas rodas dos governantes e influentes. Por volta dos 15 anos, Anselmo perdeu a mãe. Seu pai tinha planejado uma carreira brilhante para ele, que seria seu herdeiro natural e faria com que a fortuna da família atingisse patamares ainda maiores. Anselmo, porém, sentia em seu coração o chamado para o sacerdócio e a vida religiosa. Seu pai rejeitava violentamente essa ideia. Anselmo tinha um temperamento manso e dócil. Por isso, fez a vontade do pai até seus 22 anos, mais ou menos.

Vocação

Ao fazer a vontade de seu pai terreno, Anselmo sofria e a tristeza crescia em seu coração. Ele não encontrava nenhum prazer nas festas, banquetes e vida luxuosa que seu pai lhe oferecia. Estudava com os beneditinos e isto era um alento para sua alma. Por outro lado, aumentava ainda mais sua dor, sabendo que, se continuasse obedecendo ao pai, não poderia viver a vida que queria.

Fuga

A situação se agravou e ele viu que a única solução seria fugir de casa. Assim, um dia não aguentou mais e fugiu, abandonando a herança, a riqueza e o luxo a que tinha direito em sua família. Andou vagando pela região da Borgonha, França e, por fim, chegou à Normandia, onde encontrou um monge conterrâneo seu chamado Lanfranco. Este o acolheu no mosteiro. Lá, Anselmo dedicou-se ao estudo da religião tendo como Mestre Lanfranco.

 

Teólogo e sacerdote

Em pouco tempo, Anselmo formou-se em teologia e ordenou-se sacerdote. Em pouco tempo também foi eleito abade do mosteiro, por causa de sua sabedoria e busca de santidade. Começou, então, a anunciar o Evangelho pela região tanto quanto podia. Além disso, sentiu a necessidade de uma grande reforma na vida monástica e começou a implementá-la. Por tudo isso, ficou famoso e sua obra começou a influenciar os ambientes acadêmicos, religiosos e seculares. Seus escritos foram em tamanha quantidade e qualidade que ele é chamado o criador da Ciência Teológica no mundo Ocidental.

Arcebispo da paz e da bondade

Por causa de sua grande obra intelectual e espiritual, Santo Anselmo foi proclamado arcebispo-primaz da Inglaterra. Neste cargo, enfrentou grande perseguição dos reis Guilherme e Henrique I, porque seu pensamento era contrário aos interesses políticos e mesquinhos desses reis. Porém, durante os mais duros embates, mantinha a paz, a mansidão e a bondade. Sua fala permanecia mansa e seus argumentos eram de tal forma pacíficos, que desarmava os inimigos e sempre conseguia atingir seus objetivos.

Morte

Santo Anselmo faleceu em Canterbury, aos setenta e seis anos. Era o dia 21 de abril de 1109. Por causa de sua extensa obra teológica e também literária, ele foi proclamado "doutor da Igreja" através do papa Clemente XI, no ano 1720. Sua obra influencia a Igreja até os dias de hoje.

 

Oração a Santo Anselmo

Por intercessão de Santo Anselmo, eu vos peço, Senhor, despertai em mim um forte interesse pela Doutrina Católica. Dai-me perseverança na busca da Verdade ensinada nas Sagradas Escrituras. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 20 de abril de 2023

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

DIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO - 20 DE ABRIL

HOMILIA - 20.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA INÊS DE MONTEPULCIANO

Origens

Inês nasceu no dia 28 de janeiro de 1268, numa aldeia chamada Graciano, vizinha da cidade de Montepulciano, Itália. Por isso, ela é chamada de Santa Inês de Montepulciano. Filha de uma família riquíssima chamada Segni, desde muito pequena manifestou vocação para a vida religiosa. Aos seis anos disse a seus pais que queria se tornar freira. Por isso, quando completou nove anos seus pais a entregaram aos cuidados das freiras de São Domingos, onde ela passou a viver.  

Precocidade

No convento, Santa Inês de Montepulciano abraçou a vida religiosa e fez desabrochar seu espírito de santidade e sabedoria. Tanto que, com apenas quinze anos, foi eleita superiora. Esta decisão foi estudada e aprovada pelo Papa Nicolau VI através de documento oficial. E, apesar da pouca idade e de ter vivido grande parte de sua vida no convento, Santa Inês de Montepulciano demonstrou grande percepção da realidade para além dos muros do convento.

Um prostíbulo se torna o alvo de Santa Inês de Montepulciano

Havia na cidade de Montepulciano um prostíbulo famoso, frequentado por um grande número de mulheres. A partir de determinada época, Madre Inês começou a dizer para as freiras que, um dia, aquela casa seria transformada num convento. As irmãs não estranharam, pois já conheciam a determinação, o dom da profecia e a santidade da jovem Madre Inês. E assim aconteceu. Ela mesma começou a visitar as mulheres do prostíbulo apresentando a elas o Evangelho de Jesus, um sentido novo para a vida e a misericórdia de Deus, que deseja que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Ela percebeu no prostíbulo almas generosas, que estavam ali por ignorância, por falta de oportunidades e pelas tragédias da vida.

Transforma o prostíbulo num convento

Quando as prostitutas começaram conhecer a fé, a esperança e a caridade vividas por Santa Inês de Montepulciano, a prostituição começou a perder o sentido para elas. E aquelas mulheres marcadas, marginalizadas e sem horizonte, foram recuperando a dignidade e se transformando em pessoas cheias de vida e amor. Conhecedoras da miséria humana como ninguém, elas passaram a ser conhecedoras da misericórdia de Deus que cura e que transforma os corações. Assim, depois de algum tempo, aquele prostíbulo famoso tinha se transformado num convento habitado por ex-prostitutas. E este convento em especial, se tornou modelo de virtude, de ordem, de amor, de oração e de fraternidade entre as irmãs. Todos reconheciam a presença de Deus agindo e recuperando pessoas que não tinham mais nenhuma esperança.

Morte

A precocidade de Santa Inês de Montepulciano ocorreu em todos os aspectos, inclusive na sua morte. Com efeito, ela tinha menos de cinquenta anos quando foi acometida por uma dolorosa enfermidade. Pressentindo sua morte, ela bendisse a Deus, sabendo que tinha deixado discípulas fiéis, inclusive entre as ex-prostitutas. Assim, faleceu na paz do Senhor em 20 de abril do ano 1317. Sua sepultura passou a ser alvo de peregrinações e grandes milagres aconteceram ali por sua intercessão. Os maiores dentre eles, foram conversões de pecadores conhecidos e famosos, que mudaram suas vidas ao conhecerem a história de Santa Inês de Montepulciano e pedirem sua intercessão.

Corpo incorrupto

Por causa do grande movimento de fiéis no túmulo, decidiram traslada-lo para uma igreja dominicana. Quando abriram sua tumba, vários anos após sua morte, viram que seu corpo estava incorrupto, em perfeito estado de conservação. Assim, seu corpo foi levado para uma bela Igreja Dominicana em Orvieto, onde se encontra até hoje. Ela foi canonizada em 1726 pelo Papa bento XIII e brilha nos altares como uma luz da sabedoria, da misericórdia e do amor de Deus especialmente para com os pecadores.

Oração a Santa Inês de Montepulciano

Santa Inês, exemplo de humildade, caridade, vigilância, vida de intensa oração, abençoai-me e olhai para mim. Pois vos olho como a uma mãe misericordiosa, que intercederá junto a Deus por mim e minha família, já que necessitamos de tantas virtudes e graças. Que esta fome de Deus em nós seja saciada, que a perseverança na oração, conceda-nos tudo o que nosso coração tanto deseja e precisa. Concedei-nos a vossa fé, vossa beleza interior, o vosso amor.

Que assim seja. Amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 19 de abril de 2023

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

DIA DE SANTO EXPEDITO - 19 DE ABRIL

HOMILIA - 19.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO EXPEDITO 

Santo Expedito não tem uma data de nascimento conhecida. Sabe-se que ele era Romano. Sabe-se também que foi Senador de Roma, Príncipe-Consul do Império Romano na Armênia, militar, Comandante da XII Legião Romana e, mesmo nessa condição, converteu-se ao cristianismo.

História de Santo Expedito

A XII Legião tinha o nome de Fulminata, nome que significa algo como vem como um raio. A Fulminata tinha cerca de 8 mil homens contando soldados, escravos e cavaleiros. No tempo de Expedito, ela defendia as fronteiras orientais do Império Romano contra os bárbaros asiáticos. Expedito comandou a XII Legião de 296 a 303 d. C. Para ser comandante de uma Legião Romana era preciso muita competência e bravura. Tanto que, alguns anos antes, a mesma XII Legião tinha sido comandada por um Imperador romano, Marco Aurélio, numa campanha onde hoje é a Eslováquia. Sabe-se que Expedito era um líder competente. Seu cargo equivaleria hoje ao de um general. Ele se tornou famoso por manter a disciplina dos soldados e todos o respeitavam. Por outro lado, como a maioria dos soldados romanos, o Comandante Expedito tinha uma vida devassa, rodeada de luxo, prazeres e fama.

Conversão ao Cristianismo

O primeiro contato do Comandante Expedito com o Cristianismo aconteceu dentro da própria XII Legião. Com efeito, uma parte dos soldados da XII era formada de cristãos. Além disso, em suas andanças pelas fronteiras orientais do império, Expedito teve ainda mais contato com o cristianismo. E, para completar, a XII Legião teve um soldado chamado Polieucto de Melitene, que morreu mártir no ano 193. A semente do Cristianismo e do sangue dos mártires nunca cai na terra em vão.

A Procrastinação de Santo Expedito

Expedito era um líder competente na condução da XII Legião tanto nos tempos de paz quanto  nas batalhas. Um comandante vitorioso na carreira militar. Porém, quanto à sua vida espiritual, tinha o vício da procrastinação, isto é, deixar para depois, adiar. Ele simpatizava com a mensagem de Jesus. Admirava os ensinamentos do Mestre de Nazaré e via no Evangelho palavras que ninguém jamais tinha dito antes na história humana. Por isso, ele pensava em um dia converter-se de verdade. Esse dia, porém, ficava sempre para mais tarde, era sempre adiado.

O toque de Deus

Depois de alguns anos procrastinando, Expedito foi tocado pela graça de Deus. Certa noite teve um sonho que mudou sua vida. No sonho, com um corvo representando o espírito do mal, grasnava diante dele a palavra cras, do latim, que significa amanhã, deixe sua conversão para amanhã. O corvo grasnava forte e parecia poderoso. Porém, de repente, Expedito decidiu e pisoteou o corvo dizendo: hodie, que significa hoje, em latim. O Comandante Expedito acordou do sonho decidido e confirmou sua conversão. Por isso ele é considerado o Santo das causas urgentes. Convertido, ele continuou por um tempo ainda chefe da sua legião, conseguindo converter seus soldados também ao cristianismo.

A ira contra Santo Expedito

Com a conversão de Expedito e da sua tropa, o imperador Diocleciano começou a perseguir o Santo e seus soldados. A importância de seu posto fazia dele uma influência muito forte a favor do Cristianismo dentro do Império Romano. Por isso, ele se tornou alvo especial do Imperador.

A Morte de Santo Expedito

Santo Expedito foi preso pela ordem de Diocleciano e foi forçado a renunciar à sua nova fé. Porém, ele não renunciou. Seus castigos começaram pela flagelação romana: 39 chicotadas com o flagrus, chicote que dilacera a pele e causa hemorragia. Expedito tinha aplicado este mesmo castigo a bandidos e indisciplinados. Agora, ele os recebia por causa de Jesus Cristo. E ele permaneceu firme e julgando-se indigno de sofrer o mesmo castigo que Jesus sofrera, aplicado por soldados romanos, como estava acontecendo com ele. Por fim, não renunciando à sua fé, Santo Expedito foi decapitado com espada, por ordem do Imperador Diocleciano, no dia 19 de abril de 303, em Melitene na Armênia.

Canonização

Como Santo Expedito foi morto por causa de Jesus Cristo, ele se tornou um mártir da Igreja e santo reconhecido oficialmente. Sua bravura diante dos sofrimentos por causa da fé serviu de exemplo para grande parte dos soldados de sua Legião, fazendo-os permanecer firmes em sua fé. O exemplo de Santo Expedito arrastou milhares de cristãos na Armênia e, logo, ele passou a ser venerado como santo, o santo das causas urgentes.

Imagem de Santo Expedito

Santo Expedito é representado como um Comandante Romano, vestindo uma túnica branca, uma armadura de superior e um manto vermelho sobre os ombros. Em sua mão direita ele levanta uma cruz com a palavra Hodie (Hoje). Na mão esquerda ele tem uma palma, representando o martírio e a vitória dos mártires. Seu pé direito pisa sobre um corvo, que grita a palavra Cras, (amanhã). A imagem simboliza a grande mensagem de Santo Expedito: Não adie sua conversão, não deixe para amanhã aquilo que deve ser feito hoje, não procrastine!

Oração de Santo Expedito

A PODEROSA ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO

Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes.

Socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vós que sois um Santo guerreiro.

Vós que sois o Santo dos aflitos.

Vós que sois o Santo dos desesperados.

Vós que sois o Santo das causas urgentes.

Protegei-me. Ajudai-me. Dai-me força, coragem e serenidade.

Atendei ao meu pedido. (fazer o pedido).

Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar.

Protegei minha família, atendei o meu pedido com urgência.

Devolva-me a paz e a tranquilidade.

Serei grato pelo resto de minha vida e levarei se nome a todos que tem fé.

Santo Expedito, rogai por nós. Amém.  


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 18 de abril de 2023

DIA DE SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

DIA E SANTO APOLÔNIO - 18 DE ABRIL

HOMILIA - 18.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO APOLÔNIO 

Filósofo, Apologeta e Mártir

Origens

Apolônio era um romano ilustre e pertencente à nobreza. Mais precisamente, foi senador romano no tempo do imperador Cômodo, que reinou entre 161-192 dC. Destacou-se no senado como homem cheio de talentos, pautado por uma ética irrepreensível, extremamente culto e educado. Versado na filosofia grega e romana, ele encontrou no Cristianismo a consumação da verdadeira ética e da sabedoria que vem de Deus. Ele encontrou em Jesus Cristo a verdade suprema que ilumina todo homem que vem a este mundo. Por isso, converteu-se e foi batizado.

Um senador cristão no tempo da perseguição

Apolônio assumiu a fé cristã sem receios no senado romano. Por algum tempo, ele foi respeitado por causa de seu passado ilustre e sem mancha. Muitos se perguntavam “Porque um homem da envergadura do Senador Apolônio abraçou a fé cristã, uma fé proibida pelo imperador? E ele respondia dizendo que a verdade mais profunda e o verdadeiro sentido da vida só se encontra em Jesus Cristo. Dizia ainda como filósofo que a ética perfeita só será encontrada no cristianismo. Como Apolônio era um orador excepcional, conquistava o coração de muitos, que se convertiam à nova fé.

Senador denunciado

O comportamento de Santo Apolônio, porém, ao mesmo tempo que agradava a alguns, desagradava a outros. E não demorou muito até que ele fosse denunciado a Perennuius, prefeito pretoriano de Roma, como cristão e disseminador do cristianismo. Como era senador, Santo Apolônio teve a possibilidade de apresentar sua defesa diante do senado romano. Lá, leu um volume admirável de escritos que defendiam a fé cristã e a colocavam como a única esperança para a humanidade e para o império romano.

Apologeta

Santo Apolônio defendeu a fé cristã brilhantemente, com argumentos irrefutáveis diante da lógica, ciência na qual era um expert. Por esta razão, Santo Apolônio é chamado de “Apologeta”, uma palavra de origem latina que significa “aquele que defende sua fé” com argumentação lógica e contundente.

Condenação

Diante toda a força da argumentação de Santo Apolônio no senado romano, muitos se tornaram simpatizantes da fé cristã e, mais tarde, muitos se converteram. Porém, mesmo assim Apolônio foi condenado pela prática e disseminação do cristianismo. A acusação teve como base não uma argumentação à altura, ou que refutasse seus argumentos, mas sim a breve citação da lei outorgada por Trajano, imperador romano, que proibia a prática do cristianismo.

Coragem

Santo Apolônio disse, diante de sua condenação, que não tinha medo de morrer e afirmou: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada |a quem viveu bem na terra". Além disso, não deixou de argumentar sobre a superioridade da Doutrina Cristã no que diz respeito à vida, à morte, à ética, ao amor, à justiça e à verdade. Muitos se convenceram ao ouvirem seus argumentos, mas não tiveram força política para evitarem sua condenação.

Morte

Como senador e cidadão romano, Santo Apolônio tinha direito à pena de morte aplicada aos romanos: a decapitação. Era uma morte “honrosa”, que não infringia ao condenado as torturas terríveis destinadas aos que não eram cidadãos romanos. Antes da aplicação da pena, ele teve ainda a oportunidade de renegar a fé cristã e escapar da morte, mas ao invés de renega-la, fez uma bela e solene profissão de fé. Preferiu morrer a negar Jesus Cristo, seu Senhor. Assim, foi decapitado no dia 18 de abril do ano 185. Seu testemunho de fé entrou para a história do cristianismo e muitos se converteram por causa de seu exemplo. Como mártir, passou a ser venerado como santo no dia de sua morte, 18 de abril.

Oração a Santo Apolônio

Ó Deus, que destes a Santo Apolônio a graça de conhecer-vos profundamente e de conhecer e propagar a Doutrina Cristã, dai-nos a graça deste conhecimento para que possamos defender a fé onde quer que estejamos com coragem e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém.”


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 17 de abril de 2023

DIA DE SANTO ANICETO - 17 DE ABRIL

DIA DE SANTO ANICETO - 17DE ABRIL

HOMILIA - 17.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTO ANICETO 

Aniceto nasceu na Síria, em 9 de dezembro de 92, e foi sucessor do Papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.

A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todas elas formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.

O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma - foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira domingo, 16 de abril de 2023

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS - 16 DE ABRIL

HOMILIA - 16.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS 

 

Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em consequência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.

Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.

Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”. Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.

O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: “Peça a essa senhora que diga o seu nome”. A resposta foi: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: “Imaculada Conceição”.

Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.

Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.

Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.

 


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sábado, 15 de abril de 2023

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

DIA DE SÃO CRESCENTE - 15 DE ABRIL

HOMILIA - 15.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO CRESCENTE 

Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.

Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.

Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.

São Crescente, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira sexta, 14 de abril de 2023

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

DIA DE SANTA LUDOVINA - 14 DE ABRIL

HOMILIA - 14.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA LUDOVINA 

Ludovina, Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Ludovina era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente.

Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.

Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa sequência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Ludovina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: ‘Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer’. E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Ludovina entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma bênção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Ludovina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Ludovina só se alimentava da sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Ludovina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Ludovina ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quinta, 13 de abril de 2023

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

DIA DE SÃO MARTINHO I - 13 DE ABRIL

HOMILIA - 13.04.23

 

HISTÓRIA DE SÃO MARTINHO I 

Originário de Todi, Itália, e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Não pediu nem aguardou o consentimento à sua eleição da parte do imperador Constante II que no ano anterior promulgara o Tipo, documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para barrar a difusão dessa heresia, três meses após sua eleição, o papa Martinho convocou, na basílica de São João de Latrão, grande concílio, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente.

A condenação de todos os escritos monotelitas, sancionada nas cinco sessões solenes, provocou irritadíssima reação da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o papa. Olímpio quis cumprir as ordens imperais com algumas alterações e tentou, por meio do seu escudeiro, assassinar o papa durante a celebração da missa em Santa Maria Maior. No momento de receber a hóstia consagrada das mãos do pontífice o sicário puxou o punhal, mas foi imediatamente atingido por uma cegueira total.

Provavelmente esse fato convenceu Olímpio a trocar de atitude e a reconciliar-se com o santo pontífice e projetar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde cumprir a sua vingança, fazendo com que o novo exarca de Ravena, Teodoro Calíopa, prendesse o papa.

Martinho, acusado de ter-se apossado ilegalmente do alto cargo de sumo pontífice e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi conduzido por via marítima até à cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o início de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas, a nenhum dos tantos fiéis que foram encontrar-se com o papa foi concedido aproximar-se dele. Ao prisioneiro não era dada nem água para se lavar. Chegando a Constantinopla a 17 de setembro de 654, o papa ficou estendido numa cama na rua pública recebendo os insultos do povo durante um dia inteiro, antes de ser fechado por três meses na prisão Prandiária. Depois iniciou-se o longo e exaustivo processo, durante o qual os sofrimentos foram tão grandes a ponto de o acusado murmurar: “Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim um benefício”.

Humilhado publicamente, despido e exposto aos rigores do frio, carregado de correntes, foi fechado na cela reservada aos condenados à morte. A 16 de março de 655 fizeram-no partir secretamente para o exílio em Quersoneso, na Crimeia. Sofreu fome e foi se enfraquecendo no mais absoluto abandono durante outros quatro meses, até que a morte o colheu, fraco de corpo, mas não de vontade, aos 16 de setembro de 655.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira quarta, 12 de abril de 2023

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

DIA DE SÃO JÚLIO I - 12 DE ABRIL

HOMILIA - 12.04.23

 

 

HISTÓRIA DE SÃO JÚLIO I

O nome do Papa S. Júlio figura no Martirológico Romano no dia de hoje, 12 de abril,  com o comentário de que ele lutou muito pela fé católica contra os arianos.

O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas o Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, dirigiu a Igreja de 337 a 352.

Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo.

Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semiarianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.

Morreu 12 de abril 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira terça, 11 de abril de 2023

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E DE SANTO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

DIA DE SANTA GEMMA GALGANI E SANTO ESTANISLAU - 11 DE ABRIL

HOMILIA - 11.04.23

 

 

 

HISTÓRIA DE SANTA GEMMA GALGANI 

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Infância e caminho de fé

Santa Gemma Galgani (1878-1903) nasceu em Lucca, um vilarejo italiano e desde criança manifestou grande desejo pela oração graças a sua mãe. Esta morreu muito cedo de tuberculose e o pai de Gemma deixou a pequena aos cuidados do semi-internato das Irmãs de Santa Zita.

De tanto insistir, recebeu a primeira comunhão aos 9 anos. Ela dizia: “Dá-me Jesus… e verás quão boa eu serei. Eu vou mudar bastante“.

Anos mais tarde, quando ela já tinha 19 anos, seu pai veio a falecer e infelizmente os gestores de sua empresa não souberam administrar o dinheiro, perdendo tudo, o que deixou ela e seus irmãos em condições de pobreza.

O sofrimento começava a fazer parte de sua vida. Ela desenvolveu uma séria doença na coluna e além disso, contraiu meningite; em pouco tempo seus braços e pernas começaram a paralisar. Foi neste momento que se apegou a São Gabriel Possenti de Nossa Senhora das Dores (na época Venerável) e passou vê-lo todas as noites perto de sua cama.

Certa noite, quando achava que sua morte se aproximava, ouviu o barulho de um terço a mover-se; era o santo. Este lhe pediu de fazer uma novena em honra ao Santíssimo Coração de Jesus para alcançar a cura. Ao final dos nove dias Gemma estava de pé para a alegria e espanto de todos.


Estigmas

Gemma cultivava em seu coração a ideia de entregar-se a vida religiosa, todavia o Senhor lhe reservava outros planos.

Certo dia, enquanto pensava sobre isto, ela se pôs a orar e de súbito entrou em êxtase, sentindo um profundo pesar pelos seus pecados. Foi então que a Virgem Maria se apresentou e disse: “Meu filho Jesus te ama sem medida e deseja dar-te uma graça. Eu serei uma Mãe para ti. Serás uma verdadeira filha.”

Foi então que ela viu Jesus com todas as suas chagas em fogo e rapidamente as chamas atingiram suas mãos, pés e coração.

“Senti como se estivesse morrendo, e eu teria caído no chão, se minha Mãe não me tivesse segurado, enquanto todo esse tempo eu permanecia sob o seu manto”.

Gemma relata que permaneceu naquela posição por várias horas e quando acabou, caiu de joelhos, sentindo fortes dores nas mãos, nos pés e no coração.

“Levantei para ir para a cama, e percebi que saía sangue dessas partes onde sentia dor. Cobri-as o melhor que pude, e, ajudada então pelo meu Anjo, pude ir para a cama…”

Entre anjos e demônios

Gemma tinha experiências muitos ricas com seu Anjo da Guarda; muito provavelmente sua pureza atraiu seu fiel guardião e tinham longas conversas. Oravam juntos diversas orações e os salmos, além de meditarem a Paixão de Cristo.

Foi então que no ano de 1902 Gemma se ofereceu a Deus como vítima pela salvação das almas; logo depois ficou extremamente doente. Seu estômago não aceitava nenhum tipo de alimento, tempos depois começou a expelir sangue.

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Junto a isso iniciou-se em sua alma um período intenso de aridez espiritual, com ataques do próprio demônio. Ele tentava convencê-la de que Deus a havia abandonado e como não obtinha sucesso por vezes a atacava fisicamente.

Testemunhas diziam que ela recebia golpes e que o demônio lhe aparecia em forma de bestas que a atacavam de forma feroz.

Seu corpo se fragilizava mais e mais até que no dia 11 de abril 1903, já sem forças, pediu o viático:

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer”. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Gemma sorriu e pendeu a cabeça para o lado dando seu último suspiro. Ela tinha 25 anos.

Orações para pedir a intercessão de Santa Gemma

Aqui me tens prostrada a vossos pés Santíssimos, meu querido Jesus, para manifestar-vos em cada instante meu reconhecimento e gratidão por tantos e tão contínuos favores como me haveis dado e que todavia quereis conceder-me.

Quantas vezes os tenho invocado, Oh! Jesus, me haveis deixado sempre satisfeita; tenho recorrido a vós, e sempre me haveis consolado.

Como poderei expressar meus sentimentos amado Jesus? Vos dou graças… mas outra graça quero de Vós. Oh!, Deus meu, se é de vosso agrado… (Aqui se manifesta a graça que se deseja conseguir). Se não fosseis Todo-Poderoso não vos faria esta súplica. Oh! Jesus, tende piedade de mim. Faça-se em tudo vossa Santíssima vontade.

Pai-Nosso, Ave-Maria e glória…

Oração para obter a cura de um enfermo

Oh! minha celeste padroeira Santa Gemma, por vossa ardente caridade para com o próximo sofreste, na terra, longas e cruéis enfermidades. Lembrai-vos de que, se Deus vos exaltou a tão grande glória, por para que, do Céu, consolásseis os aflitos, convertêsseis os pecadores e curásseis os enfermos.

O pensamento de que milhares dos que a vós recorreram foram socorridos, me anima a pedir a graça que tanto desejo. Restituí, pois, pelo amor de Jesus, restituí perfeita saúde ao meu enfermo.

Oh! Santa Gemma, ouvi esta minha prece! Vós não me haveis de recusar esta graça, se for da vontade de Deus. Eu não a mereço, mas confio inteiramente em vossa poderosa intercessão. Amém.

 

HISTÓRIA DE SANTO ESTANISLAU 

Celebramos a vida de Santo Estanislau, que nasceu no ano 1030, pouco tempo depois do Cristianismo ter entrado na Polônia. Santo Estanislau foi sacerdote na Igreja de Cracóvia.

O lugar geográfico da Polônia era causa de muitos transtornos internos e externos, porém, nada se comparava ao rei da Polônia – Boleslau II -, que era guerreiro, cruel, devasso e opressor. Por escolha do Espírito Santo, Estanislau tornou-se bispo daquela região; e, como tal, teve de se tornar um “João Batista”, já que o rei dava um grande vexame no campo moral.

Estanislau é amado por toda a Polônia como um santo que profundamente amou os pobres, evangelizou e morreu mártir. Em 1079, o rei Boleslau, num ato de loucura, atingiu com um punhal Estanislau, durante a Santa Missa, lugar onde o santo uniu seu sacrifício ao Sacrifício de Cristo.

Santo Estanislau, rogai por nós!


Corações ao Alto - Sacristão Ribamar Oliveira segunda, 10 de abril de 2023

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

DIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA - 10 DE ABRIL

HOMILIA - 10.03.23

 

 

HISTÓRIA DE SANTA MADALENA DE CANOSSA 

Fundadora da Congregação das Filhas da Caridade

Origens

Filha de família nobre e muito rica, Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774, em Verona, Itália. Sua família era bastante influente na importante cidade de Verona. Aos cinco anos, porém, um grande sofrimento marcou sua vida: seu pai veio a falecer e sua mãe simplesmente abandonou os filhos a fim de se casar de novo. Madalena e seus irmãos foram deixados num orfanato de péssima qualidade. Ali, a pequena Madalena ficou doente muitas vezes. Mas a menina Madalena guardava dentro de si um admirável dom de Deus.

Chamada à vida religiosa

Ao completar dezessete anos, a jovem Madalena tentou ingressar no Carmelo duas vezes. Nas duas vezes e percebeu que esta não era sua vocação. Ao mesmo tempo, ela não sabia ainda qual era o plano de Deus para sua vida. Sabendo que esta decisão seria a mais importante de sua vida, guardou o chamado em seu coração e voltou para junto de seus irmãos.

Descobre-se excelente administradora

Irmã mais velha e emancipada, teve condições jurídicas de assumir o controle do enorme patrimônio familiar do qual ela e seus irmãos eram herdeiros. Nessa missão, Madalena descobriu-se excelente administradora e dona de um excepcional tino para os negócios, o que surpreendeu muita gente. Sua vocação para a vida religiosa, porém, permaneceu firme em seu coração. Por causa disso, nunca demonstrou interesse pelo matrimônio.

A descoberta do plano de Deus

A situação política e social da Itália por volta de 1800, com influência da revolução francesa e governos de imperadores estrangeiros na Itália levaram este país a cair em grave situação econômica, favorecendo o surgimento de um grande número de pobres bem como de crianças abandonadas. No meio dessa crise, no ano 1801, bateram à porta do palácio da família de Madalena duas adolescentes, à procura de abrigo. Santa Madalena acolheu as duas. Logo apareceram outras e ela percebeu nesses acontecimentos o chamado de Deus para sua vida.

A semente começa a germinar

Em pouco tempo, Santa Madalena de Canossa tinha transformado grande parte do palácio de sua família numa comunidade de mulheres caridosas e religiosas que se dispunham a cuidar das meninas abandonadas e carentes de tudo. Seus familiares, porém, não aprovavam esta conduta e a situação ficava, por vezes, tensa.

A força do chamado

Sete anos após assumir esse trabalho com as meninas carentes, Santa Madalena de Canossa conseguiu superar as resistências de seus familiares e saiu de seu palácio, deixando o controle dos bens de sua família com seus irmãos. Foi morar na região mais carente da cidade de Verona para, ali, realizar em plenitude o chamado de Deus para a sua vida: dedicar-se à evangelização dos pobres e à sua promoção humana. Para isso, Santa Madalena de Canossa fundou a Congregação das Filhas da Caridade, cujas religiosas seriam formadas como educadoras e evangelizadoras de crianças e adolescentes carentes.

 A confirmação de Deus

Logo, um grande número de moças e mulheres ingressaram na congregação imbuídas do mesmo ideal de educar e evangelizar os pobres. Em pouco tempo novas casas começaram a ser fundadas em várias regiões da Itália e da Europa. Santa Madalena de Canossa escreveu as Regras de Vida da nova Congregação em 1812. Em 1826, já com várias casas pela Europa, o Papa Leão XII aprovou as regras. Em 1831 era inaugurada a primeira casa masculina da Congregação dos Filhos da Caridade na cidade de Veneza. Esta casa foi destinada à formação e evangelização de jovens e adultos carentes.

Santidade

Santa Madalena de Canossa tinha uma profunda vida de oração e mística. Desenvolveu um profundo amor para com Jesus crucificado, que a tornava cada vez mais sensível à dor e a necessidade do próximo. Seu amor para com os mais necessitados era ardente e admirado por todos. Até mesmo Napoleão Bonaparte tomou conhecimento de sua santidade e passou a chama-la de “Anjo da Caridade”.

Morte

Santa Madalena de Canossa faleceu em 10 de abril de 1835. Era uma sexta-feira santa. Em 1860 suas obras masculinas e femininas se estenderam para o Oriente. Hoje, conhecidos como “Canossianos”, eles estão presentes em todos os continentes fiéis ao mesmo carisma que o Senhor despertou em Santa Madalena de Canossa: dar formação humana e evangelização a crianças, adolescentes e jovens carentes, dando uma maravilhosa contribuição para a construção de um mundo melhor. Santa Madalena de Canossa foi canonizada em 1988 pelo Papa João Paulo II.

Oração a Santa Madalena de Canossa

Ó Deus, que destes a Santa Madalena de Canossa a graça de conhecer-te profundamente e, assim, reconhecer a dor do próximo e fazer de tudo para aliviá-la, dai também a nós a graça deste profundo conhecimento de Vós, para que possamos enxergar o sofrimento do próximo e trabalhar pelo seu alívio, por Cristo, Senhor nosso, amém. Santa Madalena de Canossa, rogai por nós.”


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